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Salmonela em frigoríficos de frangos

Publicado: 12 de dezembro de 2011
Por: Julian Borosky

Olá comunidade Engormix.com, aqui lanço um interessante tema para que todos participem: Garantir a negatividade para Salmonela em frigoríficos de frangos – Quais as melhores medidas e ferramentas para atingir esse objetivo? Aguardo a participação de todos!

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Autores:
Julian  Borosky
Trouw Nutrition
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Julio Ajudarte
12 de diciembre de 2011

Temos ácido Peraceitico para controle da Salmonela seria uma boa opção
Caso houver interesse
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Marcelo de Souza Lima
12 de diciembre de 2011
Prezada Julian, é sempre um prazer participar de um fórum de discussão, pricipalmente, aqui. Entendo que a utilização de ácido peracético não resolve o problema, pois, a salmonela chegou no frigorífico e, se encontrar viabilidade de expansão, sai contaminando tudo. Já enfrentei esse problema no frigoríco que prestei serviços por 9 anos, claro que não tivemos problemas os 9 anos, mas, quando fomos nos habilitar para exportação e exames e coletas foram realizadas mais frequentemente, verificou-se a existência de níveis acima dos permitidos pela legislação. Acredito que normas de BPf(s), HACCP, PPHO e outras medidas de controle, são essenciais no controle de quaiquer microorganismos dentro de instalações frigoríficas, mas, no caso em questão, o maior controle deve ser realizado no campo. O frigorífico não faz milagre e o controle de qualidade não é assessor direto de Jesus Cristo para perdoar os erros do pessoal do campo, ou até mesmo do próprio frigorífico. Mas vale lembrar que o frigorífico somente transforma o que vem do campo, em algo em condições de armazenagem e consumo para os consumidores que desejarem prazos diferenciados, através do processamento de embalagem e refrigeração. Parece simples não. Mais não é. Manter as condições de processamento dentro do exigido, somente com as normas de controle e pessoal bastante qualificado, capacitado e treinado, visando a manutenção de um bom produto e, atento a seguridade do produto ofertado ao consumidor. Então, para isso, creio que o pessoal do campo deve estar embuído nas normas de 5S, e a galera da sanidade atenta aos níveis sorológicos das matrizes, evitando contaminações verticais, normas de biosseguridade nas instalações avícolas, controles de entrada e saída de pessoal nas granjas de engorda, nos trasportes de ração de toda cadeia. Claro que o uso de produtos aptos ao controle da salmonela são bem vindos, mais como ex-chefe de SIF, se vejo o uso de algum produto para controle de microorganismos, desconfiaria de falha nos processos de controle de qualidade. Vamos aguardar mais colaborações para enrriquecer a discussão. Grande abraço.
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Thiago cavalcante
4 de agosto de 2018
Marcelo de Souza Lima Boa tarde dr. Qual medidas tomar quando um carregamento já vem positivo para o abate? Digo dentro do frigorífico..
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Julian  Borosky
Trouw Nutrition
12 de diciembre de 2011
Prezados Julio e Marcelo, boa tarde! muito obrigada pela participação e pelos comentários! concordo com o exposto de que o agente é de difícil controle e que portanto não podemos pensar em agir exclusivamente no frigorífico, no entanto a maioria dos técnicos ainda se preocupam com o agente unicamente nessa fase. considerando que a principal porta de entrada do agente no animal é a boca, temos que ter consciencia de que devem ser adotadas medidas de controle durante toda as etapas produtivas a fim de se reduzir a contaminação e a carga contaminante ingerida pelo animal. dessa forma, a cadeia deve ser avaliada por análise de pontos críticos e medidas de boas práticas de fabricação e controle de pontos críticos devem ser tomadas. no entanto, entendendo que o agente pode contaminar o animal a partir da ração e da água de bebida, quais as principais ferramentas para controle desse agente nesses alimentos? ainda, quais os pontos a serem discutidos para orientar a escolha? Pontos relacionados a modo de ação, condições fisiológicas do animal que possa comprometer a ação do produto, facilidade de aplicação, espectro de ação, etc.. aguardo comentários! atenciosamente, Julian
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Marcos Rostagno
Selko
12 de diciembre de 2011
Tema bastante apropriado e complexo... As colocações do colega Marcelo De Souza Lima são muito apropriadas e corretas. As condições eco-epidemiológicas no sistema de produção de frangos são muito favoráveis à persistência de Salmonella. Deste modo, o controle não deve jamais ser pontual (i.e., não existe medida "mágica" que resolverá o problema de contaminações por Salmonella). Deve-se desenvolver um programa que começa reduzindo a transmissão vertical (i.e., controle nas matrizes), seguindo na granja de frangos (i.e., higiene, biosegurança, aditivos, etc.), incluíndo o manejo pré-abate (i.e., controle de stress, e de contaminação das gaiolas e dos caminhões de transporte), e continuando dentro do frigorífico até se obter o produto final. Os procedimentos desenvolvidos e aplicados nos frigoríficos são muito eficazes, mas obviamente se a pressão de contaminação que vem das granjas for mantida sob controle. Este é um desafio grande da indústria avícola, que aumenta de importância à medida em que se avança no mercado internacional, e por isso, merece muit atenção por parte de todos envolvidos no sistema de produção e processamento de frangos. Saudações aos colegas.
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Prof. Roberto de Andrade Bordin
Universidade Anhembi Morumbi - Brasil
Universidade Anhembi Morumbi - Brasil
12 de diciembre de 2011
Olá amigos...excelente discussão, as etapas de controle citadas são todas importantes. O conhecimento do produto químico, seu uso e legislação também, porém o que me intriga é que temos todas estas características determinadas e muitas vezes não sabemos por onde começar. Gostaria de propor aos membros deste fórum e a outros que quiserem participar em criar pontos básicos de controle para as etapas de produção da carne avícola. Etapas básicas porém fundamentais para o controle de Salmonela no produto ou mesmo nas instalações. Com certeza com esta definição poderemos ter subsídios para tentar monitorar tal contaminação e exercer controles de sanitização, higienização, desinfecção em boa parte da estrutura produtora de carne de frango.
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Robison De Lara
12 de diciembre de 2011
Saudações colegas, acredito que alem de ter implantado todas as ferramentas de segurança alimentar BPF, PPHO, HACCAP e outras que podem ser pertinentes ao tipo de frigorifico, devemos ter em conta que toda a cadeia produtiva ante mortem deve ser avaliada, nascimento, crescimento e engorda utilizando Programa de auto controle (PAC) de rastreabilidade em todas as etapas, e depois realizando um mapeamento dos pontos, desta forma poderá conseguir identificar qual é o ponto em que exija um controle mais eficaz.
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Marcelo de Souza Lima
12 de diciembre de 2011
Saudações a todos os colegas, vejam que maravilha esse f[orum produz. Já foram colocadas várias sugestões para a problemática salmonela, gerando o que dizem os especialistas : um toró de parpites. Lembrando-se de uma espinha de peixe, com a boca engolindo a salmonela e as espinhas sendo as medidas, devemos nos lembrar que esse problema é mais cultural que biológico. Temos que contar com o comprometimento de todos os envolvidos na cadeia avícola, pois, todas as sugestões aqui geradas, devem ser geridas e coordenadas por pessoas. Posso assegurar a todos, que durante os meus vinte e poucos anos de dedicação a cadeia avícola, já atuei em todas as fases, exceto avós, e asseguro que não existe alimento mais seguro que carne de ave. A seguridade alimentar em tempos modernos vai ser o diferencial competitivo dentro da cadeia avícola mundial, onde a competitividade da produção de grãos, asociada a capacidade técnica de produção, clima, mão de obra e indústria moderna e competitiva, fazem do Brasil e dessa maravilhosa cadeia, o país de eleição para a produção de uma carne segura e de sabor natural, perseguido mundo a fora. Portanto, essa mentalidade deve estar estampada na mente do chão de fábrica ao mais alto empresário do ramo, por isso, afirmo veementemente que salmonela é um problema mais cultural que biológico. Grande abraço a todos.
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José Alberto Scarpelini
13 de diciembre de 2011

Cumprimento aos colegas pelos comentários aqui expostos, é por ai, mas há muito mais a ser explorado no que se refere a Salmonella. O caminho racional para abordar este tema é em primeiro lugar descrever com detalhes a cadeia produtiva do produto, neste caso, o frango, desde a origem dos ovos destinados a eclosão das avós (bisavós se possível), matrizes, frangos, logística de transportes envolvidos, rações, fábricas e transportes, funcionários (do Porteiro ao Presidente, não adoto a expressão "Chão de fábrica", é depreciativa no meu entendimento), considerar aspectos culturais e regionais, colheita de amostras e programa de amostragem, laboratórios de diagnóstico e procedimentos técnicos, etc.... Tudo isto parece "Samba do crioulo doido", mas esta é a logística a ser adotada para a "Guerra" contra a Salmonella na cadeia produtiva. A meta no primeiro momento a ser estabelecida deve ser a redução de 50% de incidência, a cada cumprimento da meta, com isto ir estabelecendo a "Tolerância Zero", se é que isto é possível. Um conselho para as empresas que adotam programa de bonificação para funcionários, jamais adotar a meta de Samonella para bonificação, ela será mal estabelecida e ser for estabelecida rigorosamente, ela sera desmotivante e o programa de redução de Salmonella será abandonado lentamente. Há outros mecanismos e metas que podem ser estabelecidas que motivam o programa sem desmotivar os participantes. Em resumo a cadeia produtiva deve ser atacada em todos seu detalhes, as condições culturais jamais devem ser esquecidas, os aspectos regionais devem ser sempre ser levados em consideração, nunca esquecer dos terceiros. A política do "PP" (do Porteiro ao Presidente) deve ser adotada e cultivada com muita paciência, competência, habilidade e ação. Abraços a todos.

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Luis Fernando Vergamini Luna
Opta Alimentos e Insumos
29 de diciembre de 2011
Particularmente acredito que Salmonella seja apenas um sinal de todo um quadro a ser monitorado e melhorado de forma continua. Aparentemente outro microorganismo conhecido e de menor expressão de nossa atenção tem sido o Campilobacter, obviamente por seu menor risco à saúde humana, questiono aos senhores se a monitoria de Campilobacter poderia nos trazer indícios de diversos níveis de suceptibilidade a Salmonellas? Outra questão; lembro aos senhores que as fontes de MP de ração tem seus personagens importantes no que diz respeito a Salmonellas como as farinhas de origem animal, mas que igualmente importantes são os farelos vegetais que para a exportação são tratados com produtos a base de Ac. Formico ou Formaldeido e que internamente não temos estudado a MP. Agradeço e parabenizo a iniciativa da discussão.
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Marcelo de Souza Lima
29 de diciembre de 2011
Saudações aos colegas e Próspero Ano Novo, quem sabe com novas discussões, como sugere o colega Luis Fernando. Claro que o problema Salmonella é um indicativo de falhas nos controles de biosseguridade e, que possivelmente, a fábrica de ração podeter um papel fundamental nesse aspecto. Outros patógenos podem sim ter relação com salmoneloses, mas, cada caso é um caso, o importante é blindarmos o nosso produto de seguridade.
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