Prezado amigo Penz,
como sempre, clareza e objetividade são marcas essenciais dos seus comentários e palestras. Me farto quando tenho que ouví-lo ou ler algo que você compartilha conosco.
De fato, concordo plenamente com você quado diz que devemos fazer prevalece o conhecimento toda vez que um leigo emite, por ouvir dizer, uma opinião que não seja verdade.
Com essa postura tenho ouvido das pessoas menos cultas, que sou enjoado, metido, que gosto de aparecer, que sou puxa saco, que defendo o setor que paga as minhas contas e outras injúrias que não me recordo, mas não deixo que algo que sei que não é verdade, seja repassado para frente.
Em relação ao mito dos hormônios, quanto mais no interior adentramos, mais forte é a crença, mas, já diminuiu bastante. Mais o que mais me espanta, ainda nos dias atuais, são posicionamentos de profissionais da área de medicina que emitem opiniões desfavoráveis à avicultura sem nenhum embasamento científico, por mera falta de ética profissional. Isso me assusta, por que hora dessas posso precisar de desses profissionais e aí, como fica? Morro de medo de médicos, se bem que há excessões.
Outro dia, somente ilustrando a gravidade do assunto, presenciei em uma mesa de restaurante, dois amigos comendo um frango assado e deixando de lado a ponta da asa e a sambiquira, questionando um deles o por que, a resposta quase me mata do coração, pois, ele relatou que era prescrição médica, por ser as duas partes onde mais se depositavam os hormônios consumidos pelos frangos. Pasme.
Não me restou outra opção a não ser, também por prescrição médica, embora acompanhada da expressão veterinário, que ele trocasse de médico, por que senão, corria o risco de ser morto por utra prescrição errônea e, de quebra, passei meu cartão com meu CRMV e meu endereço com telefone inclusive, para caso o mesmo não concordasse com o meu prognóstico.
Portanto, devemos sim, emitir a nossa opinião toda vez que tivermos certeza e convicção da verdade.
Grande abraço.
Quer em uma solução para por fim a toda esta discussão? Adotar uma sistemática chamada RASTREABILIDADE. Protocolos Técnicos devem ser elaborados por Médicas(os) Veterinárias(os), no que tange ao exercício pleno da Profissão, por Zootecnista idem e ponto final. Uma vez formatados todos os Protocolos, estes devem ser submetidos a aprovação por um organismo maior.Implantados, devem ser monitorados. Solicita-se uma Pré-Certificação.Tudo em ordem, Certifica-se o produto. Primeiro deve-se se Certificar o Sistema de Produção. Depois Certifica-se o Produto e por fim a Propriedade. E então se os tais hormônios estiverem presentes,não se Certifica e ponto final.
A Medicina Veterinária tem que entender que existe um organismo INMETRO e uma organização chamada ABNT e que deve-se sim, deve-se buscar nestes organismos as NB's que parametrizem ações. Existe um sub-comitê na ABNT que trata de assuntos (NB's) que podem e devem ser estimulados, estudados,implementados,no que diz respeito à avicultura. Por exemplo.O MAPA não tem competência internacional para Certificar ISO-9000; HACCP. Tem competência para certificar sanidade animal. No item nutrição tem. Mas não pode emitir um Certificado internacional. É neste tópico que as CERTIFICADORAS acreditadas internacionalmente fazem a diferença e em especial na RASTREABILIDADE. O dia em que a ABAV e a congênere de exportação, se entenderem em implantar um único sistema de RASTREABILIDADE, que vai dos Matrizeiros (RASTREABILIDADE ESPECÍFICA PARA MATRIZES), Incubatório (idem); Fábrica de Ração (idem), Sistemas criatórios (idem) Apanha e Transporte, afora a industrialização, todas estas discussões e polêmicas deixarão de existir, para que reine o entendimento técnico.
Obrigado Elizangela!
Realmente, sempre que tivermos oportunidade, devemos nos pronunciar e nos posicionar.
Um abraço
Meus prezados:
Recebo seus comentários com muita satisfação.
Sempre devemos nos posicionar com relação a informações indevidas e que possam comprometer o nosso segmento. Pessoas leigas têm causado este tipo de confusão na opinião pública. Se não nos posicionamos com segurança e objetividade, fica o impasse de quem está com a verdade. Neste caso, temos a verdade e devemos defendê-la.
Aproveito para convidá-los para assistir o programa Roda Viva, da TV Cultura, na próxima segunda feira, dia 9 de julho, às 22:00 horas, quando o Prof. Bertechinni estará discutindo este e outros assuntos relacionados à avicultura.
Um grande abraço a todos e mais uma vez obrigado por suas considerações.
Mário Penz.
" A INGUINORÂNCIA É QUE ASTRAVANCA O PORGUESSO DO BRASIL",isto dito por um boiadeira amigo meu, que tinha uma visão muito clara e prática da vida e do cotidiano pecuário no qual convivia. Anos passados e me deparei com ele em uma Exposição de Gado Nelore. E durante o evento fomos almoçar em uma churrascaria, onde ele ouviu que a carne produzida no Brasil, continha uma quantidade enorme de hormônios. Simplesmente ele quase foi esclarecer o fato ao vizinho ao lado. Calma e muita calma, aconselhei.
Agora imaginemos este tipo de comentários diante de um assador de frangos (televisão de cachorro), diante de um balcão frigorífico de frangos ou em um supermercado? Qual seria o estrago?
Na realidade o que falta é isto não é tarefa de nós Médicas(os) Veterinárias(os), são ações pontuais de marketing institucional, onde se faça esclarecer à população consumidora quais os Protocolos empregados na produção de um simples e solitário frango de corte. Desde a Genética (bi-savós e etc0 até o incubatório. Toda a cobertura vacinal, nutricional, Bem Estar Animal, Boas Práticas Avícolas, Segurança Alimentar e etc.
E por fim, com um celular de última geração e com frango vivo, perguntar ao que "astravanga o proguesso.."
sabe quanta tecnologia embarcada tem no seu celular em relação a este frango vivo? Não sabe? No seu celular tem 5% de tecnologia embarcada e neste frango tem 95% e mais de 50 anos de pesquisa pura.
Quanto aos hormônios? Bom até que eu concordo com o seu uso. Nas academias dos puxadores de ferro, para servirem de exemplo, que o uso de hormônio leva a um câncer de fígado, a um câncer de pâncreas e ...
Parabéns pelo artigo.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
Meu caro amigo Mario Penz,
Interessante sua disseratção sobre a evolução da avicultura e suas razões porque a avicultura não se utiliza de hormônios. No entanto gostaria de enfatizar dois pontos: 1o. os hormônios normalmente utilizados na pecuária são estrogênicos e, aqui refiro-me a mamíferos. Os estrogênios quando utulizados na forma adequada e como prescrita promove uma melhoria na eficiência alimentar e acabamento das carcaças (REPITO EM MAMÍFEROS). Nas aves, por sua natureza fisiólogica, o uso de hormonios estrogênicos não tem qualquer ação benéfica.
Mário todos da avicultura deviam, toda vez que aparece um falso técnico apregoando qiue os frangos crescem da forma atual por causa de hormonios, deveriam lançar um desafio no sentido de pedir que estes técnicos apresentassem qualquer produto a base de hormonios vendidos OTC com a finalidade de melhorara a eficiência dos frangos. Caso não apresentassem deveriam ser processados destinando vultuosa quantia a instituições de caridade. Só com punições exemplares estes destratores da avicultura moderan que não sabem a diferença entre ficção e ciência pensarão duas vezes antes de divulgar inverdades.
Um abraço
Alfredo Navarro de Andrade, Ms, PhD
Tenho uma grande curiosidade: hormônios de crescimento nos frangos, é injetável no primeiro dia de vida? Porque compramos lote de cem pintainhos por exemplo, sempre vem alguns que parecem não ter recebido o hormônio e não desenvolvem. Já criamos por diversas vezes pintinhos caipiras juntos com os de granja comendo a mesma ração e não tem o crescimento acelerado igual. Logo o hormônio não está na ração. Podem informar?
Isto é, existem normas e controles que permitem sancionar a quem eventualmente usasse nas aves hormônios substancias potencialmente tóxicas ao consumidor humano?