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pastagem hemarthria produção leite

Produção e qualidade da pastagem de Hemarthia altissima cv. Flórida em sistemas de produção de leite manejada com princípios agroecológico

Publicado: 4 de abril de 2011
Sumário
Resumo  O objetivo deste trabalho foi avaliar a gramínea perene Hemarthria altissima cv. Flórida sob pastejo, no período de março/2007 a janeiro/2008 em três propriedades leiteiras na região do Planalto Norte de SC. Foram utilizadas áreas de um ha em pastejo rotacionado com um dia de ocupação e 28 a 35 dias de de...
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Autores:
Ana Lúcia Hanisch
Universidade Federal do Paraná - UFPR
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Sergio Oliveira
4 de abril de 2011
Como assim 50m ² animal dia? Quer dizer que se eu tiver 1 ha eu posso colocar 200 animais em um dia e depois trocar de piquete. Tem algum dado para resteva de arroz nessa mesma proporção?
Ana Lúcia Hanisch
Universidade Federal do Paraná - UFPR
6 de abril de 2011
Caro Sérgio, No pastoreio rotacionado é possível sim, você fazer o cálculo de 50 m2/UA/dia. Trabalhamos há cinco anos aqui na região com pastagens perenes de verão como hemarthria cv. Flórida, missioneira-gigante (Axonopus catharinensis), estrela-africana e tifton e utilizamos com muito sucesso essa fórmula. O importante é entender que o cálculo é feito para o pasto na altura e densidade adequada. Ou seja, se houver secas ou chuvas em excesso, falta de adubação ou qualquer fator que prejudique o crescimento do pasto, a área/UA deve ser aumentada. Por outro lado, em algumas situações de condições favoráveis, quando o pasto cresce mais rápido é necessário reduzir a área. Mas, esse valor é uma referência bastante precisa para os cálculos de divisão de piquetes. No entanto, para se trabalhar bem dentro desta lógica, a primeira medida é a mudança de mentalidade do produtor e do técnico. Se estamos falando de pasto de qualidade, que permite o uso com 50m2/UA/dia, não podemos pensar em resteva de arroz, não é mesmo? Produção de leite e de carne não deve ser feita em restevas, mas em pastos plantados, manejados corretamente e adubados anualmente. Caso contrário, manteremos indefinitamente, nossos tristes índices da pecuária nacional. Se precisar de maiores informações sobre este tema, por favor entre em contato via e-mail analucia@epagri.sc.gov.br que poderemos enviar fotos e referencias muito interessantes. Atenciosamente, Ana Lúcia Hanisch
Jorge Henrique Gobbi
10 de abril de 2011
Cara Ana! A um tempo atrás tentamos em nossa regiao estabelecer gramíneas de verao, visando baixar custos de volumoso. Esbarramos em um problema que ainda nao sei como resolver. Os consumo de MS nao passa de 1,5 a 2 kg/vaca/dia. Mesmo em sistema rotacionado muito parecido com o do seu trabalho as gramineas das familias das bermudas e ou hemarthias sao pouco consumidas pelo rebanho leiteiro. Descobrimos que para recria de novilhas o sistema funciona perfeitamente, mas nao para o plantel leiteiro (vacas holandesas de 550 a 600 kg, com médias de producao acima de 6000 kg de leite ano). Gostaria de saber se tens dados de consumo e de produtividade usando o volumoso da pesquisa. Obrigado. JHGOBBI
Ana Lúcia Hanisch
Universidade Federal do Paraná - UFPR
11 de abril de 2011
Caro Jorge, bom dia. Profissionalismo na questão da pecuária leiteira é tudo! E para sermos bons profissionais, sejamos técnicos ou produtores, é preciso muita formação. Isso significa, estudar bastante antes de implantarmos algo novo, porque o que é muito bom na minha região, pode ser um fracasso na sua, especialmente, em pastos perenes. Há três questões fundamentais que precisamos estudar bem antes de implantar pastagens: o solo, a espécie e o manejo do pasto. Há ainda a questão do manejo alimentar do rebanho. Para que vacas leiteiras tenham apresentado um consumo tão baixo do pasto ou ele estava 'muito passado' (manejo), ou muito mal nutrido (solo/adubação) ou as vacas estavam recebendo muito concentrado ou outro tipo de alimento que provocou efeito substituição. Embora, acredito que deva ter ocorrido uma junção de dois ou mais desses fatores. É muito comum ocorrer esse tipo de problema com o uso de bermudas, pois com baixa adubação, especilamente N e P, elas tendem a ficar altamente fibrosas e embora olhando de fora, pareçam 'verdes', toda a parte de baixo está pura fibra, o que reduz muito o consumo do gado. Essa característica das bermudas também ocorre com manejo inadequado, especialmente com períodos muito longos de descanso. Como pode ver, Jorge, há muita coisa que precisa ser melhor analisada no seu caso e que acredito, você mesmo, com ajuda de algum técnico ou produtor com experiência, pode começar a analisar mais a fundo e resolver os problemas. O ideal é sempre começar com áreas pequenas, onde possamos aprender. Se precisar de maiores informações, a Epagri possui diversos trabalhos excelentes em várias regiões de SC. Aproveite para conhecer, se houver alguma mais perto de sua região. Att, Ana Lúcia Hanisch
Jorge Henrique Gobbi
12 de abril de 2011
Ola Ana! Obrigada pelas informações
Jorge Henrique Gobbi
12 de abril de 2011
Uma pena vc não ter dados de consumo para q eu possa avaliar melhor nossos resultados. Mas usamos 800 kg de N/ha ano (em forma de uréia) e 90 kg de P/ha ano o ph é neutro e MO ao redor de 3. O ponto de corte ao redor de 25 cm respeitando um pastejo com resteve de 5 cm. Pastoreando um piquete a cada 18 dias. Quanto ao consumo de outros alimentos vacas comendo de 18 a 21 kg de MS/dia não vejo como não suplementar. Mas , tivemos o cuidado de usar as pastagens sempre em horarios de temperatura mais amena e tendo o cuidado de encher as vacas antes de irem para a pastagem. Se tiveres algum dado com relação ao consumo dos animais de vcs ficaria grato em ter informações. Sem mais agradeço vossa compreensâo.
Dario Kuchpel Filho
2 de junio de 2011
OI Ana Vc comentou que chuva demais também prejudica. Tem um número aproximado ? Saberia me dizer também se o Cumaru(arvore leguminosa comom na Amazonia, assim como a Leucena, fixaria quantidades aproximadas de Nitrogênio no solo e ou via folhas que caem ? O fato de contaminar com Rizobium no plantio das mudas de Cumaru, aumentaria na fixação de N no solo ? Parabéns pelo trabalho, acredito muito que temos muito a desenvolver na cultura Pasto e muito obrigado pela atenção. Dario
Ana Lúcia Hanisch
Universidade Federal do Paraná - UFPR
3 de junio de 2011
Bom dia, Dario. Infelizmente, não tenho dados sobre o cumaru. Mas, a leucena é uma árvore interessante para uso forrageiro, pois fixa muito nitrogênio, via rizhobium, e este nitrogênio fica sim disponível nas folhas, em forma de proteína, para os animais. Seria uma espécie interessante para sistemas silvipastoris, desde que se consiga fazer um manejo rigoroso com relação ao controle de novas plantas, pois a leucena é muito vigorosa na dispersão de sementes e se torna facilmente, uma invasora. Há vários trabalhos disponíveis na internet sobre leucena. Um abraço, Ana Lúcia
Augusto Jobim
Augusto Jobim
16 de agosto de 2011
Olá Ana, Sou de Cruz Alta - RS, e trabalho com produção de ovinos. Gostaria de saber como se comporta a Hemarthria em solos argilosos, mistos e arenosos. Qual melhor época para plantio? Qual a resistência a geadas, pois tivemos este ano pelo menos 12 dias corridos de geadas. Onde encontro para venda?
Ana Lúcia Hanisch
Universidade Federal do Paraná - UFPR
18 de agosto de 2011
Bom dia, Augusto. A Hemarthria altissima cv. Flórida tem sido a forrageira mais recomendada para ovinos em SC e a melhor época para plantio é de novembro a maio.
Ana Lúcia Hanisch
Universidade Federal do Paraná - UFPR
18 de agosto de 2011
Bom dia, Augusto. Com relação ao frio, a hemarthria "queima" com as geadas, mas rebrota a partir do final de outubro. O importante é cuidar da fertilidade do solo para permitir que essa espécie perenize. O ideal é manter o pH em torno de 5 e a matéria orgânica acima de 3,5 ou mais. Não conheço pessoalmente cultivos em solos arenosos, mas tanto em arenosos quanto em argilosos, a maioria das forrageiras tem problemas de estabelecimento. O ideal em casos extremos é aumentar o teor de matéria orgânica nos primeiros 10 cm de profundida, pois isso contribui para a melhor estruturação física do solo e consequente desenvolvimento da forrageira. Isso é alcançada com o manejo piqueteado, adição de estercos (bovino, suíno ou aves) e introdução de leguminosas (ervilhaca, trevo branco aí no seu estado). A hemartrhia se reproduz por mudas, de forma que o ideal é você conseguir uma quantidade para fazer um viveiro aí na sua propriedade e depois expandir. Se recomenda a relação 1:10, ou seja, com 1.000m2 de viveiro é possível implantar 1ha de pasto. A Epagri distribui mudas de H. altissima cv. Flórida em pequenas quantidades ou pode indicar produtores que vendem sacos de mudas. Talvez o local mais próximo para você seja Chapecó, onde há uma estação experimental da Epagri e há mudas de hemarthria. Pode conversar com o pesquisador Mário Miranda. Espero ter contribuído. Boa sorte. Ana Lúcia
Augusto Jobim
Augusto Jobim
18 de agosto de 2011
Bom dia Ana, Obrigado pelo retorno. Onde encontro mudas da Hemarthria altissima cv. Flórida? Att. Augusto Jobim
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