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Estratégias para avaliar bem estar animal - Auditorias em frigorífico

Publicado: 1 de fevereiro de 2012
Sumário
INTRODUÇÃO É crescente a preocupação dos consumidores com a forma como os animais são criados, transportados e abatidos, pressionando a indústria ao desafio de um novo paradigma: "trate com cuidado", por respeitar a capacidade de sentir dos animais (senciência), melhorando não só a qualidade intrínseca...
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Autores:
Charli Ludtke
ABCS Associação Brasileira dos Criadores de Suínos
ABCS Associação Brasileira dos Criadores de Suínos
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Romão Miranda Vidal
1 de febrero de 2012

Dra. Charli Ludtke.
Na realidade estamos muito próximos de exigirmos a implantação de Normas Técnicas, tipo ISO 9000, para todo o sistema componente relacionado com a produção, transporte e abate de animais domésticos destinados ao consumo humano. E porque não os exóticos criados em cativeiro.
Estamos diante de um belo trabalho apresentado com conhecimento de causa.
Mas... o que nos chama a atenção é o antes.
Faço das suas palavras as minhas "Para um manejo pré-abate ser efetivo, é necessário considerar todas as etapas do processo, formando um elo harmonioso entre pessoas, instalações, equipamentos e animais, que assegure o sucesso nos procedimentos e, conseqüentemente, no bemestar dos animais."
O queremos dizer é o seguinte. O "antes" são os fatos decorridos desde a condução dos animais para uma central de manejo, onde serão devidamente pesados, identificados e embarcados.
É ai que a coisa de complica. A pressa, a falta de regras e normas destinadas a orientar o embarque, a não capacitação dos funcionários das fazendas, o despreparo dos motoristas, o uso de bastão elétrico ligado à bateria do caminhã em funcionamento, a sonorização absurda dos funcionários que os berros conduzem os animais, são alguns dos pontos a serem considerados.
Não bastassem estes pontos negativos, temos ainda a considerar o estado em que se encontram os caminhões que fazem o transporte.
O panorama brasileiro relacionado com o transporte de bovinos é simplesmente sofrível. As Normas da U.E. a respeito deste assunto exigem:
1- Motoristas treinados e capacitados para transportarem animais bovinos destinados ao abate;
2-Veículos apropriados com divisórias de modo a acomodar os bovinos;
3- Piso anti-derrapante;
4- "Envelope" com todas as orientações técnicas emergenciais em caso de acidentes;
5- Parada obrigatória a cada 9 horas de viagem e 1 hora para que os animais se submentam a dessedentação;
6- Acompanhamento via satélite da movimentação do veículo;
7- Planejamento da viagem - fazenda - paradas- frigorífico;
8- Horário apropriado para o recebimento dos animais de modo a evitar que os animais embarcados fiquem no pátio do frigorífico a espera do desembarque.

O que temos hoje é o seguinte.
O único segmento que opera muito próximo das Normas da U..E. é o da avicultura e com restrições.
Suínos nem comentamos....
Resta então o de bovinos. A pergunta comparativa é uma só.
Por qual razão o transporte de novilhas e touros PO são cercados de todos os cuidados, enquanto inexistem procedimentos e cuidados para com os bovinos destinados ao abate?
Parabén a Doutora e Equipe.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.

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