17/12/2013 | Muito Interessante sua revisão. Ressalto apenas que a produção de carnes por vias alternativas (caipiras, orgânicas, biológicas), ao contrário do que a maioria do público leigo pensa, pode deixar maiores ‘pegadas de carbono’. Exemplo: um frango de corte caipira leva 90 dias para atingir um peso de 2,7 kg com uma conversão alimentar (CA) média de 2,15 e um gasto total de ração de 5,8 kg. Por outro lado, um frango industrial leva apenas 42 dias de idade para atingir os mesmos 2,7 kg, com CA média de 1,7 e consumo total de 4,6 kg de ração. Ou seja o frango caipira gastou mais 1,2 kg de ração por cabeça, além de consumir 48 dias a mais de água para sua manutenção neste período. Sob o ponto de vista de ‘pegada de carbono’ ele foi pior para a natureza. Como você afirma em seu texto as novas tecnologias virão ao encontro das necessidades de redução do impacto ambiental. Parabéns pelo texto.
Obrigado, Paulo, muito importante sua consideração, esclarecendo e dando mais oportunidade para enriquecermos o assunto. Vale a pena lembrar para o público em geral que vai ser 'a pegada de carbono do sistema produtivo' que vai definir o impacto total no meio ambiente, medido pelo impacto de todo o plantel. O plantel industrial é, de forma geral, muito maior que um plantel da ave caipira ou orgânica. Aves caipiras não vão conseguir o mesmo desempenho produtivo, medido pelas taxas de ganho de peso (GP), conversão alimentar (CA) e consumo de ração (CR), de aves industrias em sistemas industriais intensivos, sendo a maior produtividade do sistema como um todo, que engloba produção vegetal em conjunto, o foco produtivo dos sistemas alternativos (caipira, agroecológico ou orgânico). O frango caipira ou orgânico é criado na grande maioria das vezes para aptidão dupla, ovos e carne, em sistemas alternativos, em que as aves se alimentam não só de ração, mas de sobras de horta, insetos, capim, sendo aconselhável a formação de piquetes com forrageiras, com rodízio de pelo menos dois piquetes, de preferência com leguminosas para aumentar a oferta de proteína inclusive. Nesse contexto, o consumo de ração e de água são diminuídos pela ingestão de muita massa verde e de água não só fornecida pelo produtor mas também pela água depositada pela chuva nas plantas e no solo.