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A umidade relativa do ar e seus efeitos sob o conforto térmico de frangos de corte

Publicado: 18 de dezembro de 2013
Sumário
O estado do Ceará ocupa uma posição de destaque na produção de aves no Nordeste do Brasil. Porém, devido ao clima quente da região, na maior parte do ano, os produtores necessitam de cuidados maiores com fatores relacionados à homeostase das aves, uma vez que o desconforto térmico dentro dos galpões pode reduzir o desempenho do...
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Autores:
José Antonio Delfino
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
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Claudia Lana
20 de diciembre de 2013

Vivencio sempre nos meus aviários o que o Professor muito bem colocou acima. Tenho 1 aviário climatizado e 1 convencional. Não importa o tipo de aviário, o mais importante é ficarmos atentos para a temperatura não subir muito. Quando isto não é possível, entram em ação os nebulizadores, que hoje vejo como mal necessário.
Como bem colocou o Professor, quando começamos a ligar muito cedo os nebulizadores, há uma melhora no controle naquele momento da temperatura, mas o aumento excessivo da umidade do ar e também o aumento da temperatura da cama onde as aves estão diretamente em contato causam quase um efeito reverso.
A nebulização é extremamente importante ser feita com uma bomba de pressão adequada para o tamanho do aviário, pois sempre vejo bombas nebulizadoras pequenas em aviários grandes o que a torna ineficiente causando ainda mais prejuízos para as aves porque elas liberam partículas maiores de água dentro do aviário e a velocidade do ar não é capaz de dispersá-la e caem sobre as aves e a cama.
No meu aviário climatizado, tenho as placas evaporativas que são excelentes para controle tanto de temperatura quanto de umidade. A nebulização neste caso é pouco utilizada, somente em dias muito quentes mesmo.
Sobre este assunto faço minha pergunta: No modelo de aviário climatizado, quantos graus acima da temperatura desejada dentro do aviário devo programar as placas evaporativas e a nebulização? (velocidade do ar 2,5m/s) Posso utilizar as placas evaporativas a partir de que idade?

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Marcelo de Souza Lima
19 de enero de 2014

Bom dia Cláudia Lana,
A posição em que você se encontra é exatamente a posição que se encontram os frangos dentro de um galpão no dia de intenso calor, extremamente desconfortável. Afirmo isso por ser criadora, granjeira e outras funções correlatas.
Mas vejo que está muito próxima de encontrar o equilíbrio necessário para obtenção do sucesso. Busco nas palavras do professor a minha convicção: " ...Neste contexto, conhecer mais sobre o ambiente interno dos galpões é de extrema importância para os produtores, pois sua compreensão ajuda a evitar perdas, relacionadas ao estresse térmico, durante o período de criação das aves."
Afirmo com toda convicção que não chega a 1% do volume de pessoas que estão dentro de um aviário que estão dentro do contexto acima.
Quer ver outra questão? Leia o enunciado: "...O excesso de umidade relativa no interior dos galpões de criação faz com que as aves tenham dificuldade em trocar calor através da respiração, que é a principal forma de perda de calor das aves. A situação de estresse térmico sofrido pelas aves foi comprovada através da frequência respiratória, que foi maior no turno da tarde, que teve maior Índice Entalpia de Conforto que o turno da manhã." Com esses dois enunciados, somados a sua pergunta, deixam claro a minha convicção.
Digo isso porque convivo diariamente dentro de aviários na minha região aqui em Goiás, onde técnicos de campo recomendam o uso de nebulizadores ao ponto de molharem a cama. Molhar é pouco, encharcarem a cama em detrimento do bem estar animal, com alta produção de amônia e temperatura com a fermentação dessa cama.
Em relação a nebulização, gostaria de comentar que a mesma depende do bico e da pressão, sendo o mais indicado os bicos de alta pressão, por causa do tamanho da gota. Quanto mais pequena, mais evaporação, quanto mais evaporação, mais temperatura é roubada do ambiente. Lembre-se, o sensor termo-hipotalâmico da ave está localizado atrás da crista, cerca de 30 cm do piso, o nosso cerca de 1,70 m do piso e, ao entrarmos no aviário, temos o mal hábito de avaliar a temperatura para nós e não para as aves.
Em relação a partir de quando utilizar o sistema de refrigeração do aviário, afirmo para você que a partir do momento que acontece o alojamento. A duração vai variar de acordo com a idade. Houve a necessidade, aciona o equipamento. Já alojei pintinhos com câmpanula ligada e nebulizando o interior do galpão, sem problemas. Se a umidade relativa está baixa, somente com placas ou nebulizadores vão aumentar essa variável. Não existe você ter o equipamento e não usar. Mas para isso, o professor foi categórico, tem que ter o conhecimento, sem ele, o resultado é catastrófico.
Gosto muito de comparar a criação de frangos de corte com a Fórmula 1 e, hoje pela manhã em entrevista ao programa Auto Esporte, veiculado pela Rede globo, meu programa predileto do domingo, Felipe Massa foi entrevistado por um outro piloto brasileiro já aposentado, onde ele respondeu uma pergunta do entrevistador da seguinte forma, que encaixa perfeitamente para você: "... a máquina tem que ser competitiva, senão você não ganha nada, mas o homem tem que estar preparado para operá-la..."
Tá aí, do que adianta a tecnologia que você já me questionou, sem pessoas preparadas para operá-la.
Espero ter conseguido expressar o meu pensamento utilizando o brilhante texto do professor, dentro da minha vivência do dia a dia.
Um grande abraço e boas experiências, os frangos agradeceram e seus rendimentos também.

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Claudia Lana
21 de enero de 2014
Prezado Marcelo, sempre com suas sábias opiniões nos ajudando a entender melhor nossa arte. Muito obrigada.
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Walterley Neves
20 de julio de 2014
Olá Cláudia... Estamos em estudos iniciais para o desenvolvimento de sistema computorizadas para automatizar a ambientação de galpões para a criação de frangos de corte, poedeiras e matrizes. Este sistema empregará sensores de umidade e temperatura de grande precisão, resistência mecânica e climática, ligados em uma rede com matriz de posição, o que permitirá saber e mapear com precisão o ponto onde ocorre alguma alteração no ambiente. O sistema faz uma varredura constante dos sensores e aciona o controle dos umidificadores para resfriamento do ar ou de aquecedores eletrônicos, de acordo com a curva térmica adequada para a idade dos frangos... Os aquecedores eletrônicos podem ser acionados e dão resposta quase imediata, podendo aumentar a temperatura do galpão em até 2 graus centígrados por minuto, sem consumo de gás, lenha, madeira ou irradiadores. A redução da temperatura, baseada na umidade relativa e volume de ar, pode reduzir até 15ºC em 20 minutos, então, se o ar externo está em 35ºC, poderemos manter próximo a 20ºC, (abaixo da necessidade real de um criatório.) Isto significa tranquilidade para o produtor, pois todo o sistema irá operar sem necessidade de assistência de operador e gerará relatórios completos, dia e noite. O consumo de energia do sistema será otimizado por empregar processo PWM para controle dos ventiladores, dos evaporadores e dos sistemas de aquecimento. Este trabalho visa reduzir os riscos que as variações ambientais apresentam para os criadores de frangos e sanar as dificuldades para a aquisição de licenças para o corte de madeira ou uso do gás para aquecimento. O processo de aquecimento eletrônico é 3 vezes mais econômico que gás, pois não necessita de irradiadores e troca de componentes. O objetivo deste trabalho é comercializar a tecnologia com empresas fabricantes em regime de royalties. Estamos procurando parcerias para montar um protótipo em tamanho real. Nossa base de pesquisas e desenvolvimento de protótipos é em Florianópolis.
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Walterley Neves
20 de julio de 2014
O controle correto de umidade é crucial... Não podemos deixar a umidade no ponto de saturação, pois ocorrerá a formação de bolsões de umidade e formação de gotículas, que molharão os frangos, a cama e os objetos, dando um resultado completamente oposto. É necessário monitorar o "ponto de orvalho" e a umidade relativa, mantendo-a abaixo de 95% e velocidade do ar adequada para homogenizar os parâmetros. A colocação de sensores a cada cinco metros de distância elimina estes riscos.
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Claudia Lana
27 de julio de 2014
Prezado Walterley obrigada por suas explicações e gostaria de saber mais detalhes sobre o seu projeto. Tenho certeza que se der mesmo certo beneficiará muito nossa avicultura.
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Walterley Neves
4 de noviembre de 2020
Claudia Lana Bom dia .Claudia... ¨anos depois posso informar que tenho a solução adequada para o problema de criação de frangos de corte e ovos ... Desenvolvi uma película térmica que é aplicada sobre o telhado, nas telas voltadas para o por-do-sol, no silo de ração e nas caixas de água... Isto reduz mais de 45% da temperatura dentro dos galpões e facilita a manutenção e crescimento dos frangos. Com a temperatura entre 23 e 28ºC você poderá facilmente ,manter a umidade em torno de 65% com nebulização. Note que as caixas de água estarão muito mais frias, então com pouco volume, você poderá chegar aos níveis adequados. Os animais tomarão água fresca e a ração estará com todos os aminoácidos e nutrientes essências, que não evaporaram em um silo muito quente. Ligue para mim se ainda tiver interesse, (48) 9 8442 2654 WhatsApp.
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Walterley Neves
28 de julio de 2014
Claudia Lana. Com as modernas tecnologias de controle computadorizados de motores, sistema de evaporação, desumidificadores e sistemas de aquecimento eletrônicos, pode-se controlar a temperatura de um criatório com precisão de 0,2 ºC e umidade relativa com variação máxima em torno de 5%. Claro que o custo inicial é a parte mais sensível, mas a melhoria da ambiência e os resultados econômicos são muito compensadores. Estes novos motores, consomem até 40% menos energia e raramente apresentam defeitos. Os sensores podem ser instalados facilmente e tomam pouco tempo, com apenas dois fios muito finos. O produtor poderá ver o mapa térmico de seus galpões até pela internet. Precisamos agora encontrar um produtor que queira instalar em seus galpões para medir na prática os efeitos...
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Gilberto Batista Mendes
5 de mayo de 2016
Claudia ... gostaria de mais informações sobre o seu aviário , pois estou querendo entrar no ramo, mas vejo pelo seus comentários que o mesmo não esta muito promissor.
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Josemar Nunes
4 de julio de 2016
Eu sou técnico agrícola e trabalho em uma granja como granjeiro os frangos quando está com a idade de 40 dias começam a morre acima do esperado p cara que trabalha como técnico pela empresa que coloca os frangos dos que os frangos está morrendo por causa da umidade e criou uma bactéria nos galpões mas eu acho que não é porque a cama não esta empachada o que vocês acham.
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Walterley Neves
4 de julio de 2016
Na verdade, não há necessidade de existir água em forma liquida nos galpões ou na cama de frango para desenvolver bactérias e fungos... A ventilação adequada do ar mantém a umidade (e o ponto de condensação) dentro de limites toleráveis. Os fungos são muito ativos acima de 67% de UR. Muitas bactérias e vírus se desenvolvem com muito menos. Talvez o primeiro passo seja controlar a temperatura, a disponibilidade de água limpa e fresca, a quantidade e qualidade da ração e chamar um veterinário para identificar a causa.
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Eduardo Mariano da Silva
29 de agosto de 2016
Boa noite caro Josemar Nunes, concordo plenamente com Walterley Neves para mortalidade nesta idade a temperatura muito além da zona de conforto causada por falta, quantidade reduzida ou mau posicionamento dos ventiladores, aliada a pouca importância dada ao alimento chamado água primordial a sobrevivência das aves, além de muitas vezes sendo as aves agredidas pelo fator ração que deveria ser fator positivo primordial na sobrevivência das aves, se torna negativo e agressivo com o grande volume de micotoxinas e clostridios encontrados na mesma, pra agravar tudo as grandes impresas integradoras por questões de custo deliberam cada dia um maior volume de aves para técnicos e veterinários assistirem, causando assim uma maior demora nos diagnósticos e possíveis correções dos problemas encontrados.
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Fátima Maria Tóth de Sena
3 de febrero de 2019
Bom dia Sou granjeira tô com frango de 43 dias estou usando a nebulização e a placa evaporativa minha região está fazendo uma calor com sensão térmica de 48 ,mesmo assim a minha mortalidade aumentou observo que mesmo fazendo a esses procedimentos aumentou minha mortalidade mas do esperado
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Walterley Neves
4 de noviembre de 2020
Fátima Maria Tóth de Sena Fatima Maria, hoje tenho a solução para a mortalidade em sua granja... Estou finalmente aplicando a Película Ecologic-Termic em granjas em Canarana. Cuiabá, Bastos e Campinzal, que reduz a absorção de calor do sol em até 45%... Com isto, a temperatura nos seus galpões, silos de ração e caixasd de água ficam dentro da zona de conforto térmico dos animais e ele sobrevivem tranquilamente com a temperatura externa acima de 40ºC... Veja o site ecologictermic.com.br
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alexandre de souza
18 de marzo de 2022
tenho uma pergunta a umidade do ar do meu galpão está alta sem eu usar a nebulização. oq pode ter causado essa umidade alta e o que fazer para baixa-la???
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Marcelo de Souza Lima
21 de marzo de 2022
alexandre de souza, como estás, tudo bem? Vejamos o que podemos fazer exercitando o raciocínio. Para UR aumentar é necessário termos água nesse ar. Você comenta que não está utilizando a nebulização, portanto, uma das possibilidades desse aumento não é possível. Você não relata período chuvoso, o que naturalmente aumenta e muito essa presença de água no ar, aí concluo que também não pode ser a causa. Também não comentou nada sobre as cortinas estarem sendo utilizadas em conjunto com ventiladores e exaustores, que através de uma programação equivocada, também poderia causar um aumento de umidade relativa do ar. Outra possibilidade muito boa, seria a temperatura elevada, levando a ave a lançar mão de um mecanismo compensatório de perda de calor aumentando diurese através das fezes e eliminando calor através da água, aumentando assim a umidade relativa da cama e consequentemente do seu galpão. Alexandre, verifique o que mais próximo dessas possibilidades poderá estar associada a sua elevação de umidade relativa e não se esqueça de dar retorno, a sua dúvida pode ser a de mais gente, inclusive eu.
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alexandre de souza
21 de marzo de 2022
Marcelo de Souza Lima. muito obrigado por tirar minha duvida.sou novo nesse ramo e na sua explicação eu consegui achar o erro. a temperatura estava um pouco elevada.
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Marcelo de Souza Lima
28 de marzo de 2022
alexandre de souza, que bom que resolveu seu problema. Gostaria de ressaltar que a evaporação da água, que se transformará em Umidade Relativa, só acontece mediante TEMPERATURA que evapore o excesso de água. Assim, esse vapor de água será expulso pelas correntes de ar produzidas pelos ventiladores/exaustores, abaixando assim a temperatura do seu galpão. Simples assim, poreém, difícil de se manejar por que precisa de um certo conhecimento básico das variáveis temperatura, Ventilação e UR.
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ROMÃO MIRANDA VIDAL
11 de abril de 2022
Esse assunto, na realidade implica em várias consequências, com impacto direto no desenvolvimento do frango. A diversidade climática brasileira implica diretamente no custo final do frango, por metro quadrado. Essa interferência climática é visível nessa diversidade climática. No Sul do Brasil, mas especificadamente, abaixo do Paralelo 24, temos uma situação que varia de clima temperado frio moderado até frio severo, com temperaturas abaixo de 5 graus, no período que vai do Outono ao Inverno. Em compensação na Primavera e Verão pode-se notar temperaturas na faixa dos 28º graus em média. Some-se a isso, a umidade presente no "meio ambiente" , representada pela excreções naturais das aves - fezes e urina -que de certa forma contribuem para tal. Existe no momento a prática de adensamento de aves por metro quadrado. Explica-se. Quanto mais quilos de peso vivo se obtiver por metro quadrado, maior ser a lucratividade e a rentabilidade. Em estudos promovidos pelo Dr. Joji Ariki, ficou demonstrado que: " Na experiência com 22 frangos por metro quadrado, por exemplo, o peso médio caiu de 2,2 quilos para 2,1 quilos. Mesmo assim, observa o pesquisador, “o que se obtém, no caso das 22 cabeças, é um peso total de 46,2 quilos por metro quadrado, contra a média de 22 quilos por metro quadrado, quando nesse espaço estão 10 aves. O resultado econômico é, em princípio, muito bom”. Outro detalhe: “Com um maior número de animais eliminando as fezes num mesmo espaço, temos mais umidade, mais fermentação, mais amônia concentrada ali, facilitando o surgimento da coccidiose, por exemplo, uma doença protozoária, ou problemas com doenças respiratórias provocadas por micoplasma”. E tem o fator Oxigenção, que poderemos comentar futuramente. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal
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Thales baierle
10 de junio de 2023
Qual a umidade excelente dentro do aviário e quando o período é chuvoso como falso para baixar
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