“Acreditamos que vamos superar o momento de crise”, defende Turra
Publicado:25 de julho de 2018
Fonte :Associação Brasileira de Proteína Animal - ABPA
A reversão da espiral negativa em torno do clima de crise setorial foi a principal defesa do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra , durante sua apresentação no Global Agribusiness Forum (GAF), ontem, em São Paulo (SP).
Palestrando no painel “o consumo de Proteína direcionando a expansão agrícola”, o ex-Ministro da Agricultura destacou uma mudança de postura setorial em relação aos problemas de imagem enfrentado nos últimos meses. “Eu acredito que o Brasil aprendeu uma lição: de passar a defender o seu produtor e o seu produto. Às vezes nós pegamos uma exceção e fazemos um baita estrago lá fora”, destacou.
Turra fez uma reflexão sobre o histórico do setor produtivo, que ao longo de 40 anos, exportou mais de 60 milhões de toneladas de carne de frango e 9,3 milhões de toneladas de carne suína, e nunca registrou qualquer caso de problema de saúde pública comprovadamente vinculado aos produtos embarcados a 203 países nos cinco continentes. “Ao longo de quatro décadas, nós nunca tivemos problemas que envergonhassem o nosso setor”, destacou.
Neste sentido, o presidente da ABPA afirmou que os problemas pontuais, transformados na divulgação à imprensa como uma situação generalizada, mostra a importância de uma reversão da postura brasileira em torno dos problemas internos. “Nós não aplaudimos quem tem más prática, comete irregularidades. Não aplaudimos, jamais. Quem é global não pode errar! Mas os outros países, estão imunes de problemas? Não. Veja os casos de Salmonella nos EUA, de Influenza Aviária e até problemas de qualidade com proteínas animais na Europa. Mas não vendem para nós estas informações com a mesma ‘crueza’ o que nós vendemos lá fora. Não chegam com a mesma intensidade que chegam as nossas notícias lá fora. Eu vi reproduzido no México a mesma manchete: Brasil vende carne podre para o mundo. Uma mentira, propagada. Mas é uma lição para nós, como nação, sobre a importância de se defender diante destas inverdades”, ressalta.
Em meio a um dos momentos de profunda crise setorial, o presidente da ABPA destaca os diferenciais competitivos como caminho para a retomada. “Há poucos anos estávamos no terceiro lugar em produção de carne de aves no mundo. A China estava na frente, era o segundo maior produtor. Hoje somos nós, e continuamos a liderar o comércio internacional avícola. Somos fortes, também, na produção e na exportação de carne suína. Somos diferenciados, nunca tivemos casos de Influenza Aviária e somos livres de várias doenças no setor de suínos. Nosso setor o agronegócio, tem fundamento na ciência, na tecnologia e na inovação. Tenho toda crença de que nós vamos superar este momento”, afirma.
Com o presidente da ABPA, participaram do Secretária-geral do International Poultry Council, Marília Rangel , o CEO a Minerva S.A., Fernando Galletti de Queiroz, e o Consultor para o Desenvolvimento Sustentável entre o Brasil e a Alemanha, Bernd dos Santos Mayer. O painel foi moderado por Arnaldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebuínos (ABCZ).
Dentre as inúmeras frases e argumentos verdadeiros, do texto do ex-Ministro Turra, destaco uma que, para mim, é o mais importante: “...mudança de postura setorial em relação aos problemas de imagem enfrentado nos últimos meses”.
Creio que temos que voltar no tempo, fazer o “mea culpa”, e reintroduzir o tradicional modelo de gestão por qualidade & produtividade, e não nos guiarmos apenas pelo “jovem e moderno modelo”, exclusivamente político-financeiro, que nos conduziu a crise atual.
Com excesso de qualidade, que sempre tivemos, e temos, gastaremos muito menos energia para argumentar com nossos clientes, países e blocos econômicos.
nao sou agricultor mas sou filho de um . eles precisa de ser apoiado com todas as forcas do governantes e dos bancos porque um pais rico e aquele que produs muito alimento .este e um pais primeiro e ezemplo para outros e ter sempre alguem para acompanhalos nas qualidade
O fundamento da qualidade, não é o lucro. O fundamento da qualidade é o serviço. Caso a qualidade não fosse tão lucrativa, ainda assim as empresas deviam preferir seguir uma política de qualidade sobre uma politica de lucro.
Trabalhamos ou emprendemos para nos sustentar e para ser útiles à sociedade que integramos. Poderá até ser que isso nos de mas dinheiro do que realmente necessitamos, mas esse extra de dinheiro não deveria ser nunca o objetivo.
A medida que vajamos substituindo esse conceito de lucro predatorio por outro de serviço iremos evoluindo para uma humanidade melhor.
Com plena convicção superaremos. O Brasil e os brasileiros são muito maiores que esses problemas pontuais. É lamentável ver pessoas opotunistas querer se promoverem diante das cadeias produtivas agropecuárias que já contribuíram muito para o desenvolvimento nacional e mundial. Temos muitas virtudes e fortes credenciais para alimentar melhor o Brasil e contribuir para a redução da fome no mundo.