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Estresse por calor em frangos de corte

Publicado: 1 de junho de 2021
Por: Jackelline Cristina Ost Lopes, Mabell Nery Ribeiro, Vânia Batista de Sousa Lima | Fonte: Revista Eletrônica -Nutritime
Sumário

Possuindo um sistema termorregulador mais adapta-do para reter calor do que para dissipá-lo, o estresse por calor é um dos maiores entraves na criação de frangos de corte limitando a produtividade, principal-mente na região Nordeste do Brasil. A busca por me-lhores índices zootécnicos e econômicos frente aos desafios gerados pelo ambiente onde as aves são criadas, tem estimulado pesquisas relacionadas a modificações na estrutura dos galpões e nas dietas como alternativas para tentar amenizar os prejuízos causados pelas altas temperaturas sobre o desempe-nho dos animais. Desta forma, objetivou-se apresen-tar a influência do estresse por calor sobre os parâ-metros de desempenho produtivo e sanidade avícola, discutindo as possíveis estratégias relacionadas à infraestrutura e a manipulação nutricional de rações visando atenuar os efeitos negativos das altas tempe-raturas em frangos de corte.

Palavras-chave: avicultura, desempenho, infraestru-tura, nutrição, temperatura.

INTRODUÇÃO
A criação de frangos de corte em escala industrial, dentre os diversos sistemas de produção animal, foi o que apresentou os maiores índices de evolução nos últimos anos, tornando-se uma das atividades mais importantes para a economia brasileira. Grande parte desse dinamismo decorre dos avanços nas áreas de nutrição animal, melhoramento genético, sanidade e ambiência. Além disso, o setor tem sido impulsionado pelo crescimento da demanda associada à mudança no padrão de consumo populacional, devido ao pro-cesso de substituição de carne vermelha pela carne branca (CARVALHO et al., 2008).
Por outro lado, apesar do alto potencial para produti-vidade, a criação de frango de corte segue enfrentan-do desafios à medida que novos e eficientes índices produtivos são alcançados, mostrando-se suscetível a um grande número de variáveis, destacando-se, dentre elas, os fatores ambientais, que interferem diretamente na expressão do potencial genético, na eficiência de utilização de nutrientes e nos aspectos sanitários das aves (OLIVEIRA et al., 2006).
Assim, esta revisão de literatura tem como objetivo apresentar a influência do estresse por calor sobre os parâmetros de desempenho produtivo e sanidade avícola, discutindo as possíveis estratégias relacio-nadas à infraestrutura e a manipulação nutricional de rações visando atenuar os efeitos negativos das altas temperaturas em frangos de corte.
 
TERMORREGULAÇÃO DAS AVES
Homeotermia e zona de conforto térmico
As aves são animais classificados como homeotérmi-cos, apresentando a capacidade natural de manter a temperatura interna constante (BRIDI, 2010). Do pon-to de vista termodinâmico, significa que as aves estão em troca contínua de calor com o meio, entretanto, este processo só se mostra eficiente quando a tempe-ratura ambiente se encontra dentro de certos limites de conforto térmico (ABREU & ABREU, 2011).
A zona de conforto térmico, ou zona de termoneutra-lidade, pode ser definida como sendo a faixa de tem-peratura ambiente efetiva que proporciona conforto térmico e reduz a taxa metabólica a seu nível mínimo, ou seja, uma zona de temperatura ambiente em que o animal mantém a temperatura corporal com a mínima utilização de mecanismos termorreguladores. Dessa maneira, a fração de energia metabolizável destinada à  termogênese é mínima, e a energia líquida destina-da à produção é otimizada (FURLAN, 2006).
Para pintos de um dia, Furlan & Macari (2008) relatam a zona de conforto térmico dentro de uma tempera-tura ambiente entre 33 e 35°C com umidade relativa entre 65 a 70% e, com o desenvolvimento do frango de corte e a consequente maturação do sistema ter-morregulador, que atinge sua plenitude entre 10 e 15 dias de vida pós-natal, a zona de conforto térmico é reduzida de 33 para 24°C, com quatro semanas de idade e, para 21 a 22°C com seis semanas de idade.
Fora da zona de conforto térmico, os animais respon-dem com alterações comportamentais, bioquímicas e fisiológicas (NAZARENO et al., 2009), refletindo em decréscimo produtivo, reprodutivo e da resistên-cia do organismo, sendo que extremos podem vir a ser letais. A condição ambiental deve ser manejada, na medida do possível, visando à permanência dos animais na sua faixa de conforto térmico, pois nes-sas condições, os sistemas de regulação de tempe-ratura atuam com um dispêndio menor de energia, o que implica em ganho de peso e conversão alimen-tar mais eficiente, dentre outros benefícios (LIMA et al., 2009).
 
EFEITOS DO ESTRESSE POR CALOR EM FRAN-GOS DE CORTE
Respostas fisiológicas e comportamentais
Frangos de corte, quando expostos a temperatura ambiental acima de 25°C, apresentam temperaturas da cloaca e da pele significativamente aumentadas (HAN et al., 2010), o que sugere redução na capaci-dade de perder calor, e quando expostas a tempera-turas agudas extremas, entram em quadro de hiper-termia elevando a taxa de mortalidade na produção (SILVA et al., 2007).
As aves em estresse por calor abrem as asas man-tendo-as afastadas do corpo, expondo a região ventral altamente vascularizada, eriçam as penas e promovem vasodilatação periférica, intensificando o fluxo sanguíneo para a superfície corporal e áreas não cobertas com penas (pés, crista e barbela), com a finalidade de facilitar a perda de calor para o am-biente (TAN et al., 2010).
Han et al. (2010), ao submeterem frangos de corte de quatro semanas de idade a temperatura elevada (35°C) de forma cíclica (3 horas/dia), observaram si-nais visíveis de estresse por calor nos animais. Os autores relatam mudanças comportamentais como aumento significativo da taxa respiratória (animais ofegantes) e uma distribuição dispersa no interior das gaiolas com a permanência das aves próximas aos bebedouros com água potável. Em trabalho similar, Tan et al. (2010), após exposição aguda de frangos de corte a diferentes condições de temperatura, pu-deram observar, dentre outros parâmetros, mudanças comportamentais significativas como asas abertas, ofegação, penas eriçadas, aumento no consumo de água, depressão e fezes aquosas.
Influência sobre o desempenho produtivo
Quando expostas a alta temperatura ambiente, as aves diminuem substancialmente o consumo de ali-mento (BOIAGO et al., 2013), reduzindo os substra-tos metabólicos disponíveis e a consequente produ-ção de calor endógeno. Além disso, o aumento na concentração plasmática de corticosterona observa-do sob condições de estresse por calor (QUINTEI-RO FILHO et al., 2010), altera o turnover protéico, aumentando a taxa de quebra da proteína muscular com consequente elevação da produção de calor e piora no desempenho.
Frangos de corte, alojados em ambiente com tempe-ratura fora da zona de conforto térmico, necessitam desviar energia para buscar a manutenção da home-otermia, considerada a função basal mais importante e prioritária, em detrimento do desempenho produtivo (OLIVEIRA et al., 2006).
Os processos como ofegação e abertura das asas, na tentativa de dissipar calor, exigem gasto de energia extra. Portanto, durante altas temperaturas, há redu-ção na eficiência de utilização dos alimentos, tendo por resultado uma taxa de conversão alimentar ge-ralmente mais elevada (OLANREWAJU et al., 2010).
Influência sobre o sistema imune e sanidade avícola Temperaturas elevadas podem alterar o funcionamento do sistema imunológico em frangos de corte, com redução do peso dos órgãos, da resposta de anticor-pos e da habilidade fagocítica de macrófagos. Essas alterações podem ser justificadas pelo elevado nível de corticosterona no plasma sanguíneo, com diferentes graus de involução do sistema linforreticular, por meio de mecanismos de apoptose e, consequentemente, supressão da imunidade humoral e daquela mediada por células (QUINTEIRO FILHO et al., 2010). O peso proporcional e a morfologia de órgãos linfoides são uti-lizados frequentemente para estimar a imunidade das aves frente a condições adversas (RAO et al., 2013).
Quinteiro Filho et al. (2010), ao submeterem frangos de corte de 35 a 42 dias de idade a duas fontes es-tressoras de calor (31 ± 1°C e 36 ± 1°C/ 10 h por dia) observaram aumento da mortalidade e diminuição no peso relativo da bolsa cloacal e timo. Os autores afirmam que, em aves mantidas em condições de estresse por calor, ocorre ativação do eixo hipofisário -hipotalâmico-adrenal com consequente aumento dos níveis circulantes de corticosterona que possui efeito catabólico sobre os órgãos linfoides, ocasionando in-volução precoce desses tecidos e, consequentemen-te, supressão da imunidade, diminuindo a resistência do animal a patologias.
Diante do exposto, práticas, no intuito de atenuar os efeitos deletérios das altas temperaturas sobre as res-postas fisiológicas e produtivas dos frangos de corte, devem ser pesquisadas. Entre as várias alternativas disponíveis destacam-se as modificações estruturais e o manejo nutricional.
 
INSTALAÇÕES PARA FRANGOS EM CLIMA QUENTE
Elementos construtivos
Nos últimos anos, a indústria avícola passou a buscar nas instalações e na ambiência, a possibilidade de melhoria no desempenho de frangos de corte, prin-cipalmente, quando criados em ambientes com tem-peraturas elevadas (OLIVEIRA et al., 2006). A troca de calor da ave com o ambiente é fortemente afetada pelas instalações quando estas promovem o equilí-brio térmico desejável (LIMA et al., 2009).
As variáveis ambientais como temperatura, umidade relativa do ar, ventilação e radiação solar são importantes indicadores da qualidade do ambiente para a ave por serem agentes estressores (SILVA et al., 2007). Mudanças no ambiente de criação que di-minuam as condições de estresse por calor podem melhorar o conforto animal e proporcionar melhores resultados na produção de aves (JONES et al., 2005).
As condições ambientais requeridas pelos animais podem ser atendidas por edificações a partir de uma boa concepção arquitetônica, planejada e construí-da para diminuir a ação direta dos fatores climáticos (CARDOSO et al., 2011). A orientação leste-oeste em galpões para confinamento de animais é recomen-dada universalmente, a fim de minimizar a incidência direta do sol sobre os animais através das laterais da instalação, já que, nesse caso, o sol percorre ao lon-go do dia sobre a cumeeira da instalação (RESENDE et al., 2008).
A alta incidência de radiação solar sobre a cobertura das instalações avícolas é um dos principais causa-dores do estresse térmico em aves (MACHADO et al., 2012). Cravo et al. (2009) descrevem que o ambiente das instalações deve ser planejado com isolamento térmico a fim de reduzir os efeitos negativos diretos do clima sobre as aves. As condições climáticas do galpão, em função dos efeitos da radiação direta e in-direta natural sobre as instalações, sempre apontará a necessidade de intervenção para amenizar os efei-tos do estresse por calor sofrido pelas aves, uma vez que os galpões avícolas no Brasil são predominante-mente abertos, sem nenhum tipo de fechamento e/ou isolamento térmico (PAULA et al., 2014).
O telhado é o elemento construtivo mais importante de uma edificação, e tal fato deve-se à grande área de interceptação de radiação e que, em regiões tropi-cais, a escolha adequada da telha torna-se fator prin-cipal para o conforto térmico (SAMPAIO et al., 2011). De acordo com Tonoli et al. (2011) telhas de fibroci-mento são adequadas em relação a conforto térmico, pois apresentam baixa condutividade térmica e capa-cidade de calor específico elevado, possuindo assim menor difusividade térmica.
A pintura de telhado é um artifício simples e eficiente na redução da temperatura de aviários. A cor branca da superfície externa do telhado de amianto é eficiente na redução da temperatura da superfície interna da cobertura, pois reduz em até 9,0°C a temperatura no horário das 13 horas (SARMENTO et al., 2005). Sam-paio et al. (2011) indicam que as telhas cerâmicas e de fibrocimento pintadas de branco na face superior promovem alta eficiência na interceptação da ener-gia solar, sendo as mais indicadas para cobertura de edificações para produção de animais. No entanto, Passini et al. (2013), ao avaliarem a intervenção am-biental na cobertura sobre índices de conforto para aves de corte, perceberam que apenas a utilização de pintura não é eficiente.
O forro sob o telhado é também uma alternativa de conforto térmico para aves uma vez que serve como barreira física à radiação recebida e emitida pela co-bertura no interior do aviário, permite a formação de camada de ar junto à cobertura contribuindo na redu-ção da transferência de calor para as aves proporcio-nando melhor desempenho das frangos de corte em aviários com forro quando comparado aqueles cria-dos em aviários sem forro (ABREU et al., 2007).
A cor das cortinas usadas para fechar os lados dos aviários convencionais pode influenciar as condições térmicas do interior do aviário. De acordo com Ver-cellino et al. (2013) a cortina de cor azul confere me-lhor ambiente térmico para frangos de corte quando comparado as cores preta e amarela. Porém, Abreu et al. (2008) observaram melhores resultados de de-sempenho de frangos de corte para lotes de verão em aviários com cortina amarela.
 
SISTEMAS DE RESFRIAMENTO NAS INSTALA-ÇÕES AVÍCOLAS
Climatização dos galpões
Mesmo com a implantação de instalações avícolas adequadas, atingir o conforto térmico no interior das instalações avícolas, face às condições climáticas inadequadas, torna-se um desafio. A climatização se torna então, uma saída estratégica para se criar uma situação de certa independência do clima externo (BUENO & ROSSI, 2006).
Ventiladores e exaustores compõem o sistema de ventilação artificial dos aviários. O aumento da velo-cidade de circulação do ar através da utilização de ventiladores pode aliviar o estresse térmico uma vez que aumenta as trocas de calor do animal com o am-biente (YAHAV et al., 2004). Os exaustores são utili-zados para executar a ventilação negativa conhecida como túnel de ventilação (NOWICKI et al., 2011) que capta o ar quente no interior do aviário e lança para o exterior. Sistemas de ventilação, fixo e oscilante, são suficientes para amenizar as condições térmicas internas do aviário em relação ao ambiente externo, proporcionando temperaturas dentro do aviário de 4°C a 6°C abaixo da temperatura externa (ABREU & ABREU, 2011).
Na aplicação do sistema de resfriamento evaporativo (SRE), realizada com placas porosas e nebulização, ocorre uma alteração ambiental a partir da mudança do estado da água e da temperatura, melhorando as condições de conforto térmico das aves em climas quentes.
O uso de SRE reduz da temperatura de bulbo seco do ar em até 11°C (CARVALHO et al., 2009). O ma-terial das placas evaporativas pode influenciar nos ín-dices zootécnicos de frangos de corte. A pesquisa de Damasceno et al. (2010), comparando dois tipos de placas porosas, o tipo sombrite conferiu um aumento de 15% na mortalidade das aves em comparação ao tipo celulose, sendo que isso provavelmente deve ter ocorrido em função das piores condições térmicas ob-servadas no aviário.
A nebulização, que consiste em pequenas partículas de água pulverizadas no ar, no interior dos galpões permite o controle da temperatura e umidade do am-biente. O manejo sincronizado do sistema de venti-lação e nebulização mostra-se insuficiente para con-trolar os altos níveis de estresse nas aves quando o clima se encontra em temperatura elevadas (BUENO &  ROSSI, 2006). Welker et al. (2008), ao avaliarem a temperatura média corporal (TMC) nos diferentes sis-temas de climatização de aviários, constataram que a utilização associada de ventiladores e nebulizadores conferiu a menor TMC das aves aos 51 dias de idade.
Além de ventiladores e nebulizadores, Furtado et al. (2005) sugerem a utilização de aspersão de água so-bre a cobertura do aviário como técnica de acondicio-namento térmico. De acordo com Tinôco (2001) essa técnica sobre a cobertura produz redução da temperatura da telha simultaneamente por evaporação da água em contato com a telha, evaporação da água da lâmina sobre a telha, transferência de calor da telha para a lâmina de água e remoção de calor sobre a cobertura por meio do ar já resfriado evaporativamen-te. Todo esse processo leva à redução do gradiente térmico que chega à superfície inferior da telha, e, consequentemente, da carga térmica de radiação so-bre as aves, favorecendo as condições térmicas das instalações em períodos de calor.
Com isso, instalações adequadas e sistemas de cli-matização são medidas essenciais para o conforto térmico no interior de instalações avícolas. Entretan-to, considerando que algumas modificações térmicas ambientais são onerosas, a manipulação nutricional da dieta também é considerada uma ferramentas para otimizar o desempenho de frangos de corte du-rante os meses quentes do ano, com consequentes benefícios econômicos aos produtores.
 
MEDIDAS NUTRICIONAIS PARA AMENIZAR OS EFEITOS DO ESTRESSE POR CALOR
Adição de óleos e gorduras
Os óleos e as gorduras surgiram como excelentes fontes de energia e ácidos graxos essenciais na ali-mentação das aves, elevando o aporte energético das rações, no sentido de compensar a baixa inges-tão de nutrientes decorrente da queda no consumo em climas quentes e melhorar a palatabilidade. Além disso, proporcionam menor incremento calórico quan-do comparado aos carboidratos e proteínas, e favore-ce a absorção de vitaminas lipossolúveis (NOBAKHT et al., 2011).
Um fator relevante sobre a adição de fontes lipídicas na ração é a influencia que exercem na taxa de passa-gem de alimento, diminuindo a velocidade da mesma, que favorece a digestibilidade dos demais nutrientes, uma vez que permanecem mais tempo no trato diges-tório (FURLAN & MACARI, 2008), processo conheci-do como efeito extra-calórico das gorduras.
Ao selecionar a fonte de gordura a ser utilizada para formular a dieta, alguns cuidados devem ser tomados, pois óleos como o de soja, canola, nozes, linhaça e peixes são ricos em ácidos graxos poli-insaturados, logo, devem ser utilizados em quantidades mínimas na dieta, por terem baixos níveis de antioxidantes e serem especialmente susceptíveis a rancidez oxi-dativa e destruição de vitaminas A e E, podendo até mesmo causar alterações no sabor da carne de aves. Além disso, as fontes de gordura ricas em ácidos gra-xos poli-insaturados contribuem para um maior acú-mulo de gordura abdominal, afetando a qualidade da carcaça.
Redução de proteína bruta
Dentre as medidas adotadas com o intuito de reduzir os prejuízos causados pelo estresse por calor tem-se a redução da proteína bruta da ração, suplemen-tando-a com aminoácidos sintéticos como a lisina e a metionina, o que permite que as aves tenham um ba-lanço destes nutrientes que atendam essencialmente as suas exigências nutricionais (MATOS et al., 2011).
Os avanços das indústrias de aminoácidos sintéti-cos possibilitou a formulação de rações destinada a atender as exigências específicas dos aminoácidos essenciais e, com isso, os níveis de proteína bruta das dietas reduziram significativamente. A partir daí, passou-se a elaborar dietas aplicando-se o conceito de proteína ideal, ou seja, fornecendo um balanço de aminoacídico equilibrado, evitando excessos e defici-ências, de modo que supra a demanda de todos os aminoácidos essenciais para mantença e favoreça a máxima deposição protéica (LIMA & SILVA, 2007). Portanto, a suplementação de aminoácidos essen-ciais em dietas composta por proteínas de baixa qua-lidade ou com imbalanço aminoacídico, melhora o desempenho dos animais em climas quentes por pro-porcionar menor incremento calórico, além de redu-zir a excreção exagerada de nitrogênio no ambiente (DAGHIR & LEBANON, 2009), que é altamente preju-dicial devido ao seu elevado poder de contaminação.
Suplementação de vitaminas e minerais orgânicos A vitamina C, também conhecida por ácido-ascórbi-co, participa de importantes reações metabólicas no organismo, atuando como um co-fator enzimático, ajuda a manter a integridade do epitélio da mucosa e da parede dos vasos, atua na formação dos glóbulos vermelhos do sangue e do controle dos níveis de cor-ticosteróides circulantes. As aves naturalmente sinte-tizam vitamina C para o crescimento e metabolismo, a partir da glicose-1-fosfato, salvo em condições de estresse por calor (FURLAN & MACARI, 2008), pois essa capacidade não é suficiente nestas condições, devido à paralização dos processos enzimáticos en-volvidos na sua síntese (BETERCHINI, 2006) haven-do, portanto a necessidade de suplementação.
Segundo Yunianto et al. (1997), em aves expostas à   temperaturas em torno de 34ºC a concentração plasmática de corticosterona tende a aumentar em condições de muito frio ou muito calor. A vitamina C aumenta a degradação de corticosteroides liberados durante o estresse, controlando seus níveis circulan-tes (SAHIN et al., 2003), sendo assim, a suplemen-tação de vitamina C nas dietas de frangos de corte estressados pelo calor, uma medida nutricional capaz de melhorar o desempenho e a resposta imune das aves nestas condições.
Além de estimular a liberação de corticosteróides e catecolaminas, o estresse por calor, intensifica a peroxidação dos lipídios nas membranas, incluindo membranas de células de defesas, como linfócitos T e B (LAGANÁ & RIBEIRO, 2007). Neste aspecto, a vitamina E destaca-se pela sua importante função an-tioxidante, pois intervém na estabilização dos ácidos graxos poliinsaturados, da fração lipídica das mem-branas celulares, evitando a formação de lipoperóxi-dos tóxicos, capazes de formar lesões nos vasos san-guíneos e na estrutura das células, dessa maneira, a vitamina E aumenta a resistência à doenças.
O selênio também exerce um papel relevante na ma-nutenção da integridade das membranas celulares, ativando a enzima glutationa peroxidase, que age sobre os peróxidos já formados, destruindo-os (BE-TERCHINI, 2006). Assim como o selênio, o zinco também deve ser considerado em animais desafiados pelo calor, pois durante a resposta imunológica, seu nível no sangue reduz, pois esse mineral participa da síntese de metalotioneína no fígado (protege contra danos oxidativos) e, por isso tem sua absorção eleva-da, provocando aumento na exigência deste mineral (RIBEIRO et al., 2008).
Suplementação de eletrólitos
Embora modificações dietéticas tenham sido empre-gadas para superar os efeitos adversos do estresse por calor, muitas destas técnicas não mostraram resultados satisfatórios em temperaturas mais eleva-das, isto pode ser justificado pelo fato de não se con-siderar as perdas eletrolíticas em animais submetidos ao estresse por calor, que podem alterar o equilíbrio ácido-básico no organismo (AHMAD & SARWAR, 2006).
Neste contexto, o fornecimento de dietas com base no conceito de balanço eletrolítico e a suplementação de eletrólitos na água ou nas rações para frangos de corte tem sido sendo proposta para corrigir alterações no equilíbrio ácido-básico decorrentes do estresse por calor (VIEITES et al., 2011). Tal suplementação é feita com a adição de compostos alcalinos para elevar o balanço eletrolítico ou de compostos ácidos a fim de reduzi-lo, conforme a necessidade de cada caso. Dentre os compostos alcalinos, os mais utiliza-dos na suplementação são: o bicarbonato de potás-sio (KHCO3), o bicarbonato de sódio (NaHCO3) e o carbonato de potássio (K2CO3). Dentre os compos-tos ácidos destacam-se o cloreto de potássio (KCl), o cloreto de amônio (NH4Cl) e o cloreto de cálcio (DALL’STELLA, 2008).
Valores muitos altos (340 e 360 mEq/Kg) e muito bai-xos (0 mEq/kg) podem resultar em alcalose metabó-lica e acidose, respectivamente. Em estudo realizado por Ahmad & Sarwar (2006), as aves estressadas pelo calor alimentadas com balanço eletrolítico de cerca de 250 mEq /kg apresentaram melhor desem-penho, parâmetros sanguíneos e fisiológicos (pH, bicarbonato, pressão de CO2, hematócrito, hemoglo-bina, heterofilos, linfócitos e relação heterófilos:linfó-citos) mais estáveis, bem como os níveis de glicose, Na K e Cl. Além disso, aumentaram a retenção de eletrólitos (Na, K e Cl), na tentativa de manter o equi-líbrio ácido-base.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Modificações ambientais e estratégias nutricionais que visem melhorar a produção avícola, sobretudo em ambientes quentes, amenizando os efeitos nega-tivos do estresse por calor é de grande valia, pois o bem estar e conforto térmico, não só na produção de frangos de corte como em todos os setores da produ-ção animal, são determinantes para se alcançar altos níveis de produtividade. Todavia, a literatura existente dispõe de informações conflitantes dos reais efeitos e os benefícios destas práticas sobre os parâmetros de desempenho e imunidade de frangos de corte man-tidos em condições naturais de estresse por calor. Assim, são necessários mais estudos, na perspectiva de se obter um produto final de qualidade com preço acessível.

 

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Autores:
Jackelline Cristina Ost Lopes
Mabell Nery Ribeiro
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ROMÃO MIRANDA VIDAL
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ROMÃO MIRANDA VIDAL
7 de junio de 2021
O material em pauta, foi muito bem elaborado e nos resta, parabenizar as (os) autores. Muito bem apresentado, didático, pedagógico, técnico, atual, Como Médico Veterinário, com a devida vênia, peço permissão e acrescentar alguns pontos. A Avicultura - Postura e Corte - é um ramo da Medicina Veterinária, que mais se destaca na nossa Profissão, haja vista, os investimentos até então ocorridos nesses últimos 50 anos. Citamos a Genética Avícola, Nutrição, Sanidade, Boas Práticas Avícolas, Programa Nacional de Sanidade Avícola, Produção de ovos SPF, vacinação "in ovo", Avicultura de Precisão aliada a Inteligência Artificial, Dinâmica de Custos de Produção/ hora/ frango alojado e por ai vamos. No nosso entender, e aqui não vamos entender como crítica, o passamos expor. O posicionamento dos galpões em relação aos pontos cardeais, na citação de TINÔCO (2001) recomenda o posicionamento longitudinal dos galpões no sentido leste-oeste, evitando-se o sobreaquecimento pela forte insolação nas longas tardes de verão. Outro fator que chama a atenção refere-se ao plantio de árvores tanto ao redor dos núcleos de produção, como entre os galpões. Árvores que produzam ramagens que efetuarão o sombreamento e dissipação do que chamo de " ilhas de calor" representada pela coleção de galpões. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal
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