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Nutrição Matrizes Produtividade

Nutrição de Matrizes para a Máxima Produtividade

Publicado: 16 de março de 2010
Por: Carlos Augusto Q. Borges (C Borges Consultoria - Porto Alegre-RS)

Introdução

Devido ao constante progresso genético que vem ocorrendo nas linhagens de conformação avícola destinada à produção de carne, cada vez torna-se mais importante a preocupação com avanços tecnológicos nas áreas de nutrição, manejo e sanidade. Essa exigência deve-se a grande pressão de seleção a que são submetidas as aves, para aumentar a produção de ovos incubáveis, melhorar a eficiência alimentar e ter uma maior persistência de postura.
Entretanto, frangos de corte oriundos destas matrizes apresentam uma característica típica de uma melhor conversão alimentar, melhor conformação e melhor rendimento de carcaça, fatores estes importantes para a rentabilidade das indústrias. Estas qualidades são destinadas para o frango de corte, mas são problemáticas para o desempenho reprodutivo das matrizes, pois  na genética, quase sempre, quando buscamos selecionar uma característica desejável, esta por sua vez é acompanhada por uma indesejável. Segundo ROBINSON (1993), existe uma forte relação negativa entre o peso corporal e a produção de ovos.
A correta nutrição de matrizes pesadas é importante uma vez que a finalidade não é somente produzir um grande número de ovos, mas também pintos viáveis para um bom desenvolvimento até o abate. Para chegarmos a uma correta nutrição para estas aves, são necessárias as determinações das exigências dos mais variados nutrientes.
Exigência de proteína bruta e alguns aminoácidos essenciais
A matriz de corte necessita de proteína para o crescimento, produção de ovos e mantença. Mas, em virtude da ave ser tão grande em relação à massa de ovos que produz diariamente, suas exigências para mantença predominam (LEESON, 1999).
Dos vários trabalhos que foram publicados para verificar o efeito de diferentes níveis de proteína bruta a grande maioria foi feita com poedeiras e poucos são aqueles desenvolvidos com reprodutoras de frangos de corte na fase de produção.
As linhagens modernas de matrizes de corte de alto rendimento possuem grande capacidade de crescimento muscular e, mesmo quando aves adultas, ainda podem converter o excesso de proteínas e aminoácidos em músculos. Isto evidencia que o controle de peso corporal em aves adultas, atualmente, envolve a distribuição consciente, tanto de proteínas como de energia. Outra característica importante das aves de conformação é a tendência de acumular gordura mais tarde, por isto devemos ter cuidado especial na curva de peso destas aves e observar o momento certo da retirada do alimento após pico de postura para mantermos a persistência de produção.
HARMS & WILSON (1979), sugeriram um consumo de 23g de PB/ave/dia quando a dieta fosse à base de milho e farelo de soja. WILSON & HARMS (1984), não encontraram diferença significativa na produção de ovos, na fertilidade e na eclodibilidade quando as aves ingeriram 23,3g a 19.9g de PB/ave/dia com 24 a 64 semanas de idade (tabela 1).
Tabela 1. Produção de ovos, fertilidade e eclodibilidade em matrizes de corte alimentadas com diferentes níveis de proteína no período de  24  a  64 semanas de idade.
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LEE et al. (1985), fizeram um experimento para determinar o melhor consumo diário de proteína para matrizes de corte no período de 24 a 64 semanas de idade. Foram testados sete níveis de consumo de proteína variando de 16 a 28 g/ave/dia, com aumento de 2g entre tratamentos. O consumo diário de energia foi variável durante o período experimental, mas não variou entre tratamentos. Considerando o período total do experimento, não houve diferença significativa na produção de ovos das aves que receberam 16 a 22 g de PB/ave/dia. Entretanto, as aves que ingeriram 24 g ou mais de PB apresentaram um decréscimo significativo na produção de ovos (tabela 2).
Tabela 2. Desempenho de matrizes de corte de 24 a 64 semanas de idade submetidas a diferentes níveis de proteína na dieta.
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Quanto a massa e eclodibilidade dos ovos, os autores afirmam que não houve efeito significativo do consumo de proteína. Os autores concluíram que a ingestão mínima de proteína em matrizes de corte para a máxima taxa de produção e peso dos ovos é de 20 g de PB/ave/dia.
PROUDFOOD (1980), determinou que a necessidade de PB/ave/dia é de 20.9g para obter os melhores resultados produtivos com as aves de 24 a 64 semanas de idade. Por outro lado, PEARTON & HERRON (1981), observaram que o consumo de 19.4g de PB/ave/dia é o suficiente, pois com essa quantidade não ocorreu perda de produção no número de embriões mortos, na fertilidade e na eclosão de ovos férteis.
O N.R.C.(1984), refere-se a exigência para reprodutoras de frangos de corte 22 g de PB/ave/dia. Entretanto, RHONE POULENC (1987), recomenda 21g de PB/ave/dia para a fase de produção.
WALDROUP et al. (1976), sugeriram que as exigências de proteína para matrizes de corte, tanto para produção de ovos como para o peso dos ovos, eram comparáveis, enquanto outros pesquisadores (SPRATT & LEESON, 1987) relataram exigências de proteína de 20 g por ave/dia, para que fosse atingida uma produção de ovos ótima, e 25 g de PB/ave/dia, para que fosse atingido o peso máximo do ovo.
JENSEN (1986), alerta que, se os níveis de proteína bruta na dieta de reprodutoras forem muito altos, poderá ocorrer uma diminuição na taxa de produção de ovos.
WHITEHEAD et al. (1985), testaram dois níveis de proteína (13.7 e 16.8%) e observaram que o nível de 13.7% de PB resultou em maior produção de ovos, melhor eclodibilidade de ovos férteis e aumento na porcentagem de pintos viáveis em relação à dieta com 16.8% de PB.
Tabela 3. Influência do nível de proteína da dieta no desempenho de reprodutores pesadas, no período de 26 a 60 sem.
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No Brasil, COUTO (1988), avaliou os efeitos de quatro níveis de ingestão de proteína 18, 20 ,22 e 24 g/ave/dia em dietas com 12, 13.33, 14.67 e 16% de PB no desempenho reprodutivo de matrizes pesadas no período de 26 a 52 semanas de idade. O autor concluiu que o consumo de 20 g de PB/ave/dia foi o nível mínimo para satisfazer as exigências de proteína em matrizes de frangos de corte no período de 36 a 52 semanas de idade (tabela 4). Por sua vez, CAVE et al. (1990) observaram que 15.5% de PB na dieta de reprodutoras de frangos de corte alojadas em boxes no período de 33 a 44 semanas de idade, aumentou significativamente o peso e a massa dos ovos em relação a uma dieta com 13.5% de PB; no entanto, a produção de ovos e o número de ovos incubáveis não sofreu o efeito dos níveis de PB. Já LOPES E LEESON (1995), compararam dietas com diferentes níveis de proteína bruta ( 10, 12, 14 e 16%) com 2.900 kcal de EM/kg para reprodutoras de frango de corte. Observaram que a eclosão melhorou à medida que a proteína diminuiu, indicando que o menor nível de proteína usado na dieta melhorou a fertilidade e não a sobrevivência embrionária; todavia, os mesmos autores, com base no trabalho de PEARTON & HERRON (1982), citam que altos níveis de proteína prejudicam a eclodibilidade e aumentam a mortalidade embrionária (tabelas 5 e 6).
Tabela 4. A influência dos níveis de PB na dieta de matrizes de corte de 26 a 52 semanas de idade.
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Tabela 5. Efeito dos níveis de PB na dieta de matrizes de corte de 30 a 64 semanas nos parâmetros reprodutivos.
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Tabela 6. Efeito da ingestão de PB nos parâmetros reprodutivos  de matrizes de corte
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De acordo com o N.R.C. (1994), o consumo de 20 g de PB/ave/dia é o suficiente para o pico de postura e um excesso de consumo de proteína bruta por dia, a partir de 26 g, tem efeito adverso na eclosão.
Chamamos a atenção para o que ocorre na prática nas granjas de matrizes pesadas: a maioria dos matrizeiros trabalha com o aumento da quantidade de ração durante a semana e não levam em consideração os níveis de proteína e energia utilizados na formulação das rações de produção.
BRUM (1994), conduziu um experimento com reprodutoras pesadas de duas linhagens diferentes no período de 24 a 56 semanas de idade, estudando diferentes níveis de PB (12, 13.5, 15, 16.5 e 18%). O autor concluiu que o nível de proteína bruta pode ser reduzido para 12% em dietas de reprodutoras de frangos de corte na fase de produção. Contudo, não se pode deixar de levar em conta que a redução do nível de PB em dieta para reprodutoras deve ser acompanhada do suprimento de aminoácidos de acordo com suas exigências.
Várias pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de diminuir o teor protéico das dietas compensando-o com a suplementação de aminoácidos essenciais sintéticos, principalmente metionina e lisina. Todavia, é fato conhecido que, para a síntese de uma proteína, é necessária a presença simultânea de todos os aminoácidos essenciais e não essenciais exigidos para sua formação.
ASHLEY E UZU (1985) comentaram que, embora os aminoácidos não essenciais possam ser sintetizados nos animais, a característica "não essencial" também depende da quantidade de proteína bruta da dieta. Com baixos níveis de proteína na dieta, os aminoácidos não essenciais podem não ser sintetizados em quantidades suficientes, tornando-se essenciais.
Uma alternativa é definir o nível ótimo de proteína bruta da dieta e a ingestão de aminoácidos necessários para maximizar a produção de massa do ovo (BOWMAKER & GOUS,1991).
HARMS et. al. (1979), em dois experimentos com reprodutoras de frangos de corte, por um período de 40 semanas de produção, estudaram as exigências diárias de aminoácidos sulfurados (AAS). Os autores concluíram que a exigências de AAS para reprodutoras de frangos de corte está entre 721 e 841 mg/ave/dia. Todavia, sugerem uma ingestão diária de 850 mg/ave/dia.
HARMS & WILSON(1980), conduziram um experimento com matrizes pesadas de 24 a 64 semanas de idade, alojadas em boxe. Observaram que foi necessário o consumo entre 400 e 478 mg de metionina e entre 722 e 839 mg de AAS para máxima produção de ovos. Entretanto, não verificaram efeito dos níveis de MET e AAS na fertilidade e eclodibilidade dos ovos férteis.
Tabela 7. Produção de ovos, peso corporal, fertilidade e eclodibilidade de matrizes pesadas alimentadas com níveis diferentes de proteína e aminoácidos.
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FREEMAN & VINCE, citados por PEARSON, (1989), advertiram que para a reprodução de aves é necessário que os aminoácidos estejam presentes em quantidades suficientes no ovo para proporcionar um ótimo desenvolvimento do embrião e aumentar o nascimento de pintos viáveis.
WALDROUP et. al. (1976), testando a suplementação adicional de aminoácidos em dietas com níveis baixos de proteína para matrizes de corte, alojadas em boxe, no período de 24 a 56 semanas de idade, compararam o consumo diário de 14.5; 16.0; 18.0; 20.0; 22.0; e 24.0 g de PB/ave/dia e mais duas dietas com 14.5 ou 16.0 suplementadas com 200 mg de metionina e 200 mg de lisina/ave/dia. Os autores verificaram que a suplementação de 200 mg de metionina e 200 mg de lisina nas dietas baixas em proteína não melhoraram o desempenho das aves. Eles concluíram que outros aminoácidos diferentes de metionina e lisina estariam deficientes ou em níveis marginais nas dietas com baixa proteína.
A partir de um estudo realizado através de dois experimentos com reprodutoras de frangos de corte no período de 28 a 64 semanas de idade, alojadas em boxe, WILSON & HARMS (1984), sugeriram como exigência diária para reprodutoras de frangos de corte na fase de produção, 20.6 g de PB, 754 mg de AAS, 400 mg de MET, 938 mg de LIS, 1379 mg de ARG e 256 mg de TRP.
SAVAGE & BUCKNER (1987), concluíram que as exigências de PB, MET e AAS para peso corporal, mortalidade, fertilidade, eclodibilidade e número de ovos são, respectivamente, 20.3 g, 325 mg e 670 mg, correspondendo a uma ração com 16% de proteína bruta, 0,28% de metionina e 0,53% de aminoácidos sulfurados. BOWMAKER & GOUS (1991), sugeriram que as exigências para matrizes pesadas de 3 kg, produzindo 45 g diárias de ovos, eram de 793 mg de lisina e 321 mg de metionina.
HARMS & IVEY (1992), afirmaram que as exigências diárias de lisina para produção de ovos, peso dos ovos e produção de massa do ovo para matrizes de corte no período de produção, eram de 824, 805 e 820 mg, respectivamente, quando a ingestão de proteína era maior do que 18.6 g/ave/dia.
CAVE et al. (1991) estudaram a necessidade de aminoácidos sulfurados no período de produção de matrizes de corte, com a variação da ingestão de proteína de 21.6 g/ave/dia até 24.8 g/ave/dia, suplementadas com AAS de 816 até 1056 mg. Os autores concluíram que o consumo de 912 mg de AAS/ave/dia resultou em um aumento na massa e produção de ovos incubáveis.
BOWMAKER & GOUS (1991), demostraram que pequenos aumentos na ingestão de aminoácidos, principalmente metionina e lisina, que estavam próximos dos níveis ótimos, resultam em resposta proporcionalmente igual à taxa de postura e peso dos ovos, mas quando existiam deficiências severas de metionina e lisina, a produção de ovos era reduzida em maior grau do que o peso dos ovos.  Isto comprova que as aves em primeiro lugar diminuem a produção de ovos e mantêm os ovos produzidos com o mesmo peso. Somente após a diminuição da produção que observamos uma diminuição significativa do tamanho do ovo.
Esta informação sugere que para se estabelecer a ingestão ótima de proteína e aminoácidos para matrizes pesadas, devemos prever as alterações na produção de massa de ovos, no lugar de respostas independentes para produção e peso dos ovos.
Segundo BORGES (2004), além das mudanças que ocorreram na genética destas linhagens também se observou mudanças na prática de manejo destas aves, sendo a mais importante a introdução do sistema Dark House em cria e recria de matrizes.
A partir da introdução do Dark House nas linhagens de conformação, houve um deslocamento da curva de produção. As matrizes que até então entravam em produção com 24 semanas de idade e apresentavam o pico de postura ao redor de 33 ou 34 semanas, hoje apresentam maturidade sexual precoce, pois quando são transferidas para o galpão de postura convencional por volta de 22 semanas de idade, já começam receber ração de postura e não temos controle sobre a luminosidade, principalmente em períodos de luz crescente. Estas aves que tiveram o seu comportamento fisiológico modificado, atingem o pico de postura com 28 ou 29 semanas e apresentam uma seqüência de ovulação de até 10 ou mais óvulos. Estas alterações têm influenciado o tamanho dos ovos e das suas respectivas gemas, o que interfere diretamente no tamanho dos pintinhos oriundos destes ovos. Existe uma correlação positiva entre o tamanho do ovo e o tamanho do pintinho, que por sua vez pode afetar o desempenho do lote.  A gema é a principal fonte de nutrientes e de imunidade passiva durante os três primeiros dias de vida do pintinho. Por estas razões recomendamos três tipos de rações de postura para matrizes pesadas de alto rendimento (postura 1; postura 2 e postura 3). Somente assim poderemos associar as exigências nutricionais das matrizes em produção nas diferentes fases.  
Na fase inicial (24 a 34 semanas de idade) estas aves ainda estão muito jovens, no período de crescimento, por isso devemos aumentar o aporte de ração antes do pico de postura para contemplar o incremento na taxa de postura. Desta forma evitaremos que as aves diminuam o ganho de peso corporal, tendo em vista que isto está associado à perda na persistência de postura e qualidade de pintos. Portanto, estas aves precisam de nutrientes para suprir as exigências de mantença, crescimento e produção, pois produzem neste período ao redor de 50 ovos, necessitando de uma ração rica em proteína, ácido linoléico e aminoácidos essenciais tais como metionina e lisina, que estão diretamente associados ao tamanho dos ovos e, conseqüentemente, ao tamanho dos pintinhos. Recomendamos o uso de uma ração com 15% de PB, 0.80% de lisina, 0.36% de metionina, 0.63% de metionina+cistina e 2.0% de ácido linoléico com um consumo de 165g de ração/ave/dia. Isto representaria um consumo diário de 24.8 g de PB, 1320 mg de Lis, 595 mg de Met, 1040 mg de Met+Cis e 470 kcal de energia metabolizável.
Esta ração deve ser fornecida em um período curto de tempo para evitar um aumento de peso corporal, pois sabemos que aves obesas diminuem a produção de ovos e a fertilidade.  
Trabalhos recentes feitos no Brasil, como BARRETO et al. (1999) e DELGADO (2000), mostram que 14% de proteína bruta na ração que representa entre 23-24g de PB/ave/dia é o suficiente para máxima produção, eclosão e fertilidade de lotes de matrizes de cortes no pico de postura.
Na ração postura 1 (35 a 45 semanas de idade), devemos usar níveis intermediários dos nutrientes citados anteriormente, pois esta ave já está em um período pós-pico, diminuindo a produção de ovos. A ração postura 2 ( 46 a 66 semanas de idade),  deve ter níveis adequados à produção, pois neste período devemos pensar em diminuir o tamanho dos ovos,  visando melhorar o aproveitamento  dos ovos grandes, porque eles não cabem em muitas bandejas de incubatório. Entretanto, como é do nosso conhecimento, na prática o acréscimo de um tipo de ração pode ser um problema de logística para as fábricas de rações. Neste caso, teríamos a alternativa de aumentar estes aminoácidos diretamente na ração de postura 1 (23 a 35 semanas de idade) e postura 2 ( 36 a 65 semanas de idade). Uma vez que a maturidade sexual precoce e o tamanho do ovo têm uma influência importante no aparecimento de prolapso, devemos estar atentos; entretanto, isto pode ser corrigido com práticas de manejos, principalmente com o controle do programa de luz.
No Brasil, SOARES et al. (1988), estudando consumos de 790, 915, 1040 e 1165 mg de lisina/ave/dia, com quantidade fixa de 156 g de ração/ave/dia, observaram que para melhorar a produção de ovos e a conversão alimentar, a exigência de lisina foi de 915 mg/ave/dia.
KUANA et al. (1988), estudaram as exigências nutricionais de energia metabolizável e AAS para reprodutoras de frangos de corte no período de 45 a 60 semanas de idade. Concluíram que o melhor desempenho das aves foi com um consumo de 427 kcal de EM e 750 mg de AAS/ave/dia.
Mais recentemente, HARMS & RUSSEL (1995), ao reavaliarem as exigências de lisina em reprodutoras de frangos de corte as 32 semanas de idade, verificaram através de regressão que o consumo de 845 mg de lisina/ave/dia foi suficiente para melhor produção e massa de ovos. E os mesmos autores (1995), verificaram que o consumo de 718 e 323 mg de AAS e metionina resultou em melhor peso e massa de ovo em matrizes de corte no período de 34 a 40 semanas de idade (tabela 8).
Tabela 8. Desempenho de reprodutoras de corte submetidas a diferentes consumo de PB, AAS e metionina.
Nutrição de Matrizes para a Máxima Produtividade - Image 8
Efeitos dos níveis energéticos da dieta e a relação caloria: proteína nodesempenho de reprodutoras de frangos de corte.
Segundo PEARSON E HERRON(1980), o excesso de consumo de energia é predominantemente armazenado como gordura, a qual resulta em aumento gradual do peso corporal e marcada redução na fertilidade e eclodibilidade de ovos. Da mesma forma, McDANIEL et al. (1981), citaram que o peso excessivo das reprodutoras de frangos de corte está correlacionado negativamente à produção de ovos, à fertilidade e à eclodibilidade. PEARTON & HERRON (1981), comentaram que é provável que a exigência protéica possa ser reduzida quando a energia é controlada. Para os autores, esta constatação aumenta as evidências de que as exigências protéicas para reprodutoras de frangos de corte podem ser menores do que as admitidas correntemente.
A relação caloria: proteína, nas dietas para aves é de suma importância, pois, segundo RUTZ(1992), a relação indica o atendimento das exigências em energia e proteína dentro de um equilíbrio harmônico que permite o máximo aproveitamento de ambos.
O afastamento desta relação prejudica o aproveitamento dos nutrientes e a produção dos animais. Existindo excesso de consumo de energia em relação à proteína, poderá ocorrer a diminuição do consumo de nutrientes essenciais para a mantença, para o crescimento e para a produção. Por outro lado, com o excesso de proteína em relação à energia, poderá ocorrer uma maior utilização de proteína como fonte de energia. Em decorrência disto, SUMMER (1987) comentou sobre o alto custo energético na conversão do excesso de proteína ou nitrogênio em ácido úrico. A excreção de ácido úrico pelas aves vem acompanhada  por um maior gasto de energia quando comparada com animais que excretam uréia. A excreção do ácido úrico requer 3.75 ATP mol-1 de nitrogênio, comparado com 2 ATP mol-1 para a excreção da uréia por mamíferos (MAPES & KREBS, 1978).
Desta forma, se o consumo de energia for limitado, é provável que o excesso de proteína cause maior estresse na ave. Isto fatalmente se agravará com altas temperaturas ambientes, porque o catabolismo, ou excesso de proteína, aumenta o incremento de calor e a ave terá um estresse adicional. Além disto, em temperaturas elevadas, a necessidade de energia para a mantença é menor, resultando um menor consumo de energia. Neste caso, principalmente se as aves estiverem com alta produção, as exigências dos demais nutrientes deverão ser ajustadas ao menor consumo.
SPRATT E LESSON (1987), verificaram uma interação entre a energia e a proteína da dieta das reprodutoras com 28 semanas de idade, no peso dos pintos ao nascimento, sendo que o peso dos recém-nascidos aumentou com o incremento do consumo de energia em relação à proteína (13:1 para 18:1), enquanto que relações maiores que 18 kcal de EM/g de PB tiveram efeitos adversos no peso dos pintos ao nascerem.
Geralmente, a energia e a proteína são os nutrientes mais críticos para as matrizes de corte. Entretanto, todos os nutrientes de uma dieta podem se tornar críticos quando estiverem no limite, ainda que na maioria das situações de arraçoamento, apenas estes nutrientes, previamente mencionados, possam se aproximar de um limite no fornecimento.
Segundo LEESON (1999),  a energia é o mais crítico dos nutrientes e, sem dúvida, equilibrar o fornecimento com as necessidades freqüentemente significa a diferença entre um desempenho bom ou médio das matrizes.
Devido às necessidades elevadas de mantença, associadas com um tamanho corporal relativamente grande, as exigências de energia para matrizes de corte fêmeas são proporcionalmente muito maiores que para as aves Leghorn, muito embora o pico de produção de ovos seja mais baixo para matrizes pesadas.
BORNSTEIN et al. (1979), observaram que a exigência para matrizes pesadas, com peso corporal variando de 3200 a 3800 g no pico de produção foi de 440 kcal.
McDANIEL & BRAKE (1981), observaram que aves que tiveram um consumo médio diário de 21.6 g  de PB, 4.0 g de cálcio e 378 kcal de EM tiveram melhor desempenho quando comparadas com aves que consumiram 29.1 g de PB, 5.5 g de cálcio e 511 kcal de EM/ave/dia.
SCOTT et al. (1982), recomendaram um controle no consumo de energia de tal modo que matrizes pesadas não possam consumir muito além de 420 kcal de EM/ave/dia e que as exigências nutricionais de energia variem de 400 a 450 kcal/ave/dia. Entretanto, níveis superiores foram recomendados por WILSON & HARMS (1986), que verificaram que o consumo médio diário de 500 kcal/ave/dia durante a fase de produção resultou em uma maior produção de ovos quando comparados com o padrão que  continha 400 kcal de  EM/ave/dia. Por outro lado, SPRATT & LEESON (1987), testando os fornecimento de 325, 385 e 450 kcal de EM/ave/dia, concluíram que o nível de 385 kcal foi o suficiente para manter o desempenho normal durante o pico de postura. Segundo SAKOMURA (1989), o fornecimento de 430 a 464 kcal de EM/ave/dia foi o suficiente para atender às exigências de matrizes pesadas no período de produção.
De acordo com LESSON (1999), a ingestão de energia e o equilíbrio energético são críticos para as matrizes de corte com expectativas de pico de produção consistentes de 82 a 85%.  Esse conceito reforça a afirmação feita anteriormente a respeito do peso corporal e condições do corpo ótimo das aves no início de postura. O fato das aves parecerem ter um desempenho ótimo quando estão na faixa mais pesada da curva de peso das matrizes, provavelmente seja um fator indicador de que tal massa corporal aumentada esteja agindo como uma fonte de energia adicional para atender às exigências das aves neste período. Os dados obtidos a partir de estudos controlados sugerem que as necessidades de energia para mantença das matrizes de corte a 200C estão ao redor de 100 kcal de EM/dia/kg de massa corporal. Para uma ave de 3.2 kg de peso corporal no pico de produção, isso é igual a 320 kcal para mantença. Quando levamos em conta a taxa de crescimento e a produção de ovos, é calculado um total de 450 kcal/ave/dia (LESSON, 1999). BURKE & JENSEN (1994),  demostraram a importância de arraçoar as matrizes de corte com níveis de energia similares aos indicados por LESSON (1999) (tabela 9).
Tabela 9 - Efeito do fornecimento de energia no desempenho de matrizes (21-61 semanas de idade).
Nutrição de Matrizes para a Máxima Produtividade - Image 9
BRAKE (1990) alimentou matrizes pesadas com níveis crescentes de energia metabolizável durante o período pré-pico ( aprox. 410, 440, 460 e 480 kcal/ave/dia), verificando os melhores resultados em termos de produção de ovos e fertilidade ao nível de 460 kcal/ave/dia (tabela 10).
Tabela 10.Ingestão diária de energia metabolizável sobre o desempenho de matrizes pesadas.
Nutrição de Matrizes para a Máxima Produtividade - Image 10
Considerando-se que as aves estão continuamente produzindo precursores da gema dentro de uma hierarquia folicular, o aumento lento do aporte de ração até o pico de postura pode acarretar mobilização exacerbada das reservas corporais, reduzindo a velocidade de ganho de peso das aves e, consequentemente, a produção de ovos. O aumento da ração deve ser acelerado para contemplar os incrementos na taxa de postura, de tal maneira que as aves estejam recebendo o máximo de ração quando atingirem aproximadamente 35 a 40% de produção (LEESON & SUMMERS, 1991).
ATTIA et al. (1995), realizaram um experimento para determinar o efeito da redução diária de 88 a 94% da energia inicial, mantendo os níveis dos demais nutrientes, sobre o desempenho reprodutivo de matrizes pesadas de 22 a 62 semanas de idade. Os autores verificaram um aumento linear do número de ovos e do número de pintos por ave alojada através do aumento de energia. Entretanto, os níveis energéticos não tiveram efeitos na fertilidade, na eclodibilidade e no peso dos pintos recém-nascidos (tabela 11).
Tabela 11.Desempenho reprodutivo de matrizes pesadas recebendo diferentes níveis de energia na dieta.
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SAKOMURA et al. (1993)  conduziram uma pesquisa com matrizes pesadas no sentido de determinar o efeito da temperatura ambiente sobre o consumo de ração e de energia. Os autores concluíram que os consumos de ração e de energia decrescem, linearmente, com o aumento da temperatura, ocorrendo um decréscimo de 2.43 g de ração/ave/dia e de 2.1 kcal de EM/kgPV/dia e de 2.2 kcalEMV/kgPV/dia, a cada aumento de 1o c na temperatura.
Na maioria das vezes, os criadores de matrizes de corte se preocupam em demasia com o pico de produção de ovos, e, muitas vezes, aumentam ou permanecem com altas quantidades de ração, simplesmente para obterem um aumento de 0,1 a 0,5% no pico de produção de ovos. Em conseqüência, isto gera um custo adicional de alimentação e um excessivo ganho de peso nas reprodutoras, prejudicando a performance reprodutiva futura (LEWIS, 1996).
 Com o objetivo de prevenir a obesidade nas aves e o concomitante declínio na produção, na fertilidade e na eclodibilidade dos ovos, a redução de ração após o pico de produção torna-se fundamental. O grande problema é saber o momento exato de começar a retirada da ração sem prejudicar a produção do lote.
Em vários estudos,  observa-se que, após o pico de produção, as exigências nutricionais para a formação de ovos diminuem, porém o potencial da ave para o aumento de consumo de energia e, a conseqüente deposição de gordura aumentam (PEARSON & HERRON 1982; WILSON et al. 1986).
LEWIS, (1996), afirmou que a obesidade pode causar as seguintes conseqüências: a junção útero vaginal pode ser invadida por células de gordura e estas restringem a área para estoque de espermatozóides, resultando em redução da fertilidade. Fêmeas obesas possuem uma tendência para produzir maiores quantidades de ovos com gema dupla, maior tendência para postura noturna, aumento na postura errática, maior incidência de ovos de casca mole ou fracamente calcificados, aumento na mortalidade embrionária, queda precoce na produção de ovos e custo adicional para produzir ovos incubáveis ou pintinhos de um dia de idade. Uma vez que as aves tenham atingido o pico de produção de massa de ovo, é necessário reduzir a ingestão alimentar.
Freqüentemente, existe confusão e receio em relação à quantidade e velocidade com que a ração deve ser removida, e isto é algo surpreendente, já que se aplicam as mesmas regras básicas usadas no período anterior ao pico de produção. Isso quer dizer que as aves devem ser arraçoadas conforme sua produção de ovos, peso corporal e intervalo de postura.
Embora a avaliação permanente do peso corporal das aves no período pós-pico seja importante, o fator decisivo a ser considerado no manejo alimentar de matrizes pesadas é a curva de produção das mesmas. Devemos ter muito cuidado quando analisarmos as curvas de crescimento pois, como sabemos, estas curvas foram formuladas com dados obtidos nos países de origem de cada linhagem e sabemos que vários fatores influenciam no desenvolvimento corporal.
YU et al (1992) e ROBISON et al (1993) verificaram que a alimentação à vontade quando comparada com o arraçoamento controlado durante a fase de postura, aumentou de maneira significativa o peso do ovário e do oviduto, assim como o número de folículos ovarianos grandes (folículos amarelos). Na alimentação à vontade, a produção de ovos foi drasticamente reduzida, enquanto que a incidência de postura errática, de ovos deformados e de ovulações múltiplas aumentaram significativamente.
As aves alimentadas à vontade durante a fase de postura apresentam folículos ovarianos secundários com perfil endócrino semelhante ao dos folículos primários, secretando pequenas quantidades de androstenodiana e quantidades significativas de progesterona. Tal evento pode estar associado em parte ao mecanismo fisiológico  acarretando ovulações múltiplas (YU et al., 1992).
Com o intuito de prevenir a obesidade nas aves e o concomitante declínio na eclodibilidade dos ovos, a redução pós-pico do fornecimento de ração é vital.
Quando a produção de ovos diminuir 4%, a redução do consumo de energia deve ser efetivamente considerada.  Nessas condições, a massa de ovos está em diminuição progressiva, enquanto que a taxa de ganho de peso corporal tende a acelerar. Recomenda-se, portanto, reduzir a ingestão de energia metabolizável em cerca de 6-14 kcal/ave/dia, de tal forma que cerca de 50% da redução total do aporte calórico diário seja levado a cabo até 40 semanas de idade (Manual..., 1996).
BOREN (1993),  sugeriu que a diminuição na quantidade de alimento ingerido pelas matrizes pesadas na fase de postura pode ser determinado pela massa de ovo (% produção de ovos x peso do ovo incubável), pelo peso corporal e pelo tempo gasto para consumir o alimento.
De acordo com LEWIS (1996), a determinação da massa de ovos não possui mais utilidade nos atuais manejos de arraçoamento de matrizes pesadas, porque este método resulta em excessivas quantidades de alimento, provocando gastos desnecessários e um aumento na deposição de gordura abdominal. Desta maneira, a ave requer um suporte de energia adicional para  mantença.
Segundo LEESON (1999),  o fornecimento e a retirada da ração para as matrizes fêmeas devem estar baseadas em suas necessidades. A ave precisa de energia e outros nutrientes por quatro motivos principais: crescimento, produção de ovos, manutenção das funções normais do corpo e para atividade diária. Cada uma dessas necessidades varia com a idade da ave e a temperatura ambiente, e também cada uma dessas necessidades varia de acordo com os tipos de nutrientes utilizados. O crescimento, a produção de ovos e a manutenção exigem proteína e energia, enquanto a atividade exige apenas energia. As estimativas reais para as necessidades desses nutrientes estão apresentados na (tabela 12).
Tabela 12. Exigências diárias de proteína e energia de matrizes fêmeas com 32 e 55 semanas de idade.
Nutrição de Matrizes para a Máxima Produtividade - Image 12

Conclusões

Com a evolução genética que ocorre a cada momento nas linhagens de alta performance é importante que a nutrição esteja atenta, pois as exigências nutricionais também deverão  acompanhar estas mudanças. A maioria dos experimentos feitos com matrizes no exterior são realizados em galpões com ambiente controlado, e devemos levar isto em consideração quando formulamos rações para aves criadas em galpões convencionais. Matrizes de corte alojadas em Dark House têm maturidade sexual precoce, por isso devem ter um aporte maior de nutrientes até o pico de postura. A boa nutrição das matrizes no período de produção irá refletir no desempenho do frango de corte. Na fase inicial de produção,,as aves devem ser alimentadas para suprir as exigências de mantença, crescimento e produção. O momento certo da diminuição da ração após pico de postura é uma ferramenta importante para obtermos uma boa persistência de postura. A quantidade de ração fornecida para as matrizes deverá ser acompanhada pela curva de crescimento destas aves para evitarmos que as mesmas se tornem obesas. 

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Efeito do fornecimento de energia no desempenho de matrizes (21-61 semanas de idade).
Efeito do fornecimento de energia no desempenho de matrizes (21-61 semanas de idade).
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Autores:
Carlos Augusto Borges
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Romão Miranda Vidal
16 de marzo de 2010
Dr. Borges. Quanto ao exposto, na sua forma didática e técnica, nossos parabéns. Toda a ave que apresenta um grande desempenho para a produção de ovos (ave alojada/ovos) apresenta um atavismo genético de ser fisicamente leve e os ovos produzidos de tamanho mediano, por conseqüência pintainhos de um dia, pequenos. Aves de porte, com peso corporal expressivo (dentro da curva de crescimento e peso) tendem a produzir uma quantidade de ovos, a menor que as poedeiras leves. Mas o número de ovos produzidos por matrizes pesadas, desde que incubáveis, apresentam um produto final considerável - pintainho frango abatido. Acredito eu, que existe ainda um longo percursso a ser caminhado, em relação ao que o nobre colega expos. 1- Se faz necessário tropicalizar as matrizes / corte 2- As avós mesmo que criadas no Brasil, trazem imbutido no seu DNA uma influência ambiental muito grande. Influência esta relacionada com as temperaturas, com as horas de sol, com o grau de umidade do ar, mesmo sendo criadas em ambientes controlados. 3- Quando expostas aos vários tipos de clima do Brasil, as matrizes e não as avós tendem a resgatar aquela necessidade atávica/genética de fazer um estoque de energia, como que num instinto de sobrevivência, acumular energia em forma de gordura, abdominal e em volta dos ovários. 4- Acredito que se analisado o fator latitude e longitude, tendo por base as temperaturas, as horas de insolação, o grau de umidade nas estações do ano, haverá uma necessidade de se formular rações diferentes em relação ao item Energia Metabolizável. As temperaturas de Caxias do Sul, de Uruguaiana e de Irai, só para citar o Rio Grande do Sul, são bem diferentes, portanto o desempenho das matrizes para corte, tenderão a ser diferentes. 5- O manejo também tem muita influência em especial no tocante a propagação vetorial de calor, ave/ave. Não é de hoje que exponho que o Bem Estar Animal em relação as aves alojadas - frangos de corte e matrizes de corte - devem ser mudados. Se for obedecido o recomendado pelo fornecedor de matrizes em relação ao alojamento de aves por metro quadrado, teremos resultados diferentes nos três municípios que citei, com relação ao peso corporal, consumo de alimentos e produção de ovos. Quando o colega cita o consumo de PB, ousaria perguntar: E se fosse realizado um estudo mais acurado das necessidades de aminoácidos específicos, de modo a se oferecer as matrizes um tipo de alimentação extra complementar? Buscando um resultado de menor ganho de peso, com uma menor ingesta e com produção dentro das curvas estabelecidas pelo avozeiro? Mais uma vez nossos parabéns, artigos dessa magnitude enaltecem a Classe Medico Veterinária. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal
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Dario Kuchpel Filho
6 de junio de 2010
Bom dia Primeiramente, obrigado pelo espaço. Foi falado muito em não deixar as galinhas engordarem, e realmente isto acontece é bastante evidenciado no campo, mas em casos pós pico,que já estão gordas, o Sr acha que poderíamos diminuir a ingestão em quantos [percent] ? Ou poderíamos fornecer uma ração com mesmos níveis de PB, AAS, Cálcio,etc.. e diminuir apenas a energia em torno de 20 [percent] ? de 2850 kcal para 2300 com a intenção de usar a energia em forma de gordura da galinha ? Tenho lotes que estão com 800 gr a mais que a curva padrão. Obrigado pela atenção Dario
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