Olá amigos para iniciar a discussão poderíamos colocar de forma resumida o que é Ractopamina, sua função e utilização na produção animal?...seria interessante para a discussão de forma ampla.
abs
Ref. Uso de Ractopamina, Primeiro, lembrem-se que já existe alguns países que não recebem carcaças de suínos, se for encontrado ractopamina. Segundo, Funciona, associado a uma boa genética, e um programa nutricional ajustado, para cada genética, para exteriorizar a maior capacidade de ganho de peso, e qualidade de carcaça. Terceiro, para ter uma carcaça melhor, maior deposição de carne magra, melhor ganho de peso, acho viável o investimento, para quem recebe bonificação, sobre qualidade de carcaça, Como no meu caso o frigorifico, não me paga nenhum centavo a mais, não acho, viável eu melhorar para o frigorifico, sendo o custo só meu, e o beneficio do frigorifico. Para Integrações, para empresas que abatem seus próprios suínos, acho perfeitamente viável.
Boa noite.
Concordo com o sr. Eduardo Von, pois a maioria dos frigoríficos não pagam centavo algum por melhoria de carcaça, pelo contrário sempre querem pagar abaixo do preço da arroba estipulado pelo mercado. É uma briga danada sempre querem pagar entre 1 e 2 reais a menos que a cotação, por isso que não vale a pena mais esse gasto, que não é barato.
Abraços.
ALTERNATIVAS AO USO DE RACTOPAMINA PARA SUÍNOS
BRUNO A. N. SILVA1, GABRIEL G. A. ARAUJO3, PHILIPE F.
ALCICI3, FABRÍCIO A. SANTOS2, MARCELO F. A. PINTO3, VICTOR
M. TAVEIRA3
1Professor de Nutrição e Produção de Suínos UFMG/ICA; 2Agroceres Multimix, 3BSc.
Zootecnia UFMG/ICA
Departamento de Zootecnia/ICA, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG,
Brasil
este é um trabalho importante sobre a raptopamina
Trabalhei numa grande agroindústria e participei dos primeiros testes com ractopamina desta empresa a qual ainda estava em aprovação o seu uso em seus rebanhos.
Ficou muito claro nos dados avaliados que de 5 a 10ppm, o benefício maior ainda era do campo trazendo excelente melhoria de conversão alimentar e algum retorno em rendimento de carcaça no abate. Quando se trabalhou de 10 a 20ppm quem tinha maior benefício era a indústria pois o rendimento de carcaça era bem maior e a melhoria de conversão alimentar no campo ficava praticamente estagnada sem progressão com relação ao aumento de inclusão da ractopamina.
Obviamente que esses testes de campo foram feitos a 10 anos atrás e de lá pra cá muita coisa mudou com relação a genética, nutrição e também não foram feitas análises estatísticas na época, mas o numero de animais avaliados era bem grande.
- A ractopamina é viável para os sistemas de produção independente de bonificação. É claro que se o frigoriífico pagar por bonificação os ganhos serão ainda maiores. - O uso prolongado (acima de 40 dias) pode não ser viável economicamente, pois é mais provável de ocorrer o fenômeno conhecido como desensibilização ou down regulation dos receptores celulares da ractopamina. A consequência é basicamente a redução dos efeitos benéficos que a molécula promove nas células (tecido adiposo e músculo) . Além disso, é importante ressaltar que o uso prolongado, principalmente em animais pesados (acima de 120 kg), pode favorecer o aumento da mortalidade no carregamento de transporte para o firgorífico. - As recomendações de dose e período de utilização irão depender de uma serie de fatores (preço do produto, material genético, venda com bonificação, peso de abate, preço do suíno vivo, etc). No geral os protocolos de uso são de 10 a 20 ppm e uso de 28 a 35 dias.
Segundo a Literatura expressa na Revista Brasileira de Zootecnia e Pesquisadores temos:
O principal mecanismo de ação da ractopamina, um aditivo beta-adrenérgico, é agir modificando o metabolismo animal, especialmente nas células adiposas, sendo responsável pela redução da síntese e deposição de gordura subcutânea (Cantarelli et al., 2009). Há ainda uma ação nas células protéicas musculares, onde ocorre aumento da síntese de proteína, promovendo melhoras nas ( Sanches et al.) características quantitativas das carcaças dos suínos (Schinckel et al., 2003). A utilização de ractopamina nas rações de suínos tem proporcionado redução na espessura de toucinho e aumentos na porcentagem de carne magra e rendimento de carcaça (Marinho et al., 2007a; Pereira et al., 2008; Kiefer & Sanches, 2009).
Com a adição da ractopamina na dieta, observa-se maior desempenho dos suínos (Marinho et al., 2007b). No entanto, quando esses animais são submetidos a ambientes com altas temperaturas, observa-se o acionamento de mecanismos termorregulatórios que visam à redução do impacto do ambiente quente sobre seu organismo, o que faz com que parte da energia líquida para deposição de tecidos seja
perdida, ocasionando queda no desempenho desses animais (Orlando et al., 2001).
Ou seja, tem seus benefícios e malefícios o uso da ractopamina na suinocultura. Cabe ao granjeiro avaliar.
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