Prevalência de ocratoxina A em soja e seus derivados
Publicado:14 de junho de 2013
Por:Fabiana Andréia Fick, Daiane Dal Forno Araujo, Márcia Dilkin, Paulo Dilkin e Carlos Augusto
Mallmann, Laboratório de Análises Micotoxicológicas –LAMIC-, Universidade Federal de Santa Maria –UFSM-, RS.
INTRODUÇÃO: A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina produzida por fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium . Desenvolve-se preferencialmente em cereais de inverno. Porém, não param de contaminar diversos cereais, inclusive a soja e seus derivados. A OTA, quando ingerida, é tóxica para humanos e animais, afetando principalmente os rins, apresentando inclusive nefrocarcinogenicidade.
OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi investigar a contaminação da soja e seus derivados utilizados na alimentação humana pela OTA.
METODOLOGIA : Foram analisadas 69 amostras no período de janeiro de 2001 a abril de 2004. Para a extração desta micotoxina, foram utilizados 50 g de soja em clorofórmio e uma solução de água:ácido fosfórico (150:1), seguido de agitação. Secar 10 mL do extrato, com posterior ressuspensão com acetonitrila:água:ácido acético (840:160:5, v/v/v), seguida de clarificação automatizada com sílica e injeção em cromatógrafo líquido de alta eficiência (HPLC).
RESULTADOS: Das 69 amostras analisadas, 7 (10,14%) apresentaram positividade para OTA, com média de 8,98 μg/kg e máxima de 32,1 μg/kg.
CONCLUSÃO: O Brasil ainda não possui uma legislação que regule os níveis de poluição. Os países europeus estabeleceram um nível máximo de OTA em 0,2 μg/kg. Portanto, os índices verificados nesta pesquisa podem ser prejudiciais à saúde pública. Da mesma forma, não possuo legislação referente aos limites máximos de óleos em alimentos, sendo necessário realizar o monitoramento e segregação de dois produtos contaminados para proteger a saúde do consumidor.