O grande problema é a matéria prima, como encontra-la a custo baixo para o produtor ser beneficiado.
Sempre que surge um novo estudo, para melhorar a perspectiva de lucratividade na produção, ai vem o monopólio e os atravessadores e o custo fica inviável. Como conseguir aqui em Salvador/BA. Me informe estou á espera!
Olá bom dia!
Gostaria de saber se há alguma informação referente aos efeitos da utilização do óleo de girassol com a imunidade dos suínos. Sejam recém-desmamados, em crescimento e/ou terminação.
Agradeço desde já pela att!
Da minha experiência profissional, o uso de Meal de Girassol na fase de engorda dos suínos tem algumas limitações, especialmente pelo seu conteúdo em Fibra Bruta.
Incorporar Meal de Girassol na dieta, incrementa o valor de fibra bruta que por sua vez reduz a digestibilidade da proteína bruta e aminoácidos.
Por exemplo numa dieta para porcos de engorda (55- 88 kg PV) feita com base de milho e meal de soja, se incorporar por substituição 15% de Meal de bagaço de girassol, obtêm-se uma dieta com valor de fibra bruta de 6%.
Sem a incorporação de meal de girassol o valor de fibra bruta dessa dieta ronda os 3, 65%.
Este incremento de fibra bruta reduz consideravelmente a digestibilidade da proteína e aminoácidos bem como da energia da dieta. E devido a o seu volume pode limitar também a capacidade de ingestão dos animais.
Normalmente não se recomenda incorporações superiores a 7%. (a partir dos 30 kg Peso Vivo) e máximos de 2% em dietas de arranque ( 10 – 29 kg PV).
Nas porcas reprodutoras, especialmente na fase de gestação pode-se usar até 15 % de incorporação uma vez que se trabalha com intervalos de fibra bruta superiores a 6 %.
E também como ja referido estas incorporações dependem também do preço de aquisição do meal de girassol.
Cumprimentos.
As tres questões levantadas pelos colegas que dividiram esta dicussão tem procedencia.
Vamos todavia tentar avançar nas informações que ainda carecem de resposta e/ou pedem um comentário adicional.
O Sr. Álvaro Antonio Macedo De Paula tem razão quanto aos valores destes produtos alternativos para substituição das commodities clássicas. No entanto, em certas ocasiões, os programas de formulação de ração de mínimo custo puxam este ingrediente para compor a fórmula, indicando viabilidade de sua inclusão.
Não tenho conhecimento de empresas que produzem torta na região Nordeste. Como produto do esmagamento e da extração subsequente por solventes, na cidade de Itumbiara, a empresa Caramuru Alimentos obtém o farelo de girassol, que como comentado no artigo guarda diferenças da torta de girassol, mas também pode ser empregado como ingrediente para rações para suínos.
Sobre o questionamento do Sr. Pedro Cairo, não dispomos de nenhuma avalição relacionada aos aspectos imunes promovidos pelo óleo. Temos um trabalho, todavia, que aponta importante mudança no perfil de ácidos graxos da gordura intramuscular do suíno que consumiu torta gorda de girassol (que veicula alta concentração de óleo), ou seja, houve melhora nos níveis dos ácidos graxos insaturdos.
Sobre os comentários do Sr. Vitor Santos, de Portugal, concordo plenamente com o colega, principalmente para o produto que foi tratado, farelo de girassol. Este produto possui um teor ainda mais alto de fibra que a torta de girassol, mas que também tem elevado nível deste componente (> 20%). Assim, a fibra é de fato um limitador para o uso dos produtos (torta e farelo) na ração de suínos.
Nossos sinceros agardecimentos a todos.
Caio