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Pesquisas ajudam a aumentar produção de leite orgânico

Publicado: 3 de março de 2011
Sumário
Atenções dos produtores se voltam para o produto orgânico, livre de qualquer tipo de resíduo de medicamento O mercado de alimentos orgânicos cresce de 20% a 30% ao ano. Com o leite não poderia ser diferente. Apesar da escala ainda pequena, o aumento da demanda tem sido responsável pelo desenvolvimento de pesquisas que auxiliam os produtores a aume...
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Jorge Henrique Gobbi
4 de marzo de 2011
Quais são as espécies ou raças produtoras deste leite (orgânico)?
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João Pedro Jock Piva
20 de marzo de 2011

Para isso é necessário um grande número de análises, além de contar com boas práticas do produtor e das indústrias. Esse mercado mostra um fôlego incrível!!!

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Jorge Henrique Gobbi
23 de marzo de 2011

Compreendo, mas quando quero produtividade preciso usar algumas tecnologias. Adubação química (uréia e formulações de adubos) é uma delas. Difícil também é comprar milho ou farelo de soja que sejam orgânicos. O que precisa o produto para ser orgânico e os detergentes que se usam na desinfecção de equipamentos poucos são biodegradáveis. Como não usar um antibiótico de vaca seca em um animal produtivo. Enfim, a definição de orgânico é usar além de produtos alopaticos também produtos homeopaticos.

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Ana Paredes Silva
12 de abril de 2011

Na região sudeste a raça mais apropriada ao manejo orgânico é a girolanda, com duas características importantes: a produtividade e rusticidade. Com as raças mais especializadas, o manejo nutricional e sanitário é mais complicado.
Se a propriedade for manejada de forma agroecológica, consegue suprir a demanda de alimentos, sem a necessidade da adubação química. Para a suplementação já existem associações de produtores de milho, soja e trigo orgânicos nos diversos estados e a legislação nos permite que 15% da matéria seca seja de origem convencional. 
Ainda não há produtos para a higienização dos equipamentos de ordenha totalmente adequados à legislação orgânica, neste caso é permitido o uso do convencional, mas a limpeza externa, o pré e o pós dipping já é feito com produtos adequados e até mais econômicos que o convencional.
Acredito que o maior problema encontrado no manejo orgânico é a mudança de postura dos tratadores e ordenhadores , que devem ser mais cuidadosos em suas atividades.
Por fim , já existem trabalhos comprovando um aumento nos teores de gordura e proteina do leite e que a composição do dos lactobacilos é incrementada neste tipo de manejo.
O que ainda me decepciona é a burocracia e a taxação que o nosso país impõe a qualquer atividade, e agora com a nova legislação de orgânicos isto não esta ocorrendo de forma diferente.

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Jorge Henrique Gobbi
12 de abril de 2011

Cara Ana!

Muito obrigado pelos esclarecimentos. Só lhe peço mais um favor, quais são os principios ativos usados para pré e pós-diping?

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Ana Paredes Silva
12 de abril de 2011
Eu prefiro o ácido peracético, mas o hipoclorito de sódio e o iodo também são permitidos.
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Francisco Lamar Lamar
18 de abril de 2011

Bom dia, Drª Ana, 

Como seria o uso desses produtos citados para pré e pós-diping?

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Ana Paredes Silva
18 de abril de 2011

Da mesma forma que o convencional, imergindo o teto numa caneca com a solução, enxugando o teto e iniciando a ordenha, após o final imergir novamente e não é necessário enxugar.
Só observando as diluições, o Peracético na diluição de 100PPM, o hipoclorito 0,03% e o o iodo já vem em soluções comerciais.
Utilizo apenas o o Ac peracético pela sua baixa toxicidade ao ambiente.
O Paracético depois de diluido mantem-se estável por 24 horas.

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Hitler Francisco Aleaga Padilla
28 de julio de 2011

Excelentes os comentários dos colegas, mas minha pergunta é como controlar a hematúria no gado de leite, que é um caso grave que se apresenta no meu país. Algum tratamento que utilizem no Brasil contra essa doença que gera tantas mortes? Qual a  causa? Obrigado.

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Mauricio Andreoli
18 de octubre de 2011

Estimado colega,

Temos no Brasil casos de hematúria enzoótica bovina (HEB) em animais provenientes de pastagens infestadas por samambaia (Pteridium aquilinum).
Pesquisadores brasileiros caracterizaram, experimentalmente, as 3 formas clínicas que a planta causa nos bovinos.
Partindo do pressuposto que a samambaia tem efeito cumulativo, encontraram a fase de intoxicação aguda, fornecendo aos bovinos uma quantidade superior a 10 g/Kg durante 3 semanas a poucos meses. Esta forma foi classificada como diátese hemorrágica ou popularmente "suor de sangue".
Esta forma de manifestação tóxica é aguda e tem alto índice de letalidade, podendo acontecer com bovinos originários de pastagens não infestadas pela planta e transportados para áreas onde a samambaia existe em grande quantidade. Isto pode ocorrer após longas viagens com o gado que, com fome, comem vorazmente a samambaia.
Os principais sintomas desta fase são febre alta, hemorragias na pele e mucosas visíveis (suor de sangue), corrimento muco sanguinolento pelas cavidades naturais, inclusive diarréia sanguinolenta, tempo de coagulação prolongado e trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas), pois a planta causa lise da medula óssea, caracterizando a conhecida anemia aplástica. O animal perde sangue e não há reposição. A morte ocorre rapidamente e costuma ser em forma de surto.
A segunda fase de manifestação da toxidez é conhecida por fase de hematúria enzoótica dos bovinos. Ela foi verificada e classificada quando se forneceu a planta aos bovinos em quantidades inferiores a 10 g/Kg durante um ou mais anos. As principais características desta fase são evolução crônica, com hematúria intermitente e emaciação (emagrecimento progressivo). Ocorre perda de sangue sem reposição pela medula (anemia aplástica), acometendo vacas prenhes e causando abortamento.
A terceira forma de manifestação foi classificada ofertando-se quantidades muito pequenas aos bovinos (menores ainda do que 10g/kg), porém por vários anos. Esta fase também tem característica crônica, sendo determinada pela formação de carcinomas epidermóides nas vias digestivas superiores. É popularmente conhecida por "figueira da goela", "favo" ou "caraguatá". Os bovinos acometidos demonstram emagrecimento progressivo por dificuldade de deglutição, tosse e "ronquidão" ou "ronqueira", isolamento do rebanho, dificuldade respiratória com demasiado cansaço. Costuma acometer bovinos com mais de cinco anos de idade.

As medidas terapêuticas são paliativas, embora existam relatos de sucesso no uso de produtos anticoagulantes e estimulantes de medula óssea.
O mais indicado é prevenir o consumo da samambaia ou manejar estada alternada em pastos livres e pastos infestados.
Veja se as informações lhe auxiliam nesse caso.

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Hitler Francisco Aleaga Padilla
18 de octubre de 2011

Obrigado colega, mas neste caso não tem pastagens na zona, estão livres e a doença se apresenta de repente. Espero se ache alguma terapéutica para esse caso.

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Romão Miranda Vidal
15 de noviembre de 2011

Leite orgânico.
Estamos caminhando. Lentamente, mas caminhando.
Não vou entrar na discussão técnica. Mas preocupa-me o futuro. Lembram-se do famoso leite Tipo "A"? Era inacessível. E hoje, se ainda existe continua na mesma. Caro e raro.
No Brasil é loluvável esta dinâmica. Mas o problema todo está na Certificação. Além de cara, não é tão fácil obedecer os Protocolos. Protocolos que ainda não tomei conhecimento.

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Félix René Estévez Claveria
Saltche
23 de julio de 2012

Não vejo outra maneira para suplementar o P que o TRIFOSFATO TRICALCICO, que por ser orgânico não contém metais pesados. Os fosfatos de rocha e bicalcicos são muito contaminados e este último ainda para sua fabricação é utilizado o ácido sulfúrico, que reage com o pó de rocha fosfatada, dando origem ao ácido orto fosfórico e gesso.

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Daniel Dalgallo
Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
21 de noviembre de 2012

Bom dia,

Excelente debate. Trabalho com produção e assistência técnica em gado leiteiro e deixo algumas observações e experiências:
1. considero impossível falar em vaca leiteira e produção de leite orgânico sem antes olhar o solo, para mim aí reside a base de tudo,
2. considerando a questão como um todo, o sistema de manejo PRV se apresenta como a melhor opção;
3. na questão de suplementação mineral, além do referido trifosfato tricálcico, os fermentados de rochas basálticas podem ser uma boa opção. Claro que análises dos componentes devem indicar sua viabilidade de uso através de uma composição adequada e livre de metais contaminantes.
Atenciosamente,
Eng. Agr. Daniel Dalgallo - EPAGRI
Porto União - SC

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Jose L.M. Garcia
23 de enero de 2013

Apesar desse fórum ser sobre leite orgânico, eu ainda não vi ninguém "botar o dedo na ferida".
Como se deu com a agricultura orgânica, tentar substituir os insumos utilizados na pecuária convencional por "insumos permitidos" (fruto da benevolência de algum organocrata geralmente de Brasilia) não vai funcionar.
Dr. William A. Albrecht e Dr. André Voisin há quase um século atrás chamavam a atenção para o fato de que a nutrição começa no solo e quase todas as doenças, mesmo aquelas contagiosas, podem ser atribuidas a uma nutrição deficiente.
Solos pobres = forragem pobre = animal deficiente = produtor pobre ou quebrado. 
A solução não irá vir de nenhuma medida mágica como quer o colega do Equador no caso da hematúria.
Virá sim da ardúa tarefa de se restituir a fertilidade perdida do solo. Vacas evoluiram comendo gramíneas e também não vai ser alimentando-as com resíduos industrias tais como farelo de soja, caroço de algodão, farelo de amendoim, polpa de laranja que iremos chegar a lugar nenhum, sejam esses resíduos convencionais ou orgânicos.
Dieta à base de grãos (alimentos de pássaros) geram acidose e a acidose e a alimentação à base de cereais são a base de inúmeros problemas que temos na pecuária leiteira de hoje em dia. Se não vejamos: laminite, abomaso desalojado, hipotireoidismo (no caso da soja), deficiência de minerais (cereais e grãos têm fitatos que roubam minerais), problemas de fertilidade como vacas vazias, reabsorção, falhas na inseminação ou monta natural, abortos com 3 a 4 meses, abortos tardios, partos problemáticos, querem mais ou já está bom esse tanto?
Entretanto, existe uma saída.
"Pedi e recebereis, procurais e achareis".

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Jose Orlando Gontijo Tavares
24 de enero de 2013

Colegas, gostaria da definição de leite orgânico.
Às vezes percebo que confundem com produção natural de leite.

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Jose L.M. Garcia
24 de enero de 2013

Leite orgânico é o leite produzido pelas normas criadas por diversos burocratas que eu chamo de organocratas, e que geralmente moram em Brasília. Para se obter o rótulo de "Orgânico" tem que se submeter aos caprichos desses Sres. e Sras. na base do "Pode" e "Não Pode".

Não tem nada a ver com produção de leite de forma econômica, inteligente, nutritiva, exclusivamente à pasto, etc. Pode-se produzir leite "orgânico" da mesma forma errada que se produz leite convencional, isto é usando-se resíduos industriais e outros tipos de concentrados desde que sejam orgânicos. 
Quanto a saúde dos animais, é aí que a porca torce o rabo, num país que tem carrapato e muito, endoparasitas e muito, inverno seco e frio no sul, alguns desses projetos tratam os animais de forma não muito humanitária e já vi verdadeiras barbaridades com animais sofrendo por falta de formas orgânicas eficientes de se controlar ecto e endo parasitas.
Também tem preguiça de começar por onde todo mundo deveria começar, isto é, pelo solo.

O leite mais natural (mas que não é orgânico) e ao mesmo tempo economicamente viável que eu conheço é o projeto dos Neo Zelandeses que tiveram que vir para o Brasil para ensinar os brasileiros a tirar leite de forma correta que respeita, em primeiro lugar, o consumidor, porque tem maior teor de proteína e de gordura.

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Jose Orlando Gontijo Tavares
30 de enero de 2013

Quer dizer que existe leite orgânico na legislação?

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Romão Miranda Vidal
5 de febrero de 2013

Sras e Srs.
Não me sinto confortável em apresentar o seguinte, mas vamos ao que interessa.
Uso de uréia, sulfato de amônia, como fonte nitrogenada para pastagens. O uso de leguminosas específicas para pastoreio é uma realidade - FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO - que se faz com a análise da Matéria Orgânica do Solo, solicitando a identificação de rizóbiuns existentes nas amostras e quais os rizóbiuns compatíveis com esta ou aquela leguminosa. Esta análise deverá informar a respeito de micoryzas que têm fundamental importância na microbiologia do solo e para o desenvolvimento das leguminosas. A FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO economiza algo como 250 quilos hectare / ano em relação à uréia e sulfato de amônia.
Medicamentos: Homeopatia e Fitoterápicos. E quando estivermos diante de um atônia de útero? Justifica-se o uso do medicamento alopático.
Alimentação à base de soja. Não existe segregação nas indústrias. E como resolver? Feijões como o Caopi, Guandu podem suprir. Fenos de uma nova variedade de estrela africana, com 28% de P.B. O balanceamento da ingesta x produção diária de leite e ou ingesta x estágio de gestação + produção de leite é algo um pouco complicado, mas existem softwares que fornecem fórmulas alternativas de ração.
Bancos de Proteínas, Pastos sombreados com Neen Indiano, Pastoreio rotativo, usando ovinos e ou caprinos, na seqüencia dos bovinos, permitem uma revigoração biológica do pasto. Dois tipos de dejetos: ovinos e bovinos com formação e distribuição distintas. Uma vaca defeca parada, as fezes se acumulam em um só local. Ovinos e ou caprinos defecam andando e dispersam suas fezes.
Encerrando. Antes de Certificar "Leite Orgânico" se faz necessário:
1 - Certificar a propriedade como um todo;
2- Certificar o Sistema de Produção de Leite Orgânico;
3- Certificar o Produto - Leite Orgânico;

Se aplicam vários Protocolos Técnicos e não muito fáceis não.

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Jose Orlando Gontijo Tavares
7 de febrero de 2013

Como seria remunerado este leite?
Quais controles deveriam ainda ser usados?
Que bem seria oferecido ao usuário? (vantagens)
Animais que sejam produto de acasalamentos modernos poderiam ingerir a quantidade de alimentos para uma vida de qualidade?

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