Srs.e Sras.
Toda a tecnologia advinda da pesquisa é destinada ao aumento da produtividade e aumento de renda do produtor, mas o segmento produtivo não retribui à altura dos esforços depreendidos desde a pesquisa até a mesa do consumidor, passando pelo produtor. A genética quando aplicada para dar os devidos resultados, no caso aqui - Melhoramento genético x Qualidade do leite, necessita de ações conjunturais específicas, como: remunerar o leite por kilo e não por litro. Quais as implicações? O produtor que possui 20 vacas SRD em lactação e produzem 100 litros/dia tem a sua remuneração igual ao produtor que possui 8 vacas de raças especializadas, que produzem 200 litros/dia, recebe praticamente o mesmo preço. Qual a política correta? Remunerar pelo teor de gordura? Pela somatória das Células Somáticas? Ou o produtor que opera 100 lts, nas mesmas exigências? Um exemplo paralelo. Soja é paga pelo teor de umidade. E se fosse paga pelo teor de óleo? Plantéis especializados passarão a produzir leite com seis alelos para o gene da kappa-caseína. Ou plantéis diferenciados geneticamente, que venham a produzir leite com o alelo B, que apresenta a uma maior capacidade de coagulação do leite. Efeito direto sobre a produção de derivados lácteos, onde normalmente se utilizam 10/1, passariam a utilizar 7/1. Quem pagaria por esta produção diferenciada? Produzir leite especial para fins especiais? Ou para o consumo geral?