Srs.
A análise é redundante e específica. Três modelos. Um positivo, outro intermediário e por fim um deficitário.
A análise que se faz no momento é que bom seria se pudessemos contar com este modelo primeio - avitário - para no mínimo 80% das propriedades rurais que operam leite, como elemento básico e exclusivo. Infelizmente não temos ainda o profissionalismo de uma Nova Zelândia.
Sem querer criticar, gostaria de fazer uma referência em relação ao sistema de pastoreio, que salvo confusão de minha parte, não foi analisado. Mas há de se considerar, e válido para os três sistemas, que em explorações conforme as citadas, existe o componente - matéria orgânica - que tem o seu peso, e em especial quando se trata de usá-la na forma de adubo, para a fertilização tanto de pastagens como de agricultura para produção de milho a ser ensilado. E novamente a necessidade de se considerar que o elemento Nitrogênio - Uréia - para ser usado na adubação química -plantio NPK- ou de cobertura, nos custos atuais pondera-se como de R$ 250,00 a R$ 280,00 por hectare. Enquanto que no uso da matéria orgânica, ocorre a Fixação Biológica de Nitrogênico, com custo por hectare ponderado na ordem de R$ 6,00. É lógico que tanto para um como para outro as análises resultantes seriam as mesmas. Parabéns pelo excelente trabalho.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal
Caro Glauber:
O trabalho ultrapassa em muito o objetivo de estudar os indicadores de rentabilidade da produção de leite em sistemas intensivos, e ao mesmo tempo, não é específico a abordar essa problemática.
Quando o focus do negócio é o leite, ele deve se analisado na perspetiva de única fonte de rendimento. Nessa perspetiva a sua frase: "Com a venda de matrizes descartadas involuntariamente ocorre uma redução na receita com a venda de leite, pelo fato de diminuir a quantidade de animais produtivos" congrega toda problemática do negócio do leite como aquele que deve rentabilizar ao máximo as fêmeas no ativo sem comprometer a sua vida útil antes que o seu valôr seja amortizado.
O seu trabalho aborda outros negócios que são paralelos ao negócio do leite e que, na minha opinião, não sendo absolutamente necessários ao "produtor de leite", não devem ser considerados na abordagem à rentabilidade do sistema produtivo intensivo do leite; são eles: produção de forragem, compra e venda de genética, compra e venda de animais de carne.
Assim, é de louvar o alcance e a visão ampla do trabalho, mas o título está um tanto ao quanto deslocado uma vez que se abordam aqui várias temáticas e não só a produção de leite.