Vamos então concordar com os autores. Mas vamos nos permitir sugerir que o raciocínio maior ainda não foi disponibilizado em relação à pecuária, agricultura e floresta.
Cito o exemplo do estado do Tocantins. Existem 7,2 milhões de hectares de áreas e pastagens degradadas. Se por um passe de mágica ocorresse um aproveitamento - recuperação - dos 7,2 milhões de hectares, com o plantio de soja (Fixação Biológica de Nitrogênio) haveria uma produção média de 40 sacos/hectare x 7.2 milhões de has.=288.000.000 de sacas de soja ou 17.280.000 toneladas, sem a necessidade de desmatar um hectare sequer, além de implementar o plantio de florestas comerciais ou florestas recomposicionistas. Fala-se muito a respeito disto ou daquilo, mas não se fala da falta de crédito para recomposição de rebanhos, de melhoria genética, de investimentos para construções rurais destinadas à engorda de terminação de bovinos para o abate. Não se fala da profissionalização dos pecuaristas em patamares distintos especializados na produção de matrizes, de terneiros desmamados, de novilhos pré-confinamento ou engorda a campo, não se fala em consórcios para terminação e engorda; não se fala na associação de criadores distintos em alugar horas/frigorífico/abate, para abater e comercializarem suas produções; não se fala em associações em arrendarem frigoríficos com SIF para abaterem e processarem devidamente as carcaças, com os cortes nobres. Na realidade o estado brasileiro não está apto a estruturar um cluster pecuário bovino de corte. Hoje se formos comparar tecnologias, a presença da Medicina Veterinária, a sanidade, a genética, a nutrição embarcada na avicultura de corte e o seu rendimento espaço temporal x hectare de proteína nobre produzida, acredito que a pecuária bovina não está tão distante assim. Falta tão somente ajustar os rumos e as políticas produtivas que o resto se arruma por si só. O mercado da pecuária bovina de corte, independente de vontade política dos representantes nos Legislativos, mesmo porque eles são nossos funcionários, pois somos nós quem pagamos seus altíssimos salários. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.