Quando pensamos em cavalos, temos que ter em mente que ele pode com freqüência se fragilizar, tornar-se doente e improdutivo frente às inúmeras doenças que alteram seu equilíbrio orgânico. O mínimo que nos podemos fazer, é estar atento e demonstrar solidariedade, cuidando de sua saúde e do seu bem estar.
Os principais sintomas de verminose são pêlos muito feios e sem brilho, perda de peso, queda do rendimento e da produtividade do animal, além de queda na imunidade. Visualmente, o animal fica barrigudo. Em casos mais extremos, pode ocorrer diarréia, anemia, lesões na mucosa do intestino e cólicas, que podem até levar o animal a óbito.
A verminose dos eqüinos possui pelo menos duas características marcantes, valem serem citadas.
Primeira características, eles sofrem como nenhum outro animal, de cólicas, extremamente dolorosas, as quais, muitas vezes, fazem os animais rolarem pelo chão de dor, podendo ser de tal gravidade que provocam a ruptura da parede arterial, provocando sua morte por hemorragia sendo oportuno informar que outros fatores podem provocar cólicas nos cavalos, inclusive alimentos fermentados.
A segunda característica, muito importante, resulta do fato de que os eqüinos permanecem vulneráveis às infecções verminóticas por toda a vida. Sendo que, seu sistema imunitário, ao contrário de outras espécies de animais não se aprimora com o avanço da idade, não constituindo uma barreira à invasão da maioria das infecções endoparasitárias.
Para começar: os maiores culpados são os grandes estrongilídeos mais precisamente o S. vulgaris, S. eqüinus e o S. edentatus, os quais através de suas larvas migrantes penetram nas artérias mesentéricas, provocando endoarterite trombo-verminótica, podendo resultar em cólicas muito dolorosas, embolia, enfarto e ruptura da parede arterial levando o animal à morte. Estes vermes atacam o animal por volta dos seis meses de idade.
Mas desde os três meses, ou até antes, eles já são atacados pelos Áscaris(Paráscaris equorum), que pelo tamanho e quantidade podem obstruir a luz intestinal, além de provocar falta de apetite, anemia, enfraquecimento, etc. Ocorre, ainda, aos quatro meses a grande invasão dos chamados pequenos estrongilídeos, compostos de mais de 30 espécies.
Strongylus spp

Strongylus vulgaris
É o chamado grupo Cyathostominae. Suas larvas causam nódulos na mucosa intestinal alterando seriamente suas funções. A conseqüência se traduz em ulcerações, perda de apetite, de peso, etc. A partir daí, pela vida afora, o cavalo segue lutando contra os vários tipos de vermes e outros parasitas incluindo larvas de moscas que se alojam em seu estômago (Gasteróphilus spp).

Gasteróphilus spp,
É oportuno citar também que as larvas erráticas de um verme conhecido como Habronema spp além de se instalarem no estômago podem eventualmente se alojar nos intestinos e na própria pele, causando a conhecida habronemose cutânea.
Existe também outros invasores: o Oxyuris spp cujas fêmeas adultas causam intenso prurido na região do anus, levando os animais a se esfregarem nos mourões e árvores, provocando perda de pêlo da base da cauda e ferimentos nesta região.

Oxyuris spp
ODictyocaulus arnfield que se aloja no pulmão do cavalo com todas as conseqüências imagináveis e, as famosas lombrigas ou vermes chatos, representadas por duas espécies mais freqüentes a: Anoplocephala perfollata e Anoplocephala magna, as quais competem com o cavalo por vitaminas, alimentos e podem produzir enterite hemorrágica ulcerativa e até a obstrução intestinal com conseqüência fatal.
ESQUEMA DE TRATAMENTO:
Devido as diferentes características das verminoses dos equídeos aqui demonstradas, podemos recomendar iniciar o tratamento das verminoses nos potros aos dois meses de idade, e prosseguir por toda a vida do animal. Para ser mais objetivo, temos recomendado iniciar o tratamento com o vermifuos a base de ivermectina (IVERMICEQUINOS 12gr) ou até mesmo ivermectina com plazinquatel (IVERMIC T) onde este tem ação tenicida.
Dai em diante continuar o tratamento alternando sempre os dois produtos a cada dois meses. As fêmeas gestantes devem ser obrigatoriamente incluídas neste esquema. Assim podemos, obter pleno sucesso no controle de todos os parasitas interno e externo dos eqüinos.
Ideal é que um veterinário oriente o criador sobre a melhor forma de ministrar os vermífugos, tanto em relação à alternância dos princípios ativos a serem aplicados quanto à dosagem para cada animal.
"Podemos recomendar também que sejam feitas alguns procedimentos junto ao tratamento a fim de se reduzir as possibilidades de reinfecção. Sendo necessário ser feito: controle sanitário dos estábulos e pisos a fim de prevenir contaminação dos alimentos e da água de bebida através das fezes; fazer exames de (OPG) periodicamente; não tratar somente alguns animais do plantel, mas envolver todos os animais no tratamento a fim de evitar a recontaminação pelos animais não tratados; se possível fizer rotação de pastagens e, por fim, tratar rigorosamente todos os animais introduzidos na propriedade, seja por compra ou por uma simples transferência, comenta Dr.Joseir Monteiro."