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O que todo pecuarista deve saber

Publicado: 25 de outubro de 2013
Por: Sergio Raposo de Medeiros, Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Gado de Corte.
Poucos assuntos irritam tanto o pecuarista como o envolvimento do boi no aquecimento global. Seu maior desejo seria alguém confirmar que o aquecimento global (AG) é a balela científica do século ou que o boi não tem nada a ver com isso. Iniciaremos este texto colocando esses assuntos em perspectiva.
O AG tem sido intensamente estudado no mundo inteiro há décadas e a maioria dos climatologistas aponta evidências suficientes de sua ocorrência e de sua relação com o aumento da concentração de carbono (C) na atmosfera. Por se tratar de uma ciência muito complexa e cheia de incertezas, é necessário gerar vários cenários futuros. É possível, então, selecionar desde os cenários catastrofistas até aqueles que mostram nenhum efeito. O fato é que esses cenários extremos são os menos prováveis, o que denota desinformação ou desonestidade de quem os evoca como cenários prováveis. Ocorre que, mesmo para os cenários intermediários, pode-se esperar efeitos significativos no clima e, consequentemente, na nossa vida. Se as previsões sombrias se confirmarem, daqui a uns trinta ou cinquenta anos, não teremos como voltar atrás.
Já o envolvimento da pecuária no problema está relacionado principalmente ao fato do ruminante produzir metano, gás vinte e cinco vezes mais potente que o gás carbônico na retenção do calor. Admite-se, hoje, que de 10 a 18% dos gases de efeito estufa (GEE) gerados pelas atividades humanas são de origem de ruminantes.
Portanto, apesar de o aquecimento global não ser uma farsa, nem o boi ser totalmente isento, um grave problema é o sensacionalismo com que o tema é tratado. Recentemente, por exemplo, foi divulgado um trabalho europeu com a seguinte manchete: "Produzir 1 kg de carne no Brasil equivale a rodar 1,6 mil km de carro". Essa informação não consta em qualquer artigo científico, demonstrando clara predisposição contra o setor. No seu conteúdo, ela adota uma abordagem francamente oposta à produção de carne, sugerindo incluir na "conta" da pecuária o que eles chamaram de "dreno de carbono potencial perdido", que vem a ser o carbono da vegetação natural, que retornaria à área em que se produz carne caso ela fosse vedada. A justificativa seria que há pressa na redução da concentração de carbono na atmosfera e que isso daria uma ideia melhor aos consumidores ao fazerem suas escolhas. O Brasil passaria de 59 para 335 kg de CO2-eq/kg carne!
Há, contudo, várias falhas graves:
  1. Não se considera os impactos ao ambiente pela necessidade de aumento de produção de alimentos vegetais e de monogástricos para substituir a carne. Com essa escolha, abre-se mão da produção de proteína de elevada qualidade a partir de capim, com consequente aumento da competição de animais monogástricos por alimentos que servem aos humanos;
  2. Considerou-se que a produção média brasileira por hectare e a área destinada à pecuária permaneceriam as mesmas nos próximos trinta ou cem anos. O fato de termos aumentado a produção em 535%, entre 1950 e 2006, aumentando em apenas 47% a área de pastagem, dá uma ideia de quão errada é essa premissa;
  3. Ao fazer as contas de quanto carbono se acumularia caso as pastagens fossem vedadas, chegaram a valores entre 110-136 t C/ha, ou seja, quase 80% da média do que se encontra na floresta tropical, como a Amazônica (151 t C/ha). Para o Cerrado, bioma em que fica a maior parte do nosso rebanho, o valor médio é de 67 t C/ha;
  4. A justificativa de que a redução da produção de carne serviria a uma melhoria da saúde da população é uma ideia ultrapassada. Hoje, sabe-se que a carne é um alimento que ajuda na obtenção de dietas com ótimo balanço nutricional.
Chega a ser irônico que os autores, pertencentes à afluente comunidade europeia, venham sugerir a redução da produção de carne no mundo quando, exatamente neste momento, as populações de países em desenvolvimento começam a ter acesso a ela, ainda que em níveis de consumo muito inferiores ao dos países ricos do hemisfério Norte.
O maior erro dos autores, ao fazerem a análise por área, foi penalizar nossa pecuária pelo seu maior mérito: o baixo uso de insumos, que implica baixo impacto ambiental. Ainda assim, há o mérito do trabalho ter sido feito baseado em Análises de Ciclo de Vida (ACV), que tentam levar em consideração a totalidade de geração de GEE na cadeia de produção até o consumo (pré-porteira até pós-porteira). Foi a análise de um estudo de Análises de Ciclo de Vida, comparando o impacto ambiental de 1 tonelada de carne produzida no Brasil ou no Reino Unido, que primeiro chamou a atenção para como a problemática do aquecimento global é, na verdade, uma grande oportunidade para alcançarmos um novo patamar na nossa pecuária.
Ao comparar a atividade pecuária no Reino Unido e no Brasil, observa-se que geramos menores impactos ambientais quando considerado:
  1. o uso primário de energia;
  2. o potencial de eutrofização; e
  3. o potencial de acidificação.
Esses positivos resultados refletem o fato da pecuária nacional ter menor necessidade de insumos. Todavia, ao analisar o potencial para o aquecimento global, o Brasil se sai pior. Nesse relatório britânico, é apontada a razão desse resultado: nossos baixíssimos índices de produtividade. O grande vilão, portanto, é o metano produzido em vão por animais sem ganho de peso (ou perdendo peso na seca), bem como aquele emitido por vacas vazias, seja por falha na reconcepção, seja pela demora das novilhas entrarem em produção. Produzimos, assim, muito metano por quilograma de carne produzida.
É consenso entre os técnicos que, apenas com a recuperação das áreas degradadas e melhor manejo das pastagens, nossa produção por área poderia dobrar em relação aos atuais 0,8-1,0 Unidade Animal/ha. Um bônus adicional da recuperação e manejo de áreas degradadas é que há sequestro de carbono pelas pastagens no solo, em função do crescimento radicular. Esse é um dos grandes drenos de carbono que temos para aproveitar. Outras tecnologias simples, como suplementação estratégica, podem aumentar significativamente a produtividade. Enfim, com baixo impacto ambiental, temos chance de reduzir muito o potencial de aquecimento global. Portanto, bem ao contrário de reduzir nossa produção, temos que intensificá-la, apenas com o cuidado de fazer de forma mais eficiente do que hoje.
Nossa eficiência na produção de carne pode ser ampliada enormemente com o uso de sistemas integrados de produção, seja na integração lavoura-pecuária, em sistemas silvipastoris, seja na integração lavoura-pecuária-floresta. Outra atividade que pode ser incorporada é o confinamento, uma das mais eficientes ferramentas para reduzir a emissão de metano por quilograma de carne.
Para quem advoga, como esses infelizes autores europeus, a redução da produção de carne, vale lembrar as 9 bilhões de bocas previstas para 2050. Não podemos abrir mão de um alimento nobre que pode ser produzido em áreas impróprias para a agricultura, usando capim ou resíduos diversos, sem competição por alimentos consumidos por humanos. Deve-se lembrar que bovinos cumprem a função social de ser a "poupança" de muitos pequenos agricultores no mundo e que, na África, 70% da população pobre dependem da pecuária. Além disso, ressalta-se que, nas Análises de Ciclo de Vida, todos os subprodutos aproveitados do boi deveriam ser contabilizados, desde o sebo já usado como biocombustível até a farinha de ossos, que, apesar de não ter carbono em sua constituição, reduz a necessidade do produto industrializado, que tem embutida maior necessidade de energia para ser produzido e transportado.
Em síntese, o que precisamos é intensificar a produção com ganhos de eficiência. Felizmente, o que os economistas da área mostram é que esse é o caminho para tornar a propriedade sustentável também do ponto de vista econômico.
Esse artigo técnico foi publicado originalmente na AgroAnalysis, a revista de agronegócios da FGV.
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Sergio Raposo de Medeiros
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Ivan Luz Ledic
30 de octubre de 2013
Agora, quanto à pecuária tenho um trabalho intitulado:Pecuária Acuada? Apesar das controvérsias quanto ao aquecimento ou resfriamento global devemos ter sempre o cuidado de preservar a natureza e seus recursos naturais, e reduzir ao máximo os focos poluentes, principalmente nos grandes centros urbanos e industriais. Assim, a pecuária tem pela frente um desafio tão grande quanto a própria necessidade de mitigação de carbono para conter os impactos do provável aquecimento global: fazer com que a ciência supere as suposições em relação à quantidade e ao impacto de suas emissões. No mundo, se fala que as emissões de gás metano (CH4) pela fermentação entérica de ruminantes contribuem com 22% (70 a 100 milhões de toneladas/ano) de todo o gás produzido pela humanidade. Por sua vez, 46%, ou 0,218 milhões de toneladas, do óxido nitroso (N2O) são emitidos pelas fezes e urina do gado bovino como também pelos fertilizantes nitrogenados, resultando ainda que 9% das emissões (172 milhões de toneladas/ano) de gás carbônico equivalente (CO2) ocorre devido à aração e gradagem das pastagens. Particularmente acredito que essas informações são um exagero, porque essas pressuposições são baseadas em estudos e análises obtidos em ambientes fechados. Assim, com base nisso se extrapola essas informações para todos os bovinos, como se na natureza isso não fosse alterado por ações e reações com o meio ambiente. Talvez seja mais uma forma dos nórdicos tentarem imputar culpa aos países do terceiro mundo (que possui maior volume de bovino que eles) pela emissão de GEE na atmosfera. Na realidade, nossos animais vivem na natureza, enquanto os acima do equador têm de ficar confinados em ambientes fechados por longo período do inverno rigoroso – aí sim, os gases ficam acumulados nesses locais e não são dispersos imediatamente no meio ambiente, podendo ter ação direta na atmosfera. Demorou, porém, estudos atuais demonstram que a pecuária nos trópicos poderá dar ao setor o papel de herói – e não de vilão – no combate à emissão de GEE. Os países da faixa tropical dispõem de uma grande vantagem comparativa sobre nações agrícolas temperadas: sem inverno rigoroso, a pastagem faz fotossíntese o ano todo, retirando gás carbônico da atmosfera e acumulando matéria orgânica no solo. A agropecuária bem praticada tem potencial significativo de redução de emissões de GEE. A captação de carbono pelos solos agrícolas é uma forma de mitigação para diminuição das emissões do setor. Este tema tem se tornado um assunto bastante sensível na medida em que os países adotam metas de redução de emissões, e o mercado começa a demandar produtos com baixas emissões de GEE nos seus ciclos de produção. Dessa forma, as ações em áreas agrícolas que colaborem para evitar emissões ou que captem GEE poderiam gerar créditos de carbono, ajudando a financiar tais ações. Pelas atuais regras vigentes no Protocolo de Kyoto, apenas reflorestamentos são contemplados como práticas passíveis de receberem tais créditos na temática de uso e mudança do solo. Mas vale destacar que o mercado voluntário de créditos de carbono, além de ser mais importante para reflorestamento, já começa a contemplar créditos advindos de práticas agrícolas. Para reduzir os impactos ambientais da pecuária se sugere ações de melhoramento genético, como o desenvolvimento de raças com melhor conversão alimentar, pois quanto mais peso o animal ganha e quanto mais produz leite com menor ingestão de alimento, mais eficiente é a produção e menor a emissão de GEE. Mas, os melhores avanços na redução do impacto ambiental virão da melhoria da alimentação e da eficiência do manejo do rebanho em pastagens e no sistema silvopastoril. Só com a recuperação de pastagens degradadas projeta-se uma economia anual de 104,5 milhões de toneladas de CO2-eq, que deixariam de contribuir para agravar o efeito estufa. Ao recuperar um pasto degradado pelo uso contínuo, pelas intempéries e pelo pisoteio do gado, o pecuarista aumenta a quantidade de matéria orgânica no solo e assim obtém um saldo positivo de carbono fixado na forma de biomassa. Cálculos realizados a partir de dados estimados para um sistema agrossilvipastoril, com 250 árvores/ha, mostram que seriam necessárias 13 árvores no segundo ano de crescimento para mitigar o equivalente de carbono emitido por um boi em crescimento. Se as árvores estivessem no terceiro ou quarto ano de crescimento, seriam necessárias, respectivamente, 6 ou 4 árvores para zerar o impacto da criação de um boi sobre o ambiente. Com 8 anos de crescimento, apenas 2 árvores seriam suficientes para fazer o mesmo papel. Dessa forma, se um produtor decidisse plantar 250 árvores por hectare, estas poderiam neutralizar a emissão de equivalente de carbono de no mínimo 2 bois quando estas árvores estivessem com apenas 1 ano de crescimento, ou até 153 bois quando elas estivessem com mais de 10 anos de idade. Outros dados sugerem que, quando bem manejadas, as pastagens podem sequestrar e fixar 66% do carbono produzido pela pecuária, com menor emissão de N2O. A tendência de mercados para produtos ambientalmente adequados abre uma oportunidade para produção intensiva de leite a pasto com sistema de arborização, como estratégia capaz de contribuir para redução dos GEE, fator que pode compor elementos de marketing ambiental e atender o Protocolo de Kyoto no conceito de mecanismo de desenvolvimento limpo na busca de alternativas para redução dos problemas referentes às mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. Sistemas de produção sustentados em animais mestiços ou zebu, mais simples e adequados à realidade vigente, têm condições de produzir resultados economicamente mais competitivos. Iniciativas de grande escala, de sistemas de produção a pasto com vacas mestiças e Zebu, já mostraram que a intensificação da produção pode ser atingida, no entanto em sistemas modulares de pastoreio circunscritos à sala de ordenha. Evidentemente que outras questões, como, em particular, a alimentação dos animais - o maior item do custo de produção do leite - são relevantes no processo produtivo e precisam de atendimento e ajustes no sentido de aumentar a produção por área. Todavia se realmente estiver ocorrendo aumento da temperatura terrestre, nós também teremos a solução para atender aos países do Hemisfério Norte com animais adaptados. Dessa forma passaremos de importadores para exportadores de material genético e abastecer o mundo com vacas produtivas e adequadas a sistemas mais rústicos.
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Ivan Luz Ledic
30 de octubre de 2013
Gostaria de deixar uma contribuição, inclusive sobre as dúvidas se está realemnte ocorrendo aquecimento global . GASES DE EFEITO ESTUFA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS Em época na qual só se fala sobre aquecimento global, são raras as pessoas que não escutam todos os dias sobre o aumento da temperatura, efeito estufa, os desastres naturais e o parecer do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC). O painel afirma que o aumento dos Gases de Efeito Estufa (GEE) está esquentando o planeta e muitas vezes a agricultura é apontada como a principal vilã quando o assunto diz respeito à emissão desses gases. Várias teorias contrárias, entretanto, vêm surgindo desde a época de 1970, quando houve um suposto consenso científico sobre o resfriamento global. Estas se contrapõem ao que diz o IPCC. As diversas teorias falam de um novo período glacial que está por vir, provocado porque a mudança climática é cíclica e não impulsionada pelos GEE. O recente aquecimento, segundo diversos cientistas, é causado parte pelo aumento do calor emitido pelo Sol (nossa maior fonte de energia e tem ciclos de 90 anos, tendo atingido o máximo no final da década de 60) e pelos oceanos (71% da superfície da terra) que são reservatórios de CO2 e de calor, sendo o regulador da temperatura terrestre (e as mensurações mostram que os mares estão perdendo calor nos últimos 70 anos). Parte também deste propalado aumento da temperatura vem do fato de que muito desses termômetros que são usados para medir as temperaturas estão hoje em grandes cidades (ilhas de calor). Na década de 60 havia 14 mil estações medindo temperatura na terra. Hoje tem menos de 2 mil estações. E essas reduções foram feitas em locais de difícil acesso. Por exemplo, a Rússia fechou muitas estações na Sibéria, que tem zonas frias. E muitas estações foram fechadas nas zonas rurais, devido a dificuldades de mantê-las, sendo que nessas zonas registram temperaturas de 2 a 5 graus C mais baixas do que as temperaturas urbanas. Quanto ao dióxido de carbono (CO2), seu fluxo natural (oceanos, vegetação e solo) é de 200 bilhões de toneladas e o homem responsável por apenas ínfimos 6 bilhões de toneladas. Assim o ser humano é muito pequenininho em comparação com as forças naturais. Basta dizer que 71% da superfície terrestre é coberta por oceanos e 29% são continentes. Dos 29% de continentes, 15% são terras geladas, outras de areia e desertos. Resta então ao homem apenas 14% para ele manipular. Desses 14%, metade é coberto por florestas naturais. O homem só opera, então, em 7% da superfície terrestre. Não é possível que nesses 7% ele vá mudar o globo todo. Há 580 milhões de anos, o dióxido de carbono era de 120 mil partes por milhão devido às explosões vulcânicas, 350 vezes superiores ao nível atual, e, há cerca, de 438 milhões de anos era 16 vezes maior do que agora! A concentração de CO2 na atmosfera começou a aumentar no final do século XVIII, quando ocorreu a revolução industrial, a qual demandou a utilização de grandes quantidades de carvão mineral e petróleo como fontes de energia. Desde então, a concentração de CO2 passou de 280 ppm (partes por milhão) no ano de 1750, para os 393 ppm atuais, representando um incremento de aproximadamente 30%. Este acréscimo na concentração de CO2 implica no aumento da capacidade da atmosfera em reter calor, mas não consequentemente da temperatura do planeta, pois houve decréscimos de temperatura também neste período. As emissões de CO2 continuam a crescer e, provavelmente, a concentração deste gás poder alcançar 550 ppm por volta do ano 2100. Cabe salientar para não se confundir conservação ambiental com mudança climática. A conservação é uma necessidade da espécie humana. E o CO2 não tem nada a ver com mudança climática. Não confundir CO2 com poluição. Quanto mais CO2 na atmosfera, mais as plantas produzem por ser um composto essencial para realização da fotossíntese, mas a queima de combustíveis fósseis e carvão liberam monóxido de carbono (CO) e dióxido de enxofre (SO2) que causam problemas ambientais de poluição e chuva ácida. O IPCC, não faz previsões. Ele faz projeções de cenários, afirmando que o aquecimento está causando degelo nos pólos, o que causaria uma elevação do nível do mar e com isso a inundação de grandes áreas costeiras. O aumento no nível dos mares é um mero exercício acadêmico, mas existem muitas outras causas geológicas, como o movimento de placas tectônicas, do que certamente as causadas pelo ser humano. O que está ocorrendo é interseção Lunar, que está em sua precessão máxima e a força gravitacional eleva o nível de água na latitude 40 graus N e 40 graus S. Isso causa o desnível entre os oceanos tropical e polar e ocorre aceleração das correntes marinhas do atlântico ao Ártico, com águas quentes penetrando abaixo das camadas de gelo que estão derretendo. Se considerarmos que 90% dos icebergs estão abaixo da água, esse degelo não aumentaria o volume dos oceanos e o que vemos são somente geleiras caindo. No início deste ano, especialistas em clima do Instituto de Estudos Espaciais Goddard da Nasa revelaram que 2008 foi o ano mais frio do século no planeta, atingindo a temperatura média global de 14,3 graus C de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (WMO). A pesquisa indica que o efeito de resfriamento associado com mudanças na refletividade e na evapotranspiração sobrepõe-se ao efeito de aquecimento causado pelo ciclo de carbono e pelo desmatamento. O mais grave na nossa época é a deturpação dos dados da ciência com finalidades ideológicas, visando impor a nível planetário um sistema universalmente fracassado dominado pelo capitalismo para impedir o desenvolvimento dos países do terceiro mundo. Na realidade, o resfriamento é pior que o aquecimento, porque quando a atmosfera fica fria ela tem menor capacidade de reter umidade e aí chove menos. Durante o período quente, os totais pluviométricos foram maiores, enquanto de 1946 a 1976 a chuva no Brasil como um todo ficou reduzida. Em nível mundial, principalmente acima do Equador, o resfriamento seria ainda mais drástico do que já é, porque a produção agrícola seria totalmente impraticável. O aquecimento interessa aos nórdicos, porque assim suas terras seriam mais agricultáveis e nos trópicos haveria desertificação e aumento da pobreza. Na última reunião de 192 nações em Copenhague, na Dinamarca, os países nórdicos não apoiaram contribuir com a redução de emissão de GEE e penalizaram os países em desenvolvimento como sendo aqueles que estão aumentando esses gases, numa tentativa de frear o desenvolvimento dos países emergentes. No neocolonialismo a dominação é pela tecnologia, pela economia e, agora, por um terrorismo climático, como estão fazendo com esse alarde sobre o aquecimento global. A população dos países pobres, à medida que crescesse, iria querer um nível de desenvolvimento humano mais adequado e iria concorrer pelos recursos naturais existentes, os quais os ‘gringos’ já não têm mais e querem que nós sejamos os responsáveis por tudo que eles não souberam manter.
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Luiz Antonio Fernandes
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
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30 de octubre de 2013
Matéria de suma importância para o futuro da alimentação humana. A criação de incentivos fiscais para aumentar o confinamento e um modelo para o aproveitamento dos dejetos desse confinamento seria de muita valia pata um modelo sustentável.
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