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Aditivos Micotoxinas Aves Testes

Correlação entre o desempenho de aditivos anti-micotoxinas (aam) para aves em testes in vitro E in vivo

Publicado: 30 de março de 2012
Por: Prof. Mallmann, RH Rauber*, Paulo Dilkin, LZ Giacomini.
Introdução
As aflatoxinas são metabólitos secundários tóxicos produzidos por linhagens fúngicas do gênero Aspergillus, como A. flavus e A. parasiticus. Já as fumonisinas são produzidas por fungos do gênero Fusarium, geralmente F. moniliforme (3). Na indústria da alimentação animal, o emprego de argilas selecionadas e processadas para a adsorção das micotoxinas vem sendo muito freqüente (1). Em mais de 480 produtos avaliados in vitro, pelo menos 47% apresentaram resultados insatisfatórios, tanto em pH 2,0 quanto em pH 6,0 (4). Neste sentido, este trabalho tem por objetivo relacionar o desempenho de diversos Aditivos Anti- Micotoxinas (AAM) em testes in vitro e in vivo. 
Material e Métodos
Os AAM foram testados in vitro, segundo metodologia previamente estabelecida (2) para determinar seu percentual de adsorção. Para as avaliações in vivo, foram utilizadas 240 aves de 1 dia (frangos ou perus), mantidos em gaiolas, durante 21 dias e divididos em 4 tratamentos de 60 aves cada. Os tratamentos foram definidos conforme a adição ou não de AAM ou micotoxinas na ração (T1= controle; T2= AAM; T3= Micotoxinas; T4= Micotoxinas + AAM). Cada avaliação foi realizada com um produto diferente e um grupo de micotoxinas (aflatoxinas ou fumonisinas) e todos os produtos foram testados a uma inclusão de 0,50% na dieta. Utilizou-se os parâmetros zootécnicos para determinar a eficiência do AAM na avaliação in vivo (consumo de ração, peso médio e conversão alimentar). A comparação entre o desempenho das aves com a utilização dos diferentes produtos no teste in vivo e da eficiência da adsorção in vitro foi realizada através da análise de regressão linear simples dos dados obtidos. 
Resultados e Discussão
Na Tabela 1 estão apresentados os resultados das avaliações in vivo e in vitro de 15 AAM testados no LAMIC/UFSM, no período de dezembro de 2004 a dezembro de 2006. Pela análise de regressão, observou-se correlação significativa (P≤0,10) moderada (R=0,60) entre o desempenho dos produtos para aflatoxinas no teste in vitro com pH 2,0 e no teste in vivo. No entanto, na comparação com o teste in vitro em pH 6,0 e o teste in vivo não houve correlação significativa (P>0,10). Este modelo indica que, mesmo apresentando um percentual de adsorção in vitro superior a 90% em pH 6,0 o produto deve mostrar bom desempenho também em pH 2,0. Como pode ser observado na Tabela 1, a maioria dos AAM avaliados para adsorção de aflatoxinas apresentou resultado satisfatório (acima de 90%) na avaliação in vitro em pH 6,0. Dos AAM avaliados para adsorção de aflatoxinas, 64% foram aprovados no teste de adsorção in vivo, que é a forma mais efetiva de comprovar a sua eficiência. Apesar de haver uma grande variedade de produtos disponíveis no mercado brasileiro, através dos resultados apresentados neste trabalho, fica evidente a necessidade de que algumas medidas sejam tomadas no sentido de promover a avaliação dos produtos existentes no mercado, associando a avaliação in vitro ao teste in vivo, com especial ênfase a este último. Entre os produtos avaliados para fumonisinas não foi possível estabelecer correlação entre o teste in vitro e in vivo, pois nenhum dos AAM testados foi aprovado na  avaliação in vivo, segundo os critérios zootécnicos. 
Correlação entre o desempenho de aditivos anti-micotoxinas (aam) para aves em testes in vitro E in vivo - Image 1
Conclusão
Os resultados apresentados neste estudo demonstram que, mesmo apresentando resultado satisfatório nos testes in vitro, para um produto ser aprovado para utilização como AAM eficaz, devem ser realizados testes in vivo na espécie em questão e para a(s) micotoxina(s) alvo do AAM. Neste sentido, a realização de ensaio in vitro deve ser utilizada para triagem de fontes destes produtos, bem como utilizado para o controle de qualidade dos diferentes lotes dos produtos já aprovados nos testes in vivo. Nenhum AAM testado até o presente momento apresenta ação efetiva frente a desafios por fumonisinas em frangos de corte. 
Bibliografia.
1. Castaing, J. XIV Curso de Especialización, Avances em Nutricion y Alimentación Animal. Anais..., p.143- 157. 1998.
2. Girona, A. J. R. Tese, Valencia, Espanha, 1994. 223p. 
3. Leeson, S.; Diaz, G.; Summers, J. D. Poultry Metabolic Disorders and Mycotoxins. 1995. 352 p. 
4. Mallmann, C. A., Dilkin, P. Giacomini, L., Rauber, R. H. Conferência APINCO 2006 de Ciência e Tecnologia Avícolas. Anais..., p.213-224. 2006. 
Tópicos relacionados:
Autores:
Prof. Mallmann
LAMIC -  LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
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Paulo Dilkin
LAMIC -  LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
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