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Análises para filosilicatos

Publicado: 22 de abril de 2009
Por: Hugo Gargaglione

Qué tipo de análises são realizadas nos filossilicatos para comprovar sua aptidão como adsorventes de micotoxinas e para a alimentação animal?

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ALBERTO GIMENO
Alberto Gimeno
25 de abril de 2009
Eng.º. Francisco Neto, Se consulta os meus artigos: “Brazil: enfrenta seriamente o problema de micotoxinas” e “As fumonisinas e seus efeitos indesejáveis na produção porcina” publicados em www.engormix.com (Português, Espanhol e Inglês), poderá ver que falo do Laboratório LAMIC, que é o Laboratório de Análises Micotoxicológicas-UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) em Santa Maria-Brasil. Este laboratório oficial faz estudos muito profissionais “In vivo” e “In vitro” a nível mundial, para comprovar a eficácia e aptidão dos detoxificantes (filossilicatos e outros) de micotoxinas na alimentação animal. Pode pôr a sua questão ao Prof. Dr. Carlos Augusto Mallmann (Director do Laboratório). No segundo artigo meu, esta indicado na bibliografia (Lamic 2006, 2008 e 2008a) como contactar com o Prof. Dr. Mallmann. No primer artigo, faço uma breve descrição das ativididades e a grande importancia do Laboratorio LAMIC nos estudos respeitantes aos detoxificantes de micotoxinas. Poderá ver também a noticia publicada em Engormix de que: “LAMIC ingressa no Engormix.com.” Cumprimentos. Gimeno
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Prof. Mallmann
LAMIC -  LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
LAMIC - LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
25 de abril de 2009
O LAMIC segue os critérios recomendados pelo Grupo de Trabalho específico do Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) nas avaliações de Aditivos Anti Micotoxinas (AAM). Dessa forma, podemos dizer em resumo, são feitas duas avaliações, a primeira “in vitro” e a segunda “in vivo”. A análise “in vitro” baseia-se na inativação da micotoxina no suco gástrico (pH 3) e no suco intestinal (pH 6). Estes resultados conferem a inativação de um AAM não sendo conclusivos para a recomendação dos mesmos, provendo apenas um indício de eficiência. Estas avaliações vão caracterizar o produto, para que possa ser rastreado futuramente nos controles de rotina, efetuados a cada 6 meses, comprovando que se trata do mesmo produto que foi aprovado “in vivo”. Nos experimentos “in vivo” desenvolvidos no LAMIC, os animais permanecem em salas com controle de ambiência, alimento e água “ad libitum” e fluxo de pessoas controlado, seguindo as normas internacionais de bem estar animal. O protocolo básico utilizado para a avaliação, consiste na utilização de 4 grupos de animais: Grupo 1 [equal] ração controle Grupo 2 [equal] ração com AAM Grupo 3 [equal] ração com a micotoxina específica para o teste Grupo 4 [equal] ração com a micotoxina específica para o teste + AAM. A utilização de no mínimo esses quatro grupos nos permite comparar se o AAM melhorou significativamente o desempenho dos animais que receberam micotoxina + AAM quando comparados ao grupo que recebeu somente micotoxina, bem como comparar o desempenho do grupo controle com o grupo que somente recebeu AAM. A aprovação do produto é específica para a micotoxina e espécie testada, podendo ser aprovado para mais de uma micotoxina. A aprovação nas duas avaliações demonstra o efeito protetor do AAM frente à micotoxina utilizada no teste. Ao final do experimento é redigido um relatório, contendo todos os dados do experimento, o qual pode ser utilizado pela empresa contratante para divulgar a aprovação do seu AAM. O LAMIC cumpre assim sua função social, desenvolvendo um serviço de proteção aos consumidores dessa classe de aditivo, protegendo-os do uso de produtos que não atendam seus propósitos.
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Camilo Beck
19 de octubre de 2009
Caro Dr. Mallmann. Faço algumas colocações: - nos testes in vitro recomendados pelo grupo de trabalho o que varia é a inclusão do produto, correto. Se estivermos procurando simular uma condição natural, razão pela qual é usado o suco gástrico, seria correto considerar também nos testes in vitro a variação da dose de micotoxina frente a uma dose única de adsorvente porque é exatamente isso que ocorre na prática, o que vária na ração é a micotoxina e não o produto. Por isso, neste caso o MAPA aceita qualquer uma das metodologias. - existem produtos a base de microrganismos como bactérias e leveduras que são sensíveis aos antibióticos Gran positivos e a temperatura de peletização. Além disso, esta linha de produto necessita comprovar a sobrevivência dos microorganismos durante o transito intestinal através da identificação e quantificação dos mesmos microrganismos nas fezes dos animais. Por que o grupo de trabalho não recomendou uma metodologia especifica para estes produtos in vitro e in vivo? Neste caso os protocolos podem ser muito favoráveis ou muito desfavoráveis a esta linha de produtos. - Vários estudos com adsorventes de micotoxinas realizados na Alemanha por Doll e Danicke, nos EUA por Ledoux e Phillips e por Smith no Canadá , são realizados em condição alta de contaminação, mas frente a várias micotoxinas ao mesmo tempo e naturalmente presentes e não adicionadas. Alguns produtos tem excelente resultado frente a uma micotoxina, mas quando colocados em alto desafio na condição natural de campo os resultados são totalmente distintos e negativos. Por que o grupo do MAPA não recomenda avaliações em condição natural de contaminação se é desta forma que os produtos serão desafiados a funcionar a campo? - Se os adsorventes de micotoxinas necessitam ser revalidados com frequência de 6 meses. Isso significa dizer que os mesmos produtos não apresentam um padrão ou que existe risco, no caso das argilas devido ao esgotamento da sua fonte natural e não renovável. No caso de microrganismos, enzimas e Glucanos o processo industrial de obtenção é padronizado e não agride a natureza. Neste caso estes produtos apresentam um padrão, consequentemente, não existe a necessidade de avaliação de qualidade ao longo do tempo. - Os produtos avaliados são fornecidos pelo fabricante. Para maior confiabilidade sobre o que esta sendo avaliado e vendido os produtos deveriam ser coletados no mercado pelo MAPA, principalmente, por que existe uma suspeita de falta de padrão. - Existem muitos trabalhos principalmente com argilas que comprovam que são capazes de adsorver minerais, vitaminas, anticoccidianos, antibióticos, além de micotoxinas. Quanto maior o potencial de adsorção da argila maior é o risco. Estas avaliações de dose x resposta não foram consideradas. Um grande abraço Camilo
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Prof. Mallmann
LAMIC -  LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
LAMIC - LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
4 de diciembre de 2009
Meu Caro Camilo, Normalmente não escrevo tanto, mas gostaria de comentar algumas colocações. 1 - A lógica do processo está justamente no fato de que não se pode mudar a toxina no alimento (ela é um produto natural e, portanto, variável). A única variável, que efetivamente podemos intervir, é na concentração do Aditivo Anti-Micotoxinas (AAM). Assim, maior a concentração de toxina, maior será a inclusão de AAM. Se não fosse assim, poderíamos usar sempre a mesma dose, por exemplo, 100g/Tonelada e teríamos proteção. Sabemos todos que não funciona assim. Este foi o entendimento do Grupo de Trabalho. Considera-se que ao avaliar o alimento, inclui-se o aditivo na concentração necessária para a proteção. 2 – A gama de produtos é cada vez maior. A sobrevivência de um microorganismo aos processos deveria estar detalhado nos rótulos. Concordo que isso realmente deva ser uma consideração da empresa produtora. O objetivo do “in vivo” e justamente demonstrar que em condições normais o produto efetivamente funciona. Isso vale para todos os produtos, e tens que garantir que qualquer produto “sobreviva” aos processos. Esse deve ser um cuidado que todos devem tomar. Os processos, vamos levar em conta, por exemplo, os térmicos, podem afetar os produtos orgânicos. Já nos inorgânicos este problema, provavelmente, não ocorra, razão pela qual temos que fazer a experimentação “in vivo”. Ao extremo, adianta encontrar o microorganismo nas fezes? Mais importante é que tenhamos tido sucesso na proteção do animal! 3 – Justamente por que em um alimento naturalmente contaminado, certamente NÃO será possível trabalhar monofatorial. O uso de alimento naturalmente contaminado impede qualquer intercomparação (o natural da Alemanha é diferente do natural do Canadá). Em síntese, o produto deve inicialmente ser competente para uma micotoxina. Posteriormente, fazem-se as combinações em condições controladas, isso, para evitar, por exemplo, o uso de uma “super-nutrição” que poderia mascarar os resultados. Quem garante que o naturalmente contaminado não apresente um desequilíbrio nutricional, que por vezes, é mais deletério que a própria toxina (o cereal perde com o crescimento dos fungos). Esta foi a principal razão que o Grupo do MAPA optou por utilizar uma dieta padrão (ou seja, pode ser feita em qualquer país) e incluir a toxina produzida em laboratório numa proporção inferior a 0,5[percent]. Outra coisa interessante é que jamais teremos todas as “condições de campo” passíveis de avaliar. Existe uma infinidade de “condições de campo”! Isso foi levado em consideração com todo o cuidado pelo Grupo. Poderemos, no futuro, realizadar pesquisas em que se faça avaliações com mais de uma toxina adicionada a dieta. Justamente para que se avalie as contaminações múltiplas de uma forma controlada. Atualmente estamos trabalhando intensivamente na solução destes “sinergismos”, especialmente identificando-os. Isso trará subsídios para os o conhecimento dos problemas mais importantes e as combinações de produtos.
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Prof. Mallmann
LAMIC -  LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
LAMIC - LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
4 de diciembre de 2009
continuação... 4 – Esta afirmação não pode ser feita para nenhum produto. Por isso os testes “in vitro” são feitos para proteger o consumidor, demonstrando a ele que o produto apresenta sempre as mesmas características. Por exemplo: um produto pode apresentar inativação/adsorção de 99[percent] e 60[percent] para pH 3 e 6, respectivamente. Significa que em seis meses ele deverá apresentar resultados semelhantes. Um produto que apresente 80[percent] e 70[percent] na avaliação seguinte, provavelmente teve alguma alteração. Quanto à estabilidade, tens toda razão. Pode sim mudar e muda mesmo. Todas as classes de AAMs podem perder função, mesmo porque, as indústrias e os microorganismos também mudam (vide resistência aos antibióticos) e isso pode implicar uma perda de ação. Os minerais, neste ínterim, apresentam maior estabilidade (foram formados a uns 100 a 200 milhões de anos), mas, por exemplo, podem ser mal minerados. Por isso o consumidor deve receber sempre um controle a cada seis meses. 5 – Concordo contigo. Mas também pressuponho que as empresas que atuam no mercado são sérias e comprometidas com o consumidor. Não posso acreditar que essa seja uma prática comum! Por outro lado, muitas empresas têm solicitado aos clientes que enviem os produtos aos Laboratórios certificados. Esta, agora no meu ponto de vista, deveria ser uma prática a ser adotada. Você realmente lança uma idéia muito positiva para sugerir aos teus clientes. PARABÉNS!!!! 6 – O Grupo seguramente considerou isso. As avaliações de inocuidade são contempladas no tratamento somente com AAMs em sua dose máxima. Isso atende todas as situações? Evidentemente que não. Existe uma gama de produtos que tem essas características de não funcionarem em todas as situações específicas locais. Fica sempre o problema de que não estar avaliando todas as variáveis e aditivos que são incluídos (antibióticos, minerais, etc..). Por esta razão os experimentos são conduzidos nas melhores condições de manejo, nutrição, sanidade, etc. Isto garante que o produto possa manifestar sua eficiência. As aplicações e as variáveis particulares de cada caso, dependem sempre destes cuidados. Um exemplo interessante são as vacinas. Se a vacina ficar exposta ao sol a uma temperatura de 50°C, e for administrada, não podemos dizer que é ela que não funciona. Está aí justamente a importância em se fazer as avaliações em situações monofatoriais, razão pela qual também não se utiliza material naturalmente contaminado. Material naturalmente contaminado apresenta inúmeros fatores que podem mascarar os resultados (consumo de um aminoácido, por exemplo). Bem, um aspecto que considero importante. Num futuro bem próximo, as empresas de AAMs estarão fazendo os produtos customizados para cada situação. Exemplo: Por que usar um AAM para Zearalenona se a mesma não estiver presente na dieta. Diagnóstico preciso e quantitativo, bem como eficiência técnica, serão cada vez mais exigidos para a proteção dos rebanhos. De todas as formas Camilo, teus questionamentos são muito importantes. Quanto ao Grupo, este se empenhou ao máximo, tanto para preservar os interesses das empresas, mas principalmente os do consumidor, objetivo final que todos nós temos. O Brasil tem um Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento atuante, preocupado com a qualidade dos produtos para o mercado. Os critérios que são propostos são todos muito simples e passíveis de atendimento. São inovadores e seguramente serão seguidos e ainda melhorados pelos países que tem a seriedade do nosso! Um grande abraço!!
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