Olá, Comunidade Engormix.
Identifiquei determinada demanda de usuários da Engormix, em relação a busca de quais são os adsorventes de micotoxinas registrados no Brasil. Então, lanço a pergunta: quais seriam esses adsorventes ?
Se cada usuário aportar determinada informação, posteriormente poderei aproveitar para reunir todo esse material e publicá-lo como em forma de consulta em nossa comunidade.
Obrigada.
Muito interessante este fórum. Vai nos permitir ter uma idéia mais clara da quantidade de produtos disponíveis no mercado.
A Amlan international tem dois adsorventes de micotoxinas, o Calibrin A e Calibrin Z.
São aluminosilicatos mas com processo de elaboração diferentes. O Calibrin A é recomendado para o controle de Aflatoxinas e o Calibrin Z para controle de Zearalenona.
Ambos produtos também têm ação sobre outras micotoxinas.
Boa tarde
A Nutron trabalha com três aditivos antimicotoxinas específicos, com eficiência e eficácias comprovadas.
De acordo com a toxina alvo os produto são os seguintes:
- Adsorb Afla: controle de aflatoxinas
- Zeotek: controle de zearalenona
- Notox: controle de fumonisinas.
Att
Olá a todos.
Este fórum ainda tem a participação de pouca gente, o que é pena, pois o tema é muito interessante. Eu costumo dizer a respeito deste tema que, “as micotoxinas são o fantasma de qualquer exploração: estão sempre presentes!”
Sou técnico de nutrição de Bovinos e trabalho numa empresa que não fabrica, mas que comercializa um adsorvente de micotoxinas, à base de alumino-silicatos.
Diz-me a experiência, que apesar de tantos trabalhos e estudos a demonstrarem a eficácia do adsorvente A, B, ou C, não existe um adsorvente de micotoxinas perfeito. Um é mais eficaz na Zeo, outro na Aflo, outro na DON, etc., etc. A minha opinião, é que o adsorvente ideal seria a combinação de vários adsorventes.
Saudações a todos
Boa tarde!
A FORMILVET tem um adsorvente (KLINOFEED) composto por Clinoptilolita-Heulandita com amplo espectro de adsorção das principais micotoxinas que causam impacto na produção animal e com propriedades diferenciais como:
1. captura da amônia (melhoria na qualidade do ar)
2. Melhoria na qualidade da cama em aviários
3. aumento da disponibilidade de cálcio plásmatico
E devido a estrutura da rocha que compoe o KLINOFEED NÃO ha captura de nutrientes presentes na dieta.
Abs...
Bom dia a todos!!
A Nutrifarma disponibiliza no Brasil Aditivos Antimicotoxinas, importados da Special Nutrients, Inc. com trabalhos de certificação de eficácia de funcionamento in vivo realizados pelo LAMIC.
São eles:
- Toxfree, com certificação do Lamic para Fumonisina e Zearalenona.
- Toxfree Standard, certificadopara Aflatoxinas e Fumonisina,e
- Toxfree Milk Power, para bovinos leiteiros.
Abraços
A Kemin tem um adsorvente de micotoxinas reistrado no Brasil
- TOXFIN DRY
Diversos trabalhos de pesquisa realizados pela equipe de cientistas da Kemin comprovam que o Toxfin não adsorve nutrientes, ele adsorve somente as micotoxinas.
O importante é lembrarmos que nenhum produto adsorve 100[percent] das micotoxinas. Portanto, quando a contaminação das rações apresentarem níveis muito altos, o adsorvente será somente um paliativo. Vários são os produtos no mercado mas o foco principal deve ser no controle e monitoramento das matérias-primas e uma limpeza periódica dos sistemas de fábrica, além do processo de pré-limpeza do milho que reduz consideravelmente aflatoxinas.
Detalhe importante é certificar-se de que, além do registro, o produto em questão tenha laudos de eficiência in vitro e in vivo para as micotoxinas indicadas e que, nos testes de eficiência tenha sido utilizada a dose recomendada no campo e com contaminações de micotoxinas condizentes com nossa realidade. O laboratório que realiza estes testes de eficiência com maior rigor e critérios técnicos é o LAMIC da UFSM de Santa Maria - RS.
O produto que indico para uso em suínos e bovinos é o MASTERSORB GOLD da GRASP, o qual apresenta testes de eficiência in vitro e in vivo para aflatoxinas, fumonisinas e zearalenona certificados pelo LAMIC. O resultado aparece no campo...
A escolha de um adsorvente realmente não é uma tarefa fácil, pois seguramente existem hoje mais de 50 produtos registrados para tal finalidade. O nutricionista deve estabelecer alguns critérios na escolha do produto que irá utilizar e desta forma já consegue-se eliminar diversos produtos sem uma comprovação. Creio que é imprescindível o Adsorvente possuir um teste in vivo realizado em algum instituto de pesquisa acreditado para esta finalidade. Sem o teste in vivo não é possível se ter garantias de que o produto funcione efetivamente. O teste in vitro pode ser uma referência, mas por si só não diz muita coisa, pois as condições são muito diferentes das encontradas no trato grastrointestinal do animal. Outro aspecto extremamente importante, pensando em segurança almentar é que o produto possua garantias de ausência de Dioxinas e Furanos. Importante também observar se a quantidade de metais pesados está dentro das regulamentações. Por fim, acredito que os adsorventes devem ser usados de forma específica, tanto por fase de produção como por prevalencia de micotoxinas em análises. Não há justificativa para que seja utilizado um produto de amplo espectro se as micotoxinas tem impactos e causam problemas de forma específica nas diferentes fases de suínos. Sem dúvida a melhor ferramente é a monitoria das contaminações e a tomada de ações específicas, desta forma temos o uso racional de adsorventes e economizamos dinheiro.
Na pergunta inicial deste fórum dos aditivos anti-micotoxinas (AAM) que são registrados no Brasil, não indica se o registro é baseado na lei antiga ou nova proposta de legislação. Devido a isso surgiram muitas respostas de participantes ou sem qualquer explicação de que espécie (s) está (ão) aprovado (s). Atualmente, existem muitos adsorventes registrados no Brasil, pois há produtos que o registro é ainda válido com base na legislação antiga.
A nova legislação proposta pelo MAPA, que já está sendo aplicada aos novos produtos ou produtos com registro expirado, exige um requisito muito rigoroso, onde a maioria dos produtos aprovados pela lei antiga não seriam aprovados e se fossem aprovados seriam apenas para a aflatoxina.
A nova legislação embora já esteja sendo aplicada como indicado acima ainda não se tornou lei, por essa razão os produtos com registros antigos continuam sendo vendidos no mercado brasileiro.
Esta nova proposta torna o Brasil o primeiro país no mundo onde os AAM(Aditivos Anti-micotoxinas) são avaliados cientificamente. Os pontos básicos, sem entrar em detalhes, para a aprovação dos produtos são:
- Ser livre de dioxinas e metais pesados
- Teste in vitro realizado no suco gástrico (pH ácido) e suco intestinal (pH alcalino).
- Teste in vivo para cada espécie animal e para cada micotoxina. Este teste deve demonstrar que o produto é capaz de proteger o órgão que a micotoxina afeta (aflatoxina - fígado, Zearalenona – órgão reprodutivo, Fumonisina -. Pulmão e coração, etc) e ou controlar o órgão do animal que a micotoxina afeta (por exemplo. Aflatoxina M1 em leite esfingolipídio no sangue, etc.).
- Os experimentos devem ser realizados por instituições ou laboratórios reconhecidos pelo governo brasileiro.
Importante:
a) Os produtos devem ser estudados para cada espécie, contra cada uma das micotoxinas. Isso é muito importante, porque pode haver produtos que funcionam para aflatoxina em aves e não funcione para a aflatoxina em suínos.
b) Os estudos devem ser para um tipo de micotoxinas por cada teste. Não e permitido nenhum teste com a combinação de várias micotoxinas, a mistura de micotoxinas podem alterar os resultados ou chegar a conclusões incorretas de que o produto é capaz de capturar várias micotoxinas. Primeiro o teste deve ser feito individualmente, uma vez demonstrado que o produto funciona para cada micotoxina, se combinaria as micotoxinas.
c) Em este estudo existe um tratamento com alta dosagem de AAM para demonstrar que não adsorve ou interferem nos nutrientes.
d) O teste é realizado a um nível muito elevado de micotoxinas para causar dano aos órgãos ou órgãos-alvo em um curto espaço de tempo e para que não exista dúvida (estatísticas) se o produto é capaz de proteger o organismo contra a micotoxina.
Isso garante ao consumidor que, se o produto funcionou nesse alto nível de micotoxinas, em seguida, também funcionará em condições comerciais, onde os níveis são muito mais inferiores.
Special Nutrients Inc. como líder mundial de AAM com produtos cientificamente comprovados capazes de proteger os órgãos-alvo, têm seus produtos aprovados segundo a nova legislação brasileira e conduzidos no laboratório LAMIC da seguinte forma:
Toxfree (AZ Mycoad) Suínos Zearalenona
Toxfree (AZ Mycoad) Suínos fumonisina
Toxfree Standard (Mycoad) Suinos aflatoxina
Toxfree Standard (Mycoad) Aves Aflatoxina
Toxfree Standard (Mycoad) Aves Fumonisina
Toxfree Standard (Mycoad) Aflatoxina M1 Gado Leiteiro
Esta última aprovação em gado leiteiro faz com que o Toxfree Standard (Mycoad) seja:
1) O primeiro e único produto aprovado para o gado leiteiro no Brasil
2) O primeiro e único produto aprovado para aves, suínos e gado leiteiro no Brasil
Todos os nossos testes científicos ambos feitos no Brasil e em outros países têm a intenção de demonstrar a capacidade do produto para proteger o órgão sensível a micotoxina estudada.
Outros estudos fora do Brasil com proteção ao órgão são:
Um (1) Toxfree (AZ Mycoad) Suino DON
Dois (2) Toxfree (AZ Mycoad) Suino Zearalenona
Dois (2) Toxfree (AZ Mycoad) Aves T-2
Dois (2) Toxfree Standard (Mycoad) Aves Aflatoxina
Dois (2) Toxfree Standard (Mycoad) Aves Ocratoxina
Dois (2) Toxfree Standard (Mycoad) Aves T-2
Mycosorb é um adsorvente de micotoxinas de amplo espectro de ação, produzido pela Alltech do Brasil, registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA), recomendado para Aflatoxina, Fumonisina, Zearalenona, Vomitoxina, Ocratoxina e Toxina T2, indicado para todas espécies animais com taxa de inclusão de 1 a 2 kg/ton.
Mycosorb apresenta como principio ativo Glucanos Insoluveis extraidos da parede celular de cepas especificas de leveduras, submetidas a um processo industrial único e patenteado que confe ao produto amplo espectro de ação, alta afinidade simetrica e quimica frente a diferentes grupos de micotoxinas e por sua natureza um potente ativador do sistema Imunológico.
É interessante como uma questão bastante simples como a que foi levantada no início deste fórum pode trazer a todos, a opinião de tão bons e experimentados profissionais e ao final, se concluir, apesar dos apelos técnicos, que todos os adsorventes têm maior ou menor ação sobre determinada micotoxina, o que é entendível já que a composição mineralógica dos adsorventes vai variar sempre de acordo com a região de onde as argilas, que estão sempre presentes na composição dos adsorventes em maior ou menor grau, são extraídas.
Existem minas em vários locais no mundo de onde se extraem produtos diferentes e este é um dos pontos importantes no momento de escolher um adsorvente.
Outro ponto importante, e que claro foi comentado neste fórum, é a necessidade de que os produtos sejam avaliados em instituições reconhecidas, se não mundialmente, pelo menos regionalmente. Os testes mais importantes são as análises in vivo acompanhadas de análises in vitro além das análises de furanos, metais pesados e dioxinas. Recentemente temos escutado notícias sobre contaminações com dioxinas em aves na Europa, o que causou a eliminação de aves e suínos.
O Brasil tem um mercado exportador de frangos e suínos de destaque no mundo e para seguir assim, além das boas práticas de manejo implementadas pelas agroindústrias, é necessário que também sejam auditadas todas as etapas da cadeia produtiva e os produtos utilisados.
Há algum tempo, um amigo que trabalha em uma empresa de genética que teve parte de plantel dizimado por uma enfermidade comentou o seguinte..."Estávamos tão preocupados em não deixar passar o elefante que esquecemos de cuidar da formiguinha"...e foi a formiguinha que causou todo o problema.
A ideia de ter um controle rígido realizado pelo MAPA é válido, porem não podemos esquecer que quem vai balizar certos produtos no mercado é o próprio mercado, ou seja, se o produto não funciona o cliente não vai comprar mais o mesmo produto, ou vai? Isso sim é importante.
Outro fator importante, as empresas muitas vezes querem comprar preço e não qualidade, em Ads é dificil ter preço baixo e produto amplo espectro........
Enquanto não mudarmos a mentalidade do produtor, só ficaremos na correção do problema. O correto é a prevenção, porém fica difícil prevenir quando a cultura é voltada para a resolução do problema e não da sua causa.
O uso de adsorventes sem controle gera custos a mais para o produtor, sem levar em conta que não há uma legislação eficaz que nos proteja dos mesmos. Sabe lá o que esses adsorventes podem gerar mais tarde.
É impressionante a ausência de fiscalização sobre esses produtos.
Concordo com o João que se trabalha mais no tratamento que na prevenção.
Como no tratamento o resultado é sempre a favor das micotoxinas tenho optado por usar os produtos à base de alumino-silicatos como os que o colega António Pedro Malva comercializa.
São fiáveis e além do mais são os mais baratos.
Muito se fala do efeito dos adsorventes de micotoxinas sobre a disponibilidade dos minerais para os animais.
Gostava no entanto de perguntar se a livre disposição dos alumino-silicatos pode ser encarado como preventivo. Alguém já tentou fazer livre disposição de dois em dois meses e monitorizar a incidência de distúrbios digestivos, reprodutivos ou outros no final de um ano?
Um mau alimento é sempre um mau alimento, com ou sem adsorvente de toxinas, pelo que em caso de suspeita de intoxicação, o melhor mesmo é equacionar mudar algum dos alimentos que compoem a dieta.
A YesSinergy trabalha com o YES-FIX, um aditivo adsorvente de micotoxinas resultante da associação entre bentonitas (aluminosilicatos) e beta-(1,3/1,6)-d-glucano (substância ativa extraída da parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae).
Além de combater as micotoxinas como Aflatoxina, Fumonisina, Zearalenona entre outras, o beta-glucano melhora conversão alimentar, ganho de peso e reduz a mortalidade mesmo com baixo desafio de micotoxinas pelo seu efeito imunomodulador.
28/09/2010 | Como dito anteriormente por um colega, as micotoxinas são problemas comuns a produção animal, que muitas vezes, passa desapercebido por promover apenas queda nos índices produtivos, como aumento nos dias não produtivos em granjas de suínos.
Entendendo-se que essas toxinas são metabólitos secundários de fungos filamentosos, seu controle requer um trabalho multidirecionado, já que a produção delas pelos fungos é decorrente de um fator estressante ao mesmo (seja por variação na temperatura, umidade, tratamentos antifúngicos ineficientes ou infecções por outros fungos ou microorganismos concomitantes), além de que a concentração necessária das mesmas na dieta animal para causar patologias ou queda de desempenho são da ordem de ppm (parte por milhão) ou ppb (parte por bilhão), ou seja, analogicamente, uma gota no oceano..
Considerando que as principais micotoxinas de interesse zootécnico no Brasil sáo produzidas por fungos dos gêneros Fusarium ou Aspergillus, devemos traçar estratégias para seu controle desde a produção dos cereais no campo até a fabricação, armazenamento e fornecimento das dietas aos animais, além da escolha de um adsorvente de micotoxinas eficiente.
Referente a decisão de tratar ou não, as sintomatologias observadas no campo devem ter maior influencia que os laudos de análises de micotoxinas. Isso se justifica pela dificuldade de se obter uma amostra que realmente represente o grau de contaminação dos cereais ou da ração, além de haver controvérsias na literatura frente as metodologias utilizadas para os diferentes cereais e ração quanto a determinação da curva da cromatografia líquida.
Em relação a escolha do melhor adsorvente, como dito anteriormente, não existe produtos 100% eficientes para todas as toxinas. Antes de se escolher um produto, considerando o preço de mercado do mesmo, é importante entender qual (ou quais) as toxinas que se deseja controlar, inclusive sobre as características de sua molécula química e como ela interage com os diversos adsorventes disponíveis.
As principais características, a entender, refere-se ao tamanho molecular e polaridade da estrutura da toxina, pois a forma de ação dos diferentes produtos varia segundo essas características, por ex. os aluminossilicatos tem excelente ação em toxinas polares como a aflatoxina, porém não atuam com mesma eficiencia sobre toxinas mais complexas como a fumonisina, embora essa também seja polar. Esses produtos, por sua vez, não são recomendados para toxinas apolares como a zearalenona e a DON.
Atualmente existem outras substancias no mercado, como os betaglucanos e as enzimas degradadoras de toxinas, que não dependem do tamanho e da polaridade da molécula da toxina, podendo ter maior espectro de ação que os aluminosilicato.
Outros fatores também são importantes para a escolha do melhor produto como a velocidade com que ele inicia sua função e a força que mantém a adsorção. O primeiro caso é importante, pois toxinas como a aflatoxina tem rápida absorção pelo trato gastrointestinal, e o segundo fator é importante pois a concentração de minerais, vitaminas e outros componentes polares, presentes no lumen intestinal, podem desfazer a ligação de adsorção.
Considerando ainda os tipos de análises disponíveis pelos fornecedores, além do registro atualizado no Minstério da Agricultura Pecuária e Abastecimento- MAPA, os laudos de adsorção in vivo tendem a representar melhor a eficiencia real do produto em relação a laudos de adsoção in vitro, que por sua vez, devem ser realizados em pH ácido e básico, por demonstrar a eficiência dos produtos frente as variações de pH naturalmente observadas no organismo animal.
atenciosamente,
Tenho uma empresa de biotecnologia, desenvolvemos um sequestrante de micotoxinas com amplo expectro, pelo fato de não ser o nosso foco a produção, gostaria de informar que o produto está patenteado e pretendemos a comercialização da fórmula.
O método de produção é simplificado e de baixo custo.
Ezequiel, O uso de beta-glucona parece ser um dos mais eficientes para a adsorção de micotoxinas, porém, existem precauções que devem ser tomadas quanto ao processo de produção. É possível estimular a produção de beta-glucona por Saccharomyces? Podemos nos falar via e-mail?