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Potencial de utilização de extratos vegetais como aditivo natural para melhoria da qualidade de ovos

Publicado: 10 de junho de 2024
Por: 1Laiza Hayanne Gomes Ferreira, 2Cláudia da Costa Lopes, 2Janete Gouveia de Souza, 3Karolayne Rayara Santos De Lima, 4José Aparecido Moreira, 2Romilton Ferreira de Barros Junior, 3Luiza Dos Santos Gonçalves de Oliveira, 3Ariadne Beatriz de Oliveira.
Sumário

Os extratos vegetais são aditivos fitogênicos oriundos de plantas que produzem metabólitos secundários ricos em compostos fenólicos e polifenólicos (fenóis simples e ácidos fenólicos, quinonas, flavonas, taninos), terpenos, alcalóides, lectinas e polipeptídios. Esses compostos apresentam ação antioxidante, antimicrobiana, de melhoria na saúde intestinal e aumento da absorção e digestão de nutrientes. Desta forma, tornam-se alternativas aos aditivos sintéticos comumente utilizados na avicultura com o diferencial de ser um produto natural que não gera resíduos. O potencial antimicrobiano dos extratos acontece devido seu caráter hidrofóbico, que penetra a membrana celular bacteriana causando sua ruptura e morte, sendo assim, são capazes de modular a microbiota intestinal de galinhas poedeiras, melhorando o aproveitamento das dietas e, consequentemente, a produção e qualidade dos ovos. A presença dos polifenóis nos extratos herbais pode promover atividade antioxidante sobre os ovos produzidos, melhorando qualidade e possivelmente aumentando sua vida de prateleira. O uso desses extratos herbais na nutrição avícola tem sido cada vez mais difundido, entretanto, existem mais pesquisas desenvolvidas com frangos de corte do que com aves de postura. Com isso, este trabalho de revisão tem como objetivo apresentar os mecanismos de atuação, as principais plantas utilizadas e as vantagens do uso dos extratos herbais na avicultura de postura.

Palavras-chave: aditivo natural, antimicrobiano, antioxidante, metabólitos secundários, qualidade de ovos.

1Doutora em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2Doutora em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), 3Graduanda em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 4Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP).

1 INTRODUÇÃO

O ovo é um alimento nutricionalmente completo que também possui propriedades com ação antibacteriana, antiviral e de modulação do sistema imunológico, podendo promover saúde e previr doenças ao consumidor (Perić et al., 2011). No Brasil entre os anos de 2011 a 2021 houve um aumento de 58% no consumo per capita de ovos, chegando a um consumo médio de 257 unidades/habitante/ano. Para atender esta demanda a produção nacional em 2021 foi de 54.974 bilhões de unidades de ovos, equivalendo a um aumento de 2,69% em relação ao ano anterior (ABPA, 2022).
Quando falamos em qualidade dos ovos, fatores intrínsecos e fatores extrínsecos as aves, podem afetar diretamente as características dos ovos produzidos, sendo a nutrição da ave um dos fatores de grande relevância (Ahmadi & Rahimi, 2011). Desta forma, visando atender a demanda do mercado consumidor de ovos, que a cada dia encontra-se mais exigente em relação ao bem-estar das aves, a restrição no uso de aditivos químicos na produção e a qualidade final do produto constantemente são desenvolvidas pesquisas com uso de alimentos alternativos e aditivos fitogênicos na nutrição de aves de postura.
Os aditivos fitogênicos são produtos originados de plantas, que possuem em sua composição compostos secundários, e quando adicionados às dietas promovem melhoria dos índices produtivos e da qualidade dos produtos de origem animal (Fernandes et al., 2015). Estes aditivos apresentam diversas variações de acordo com a sua composição, origem da planta e método de processamento, gerando os produtos derivados tais, os extratos e óleos essenciais (Windisch et al., 2008).
Dentre estes aditivos, os extratos herbais são ricos em compostos fenólicos e polifenólicos (fenóis simples e ácidos fenólicos, quinonas, flavonas, taninos), terpenos, alcalóides, lectinas e polipeptídios (Bonato et al., 2008), que ao serem incluídos na alimentação de não-ruminantes podem apresentar ação antioxidante, antimicrobiana, melhoria na saúde intestinal, aumento da absorção e digestão de nutrients, levando a melhorias no desempenho animal e na qualidade dos produtos (Pasquali & Pimenta, 2014).
Na avicultura de postura os extratos herbais vêm sendo bastante utilizados por agirem da mesma forma ou semelhante aos aditivos alimentares sintéticos, sem ocasionar resistência bacteriana, nem gerar resíduos nos produtos. Já existem estudos com plantas como babosa, orégano, moringa, mastruz, páprica, calêndula, entre outras, na forma de extratos (Silva et al., 2012; Alabi et al., 2017; Guato et al., 2020). Entretanto, por se tratar de uma nova vertente, ainda se faz necessário o desenvolvimento de mais pesquisas a fim de se conhecer a forma de atuação destes extratos no organismo e metabolismo de aves de postura e sobre a qualidade dos ovos produzidos. Com base nisso, objetiva-se com esta revisão apresentar os mecanismos de atuação, as principais plantas utilizadas e as vantagens do uso dos extratos herbais na avicultura de postura.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 EXTRATOS HERBAIS

Os extratos herbais são produtos oriundos das plantas que possuem potencial fitogênico, onde este se dá pela presença de princípios ativos que são produzidos como forma de defesa à fatores externos durante o seu crescimento (Hashemi et al., 2011). De acordo com Bonato et al. (2008) os extratos herbais são categorizados de acordo com sua composição em: fenólicos e polifenólicos (fenóis simples e ácidos fenólicos, quinonas, flavonas, taninos), terpenos, alcalóides, lectinas e polipeptídios.
Estes podem ser obtidos de qualquer parte da planta, e sua preparação consiste na desidratação, seguida de moagem, trituração ou maceração para reduzir as partículas (Fernandes et al., 2015) e dissolução em solvente, como por exemplo, a água ou álcool, que pode ou não ser eliminado posteriormente (Brasil, 2004).
Muitos fatores influenciam o processo de extração dos compostos secundários, tais como, a parte da planta utilizada e sua origem, o processamento deste material, teor de umidade e tamanho de partícula, o método e tempo de extração, a concentração, temperatura, polaridade e natureza do solvente utilizado (Tiwari et al., 2011). A escolha dos solventes depende dos conhecimentos químicos relacionados com o pH e a polaridade dos metabólitos secundários (Rodrigues et al., 2016), sendo os mais utilizados água, etanol, metanol, clorofórmio, éter e acetona (Tabela 1) (Pandey & Tripathi, 2014).
Tabela 1 - Solventes utilizados para extração e respectivos princípios ativos extraídos.
Tabela 1 - Solventes utilizados para extração e respectivos princípios ativos extraídos.
O uso dos extratos herbais na alimentação animal tem sido cada vez mais difundido, evidenciando que os compostos presentes em sua composição podem apresentar benefícios à produção de animais não ruminantes (Pasquali & Pimenta, 2014). Alguns dos efeitos relatados pela literatura são: melhoria do desempenho e imunidade animal, ação antioxidante (Bozkurt et al., 2009; Farahat et al., 2021; SUN et al., 2021; Ghafarifarsani et al., 2022; Rostamkhani et al., 2022), atuação antimicrobiana (BOZKURT et al., 2009), melhora na saúde intestinal (Farahat et al., 2021), ação sobre a mucosa intestinal (Fernandes et al., 2017; Bona et al., 2012), entre outras.

2.1.1 Ação antimicrobiana dos extratos

A ação antimicrobiana dos extratos herbais é uma das mais difundidas e estudos têm revelado que sua ação é tão eficaz quanto à dos antimicrobianos químicos, entretanto o potencial de atuação pode variar de acordo com a espécie da planta estudada (Vaou et al., 2021). Na composição dos extratos, há presença de substâncias geralmente lipofílicas, como os hidrocarbonetos terpênicos, álcoois simples, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres e ácidos orgânicos nas mais diversas concentrações (Bona et al., 2012).
O principal modo de atuação dos extratos como antimicrobiano é por intermédio do seu potencial hidrofóbico que age invadindo e desintegrando a membrana celular dos microrganismos, promovendo a liberação de íons que ocasionam sua ruptura e consequentemente levam à morte celular (Dorman & Deans, 2000). Ou seja, os compostos presentes nos extratos alteram a permeabilidade da membrana bacteriana por ação de íons de hidrogênio (H+) e potássio (K+) que comprometem processos primordiais como transporte de elétrons, translocação de proteínas, etapas de fosforilação e outras reações que para acontecerem necessitam de enzimas, acarretando o desequilíbrio da quimiosmose e por fim, a morte da célula afetada (Dorman & Deans, 2000).
Aminzare et al. (2016) relata que as bactérias gram positivas são mais sensíveis à ação dos antimicrobianos naturais devido às diferenças na estrutura, quando comparadas às gram negativas. As bactérias gram negativas possuem uma membrana externa que contém lipossacarídeos, tornando-a uma superfície hidrofílica, que gera uma barreira impermeável às substâncias hidrofóbicas, como é o caso dos extratos herbais, podendo explicar a frequente resistência dessas bactérias à ação antimicrobiana destes produtos.
Avaliando o potencial antimicrobiano do extrato hidroalcoólico de alho (Allium sativum L) no controle de fungos da espécie Bipolaris spp., Curvularia lunata e Fusarium subglutinans, Costa et al. (2017) observaram eficacia nas concentrações de 40 e 50% para os fungos Bipolaris spp., Curvularia lunata e de apenas 50% para Fusarium subglutinans. Os autores realizaram também a análise fitoquímica do extrato, encontrando em sua composição taninos hidrolisáveis, saponinas e flavonóides.
Em estudo sobre a ação antimicrobiana dos extratos hidroalcoólicos das folhas de alecrimpimenta (Lippia sidoides), aroeira (Myracrodruon urundeuva), barbatimão (Stryphnodendron adstringens), erva baleeira (Cordia verbenacea) e do farelo da casca do fruto do pequi (Caryocar brasiliense) em diferentes concentrações contra Staphylococcus aureus e Escherichia coli, Pinho et al. (2012) concluíram que os extratos de aroeira, barbatimão e erva baleeira apresentaram atividade antimicrobiana contra S. aureus, entretanto nenhum dos extratos estudados apresentaram ação contra E. coli.

2.1.2 Ação antioxidante dos extratos sobre as características organolépticas e conservação dos alimentos

Os radicais livres são átomos ou moléculas que possuem elétrons desemparelhados em seus orbitais externos que acarreta uma instabilidade e alta reatividade (Martelli & Nunes, 2014). Estes podem ser gerados por fatores endógenos (ação catalítica de enzimas) e exógenos (ozônio, radiações gama e ultravioleta, medicamentos, dieta, etc), sendo importantes para o organismo pois estão incluídos na fagocitose, regulação do crescimento celular, sinalização intercelular e síntese de substâncias biológicas. Porém, o seu excesso causa problemas como a danificação de macromoléculas celulares, incluindo DNA, proteínas e lipídios, podendo levar à morte celular (Silva et al., 2011).
A oxidação lipídica é definida como uma cascata de eventos bioquímicos, iniciada com a reação entre um radical livre e um ácido graxo insaturado e propaga-se por radicais peroxila, resultando na formação de aldeídos, cetonas, ácidos, álcoois e hidrocarbonetos que irão modificar as características sensoriais gerando a rancidez. A rancidez torna os alimentos impróprios para o consumo, pois gera alterações na qualidade nutricional dos produtos devido à degradação de vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos essenciais (Cotinguiba et al., 2013).
Os antioxidantes são substâncias que podem ser facilmente encontradas no nosso organismo, alimentos e plantas, estão presentes em baixas concentrações e agem atrasando ou inibindo a oxidação de substratos oxidáveis, protegendo o organismo contra a ação dos radicais livres (Cotinguiba et al., 2013). As plantas são uma excelente fonte de antioxidantes naturais, devido aos componentes e bioativos presentes em sua estrutura (Chen et al., 2019), sendo as espécies que possuem compostos fenólicos em sua composição, aquelas que apresentam elevado potencial antioxidante (Silva et al., 2012).
De origem natural ou sintética, os antioxidantes são classificados de acordo com suas classes e seu modo de atuação. Com relação às classes, podem apresentar atividade enzimática, que envolve os compostos que possuem o potencial de bloquear o início da oxidação, e atividade não enzimática, cujos compostos antioxidantes interagem com os radicais livres e são consumidos durante o processo, os extratos herbais, ricos em princípios ativos com ação antioxidante classificam-se nesta atividade (Cotinguiba et al., 2013).
Já de acordo com os modos de ação, estes são classificados como: primários, sinergistas, removedores de oxigênio, biológicos, agentes quelantes e antioxidantes mistos (Ramalho & Jorge, 2006). O modo primário atua doando hidrogênio ou elétrons aos radicais livres, interrompendo assim a reação em cadeia e convertendo-os em produtos estáveis (Cotinguiba et al., 2013). Os sinergistas são substâncias com baixa atividade antioxidante, onde essa atividade pode ser aumentada quando usados em combinação (Ramalho & Jorge, 2006). Os removedores de oxigênio atuam retirando o oxigênio livre no meio, por meio de reações estáveis, tornando-os indisponíveis para a auto-oxidação, já os antioxidantes biológicos podem assim como a classe anterior, remover o oxigênio ou também compostos altamente reativos do sistema. Os agentes quelantes, também denominados de sequestrantes, agem complexando íons metálicos que catalisam a oxidação lipídica e os antioxidantes mistos envolvem compostos de plantas e animais que possuem propriedade antioxidante (Ramalho & Jorge, 2006).
Nos extratos herbais podem ser encontrados a maioria dos antioxidantes de origem natural, em destaque o grupo dos polifenóis que possuem diferentes classes, entre elas os flavonoides, ácidos fenólicos, lignanas e estilbenos, onde cada composto apresenta um efeito antioxidante diferente, também as vitaminas (C e E) e os carotenóides (carotenos e xantofilas) (Oroian & Escriche, 2015).
NERI et al. (2023) avaliando a atividade antioxidante do Croton argyrophylloides Muell. Arg. conhecido como “marmeleiro prateado”, encontrou que o extrato etanólico de suas folhas apresentam potencial antioxidante e antibacteriano devido a presença de compostos fenólicos, entre eles ácido gálico, flavonóides e quercetina.
Ao avaliar a atividade antimicrobiana e antioxidante de extratos hidroalcoólicos e óleos essenciais do Alecrim (Rosmarinus officinalis) e Gengibre (Zingiber officinale), Cutrim et al. (2019) determinou alto valor antioxidante para os extratos, atuando na inibição dos radicais ABTS, com valores de 99,8%.
Os processos oxidativos ocorrem quando os lipídios e também proteínas e carboidratos presentes nos alimentos sofrem oxidação, ocasionando alterações nas propriedades nutricionais, afetando as características sensoriais dos alimentos (cor e sabor), comprometendo a segurança alimentar e tornando os alimentos inapropriados para o consumo, devido a degradação de ácidos graxos e vitaminas essenciais (Embuscado, 2015). Essa oxidação pode ocasionar danos a humanos e animais, mutações em seus materiais genéticos e em casos extremos há ocorrência de câncer (Ortega-Ramirez et al., 2014). Visando reduzir a degradação dos alimentos se faz necessário adição de antioxidantes aos alimentos, e os extratos herbais são uma excelente fonte tendo sido cada vez mais utilizados (Ortega-Ramirez et al., 2014; Embuscado, 2015).
Pesquisas atestam que o uso de extratos herbais aumenta o tempo de prateleira dos produtos e a conservação das características organolépticas e reduzem a ação de agentes patógenos e deteriorantes nos alimentos (Munekata et al., 2020), por isso seu uso em substituição aos conservantes sintéticos tem sido bastante difundido (Sharif et al., 2017).
Vencato et al. (2020) ao trabalharem com os extratos de hibisco, cravo, canela e nozmoscada concluíram que sua utilização como conservante de carne suína moída manteve o modelo de carne adequado para o consumo por até 15 dias, mantendo a população de bactérias mesófilas aeróbias igual ou inferior a 105 UFC/g e evidenciando seu potencial como conservantes em produtos cárneos.
Aydin & Bölükbaşi (2020) avaliaram os efeitos da suplementação com extrato de poejo na dieta de poedeiras sobre desempenho, qualidade dos ovos, substâncias reativas e parâmetros sanguíneos e concluíram que a suplementação com extrato de poejo melhorou o desempenho e a oxidação lipídica dos ovos.

2.1.3 Ação dos extratos sobre a mucosa intestinal e absorção de nutrientes no trato gastrointestinal

A presença de um microrganismo patogênico no trato gastrointestinal ocasiona lesões nas células epiteliais do intestino que modificam a capacidade absortiva e digestiva do indivíduo, devido ao aparecimento de inflamações na mucosa intestinal, que resultam em diminuição das vilosidades, aumento do turnover celular e redução nas atividades de digestão e absorção (Silva et al., 2010)
No organismo animal, os extratos herbais tem sido bastante difundido no controle de infecções entéricas, atuando na modulação da microbiota intestinal, na melhoria da resposta imunológica, controle de produção de amônia, aumento da digestibilidade e consequentemente da absorção de nutrientes por intermédio do aumento da produção enzimática e de secreções intestinais e também na manutenção da integridade da mucosa intestinal (Jamroz et al., 2006; Silva et al., 2010).
Os componentes ativos presentes nos extratos herbais são absorvidos no intestino por meio dos enterócitos e facilmente metabolizados pelo organismo dos animais (Silva et al., 2012), estimulando a produção de secreção de muco no epitélio intestinal aumentando desta forma a proteção da mucosa e diminuindo a vulnerabilidade das vilosidades à ação dos patógenos, evitando assim sua descamação (Windisch et al. 2008). Chantharangsikul et al. (2016) avaliaram o efeito gastroprotetor do extrato alcoólico de gengibre (Zingiber officinale), onde o extrato aumentou significativamente a secreção de muco gástrico e exerceu proteção moderada contra úlcera gástrica em ratos.
Estudos realizados por Hashemipour et al. (2013) avaliou os efeitos da suplementação da dieta de frangos de corte com um produto fitogênico contendo mistura de carvacrol+timol sobre o desempenho, atividades de enzimas antioxidantes, composição de ácidos graxos, atividades de enzimas digestivas e resposta imune das aves, onde sua inclusão melhorou o desempenho e resposta imune dos animais, aumentou a ação antioxidante, retardando a oxidação lipídica e aumentou a atividade das enzimas digestivas.

2.2 EXTRATOS VEGETAIS NA PRODUÇÃO E QUALIDADE DOS OVOS

Ciente dos benefícios que os extratos herbais acarretam para a produção e qualidade dos ovos, pesquisas vêm sendo realizadas com as mais diversas plantas, a fim de conhecer sua composição, propriedades nutricionais, modo de utilização mais adequado e seus efeitos sobre as aves e os produtos gerados.
Na literatura encontramos os mais diversos extratos herbais sendo utilizados na produção de aves, entre eles: extrato de babosa (Silva et al., 2012), extrato de orégano (Guato et al., 2020), extrato de moringa (Alabi et al., 2017), extratos de camomila e passiflora (Brunelli et al., 2018) entre outros.
Gharaghani et al. (2015) identificaram na erva doce (Foeniculum vulgare Mill.) os compostos anetol, fenchone e estragol e observaram que quando adicionada 20g/kg na dieta de poedeiras submetidas a estresse por calor estes compostos apresentaram ação antioxidante nos ovos, além de reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos da gema. Resultados semelhantes para atividade antioxidante nos ovos de aves alimentadas com extrato etanólico da semente de uva, contendo compostos fenólicos (taninos,catequina, epicatequina, epicatequina-3-O-galato, procianidinas e proantocianidinas), também foi observada por Kaya et al. (2014). Os autores concluiram ainda que a inclusão de 1350 mg/kg deste extrato nas dietas pode aumentar a produção de ovos e a unidade Haugh.
Em contrapartida, Bonato et al. (2008) não encontraram efeitos de dietas com 150g/ton de extratos vegetais sobre o desempenho ou qualidade de ovos. Da mesma forma, os extratos de páprica (Capsicum annuum) e flor de calêndula (Tagetes erectus) utilizados na pesquisa de Moraleco et al. (2019) também não afetaram a qualidade dos ovos de aves criadas em sistema de piso. Contudo, melhora na cor da gema usando extratos de páprica (Capsicum annuum) e flor de calêndula (Tagetes erectus) também foram identificadas (Oliveira et al., 2017; Valentim et al., 2019).
A combinação de extrato aquoso de Mentha arvensis e Geranium thunbergii na água de beber de poedeiras porporcionou aumento na produção de ovos e redução no teor de colesterol dos ovos, além de promover redução na excreção de amônia (Dilawar et al., 2021). O extrato de Pacari (Lafoensia pacari) adicionado a dieta de poedeiras promoveu melhora no peso do ovo e na gravidade específica no período de 24 a 40 semanas de idade (Moreira et al., 2017).
O uso de extratos herbais em dietas para frangos de corte vem sendo mais constantemente pesquisado, entretanto, poucas pesquisas foram desenvolvidas até o momento com o uso destes extratos para aves de postura. Desta forma, fica evidente a necessidade de novas pesquisas nesta área, a fim de elucidar a ação destes extratos sobre o desenvolvimento das aves, aproveitamento dos nutrientes da ração, produção e qualidade física dos ovos, além de avaliar seu potencial de uso como antioxidante natural, tão importante para aumentar vida de prateleira dos ovos para consumo.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabendo da importância dos ovos para o consumo humano, frequentemente são utilizados aditivos na dieta das poedeiras visando aprimorar a produção e a qualidade dos ovos. O mercado consumidor busca produtos seguros, saudáveis e produzidos considerando questões de bem-estar na criação das aves poedeiras, desta forma, os aditivos naturais, como os extratos herbais, tornam-se alternativas promissoras.
Estudos comprovam a eficácia da ação dos extratos herbais sobre a mucosa intestinal, secreção de enzimas, atividade antimicrobiana e antioxidante, que atuam na melhoria do desempenho das aves e na qualidade dos ovos produzidos. A ação efetiva dos extratos depende da composição em compostos secundários, quantidade, forma de uso e parte da planta utilizada, o que muitas vezes pode limitar sua inclusão em dietas de poedeiras. Neste sentido, torna-se necessário também a realização de pesquisas para padronização na produção destes produtos.
Como a flora nacional é variada há diversas possibilidades de espécies cujo potencial fitogênico pode ser estudado e explorado, com isso, fica clara a importância e a necessidade de desenvolvimentos de pesquisas com foco no uso de extratos herbais na avicultura de postura.
Publicado originalmente no Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, Curitiba, v.7, n.2, p. 1-16, 2024

Acesso disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJAER/article/view/69287

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Muitos fatores influenciam o processo de extração dos compostos secundários, tais como, a parte da planta utilizada e sua origem, o processamento deste material, teor de umidade e tamanho de partícula, o método e tempo de extração, a concentração, temperatura, polaridade e natureza do solvente utilizado (Tiwari et al., 2011).

As bactérias gram negativas possuem uma membrana externa que contém lipossacarídeos, tornando-a uma superfície hidrofílica, que gera uma barreira impermeável às substâncias hidrofóbicas, como é o caso dos extratos herbais, podendo explicar a frequente resistência dessas bactérias à ação antimicrobiana destes produtos.

Gharaghani et al. (2015) identificaram na erva doce (Foeniculum vulgare Mill.) os compostos anetol, fenchone e estragol e observaram que quando adicionada 20g/kg na dieta de poedeiras submetidas a estresse por calor estes compostos apresentaram ação antioxidante nos ovos, além de reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos da gema.

A combinação de extrato aquoso de Mentha arvensis e Geranium thunbergii na água de beber de poedeiras porporcionou aumento na produção de ovos e redução no teor de colesterol dos ovos, além de promover redução na excreção de amônia (Dilawar et al., 2021).
Autores:
Laíza Hayanne
Claudia L
José Aparecido Moreira
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