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Processos de produção de ração buscam controle e automação por maior eficiência e conversão alimentar

Publicado: 6 de dezembro de 2018
Por: Por Anderson Oliveira, redação AI/SI
A crescente necessidade de aumento da produção de proteína animal para alimentar o mundo tem como contribuição as melhorias e inovações nos processos de fabricação de ração para atender a essa demanda. A produção de rações atingiu um total de 1,07 bilhão de toneladas produzidas em 2017, conforme o Alltech Global Feed Survey de 2018. Segundo a pesquisa, o crescimento observado foi de 2,57% em relação a 2016. A indústria de ração, avaliada em US$ 430 bilhões, tem observado um crescimento de 13% nos últimos cinco anos, o que equivale a uma média de 2,49% por ano. Esse crescimento é sustentado pelo maior consumo de carne, leite e ovos em todo o mundo. O Brasil segue como líder em produção de ração da América Latina - com 69,9 milhões de toneladas produzidas em 2017; globalmente, o País permanece em terceiro lugar.

Os sete melhores países em produção de ração de 2017, em ordem da importância de produção, foram China, Estados Unidos, Brasil, Rússia, México, Índia e Espanha, destaca o estudo da Alltech. Esses países contêm aproximadamente 54% das fábricas de ração de todo o mundo e juntos contabilizam 53% da produção total. Esses países também podem ser vistos como indicadores das tendências em agricultura.

Na avicultura, a produção de ração para frango de corte cresceu em todas as regiões, tendo a África como região que mais cresceu, com 10%, e a Europa, com 7%. Os líderes mundiais em produção de carne suína, China e Rússia, assumiram a liderança na produção de ração para suínos em 2017.

Os investimentos em melhorias nos processos de fabricação de rações têm buscado a maior qualidade do produto final, garantindo ganhos aos animais e redução de custos aos produtores. Neste contexto, são diversas as medidas implementadas pela indústria. Os focos estão em melhores processos de produção, qualidade das matérias-primas, sanidade, e na automação como forma de obter maior segurança alimentar. Outro componente que tem crescido em importância é a incorporação de líquidos, como enzimas e óleos, pós-peletização. Com isso, os animais ganham em termos de conversão alimentar e aumento de peso.

As rações em pellets continuam como a mais indicada e procurada pelos produtores de animais. Segundo Eduardo Soffioni, gerente de Vendas Capital e AFtermarket Brasil da Andritz Feed & Biofuel, falando especificamente de rações de frangos e suínos, existem basicamente três tipos de processos de fabricação e ração: 1) ração farelada; 2) ração peletizada; 3) ração expandida com peletização. “Em todos os tipos acima temos diferentes tipos de ingredientes, ao qual buscamos a maior eficiência de conversão alimentar, ou seja, a menor quantidade de ração necessária para fazer um quilo de carne, de forma segura e saudável”, explica. De acordo com ele, dentro deste processo devem ser acrescentadas as melhorias em gelatinização dos amidos, e adição de diferentes tipos de líquidos na formulação. “São os principais pontos que vejo que já está acontecendo e a tendência é ampliarmos os métodos para melhorias destes processos.”

O que tem de atual no mercado não é novidade, comenta Richard Runho, gerente Técnico de Aves da De Heus, que são os processos de peletização. “Então, algumas empresas tem já partido para a peletização de rações para aves, principalmente frango de corte”, observa ele. O que virá de novo, na visão de Runho, será a adição de líquidos, enzimas e óleos no processo de fabricação das rações. “Na nossa visão, tem existido melhoria de processos para melhorar a qualidade de pellet, para chegar ao animal com grande parcela de farelos”, diz. Em termos de ganhos, aponta o gerente da De Heus, são variados e, dentro de uma média, a ração pode melhorar de 3 a 5 pontos na conversão alimentar das aves e de 7% a 15% no ganho de peso quando se tem boa qualidade de pellet. O mercado está estudando, Runho ainda acrescenta, equipamentos para ajudar no processo de peletização e melhorar sua qualidade.

O processo tecnológico das fábricas de rações mantém os procedimentos consolidados de anos atrás, afirma também Marco Lara, gerente de Tecnologia de Aplicação - Animal Nutrition, da Evonik. Segundo ele, são questões como recebimento de ingredientes, dosagem, pesagem, mistura, moagem, peletização, aplicação de líquidos pós-pelete e outros equipamentos e ou sistemas. “Em geral, estas tecnologias não são recentes e as inovações dos últimos tempos têm se aplicado a equipamentos com maior capacidade, maior precisão, que atendam baixa variabilidade, com maior eficiência energética, que possuam projeto autolimpante, foco em uma melhor sanidade do produto produzido, rastreabilidade e, principalmente, controle de processo”.

A ração é um dos principais custos da produção de proteína animal e, por isso, adotar medidas que resultem em mais eficiência é uma questão chave para os produtores. Para Rubem Groff, gerente de Vendas Feed da Bühler no Brasil, os processos de produção de ração permanecem os mesmos no país em termos de dosagem e moagem. “O tem se feito é melhorado máquinas com foco na eficiência”, diz. Neste aspecto, ele considera que o ponto importante é a redução dos custos de energia no processo de fabricação. Na Bühler, esta é a orientação para os lançamentos que devem ocorrer até 2020. “Outro ponto que temos nos preocupado é com a sanidade da produção, buscando garantir segurança alimentar”, diz ele, acrescentando que a questão da segurança está muito em voga na atualidade.

AUTOMAÇÃO NAS FÁBRICAS

Segundo Groff, muitas plantas têm investido ainda em processos de automação com o objetivo de aumentar a consistência das rações e sua eficiência, garantindo assim a redução de custos. “Com menos pessoas envolvidas, ocorrem menos erros e inconsistências na fabricação”, observa o gerente da Bühler.

A automação é fundamental quando se trata da otimização dos processos, buscando a melhor eficiência dos equipamentos, disponibilidade de matéria-prima e mão de obra, aponta Eduardo Soffioni, gerente da Andritz Feed & Biofuel. No entanto, ele aponta que “os desafios ainda permeiam os métodos de medições, a instrumentação, para que os valores coletados sejam reais e que possamos trabalhar com estes números de forma coerente e segura”.

Os resultados a serem conquistados, segundo ele, são o menor consumo de energia por tonelada e melhor conversão alimentar. “Com os preços dos grãos cada vez mais altos, o processo de fabricação de ração ganha mais e mais importância”, diz. Ele aponta a necessidade de modernização, de modo a se ter a máxima eficiência na busca de melhores resultados. “Cada cliente deverá buscar sua excelência em produção”, conclui. Para ele, mão de obra qualificada, automação e processos com alto desempenho “são fundamentais para o sucesso neste segmento”.

PROCESSO DE PRODUÇÃO CONTROLADO

O controle efetivo no processo de produção de ração nas fábricas está no escopo das empresas desse segmento. Segundo Richard Runho, da De Heus, a empresa está sempre otimizando os processos de produção visando a melhoria da qualidade final dos produtos que irão alimentar aves e suínos. “Trabalhamos com processos de produção específicos para uma melhor qualidade da ração peletizada”, diz. Dentro deste conceito, está a Fábrica Dedicada da empresa. Ele aponta que a iniciativa assegura a qualidade e absoluta segurança sanitária dos produtos, pois tem um sistema elaborado com matérias-primas utilizadas, de qualidade elevada e processos envolvidos, rigorosamente desenhados e controlados.

Na Evonik, ocorre a mesma busca da excelência no gerenciamento e controle de processo para obter melhores resultados. “Neste sentido, os conceitos de digitalização e fábrica 4.0 são pontos importantes de inovação”, comenta Marcos Lara, ressaltando as tecnologias para identificar e corrigir desvios no processo, ferramentas que permitam a menor variabilidade possível em parâmetros críticos de processo e produto.

Os esforços da Bühler também estão neste sentido, comenta Rubem Groff. “Muita coisa vem por aí. O que tem de mais moderno no curto prazo são as IOTs (internet das coisas), soluções de nuvens, máquinas inteligentes, que estão disponíveis para muitos processos”, diz. Um sistema que monitora plantas através de dados coletados das máquinas, com acesso remoto a todas as informações, é outro ponto importante da empresa. “Essas tecnologias possibilitam análise online e correção dos parâmetros, o que garante eficiência maior do processo e das matérias primas e ingredientes. É uma tendência mundial em todos os setores”, conclui Groff.
A crescente necessidade de aumento da produção de proteína animal para alimentar o mundo tem como contribuição as melhorias e inovações nos processos de fabricação de ração para atender a essa demanda. A produção de rações atingiu um total de 1,07 bilhão de toneladas produzidas em 2017, conforme o Alltech Global Feed Survey de 2018. Segundo a pesquisa, o crescimento observado foi de 2,57% em relação a 2016. A indústria de ração, avaliada em US$ 430 bilhões, tem observado um crescimento de 13% nos últimos cinco anos, o que equivale a uma média de 2,49% por ano. Esse crescimento é sustentado pelo maior consumo de carne, leite e ovos em todo o mundo. O Brasil segue como líder em produção de ração da América Latina - com 69,9 milhões de toneladas produzidas em 2017; globalmente, o País permanece em terceiro lugar.
Os sete melhores países em produção de ração de 2017, em ordem da importância de produção, foram China, Estados Unidos, Brasil, Rússia, México, Índia e Espanha, destaca o estudo da Alltech. Esses países contêm aproximadamente 54% das fábricas de ração de todo o mundo e juntos contabilizam 53% da produção total. Esses países também podem ser vistos como indicadores das tendências em agricultura.
Na avicultura, a produção de ração para frango de corte cresceu em todas as regiões, tendo a África como região que mais cresceu, com 10%, e a Europa, com 7%. Os líderes mundiais em produção de carne suína, China e Rússia, assumiram a liderança na produção de ração para suínos em 2017.
Os investimentos em melhorias nos processos de fabricação de rações têm buscado a maior qualidade do produto final, garantindo ganhos aos animais e redução de custos aos produtores. Neste contexto, são diversas as medidas implementadas pela indústria. Os focos estão em melhores processos de produção, qualidade das matérias-primas, sanidade, e na automação como forma de obter maior segurança alimentar. Outro componente que tem crescido em importância é a incorporação de líquidos, como enzimas e óleos, pós-peletização. Com isso, os animais ganham em termos de conversão alimentar e aumento de peso.
As rações em pellets continuam como a mais indicada e procurada pelos produtores de animais. Segundo Eduardo Soffioni, gerente de Vendas Capital e AFtermarket Brasil da Andritz Feed & Biofuel, falando especificamente de rações de frangos e suínos, existem basicamente três tipos de processos de fabricação e ração: 1) ração farelada; 2) ração peletizada; 3) ração expandida com peletização. “Em todos os tipos acima temos diferentes tipos de ingredientes, ao qual buscamos a maior eficiência de conversão alimentar, ou seja, a menor quantidade de ração necessária para fazer um quilo de carne, de forma segura e saudável”, explica. De acordo com ele, dentro deste processo devem ser acrescentadas as melhorias em gelatinização dos amidos, e adição de diferentes tipos de líquidos na formulação. “São os principais pontos que vejo que já está acontecendo e a tendência é ampliarmos os métodos para melhorias destes processos.”
O que tem de atual no mercado não é novidade, comenta Richard Runho, gerente Técnico de Aves da De Heus, que são os processos de peletização. “Então, algumas empresas tem já partido para a peletização de rações para aves, principalmente frango de corte”, observa ele. O que virá de novo, na visão de Runho, será a adição de líquidos, enzimas e óleos no processo de fabricação das rações. “Na nossa visão, tem existido melhoria de processos para melhorar a qualidade de pellet, para chegar ao animal com grande parcela de farelos”, diz. Em termos de ganhos, aponta o gerente da De Heus, são variados e, dentro de uma média, a ração pode melhorar de 3 a 5 pontos na conversão alimentar das aves e de 7% a 15% no ganho de peso quando se tem boa qualidade de pellet. O mercado está estudando, Runho ainda acrescenta, equipamentos para ajudar no processo de peletização e melhorar sua qualidade.
O processo tecnológico das fábricas de rações mantém os procedimentos consolidados de anos atrás, afirma também Marco Lara, gerente de Tecnologia de Aplicação - Animal Nutrition, da Evonik. Segundo ele, são questões como recebimento de ingredientes, dosagem, pesagem, mistura, moagem, peletização, aplicação de líquidos pós-pelete e outros equipamentos e ou sistemas. “Em geral, estas tecnologias não são recentes e as inovações dos últimos tempos têm se aplicado a equipamentos com maior capacidade, maior precisão, que atendam baixa variabilidade, com maior eficiência energética, que possuam projeto autolimpante, foco em uma melhor sanidade do produto produzido, rastreabilidade e, principalmente, controle de processo”.
A ração é um dos principais custos da produção de proteína animal e, por isso, adotar medidas que resultem em mais eficiência é uma questão chave para os produtores. Para Rubem Groff, gerente de Vendas Feed da Bühler no Brasil, os processos de produção de ração permanecem os mesmos no país em termos de dosagem e moagem. “O tem se feito é melhorado máquinas com foco na eficiência”, diz. Neste aspecto, ele considera que o ponto importante é a redução dos custos de energia no processo de fabricação. Na Bühler, esta é a orientação para os lançamentos que devem ocorrer até 2020. “Outro ponto que temos nos preocupado é com a sanidade da produção, buscando garantir segurança alimentar”, diz ele, acrescentando que a questão da segurança está muito em voga na atualidade.
 
AUTOMAÇÃO NAS FÁBRICAS
Segundo Groff, muitas plantas têm investido ainda em processos de automação com o objetivo de aumentar a consistência das rações e sua eficiência, garantindo assim a redução de custos. “Com menos pessoas envolvidas, ocorrem menos erros e inconsistências na fabricação”, observa o gerente da Bühler.
A automação é fundamental quando se trata da otimização dos processos, buscando a melhor eficiência dos equipamentos, disponibilidade de matéria-prima e mão de obra, aponta Eduardo Soffioni, gerente da Andritz Feed & Biofuel. No entanto, ele aponta que “os desafios ainda permeiam os métodos de medições, a instrumentação, para que os valores coletados sejam reais e que possamos trabalhar com estes números de forma coerente e segura”.
Os resultados a serem conquistados, segundo ele, são o menor consumo de energia por tonelada e melhor conversão alimentar. “Com os preços dos grãos cada vez mais altos, o processo de fabricação de ração ganha mais e mais importância”, diz. Ele aponta a necessidade de modernização, de modo a se ter a máxima eficiência na busca de melhores resultados. “Cada cliente deverá buscar sua excelência em produção”, conclui. Para ele, mão de obra qualificada, automação e processos com alto desempenho “são fundamentais para o sucesso neste segmento”.
 
PROCESSO DE PRODUÇÃO CONTROLADO
O controle efetivo no processo de produção de ração nas fábricas está no escopo das empresas desse segmento. Segundo Richard Runho, da De Heus, a empresa está sempre otimizando os processos de produção visando a melhoria da qualidade final dos produtos que irão alimentar aves e suínos. “Trabalhamos com processos de produção específicos para uma melhor qualidade da ração peletizada”, diz. Dentro deste conceito, está a Fábrica Dedicada da empresa. Ele aponta que a iniciativa assegura a qualidade e absoluta segurança sanitária dos produtos, pois tem um sistema elaborado com matérias-primas utilizadas, de qualidade elevada e processos envolvidos, rigorosamente desenhados e controlados.
Na Evonik, ocorre a mesma busca da excelência no gerenciamento e controle de processo para obter melhores resultados. “Neste sentido, os conceitos de digitalização e fábrica 4.0 são pontos importantes de inovação”, comenta Marcos Lara, ressaltando as tecnologias para identificar e corrigir desvios no processo, ferramentas que permitam a menor variabilidade possível em parâmetros críticos de processo e produto.
Os esforços da Bühler também estão neste sentido, comenta Rubem Groff. “Muita coisa vem por aí. O que tem de mais moderno no curto prazo são as IOTs (internet das coisas), soluções de nuvens, máquinas inteligentes, que estão disponíveis para muitos processos”, diz. Um sistema que monitora plantas através de dados coletados das máquinas, com acesso remoto a todas as informações, é outro ponto importante da empresa. “Essas tecnologias possibilitam análise online e correção dos parâmetros, o que garante eficiência maior do processo e das matérias primas e ingredientes. É uma tendência mundial em todos os setores”, conclui Groff.


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