Introdução.
Cerca de 50 a 80% do fósforo presentes nos ingredientes, utilizados nas dietas de animais monogástricos, apresenta-se na forma de ácido fítico (Kumar, et al., 2012), o qual torna alguns nutrientes não absorvíveis (Woyengo & Nyachoti, 2013). Uma alternativa empregada para minimizar este efeito baseia-se na suplementação de fitase na dieta para romper a molécula de ácido fítico, liberando nutrientes antes indisponíveis, possibilitando a redução dos níveis de determinados componentes da matriz nutricional, como fósforo disponível (Pd), cálcio (Ca) e proteína (PB). Diante do exposto, este estudo teve como objetivo avaliar o desempenho, o rendimento de carcaça e a mineralização óssea de frangos de corte machos no período de 1 a 42 dias de idade suplementados com 500, 1000 e 1500FTU/ton de fitase em dietas apresentando redução nos níveis de Pd, Ca, PB e energia metabolizável (EM).
Material e Métodos.
Foram utilizadas 1.200 aves (Cobb, machos, de um dia de idade), distribuídas em quatro tratamentos experimentais (A - Dieta controle, formulada de acordo com as recomendações de Rostagno et al (2011) para frangos de corte; B - Dieta controle com redução dos níveis nutricionais de Ca, Pd, PB e EM, suplementadas com 500 FTU/ton de fitase; C) Dieta controle com redução dos níveis nutricionais de Ca, Pd, PB e EM, suplementadas com 1000 FTU/ton de fitase; D) Dieta controle com redução dos níveis nutricionais de Ca, Pd, PB e EM, suplementadas com 1500 FTU/ton de fitase) com 25 repetições e 12 animais cada. Foi utilizado um programa de alimentação em três fases (1 a 21 dias - inicial. 22 a 33 dias - crescimento, 34 a 42 dias - final). A redução dos níveis nutricionais foram: Inicial) 0.15, 0.12, 0.23, 23; 0.17, 0.13, 0.29, 29; 0.19, 0.14, 0.34, 34 de Ca(%), Pd(%), PB(%) e EM (Kcal) para os tratamentos 500, 1000 e 1500, respectivamente. Crescimento) 0.11, 0.17, 0.24, 23; 0.15, 0.20, 0.31, 30; 0.17, 0.23, 0.36, 35 de Ca(%), Pd(%), PB(%) e EM (Kcal) para os tratamentos 500, 1000 e 1500, respectivamente. Final) 0.08, 0.13, 0.24, 23; 0.12, 0.14, 0.31, 30; 0.14, 0.15, 0.36, 35 de Ca(%), Pd(%), PB(%) e EM (Kcal) para os tratamentos 500, 1000 e 1500, respectivamente. Foram avaliados dados de ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA). Ao final do período experimental três aves por repetição foram abatidas para avaliação de rendimento de carcaça, peito e pernas, sendo a tíbia direita separada para a determinação da mineralização óssea. Os dados obtidos foram analisados no PROC GLM do sistema SAS (2002) e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Resultados e Discussão.
Dados de GP, CR, CA bem como mineralização óssea, porcentagem de rendimento de carcaça e porcentagem de rendimento de pernas não apresentaram diferença significativa (P<0,05). No entanto, foi observada melhor porcentagem de rendimento de peito (P<0,05) pelos animais submetidos a suplementação enzimática com 1500FTU/ton de fitase.
Conclusão.
Animais submetidos a dietas reduzidas em Ca, Pd, PB e EM suplementadas com 1.500 FTU de fitase mantém o desempenho, sem afetar o rendimento de carcaça e cortes, bem como a mineralização óssea.
Referências.
Kumar V et al. 2012. J Anim Physiol Anim Nutr 96:335–364; Woyengo TA and Nyachoti CM. 2013. Can J Anim Sci 93:9–21.
Palavras-chave.
Cálcio, Enzima, Fósforo.