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Energia metabolizável farelo frangos

Energia metabolizável do farelo de acerola para frangos de corte.

Publicado: 17 de fevereiro de 2012
Por: LEONARDO H. ZANETTI, VALQUÍRIA C. DA CRUZ, GUSTAVO V. POLYCARPO, VITOR B. FASCINA, ANTONIO C. PEZZATO, JOSÉ R. SARTORI
Sumário

O experimento foi conduzido para determinar a energia metabolizável aparente (EMA) e aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMAn) do farelo de acerola em frangos de corte. Foram utilizados 100 frangos de corte distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (três níveis de inclusão do farelo de acerola e uma ração-referência) e cinco repetições de cinco frangos por unidade experimental. Os níveis de inclusão do farelo de acerola substituíram a dieta basal em 10, 15 e 20% na matéria natural. Os valores de EMA e EMAn diminuíram linearmente (P<0,05) com o aumento da inclusão do farelo de acerola na ração- eferência, inferindo-se que foram de 754 kcal/kg e 756 kcal/kg, respectivamente, no tratamento com maior inclusão. 

Palavras-Chave: subprodutos agroindustriais; metabolizabilidade; valor energético

Introdução:
Dietas para frangos de corte são formuladas, em sua grande maioria, à base de milho e farelo de soja, e representam cerca de 60 a 70% do custo total de produção (FRANCO & OETTING, 2009). Nesse sentido, buscam-se alternativas que possam substituir totalmente ou parcialmente o milho e o farelo de soja, possibilitando minimizar o custo final da carne de frango. Segundo Júnior et al. (2006), a produção de sucos e polpas de frutas de manga, acerola, maracujá e caju geram 40% de resíduos agroindustriais. A utilização desses co-produtos na alimentação animal pode representar uma saída para minimizar os gastos com rações, e ainda resolver as frequentes questões ambientais enfrentadas pelas indústrias de alimentos. Contudo, poucas são as informações sobre os subprodutos agroindustriais, sendo necessário desenvolver estudos a fim de proporcionar ao nutricionista um banco de dados sobre o valor nutricional dos alimentos, para que seja possível formular rações que atendam as exigências nutricionais das aves. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi determinar a energia metabolizável do farelo de acerola em frangos de corte.
Material e Métodos:
Foi conduzido um ensaio de metabolizabilidade com 100 frangos de corte machos da linhagem Cobb, no período de 8 a 16 dias de idade, utilizando- e a metodologia de coleta total de excretas. As aves foram alojadas em 20 gaiolas adaptadas previamente com bandejas revestidas com plástico para coleta de excretas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (três níveis de inclusão de farelo de acerola e uma raçãoreferência) e cinco repetições de cinco aves por unidade experimental. O farelo de acerola substituiu em 10, 15 e 20%, na matéria natural, uma ração-referência formulada à base de milho e farelo de soja de acordo com as recomendações de Rostagno et al. (2005). Os valores de energia bruta foram obtidos utilizando-se bomba calorimérica e a partir desses resultados foi calculada a energia metabolizável aparente (EMA) e aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMAn) do farelo de acerola por meio das equações propostas por Matterson et al. (1965). Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão do PROC REG do SAS (2002).
Resultados e Discussão:
O valor de energia bruta do farelo de acerola utilizado no experimento foi de 4.143 kcal/kg. Na Tabela 1 encontram-se os valores de EMA e EMAn, que diminuíram linearmente (P<0,05) à medida que aumentou-se a inclusão do farelo de acerola na dieta (EMA = 1215,88 - 24,37x; R2 = 0,33. EMAn = 1313,72 - 31,86x; R2 = 0,35). O valor de EMA e EMAn recomendado para a utilização do farelo de acerola na matriz nutricional de rações para frangos de corte foi obtido no tratamento com inclusão de 20% de farelo de acerola, que segundo Sakomura e Rostagno (2007), quanto maior a proporção do alimento na ração-referência, maior a precisão na determinação.
Energia metabolizável do farelo de acerola para frangos de corte. - Image 1
Conclusões:
Os valores de EMA e EMAn do farelo de acerola diminui com o aumento de sua inclusão nas rações. Pode-se inferir que os valores de EMA e EMAn para o farelo de acerola são de 754 kcal/kg e 756 kcal/kg, respectivamente.
Referências Bibliográficas
FRANCO, L. G.; OETTING, L. Integridade intestinal. Avicultura Industrial, n. 3, p. 38-42, 2009. 
JUNIOR, J. E. L.; COSTA, J. M. C.; NEIVA, J. N. M.; RODRIGUEZ, N. M. Caracterização físicoquímica de subprodutos obtidos do processamento de frutas tropicais visando seu aproveitamento na alimentação animal. Revista Ciência Agronômica, v. 37, n. 1, p. 70-76, 2006.
MATTERSON, L. D., POTTER, L. M., STUTZ, M. W., SINGSEN, E. P. The metabolizable energy of feeds ingredients for chikens. Connecticut: UNICONN PRESS, 1965, 11p. 
ROSTAGNO, H. S.; ALBINO, L. F. T; DONZELE, J. L; GOMES, P. C.; OLIVEIRA, R. F.; LOPES, D. C.; FERREIRA, A. S.; BARRETO, S. L. T. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. Viçosa, MG; Universidade Federal de Lavras, 2005, 186p. 
SAKOMURA, N. K.; ROSTAGNO, H. S. Métodos de pesquisa em nutrição de monogástricos. Jaboticabal: Funep, 2007. 283 p. 
SAS. User´s Guide: Statistics. Version 9.1, North Caroline, 4th ed. SAS Inst. INC., 2002. 
Autores:
Leonardo Henrique Zanetti
UNESP - Universidad Estatal Paulista
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Thamires Ferreira
24 de julio de 2015
ola, Estou com um estudo para dissertação de mestrado com o resíduo da acerola para codornas. Estou citando como base um dos artigos deste mesmo autor, porém este que está publicado aqui não o encontro na revista citada. Teria como conseguir este artigo, ou link direcionado? Ficaria muito grata. Att, Thamires Ferreira Mestranda em Zootecnia UFAL
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