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Avaliação fisica da carne de duas linhagens de galinha caipira criadas em sistema semiintensivo.

Publicado: 6 de março de 2017
Por: Silva LAab , Silva NLa , Batista NVa , Santos-Filho CAa , Araujo BVSª, Oliveira LAAª, Assis APPª, Lima POa* aUniversidade Federal Rural do Semiárido, UFERSA, Rio Grande do Norte, Brasil. bBolsista do Programa de Educação Tutorial(PET) leandrozootecnia@hotmail.com
Introdução. A produção de galinha caipira representa hoje uma atividade promissora do setor avícola, cuja participação socioeconômica é crescente e vem se firmando cada vez mais como alternativa de viabilização da pequena e média propriedade rural no Brasil, seja propiciando um incremento na renda “per capita” ou na melhoria do nível nutricional das famílias através da disponibilização de proteína animal. Assim, objetivou-se com essa pesquisa avaliar as características físicas da carne de duas linhagens de galinha caipira produzida no Oeste Potiguar, Rio Grande do Norte, Brasil.
 
Material e métodos: As linhagens avaliadas foram a Isa Label (IL) que é para corte e postura e a linhagem Isa Brown (IB) que é para postura, submetidas ao sistema semi-intensivo, alimentadas com ração concentrada composta de 60% de milho triturado e 40% de premix para ave de postura e complementada com acesso a piquete o dia todo. A pesquisa foi desenvolvida em uma associação de pequenos produtores, localizada no município de Apodi- Rio Grande do Norte–Brasil (agosto-2015 a junho-2016). Foram coletadas amostras de peito de aves de cada linhagem para analise do pH, temperatura, cor, capacidade de retenção de água (CRA), força de cisalhamento (FC) e perda de peso por cocção (PPC). A cor foi avaliada pelo sistema CIE L*a*b*, a CRA e a PPC foram obtidas por diferença gravimétrica. Para FC foram utilizadas amostras de 1,0 cm de diâmetro, por meio de um texturômetro, expressa em kgf/cm². As médias foram submetidas à análise de variância no programa estatístico SAS e ao teste T de comparação de medias, significativo a 5% de probabilidade.
 
Resultados e Discussão: Os dados não revelaram diferenças significativas para as variáveis: pH (IL 5,85 e IB 5,81), FC (IL 3,53 e IB 4,27), CRA (IL 62,45 e IB 62,58), valor de L* (IL 52,72 e IB 59,77), teor de a* (IL 0,10 e IB 0,63) e de b* (IL 9,82 e IB 12,99). A FC, embora não apresentando diferença significativa entre as linhagens, teve um percentual maior para a Isa Brown comparado a Isa Label, o que pode ser indicativo de uma carne com textura mais firme. Para PPC (IL 27,9 e IB 33,84), a linhagem Isa Brown apresentou uma maior perda (P<0,05), sendo esta a única característica que diferiu. Em situações de produção comercial as linhagens de corte e postura são criadas de forma distinta e isto, associado às diferenças genéticas, produz animais com características diferentes. Na produção familiar, objeto deste estudo, os pequenos produtores não diferenciam manejo e esta condição pode ter contribuído para a semelhança entre as linhagens.
 
Conclusão: Conclui-se que a linhagem Isa Brown apresenta uma carne mais dura, provavelmente, por ser linhagem para postura, enquanto que a linhagem Isa label serve tanto para postura como corte.
 
Implicações: Linhagens para corte e para postura tendem a apresentar diferenças nas características físicas da carne, principalmente, levando em conta que são criadas de forma diferente. No entanto, o sistema de criação pode interferir, melhorando ou não, essas características.
 
Palavras-chave: Postura, propriedade rural, setor avícola.
Autores:
Leandro
UFERSA
UFERSA
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