Parâmetros que afetam o desenvolvimento embrionário de pintos de corte
Publicado:25 de outubro de 2013
Sumário
INTRODUÇÃO Ovos férteis provenientes de matrizes pesadas apresentam variação de peso, tamanho, qualidade de casca e relação entre o peso da gema e o peso do ovo durante o ciclo produtivo, alterando o rendimento na incubação (VIEIRA & MORAN, 2001; ROSA et al. , 2002; ROCHA, et al. , 2008). Matrizes jovens têm ovos menor...
Apesar de estabelecido o set point da temperatura da máquina, faltou verificar a temperatura embrionária diária. Com certeza seria observado que os ovos maiores / mais pesados (reprodutoras mais velhas) tardariam mais tempo para atingir a temperatura embrionária ideal 99,5° – 100,5° F, prejudicando o desenvolvimento embrionário e provocando maior mortalidade precoce (aborto embrionário). Para se evitar isso o pré-aquecimento técnico e uniforme, em sistema apropriado, poderia reduzir a mortalidade no período ME(1). Na outra ponta do período de incubação, os ovos de maior peso (matrizes mais velhas) produzem embriões maiores. No terço final de incubação o calor metabólico destes embriões chegam até 104°F na casca do ovo. Ou o embrião morre nesta fase (maior mortalidade ME4) ou ele sai da casca prematuramente (lei da sobrevivência) sem absorver a gema completamente, com umbigo aberto e manchas de sangue internas na casca. Como resultado, no campo (e aqui neste trabalho) chega-se à conclusão que ovos provenientes de matrizes mais velhas apresentam maior mortalidade embrionária. Seria verdade se nas Conclusões contivesse os termos: “nas condições deste experimento”, ou seja: em máquinas de cargas múltiplas onde é mais difícil atender às exigências de temperatura, umidade e ventilação de embriões de diferentes idades de reprodutoras. Em máquinas de estágio único (todos os fabricantes a possuem) que respeitam a temperatura embrionária, ovos de matrizes no terço final de produção, mesmo com casca de ‘qualidade inferior’ como se referem os autores, apresentam mortalidade embrionária mais semelhantes aos lotes de menor idade. Neste caso a diferença de eclosão é devido principalmente a fertilidade e não mortalidade embrionária.
Amigo Paulo Martins, achei as suas colocações ótimas e o trabalho também, claro.
Fiquei com algumas inquietudes. Notei que foi usada máquina estágio múltiplo. Mas notei também que a carga foi de estágio único (salvo má interpretação minha). Também notei que a programação da máquina foi de estágio múltiplo. Isso ficou meio confuso. Se a máquina é de 1.400 ovos e foram incubados 900 para o teste, como foram (ou estavam) incubados os outros 500 ovos da capacidade?
Se realmente foi carga única com programação de múltipla, os resultados podem ter sido completamente diferentes do que ocorre na indústria, seja ela estágio múltiplo ou estágio único. Concordo perfeitamente que o termo "nas condições desse experimento" poderiam elucidar qualquer má interpretação.
Outro ponto que fiquei bem curioso é que no final li que os embriões podem ter aceleração do desenvolvimento durante a estocagem. Será que entendi bem o que os autores quiseram dizer? Os ovos a 15°C tiveram aceleração do desenvolvimento? Se for assim, precisamos rever o zero fisiológico. Por favor, se algum autor puder me esclarecer, gostaria muito de entender essa parte.
Obrigado.