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Destino de Embalagens Vazias – De Quem é a Responsabilidade ?!

Publicado: 28 de setembro de 2009
Por: Geder Paulo Cominetti (Médico Veterinário, Poly Sell)
Introdução                                                                                                                   
Nos últimos anos fala-se tanto em preservação, cuidados, respeito ao meio ambiente, natureza, planeta.... sustentabilidade ... responsabilidade socio-ambiental ...
Tudo muito bonito, muito chamativo, atual e realmente muito preocupante. O que o homem já fez com a natureza, planeta, é sem dúvida, alarmante. Com os conhecimentos e tecnologias atuais, não podemos mais continuar praticando certos métodos e mecanismos de produção, hábitos e costumes de vida, consumismo, enfim, temos que fazer alguma coisa para amenizar o impacto de nossas ações com a natureza e, todos sabemos, para a nossa própria sobrevivência como espécie humana neste habitat.
Alguns problemas/questões relacionados ao tema
  • Porque produzimos tanto resíduo/lixo ?
  • Que alternativas temos ou teríamos ?
  • Quem realmente está preocupado com essas questões ?
  • E por fim, de quem é essa responsabilidade ?
Algumas ilustrações, observemos a natureza e os efeitos da ação do homem
Destino de Embalagens Vazias – De Quem é a Responsabilidade ?! - Image 1
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Destino de Embalagens Vazias – De Quem é a Responsabilidade ?! - Image 4
Destino de Embalagens Vazias – De Quem é a Responsabilidade ?! - Image 5
 
Fica claro perceber que estamos abusando de nosso domínio sobre o planeta. Temos esse direito? Até quando isso é suportável ?
Uma frase que ouvi assistindo uma palestra num evento de avicultura recentemente, infelizmente não lembro o autor: "A natureza não se vinga nem se vingará de seu agressor, ela simplesmente o eliminará". 
Fica claro também, e entendo isso como uma verdade, que estamos seriamente ameaçados de sermos "expulsos" de nosso habitat. Será que é nosso mesmo ?
Responsabilidades
Profissionais preocupados com o meio ambiente e a sustentabilidade, sempre sugerem, orientam e cobram de seus parceiros e clientes, que deem o destino correto aos resíduos, e, principalmente, embalagens vazias dos produtos consumidos.
Discute-se na agropecuária, de quem é a responsabilidade pelo recolhimento/destino das embalagens vazias resultante dos produtos usados pelos pecuaristas, produtores, empresas de produção animal, enfim, usuários de modo geral. A exemplo da agricultura em relação aos pesticidas e outros produtos do gênero, as indústrias agropecuárias e produtores consumidores, estão querendo que as empresas fabricantes assumam sozinhos essa responsabilidade e, recolham esses resíduos/embalagens. Pergunto, está certo isso?
Entendo que, se um existe, é em função do outro. Se existe um fabricante, é porque existe uma demanda, um consumidor, e todos os dois dependem um do outro para continuarem seus negócios. Assim como o consumidor comum, de refrigerante, de água mineral, combustíveis, óleos e cremes vegetais, envasados também em embalagens de difícil degradação ambiental. A indústria automobilística então, já imaginamos terem que recolher todas as sucatas geradas pelos seus produtos, os veículos automotivos?
Entendo que somos todos co-responsáveis com a preservação do meio ambiente e para tanto, devemos assumir juntos o compromisso de produzir sem agredi-lo. 
Creio que seria mais viável e apropriado para todos, montarmos um plano sólido e definitivo, recolhendo, reaproveitando e gerando receita com esse material, enviando para reciclagens.
Pensando nisso, seguem algumas sugestões e, com essas ações, acredito que conseguiremos conscientizar e envolver todos os segmentos e pessoas inseridas na cadeia produtiva.
SUGESTÕES DE RECOLHIMENTO  DE EMBALAGENS VAZIAS
  1. Procurar/sugerir aos fornecedores que embalem seus produtos, sempre que possível, em embalagens de material reciclável. Responsabilidade: Fabricante, empresa consumidora, consumidor final.
  2. Implantar programa educativo com parceiros cooperados, integrados, produtores, para lavagem e destino correto dos materiais/embalagens. Responsabilidade: Empresas, técnicos de assistência rural.
  3. Separação dos diferentes materiais, papelão, vidro, plástico e metais na propriedade. Responsabilidade: Consumidor final, produtor.
  4. Recolhimento por ocasião do abate dos lotes, aves, suinos ou bovinos, com o veículo/caminhão que transporta esses animais. Para isso, adaptar uma caixa/tambor no veículo, embaixo da carroceria ou atrás da cabine. Responsabilidade: Motoristas treinados e comprometidos.
  5. Disponibilizar área de depósito no pátio da empresa ou no posto de lavagem desses caminhões para armazenar as embalagens já separadas por tipo de material. Responsabilidade: Empresas da agroindústria.
  6. Repassar/vender esse material para empresas recicladoras e reverter essa receita para melhorias e investimentos em programas educativos ou associações de funcionários. Os fabricantes poderiam contribuir com o frete deste deslocamento. Responsabilidade/beneficiados: Empresas da agroindústria e associações.
Em valores monetários isso pode representar muito pouco, mas pensemos em valores de conscientização de todos na preservação do ambiente e de nosso planeta e, acima de tudo e de uma vez por todas, praticar o que tanto se prega:
"PRODUZIR COM RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL".
Lanço essa idéia convocando a todos para que pensemos e discutimos com profissionalismo e responsabilidade este assunto e, que encontremos juntos a melhor solução possível para este problema que, repito, entendo ser de todos nós.
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Geder P. Cominetti
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Marcelo de Souza Lima
11 de diciembre de 2014
Prezados, maravilhosa iniciativa para debate e oportunidade de não somente aprendermos com vários exemplos, como o citado pelo colega Romão, como também de iniciar boas ações que visem esse passivo ambiental produzido nas mais variadas cadeias produtivas. Creio que a medida que normas de ISO vão sendo conhecidas e implantadas, as cadeias produtivas vão se adequando e tornando essas ações rotineiras dentro do seu dia-a-dia, beneficiando todos. Mas essa cultura deve ser formada também dentro de cada usuário, para que possa cobrar nas demais esferas, a condição necessária para que essa reciclagem possa ser implantada no menor espaço de tempo possível e, para isso, a conscientização deve se inicializar nas camadas de base, nas escolas. Aqui em Goiás, a Federação da Agricultura, via Senar, tem um programa por nome Agrinho, que qualifica professores da zona rural para que possa repassar aos alunos do campo essa cultura de preservar para explorar ecologicamente de maneira correta.
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Romão Miranda Vidal
1 de junio de 2010
Srs. Recentemente visitei uma indústria em Belo Horizonte, que recicla plásticos ( das mais variadas classificações) e material orgânico ( vegetal : folhas, palha de arroz, capins, cascas de árvores e animal : pelos em geral) para o fabrico de material que substitui a madeira em todas as suas aplicações. Um palanque de cerca, elaborado com este material reciclado, tem a duração de aproximadamente 100 anos, não é carburante, não apodrece, não sofre ataque de fungos e substitui os tradicionais palanques de eucalipto tratado. No tocante à construção rural, pode ser empregado na construção de células para armazenar grãos, construção de casas em especial paredes, batentes de portas e caixilhos. Ao se indagado o que o meio rural poderia fornecer, respondi que existem praticamente todos os materias de RSU, como os sacos de ráfia, sacos de papel que embalam sementes, sacos que ambalam sal minieral e sal comum, bombonas plásticas, frasco de vacinas contra F.Aftosa. Portanto surge como forma lucrativa mais um fonte de rendas, aos agropecuaristas que se organizados em especial os de Minas Gerais de fornecer este tipo de material, na verdade é um Passivo Ambiental. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
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Romão Miranda Vidal
3 de febrero de 2010

Srs.
Já nos foi dada a oportunidade de nos posiconar a este respeito dias atráz, quando foi publicado um artigo no qual dava a nítida impressão de haveria uma ação coordenda de cunho pecuniário.
Mas o que o nobre colega coloca para análise, diria que é meritória e porque náo messiânica.
Nas três principais cadeias produtivas de proteínas de origem animal, creio que a de bovinos de corte e leite, são as que mais produzem resíduos de forte impacto ambiental, seguidas da avicultura e depois suinocultura.Aqui me refiro as embalagens de vidro, plástico, metal e papel. Quanto aos tecidos e efluentes orgânicos não são alvo de análises neste momento.
Vamos então analisar a cadeia produtiva bovina - corte e leite-:
- resíduos sólidos plásticos [equal] frascos de vacinas. Ao pecuarista caberia a gestão destes resíduos. Não o fazem. Jogam em um tambor e depois queimam, quando não enterram ou servem para fazer vasos para plantar flores ou canecos para beber água. A solução. Devolver ao fornecedor, para que este as devolva ao fabricante.
O mesmo raciocínio para embalagens de sal branco e sal mineral. Assim como com material utilizado na I.A. , seringas, agulhas, frascos de spray, conteineres com produtos para combater endo e ectoparasitas. Sacos de sementes e adubo.

A avicultura de corte o maior volume de resíduos sólidos de forte impacto no meio ambiente  gerado na própria unidade de fabrico de rações que serão distribuidas aos seus integrados ou aos seus criatórios próprios. Tonéis, sacos, barricas, baldes com componentes essenciais para o fabrico de rações, deveriam tomar o mesmo destino antes sugerido no parágrafo anterior.
Não esquecendo dos incubatórios que geram um volume considerável de resíduos sólidos recicláveis. Não me refiro aos orgânicos.

Suinocultura, praticamente a geração de resíduos sólidos recicláveis, é minima.A não ser que se opte pelo fabrico de ração na propriedade. Quanto ao uso de medicamentos acondicionados em vidros ou plásticos, acredito ser menor que todas as demais.

Nossa modesta sugestão ao nobre colega.
Uma palestra sobre ISO 26000 Responsabilidade Social, com enfoque na ISO 9000 e ISO 14.000 - 2000.
Parabéns pela iniciativa, extensiva á Ergomix que de forma muito elegante franqueia este espaço.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal

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João Luis dos Santos
30 de septiembre de 2009

Concordo plenamente com o Dr Geder.
Nos da Beraca temos nos preocupado com esta questão e o  meio ambiente.
Implantamos alguns processos para melhorias neste sentido, inclusive buscando otimizar embalagens para reduzir sua emissão.
Tentamos no passado recente estabelecer parceria com clientes para dar o destino correto para as embalagens de nossos produtos.
Este último caso é mais complicado, precisa haver muito empenho das partes envolvidas, pois a difusão dos produtos neste mercado é muito grande e recuperar este material depois requer um esforço bem concentrado e talvez até com alguma motivação para o usuário final, ou seja, o produtor.

Um bom tema para discussão.
Parabéns Dr Geder.

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Stella Maris Chaves de Pinho
9 de diciembre de 2014
Bem, podemos ficar aqui discutindo de quem é a responsabilidade, isto é muito bacana, mas eu acredito que seja responsabilidade de todos nós, ou seja, das pessoas juntarem as embalagens vazias e diversas e do Governo Municipal, Estadual ou Federal, encontrarem um espaço para serem colocadas e depois poder distribuir para pessoas que trabalham com reciclagem. Eu moro em Belo Horizonte, eu e algumas pessoas juntávamos embalagens vazias de remédios e estas eram encaminhadas para um pessoal que as usavam e por algum motivo este pessoal não está mais juntando e eu queria saber se tem alguém aqui que poderá me ajudar informando se tem outro lugar aqui na minha cidade para que possamos continuar a juntar estas embalagens, porque elas poderão ser reutilizadas. Agradeço a oportunidade de estar aqui neste site e falar o que penso e quem sabe conseguir uma solução para as embalagens vazias de remédio. Fico no aguardo e deixo aqui o meu contato de e-mail stellaamarelasinternet@gmail.com obrigada.
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Prof. Roberto de Andrade Bordin
Universidade Anhembi Morumbi - Brasil
Universidade Anhembi Morumbi - Brasil
28 de octubre de 2010

Olá tudo bem?

Tenho convicção que a problemática de destino das embalagens seja do interesse da indústria de origem e o uso adequado e armazenagem de todos. Porém se a missão das empresas visa em algum momento características sustentáveis deve-se achar a saída para firmar a característica sustentável ao meio ambiente. Se da mesma forma as empresas tem galpões para armazenagem de embalagens cheias o mesmo seria para embalagens vazias... tanto para a indústria de origem quanto a indústria de utilização, lojas...cabendo no final um destino determinado pela indústria de origem, para estas embalagens...pensando em formas de implantação...acredito que este seria um novo modelo de negócio. 


abs

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Geder P. Cominetti
PolySell
3 de junio de 2010

Obrigado pela sua participação e informações. É essa consciencia que todos devemos cultivar. Acabo de ler o artigo do Dr. Palhares sobre impactos da Agropecuária no meio ambiente, onde coloca o novo perfil de nossa produção, os caminhos a seguir e como poderemos ser lembrados nas próximas décadas/gerações, não somente como maiores produtores mundiais de alimentos mas tambem de que maneira produzimos, com responsabilidade ambiental e social, preservando e conservando os recursos naturais. 


Parabens a todos que se enganjam nessa luta.

Abraço.

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Geder P. Cominetti
PolySell
12 de diciembre de 2009

Obrigado pela sua participação e comentários. Realmente é um tema polêmico, mas temos que chegar a uma solução. Da forma que está, não podemos deixar. Como dizes, todos somos responsáveis pelo meio ambiente e é de todos este dever. Vamos colher opiniões e idéias para acharmos a melhor solução. 


Obrigado, e forte abraço.

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Cassiano Marcos Bevilaqua
Cassiano Marcos Bevilaqua
8 de diciembre de 2009

Geder, Parabéns. Esse é realmente um Tema muito importante mas muito Polêmico. Creio que falta um pouco de bom senso de todas as partes envolvidas. As empresas que fornecem os produtos, principalmente Veterinários deveriam fazer um acordo com a ANDAV que já tem um sistema Implantado no Brasil para recolha de embalagens de agrotóxicos e também de Produtos Veterinários, creio que falta algum ajuste para que isso seja melhor conduzido. Ou as Empresas Veterinárias deveriam pegar esse exemplo. Também as empresas Integradoras devem concientizarseus Produtores da Importancia da Reciclegem e correto destino de embalagens. Essa é uma Tarefa de todos para o meio ambiente, se ficarmos achando os responsáveis creio que nada será feito. 


Um Grande ABRAÇO.

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Kathya Padovani
Kathya Padovani
5 de noviembre de 2009

Caros,

Parabéns por levantarem este tema para discussão. O setor de avicultura, devido à sua sistemática de atuação, pode, além dos avanços tecnológicos ligados à produção, incorporar os conceitos mais abrangentes de qualidade, como preservação de meio ambiente e responsabilidade social, de forma muito mais eficiente que outros setores da agroindustria.
Este trabalho têm grande impacto sobre a imagem da empresa, em especial dentro de mercados consumidores mais exigentes.

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