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Cumprimento de exigências de design higiênico na embalagem de carnes bovina e avícola

Publicado: 10 de julho de 2019
Por: Sean Riley, diretor sênior de Mídia e Comunicações da PMMI (Associação para Tecnologias de Embalagem e Processamento-EUA)
À medida que produtos de carnes bovina e avícola ganham espaço na cadeia de fornecimento, o risco de contaminação fica à espreita em cada movimentação. Para fabricantes que têm como objetivo aumentar a produção, o design de embalagens higiênicas deve ser visto como solucionador das duas pontas desse percurso – tanto na linha de produção quanto além dela. Quando se aumenta a produtividade, as chances de exposição a objetos nocivos se tornam ainda maiores. Em uma época na qual somente um indício de contaminação é capaz de causar grandes recalls de produtos, a má reputação da marca pode acarretar gastos onerosos e desnecessários. É por isso que os fabricantes que estiverem prestes a aumentar sua produtividade devem minimizar os riscos, proativamente, e priorizar técnicas para proteger o consumidor.

Avaliando o produto
Não importa o tipo – se cru, pré-cozido ou pronto para o consumo, etc. –, produtos de carnes bovina e de aves são extremamente sensíveis ao calor e vulneráveis a contaminação. Esses produtos devem ser processados, embalados, armazenados e consumidos a determinadas temperaturas para evitar crescimento microbiano. Embora indícios sensoriais como descoloração e mau cheiro possam ajudar os consumidores a determinar quando um produto não serve mais para consumo, a contaminação pode passar despercebida e ocasionar doenças se este produto for consumido.

Consequentemente, a responsabilidade de reter um produto contaminado depende do fabricante. Com as taxas de deterioração e condições de temperatura ideal variando entre os tipos de produtos cárneos, os fabricantes devem estar familiarizados com as exigências específicas de seus próprios produtos e ponderar as decisões de escolha de embalagens com base nessas necessidades. A escolha de formatos de embalagem e do equipamento envolvido depende de como determinados produtos se comportam quando manuseados na linha de produção, no envio e quando estiverem disponíveis ao consumidor.

Escolhas de design de embalagens também dependem muito do tamanho da operação. Alguns formatos como embaladoras de fluxo são ajustados de acordo com demandas de produção menores, ao passo que demandas maiores podem comportar e justificar alguns tipos mais sofisticados de embalagem, tais como a embalagem por atmosfera modificada (MAP, na sigla em inglês).

Selagem em prol da segurança
Ao passo que dispor do equipamento adequado e das técnicas de limpeza completam a primeira fase de propiciação de um produto inócuo, as questões de segurança alimentar não acabam aí. Uma vez embalado, é crucial para o formato de embalagem que conserve a qualidade do produto cárneo e mantenha-a segura durante um período prolongado. A escolha do formato adequado de embalagem para um produto cárneo é, consequentemente, de suma importância aos fabricantes que querem manter a satisfação do consumidor mesmo no caso de aumento da produção.

Formatos muito presentes no mercado, hoje em dia, têm como objetivo estender a vida útil por meio do uso de materiais que consigam manter um produto livre de contaminantes por períodos mais extensos. Provavelmente, o formato de embalagem mais popular para os fabricantes de carnes bovina e avícola atualmente é o MAP (por atmosfera modificada), que injeta uma mistura de gases como dióxido de carbono, monóxido de carbono ou nitrogênio dentro da embalagem antes de ser lacrada. Essa mistura de gases bloqueia contaminantes bacterianos e químicos e otimiza o ambiente para o produto cárneo. Normalmente contendo um fundo rígido e durável, com um filme selando o produto no recipiente, esse formato é popular [nos EUA] em plantas de processamento de médio porte e é adequado para a maioria dos produtos cárneos prontos para o consumo que necessitem de armazenamento imediato.

Também bastante utilizados na indústria são as variações de embalagem a vácuo, que remove o ar de um produto, processando-o com alta pressão (HPP, na sigla em inglês), que utiliza uma técnica de pasteurização a frio, impermeabilizando o produto, submergindo-o em água quente e embaladoras de fluxo, que utilizam dois rolos de filme para selar um produto em uma bandeja. Todas essas técnicas fazem uso de filmes de diferentes composições que mantêm níveis de higiene por meio do controle da exposição do produto à luz e ao oxigênio.

À medida que aumenta a quantidade de fabricantes de alimentos e seus produtos têm um alcance maior, estas empresas continuarão a procurar designs de embalagens que consigam manter o frescor do produto e períodos de vida útil a níveis ainda maiores.
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