No Brasil é conhecido o apreço por uma parcela significativa de consumidores pelo chamado frango colonial, também conhecido por frango caipira, o qual, por legislação necessita de no mínimo oitenta e cinco dias com alimentação constituída por ingredientes, exclusivamente de origem vegetal, sendo proibido o uso de promotores de crescimento de qualquer tipo ou natureza.
A criação de frangos coloniais em semiconfinamento alimentados com rações balanceadas, surge como alternativa para o produtor e como oferta de um produto diferenciado no mercado. Para que o frango colonial Embrapa 041 tenha inserção nesse mercado é necessário a utilização de um sistema de alimentação adequado ao seu desempenho. Nesse sentido foram estudados três sistemas de alimentação em que variaram as concentrações de Energia Metabolizável e Proteína Bruta no período de 5 a 87 dias de idade das aves, conforme estabelecido na Tabela 1. Os frangos não tiveram acesso à piquetes com pastagem. Por esta razão, foram criados confinados com baixa densidade, na proporção de cinco aves/m2. Durante o período de criação os animais receberam água e ração à vontade em todas as fazes. As aves foram vacinadas para a doenças de Marek e Gumboro, conforme preconizado pelo programa de biosseguridade da Estação Experimental de Suruví da Embrapa Suínos e Aves.
Tabela 1. Composição das rações em proteína bruta (PB) e energia metabolizável (EM), para as fases inicial, crescimento e final dos frangos de corte criados de 5 à 87 dias de idade.
Embora o experimento iniciou com 5 dias de idade, as rações iniciais utilizadas podem ser fornecidas a partir do primeiro dia de vida dos pintos.
As médias de desempenho, custo da ração por kg de frango vivo produzido e as características de carcaça estão apresentadas na Tabela 2 e na Tabela 3.
Tabela 2. Médias de desempenho e custo da ração por kg de frango vivo produzido (C) em função dos três sistemas de alimentação até 87 dias de idade.
Tabela 3. Peso médio das características de carcaça do frango colonial em função do sistema de alimentação, abatido aos 87 dias de idade.
Conclusões
Levando-se em conta o custo da ração no momento em que foi executado o experimento, o sistema de alimentação 2, onde se utilizou 3000 kcal/kg de Energia Metabolizável em todas as fases, apesar de apresentar resultados intermediários para as variáveis peso corporal, consumo de ração e conversão alimentar, foi o que apresentou o menor custo para produzir um kg de peso corporal aos 87 dias de idade.
Quando se busca um frango mais pesado, o sistema de alimentação 3, onde se utilizou 3200 kcal/kg de Energia Metabolizável em todas as fases, pode ser viável, tendo em vistas que apresentou os melhores resultados para peso corporal, consumo de ração, conversão alimentar e características de carcaça.