Amigos,
Consegui obter, com alguma regularidade, uma boa quantidade de "pães dormidos" (tanto doces quanto de sal) que são descartados por uma padaria local. Estou oferecendo este material para meus animais, frangos que comprei da Avifran com um dia de idade e que agora já estão com mais de 60 dias. Além do pão, que eventualmente alterno com milho, ofereço um bom espaço com mato para elas ciscarem e um pouco de ração (frango II), apenas no final do dia quando está perto delas se recolherem ao galinheiro. Os animais estão com ótima aparência, não tenho registro de mortalidade ou aparecimento de doenças, exceto dois que apareceram com aquela "fraqueza das pernas", mas que nem morreram. Os apartei dos demais e eles, embora ainda "mancando", parecem ter se recuperado.
Minha pergunta é: existem riscos no uso desta dieta? O que podem me dizer sobre esta experiência?
Obrigado e até mais!
Tenho oferecido este alimento aos frangos durante este período sem problemas maiores. No entanto, hoje, por uma iniciativa bem intencionada, meu pai ofereceu aos pintinhos de menos de 20 dias, o que eu chamo de farelo de pão (é quando os pães de sal ficam duros e passamos ele por um ralador e temos como resultado uma farinha) e tivemos uma grande mortalidade destes animais. De 35 pintinhos, restaram apenas 12. Minha pergunta é: pode haver relação entre as mortes e o consumo do alimento derivado de trigo em fase tão inicial?
Prezado Everton,
É preciso tomar bastante cuidado com o fornecimento deste material, principalmente para pintinhos, pois existe a possibilidade que este material tenha permitido o desenvolvimento fúngico de espécies toxigênicas, tais como, aquelas produtoras de aflatoxinas e ocratoxinas. O nível de atividade de água destes resíduos normalmente permitem este desenvolvimento. Os animais jovens normalmente são mais susceptíveis aos efeitos das micotoxinas.
Olá amigos!
Bom eu faço das palavras do Dr Eduardo as minhas...
O problema desses alimentos é o uso de fermento no qual mesmo que os pães não se observe a olho nú, pode haver a presença de fungos, ou mesmo iniciar a fermentação no papo das aves (principalmente em pintinhos) e pode ocorrer papo estagnado ( presença de Cândida Albicans).
Abraços e boa sorte amigo!
Prezado Everton,
como todo subproduto, esse também merece muita atenção, pois, o que pode ser entendido como alternativo e barato, pode se tornar um grande problema.
Claro que por ser rico em amido, é prato predileto de fungos e bactérias, se mal conservado. Então a dica está dada. É a conservação que irá balizar se pode ou não usar esse subproduto.
Ele se baseia como o milho dentro de uma alimentação alternativa, merecendo cuidado no seu uso e principalmente conservação.
Prezado Everton,
Utilizar alimentos para a alimentação animal que não se conheça suas propriedades físico-químicas torna-se uma aposta muito arriscada, pois, alguns pontos críticos já foram elencados, como por exemplo, o teor de umidade deste alimento, seu real valor nutritivo, seu aproveitamento na forma como ele esta sendo fornecido as aves. Então, todo cuidado eh necessário quando se trata de alimentação animal, visto que esta pode ser uma porta de entrada para microorganismos patogénicos que podem ter se instalado na forma de colonia, devido a um mal processamento e/ou ate mesmo pelo percentual de umidade que determinado alimento apresenta.
Obrigado pelas respostas.
Pelo que vejo, a questão pode ser resumida aos cuidados para evitar a proliferação dos fungos e outros micro organismos e a nao oferta deste alimento para os pintinhos (visto que já contabilizei perdas com esta prática). Assim, a esperiencia tem me mostrado uma boa aceitação por pare dos frangos maiores, somadas a um bom desempenho em seu crescimento e ainda uma forte economia já que consigo este material em doação. Reitero que Pães doces são os que dou primeiro, assim que chego, para evitar guardá-los evitando que mofem. Já os Paes de sal, mantendo em local aberto e arejado para que sequem sem mofo e ralo para oferecer como se fosse ração.
Estou falando de uma pequena criação artesanal, onde o numero de aves dificilmente passara de 200 unidades.
O mais interessante é ver pessoas com um grau de formação elevada, dando informações vazias e sem nenhuma comprovação científica, crio aves a mais de uma década e nunca tivemos problemas com pão dormido, a prática e a vivência é a melhor resposta, não adianta títulos se não contonuam estudando e vivenciando,teorias existem inúmeras e nenhuma supera a prática .