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Avaliação de diferentes propostas de restrição alimentar diurna para frangos de corte

Publicado: 23 de setembro de 2021
Por: Thiago de Sousa Melo, Jose Humberto Vilar da Silva, Jose Jordao Filho, Fernando Guilherme Perazzo Costa, Patricia Emilia Naves Givisiez, Flavio Bruno Soares de Lima, Aliton Nunes da Silva, Silvana Cristina de Lima dos Santos, Mario Cesar de Lima e Leandro de Araujo
1. Introdução
A cadeia produtiva dos frangos demanda estratégias inovadoras que estimulem o desempenho das aves, acompanhado da máxima produção de carne magra com menor custo de produção, baixa mortalidade e de incidência de distúrbios metabólicos que interferem no bem-estar das aves. Portanto, o desenvolvimento de métodos de restrição alimentar pode ser uma alternativa para máxima produção de carne com melhor eficiência econômica. De acordo com Duarte et al. (2012), os rendimentos de carcaça, peito, coxa e sobrecoxa podem ser diretamente influenciados pela dieta e pelos programas alimentares.
A restrição alimentar é uma prática de manejo que tem por objetivo reduzir o consumo de ração e o custo de alimentação por um determinado período, sem afetar a taxa de ganho de peso (Rosa et al., 2000). Esta prática promove o ganho compensatório em aves (Novel et al., 2009) e resulta numa maior eficiência de utilização dos nutrientes.
O método de restrição alimentar melhora a conversão alimentar (Tolkamp et al., 2005; Zhan et al., 2007), reduz a incidência de doenças metabólicas e a deposição de gordura na carcaça de frangos de corte (Yu & Robinson, 1992), considerando que a oferta ad libitum de ração aumenta a taxa de crescimento, mas também, aumenta a incidência de distúrbios metabólicos como a ascite, síndrome da morte súbita e problemas esqueléticos (Yu & Robinson, 1992).
O rápido crescimento é acompanhado pelo aumento de anormalidades no tecido esquelético em frangos, principalmente dos ossos longos como fêmur e tíbia (Sullivan, 1994). A atenuação da ocorrência destes problemas é de interesse de produtores e de consumidores por envolver o bem-estar animal e elevadas perdas econômicas (Araújo et al., 2011). Ainda não existe uma padronização de práticas de aplicação dos métodos de restrição alimentar, sendo mais utilizados a restrição por tempo (Saber et al., 2011), pela suspensão do programa de luz (Religious et al., 2001), pela diluição da dieta (Zubair & Lesson, 1996), e pelos métodos químicos e quantitativos (Zhan et al., 2007; Saber et al., 2011) com resultados controversos.
Considerando os resultados inconsistentes entre os diferentes programas de restrição alimentar em frangos de corte este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito de novas propostas de restrição alimentar de curta duração sobre o desempenho de frangos de corte.
2. Metodologia
O experimento foi conduzido no aviário do Laboratório de Avicultura do Departamento de Ciência Animal do Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias, da Universidade Federal da Paraíba, Campus III, no município de Bananeiras, sob as coordenadas 6°45’00’’ de latitude sul e 35°38’00’’ de longitude oeste, a uma altitude de 520 m acima do nível do mar, no período de 05 de março a 09 de abril de 2016.
Foram distribuídos 1.260 pintos de corte, macho da linhagem Cobb 500 “Slow Feathering”®, no período de oito a 42 dias de idade com peso vivo médio de 185±2 g, em delineamento inteiramente casualizado, pesados e distribuídos em quatro tratamentos experimentais, com nove repetições de 35 aves. Os quatros programas alimentares foram os seguintes: Programa 1 – Alimentação ad libitum durante todo o período experimental (AL); Programa 2 – Suspenção da oferta diária de ração nos intervalos de 06:00 às 08:00 h da manhã (RM); Programa 3 – Suspenção da oferta diária de ração nos intervalos de 13:00 às 15:00 h da tarde (RT); Programa 4 – Suspenção da oferta diária de ração nos intervalos de 06:00 às 08:00 h da manhã e das 13:00 às 15:00 h da tarde (RMT).
A dieta basal (Tabela 1) foi formulada para atender as exigências dos frangos para crescimento normal segundo Rostagno et al. (2011). Antes do período de restrição alimentar, as aves receberam água e ração ad libitum e o manejo foi realizado de acordo com o Manual da Linhagem Cobb (2012).
Aos oito dias de idade, as aves foram transferidas para os 36 boxes medindo 2,00 x 1,70 m (3,4 m2 ) com paredes divisórias em tela com abertura de malha à prova de pássaros e piso coberto com cama de maravalha. Cada box foi equipado com um comedouro tubular e um bebedouro pendular. A área experimental está instalada num galpão de alvenaria com cortinas laterais, ventiladores e nebulizadores, utilizados para ajustar a temperatura e umidade relativa do ar.
Foi adotado um programa de luz contínuo durante todo o período experimental, utilizando-se lâmpadas incandescentes de 100 watts de forma a fornecer 22 lúmens/m². Um termohigrômetro digital foi utilizado para aferição e registro da temperatura e umidade relativa do ar de oito horas da manhã e 15 horas da tarde que foram, respectivamente, de 29,9±2,2 °C e 68,6±6,7%.
Ao final do período experimental, as sobras de rações e os frangos foram pesados, para avaliação do consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. O consumo de ração foi obtido pela diferença entre a ração fornecida e as sobras, o ganho de peso foi calculado pela diferença entre o peso dos frangos no final e inicial; enquanto que, a conversão alimentar foi calculada pela divisão do consumo de ração pelo ganho de peso.
Aos 42 dias de idade, um total de 72 animais, sendo dois por parcela e 18 por tratamento foram selecionados com base no peso médio e submetido a jejum de sólidos de oito horas a fim de limpar o trato digestivo. Após o jejum, as aves foram pesadas individualmente, insensibilizadas por eletronarcose e, posteriormente, sacrificadas e evisceradas para obtenção do peso da carcaça, dos cortes nobres (peito, coxa, sobrecoxa e asas), órgãos comestíveis e da gordura abdominal.
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Na determinação do rendimento de carcaça foi considerado o peso da carcaça limpa e eviscerada, sem cabeça, pernas e pés em relação ao peso vivo após jejum, enquanto, os rendimentos dos cortes (peito, coxa, sobrecoxa e asas) e dos órgãos comestíveis (moela, fígado e coração) foram calculados dividindo-se o peso individual de cada corte e/ou órgão pelo peso da carcaça.
A determinação da glicemia dos frangos foi realizada aos 42 dias de idade, em amostras de sangue de duas aves por unidade experimental, totalizando 18 animais por tratamento. As amostras de sangue das aves de todos os tratamentos foram colhidas, após puntura da crista com agulha, em tiras do kit teste Monitor de Glicemia Contour® Ts Bayer. Nas aves em regime de restrição alimentar as amostras de sangue foram colhidas em intervalos de duas horas antes, durante e depois da restrição alimentar, 05h50min; 07h50min e 09h50min, respectivamente.
Aos 42 dias de idade, um total de 36 animais, sendo um por parcela e nove por tratamento foram selecionados, sacrificado e depois retirados os ossos dos fêmures e das tíbias, direita e esquerda, sendo identificadas e em seguida congeladas a -20 ºC para a realização das análises posteriores. A tíbia e o fêmur foram os ossos escolhidos por serem os mais longos e mais sujeito a rupturas (estresse motor) do esqueleto, além de serem retirados com maior facilidade. Para a realização da desossa, os fêmures e tíbias foram descongelados em geladeira à 4 °C por 24 horas. Em seguida, foram pesados, identificados e mergulhados em água fervente por aproximadamente 10 minutos. As desossas foram realizadas com auxílio de um bisturi.
As pesagens dos fêmures e tíbias foram realizadas utilizando uma balança eletrônica com precisão de (g±0,001) da marca GEHAKA - Modelo AG-200, e as medições do comprimento (1 mm±0,01) do osso e o diâmetro da epífise proximal e distal, bem como da diáfise dos respectivos tratamentos foram feitas com o auxílio de um paquímetro digital da marca Digimess, com precisão de 1 mm±0,01. Após as análises físicas dos ossos, os mesmos valores de comprimento e pesos do fêmur e da tíbia foram usadas para determinar a densidade óssea (mg/mm) pelo método indireto de índice Seedor (Seedor, 1991) onde: IS = peso do osso ÷ comprimento do osso.
Após a determinação do índice Seedor, as tíbias foram submetidas à análise de resistência à quebra (kgf/cm2 ) no aparelho universal de teste TA.XT Plus (Texture Analyzer Stable Micro Systems, Surrey, UK) com célula de carga de 50 kg a velocidade de 50 mm/min, o acessório para fratura 3 POINT BEND RIG (HDP/3PB), Stable Micro Systems, foi regulado para permitir que o vão livre da diáfise fosse de 3,0 cm (Park et al., 2003).
A viabilidade econômica das rações foi avaliada considerando o impacto financeiro da restrição alimentar nas fases de criação sobre as variáveis de desempenho e rendimento de carcaça. Os índices econômicos foram calculados conforme metodologia descrita por Ramos et al. (2011) considerando: o Custo Médio da Ração (CMR) = ração consumida x preço de ração; Receita Média Bruta (RMB) = quantidade de quilograma de frango produzida x preço do frango vivo; Margem Bruta (MB) = receita média bruta – custo médio da ração; Índice de Rentabilidade (IR) = margem bruta ÷ custo médio da ração e Índice Relativo de Rentabilidade (IRR) = renda média do tratamento testado ÷ renda média do tratamento controle x 100. Além disso, foi calculado o índice de eficiência produtiva (IEP) de acordo com Gomes et al. (1996) que foi expresso pela seguinte equação: IEP = [(peso vivo médio das aves (g) x viabilidade das aves (%)) ÷ (idade das aves (dias) x conversão alimentar (g/g))] x 100. Os preços dos ingredientes utilizados para elaboração da análise econômica foram provenientes de consulta ao mercado paraibano, assim como, o preço do frango vivo, enquanto que os aminoácidos foram obtidos de empresas fornecedoras, considerando a cotação do dólar.
Os dados colhidos ao final de cada fase foram tabulados para posterior análise estatística utilizando-se o programa computacional Software “Statistical Analysis System” (SAS, 2009). Os dados referentes ao desempenho e rendimento de carcaça foram analisados pelo teste Tukey e os dados de qualidade óssea pelo teste Duncan em nível 5% de probabilidade. O modelo estatístico foi o seguinte: Yij = μ + ti + eij, em que: Yij = é a i-ésima observação referente a j-ésima repetição, j = 1, 2, ..., J (J = 9); μ = média geral; ti = efeito do i-ésimo tratamento, i = 1, 2, ..., I (I = 4); eij = erro experimental suposto homocedástico, independente e normalmente distribuído. Os dados percentuais de mortalidade (x) foram transformados em (x+0,50)0,5 antes da ANOVA para homogeneização da variância e normalização dos dados, segundo Bartlett (1947).
3. Resultados e Discussão
Desempenho
O consumo de ração, o peso corporal e a conversão alimentar não foram influenciados pelos programas de alimentação (P>0,05), porém o ganho de peso de 8 a 35 dias (p≤0,05) e novamente o ganho de peso de 8 a 42 dias (p≤0,05) foram afetados pelos os programas de alimentação (Tabela 2).
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A falta do efeito do consumo de ração dos frangos sob restrição alimentar foi em função da curta duração na metodologia de suspenção de ração que varia de duas a quatros horas em relação ao grupo ad libitum. Este resultado discorda daqueles de Sahraei & Shariatmadari (2007) que encontraram maior consumo de ração para os frangos submetidos a restrição alimentar. Segundo Guyton & Hall (1997), quando a disponibilidade dos nutrientes diminui, o animal automaticamente aumenta a ingestão de alimento provocada pelos estímulos do centro da fome no hipotálamo lateral.
Os frangos submetidos a restrição alimentar de 4 horas (MT) e 2 horas (manhã) apresentaram maior ganho de peso (p≤0,05) nos períodos de 8 a 35 dias em relação aos frangos que receberam o regime de alimentação à vontade, sem diferir dos frangos mantidos sob restrição alimentar de 2 horas à tarde (P>0,05) e, de 8 a 42 dias o ganho de peso dos frangos submetidos da restrição alimentar de 4 horas (MT) foi maior (P = 0317) em relação aos frangos que receberam o regime de alimentação à vontade, sem diferir dos frangos mantidos nos outros métodos de restrição alimentar (P>0,05). A restrição alimentar de curta duração nos períodos de manhã e tarde avaliada neste trabalho parece estimular mais o ganho de peso dos frangos que o tradicional consumo ad libitum. Este resultado corrobora estudos anteriores (Demir et al., 2004, Butzen et al., 2013 e Rahimi et al., 2015) que avaliaram restrições alimentar por períodos mais longos de tempo. Entretanto, Saleh et al. (2005) e Mohebodini et al. (2009) não constataram recuperação no peso dos frangos submetidos a diferentes tipos de restrição alimentar.
A conversão alimentar dos frangos do tratamento ad libitum foi semelhante àquelas dos frangos recebendo os programas de restrição alimentar. Semelhantes resultados foram descritos por Novel et al. (2009), Sahraei & Hadloo (2012) e Mirshamsollahi (2013), enquanto, Saleh et al. (2005) e Jalal & Zakaria (2012) encontraram melhor conversão alimentar para os frangos mantidos sob restrição alimentar.
Apesar da conversão alimentar não haver diferença entre os tratamentos, os frangos sob restrição ao tempo de oferta de ração de 4 e 2 horas pela tarde ou manhã apresentaram eficiência de aproximadamente 1,5; 1,2 e 0,9% melhor que os animais com alimentação ad libitium. Segundo Furlan et al. (2002), a disponibilidade de nutrientes favorece o desenvolvimento das funções secretoras e absortivas do trato gastrintestinal, contribuindo para o melhor aproveitamento dos nutrientes. Sugerindo que os frangos podem ter apresentado uma adaptação ao tempo de restrição da ração, forçando o aumento do consumo de ração (1,32 e 0,94%) minutos antes da suspensão da oferta de ração (Tabela 2).
Segundo Yu & Robinson (1992), frangos com menor peso corporal apresentam exigências de manutenção reduzidas e podem direcionar mais nutrientes para o crescimento no período de alimentação ad libitum subsequente, resultando em uma diminuição da conversão alimentar. Além disso, Romero et al. (2009) mostraram que a ingestão reduzida de ração resulta em energia reduzida alocada à manutenção, provavelmente por causa da termogênese induzida pela dieta reduzida.
Índice de glicose
As concentrações de glicose em frangos aos 42 dias de idade foram afetadas (p≤0,001) pelos programas de alimentação (Figura 1) e os períodos de coleta (Figura 2).
O nível de glicose foi superior para os frangos que receberam ração à vontade comparado aos frangos sob restrição alimentar de 4 h diária (2 h de manhã e 2 h tarde). Resultado contrário foi observado por Mohebodini et al. (2009), que não encontraram variação da concentração de glicose em frangos sob restrição alimentar e alimentação ad libitum.
Os frangos do programa de restrição alimentar 2 h a tarde (RT) apresentaram concentração de glicose inferior (p≤0,0001) aos frangos dos outros programas de restrição alimentar.
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Houve aumento (p≤0,0001) dos níveis de glicose no sangue após o jejum comparado com a coleta antes e durante a restrição alimentar, mostrando que a restrição continua de ração é condição indispensável à manutenção dos níveis de glicemia sérica de glicose em frangos (Figura 2). Este resultado concorda com o obtido por Zhan et al. (2007). Ao contrário, Rajman et al. (2006), Chen et al. (2012) e Shabani et al. (2015) relataram que os frangos mantem o nível de glicose estável durante o jejum.
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Durante o jejum, os níveis séricos de glicose declinaram por que a mesma é utilizada pelas células como fonte de energia e seu aporte intestinal está reduzido (Dalla Costa et al., 2008). Num primeiro momento, no intuito de tentar manter estáveis os níveis séricos de glicose, o pâncreas estimula a liberação do hormônio glucagon que promove a quebra do glicogênio hepático, elevando assim os níveis séricos de glicose (Bertol et al., 2005), mas como a reserva de glicogênio hepático é limitada e exaurese rapidamente os níveis séricos de glicose logo declinam.
Rendimento de carcaça e cortes nobres e peso da gordura
Os rendimentos de carcaça e cortes nobres dos frangos de corte aos 42 dias de idade não apresentaram diferenças dos programas de alimentação (P>0,05). Por outro lado, os pesos da gordura abdominal foram influenciados (p≤0,05) pelos programas de alimentação (Tabela 3).
Os resultados de rendimento de carcaça e dos cortes nobres mostraram que os programas de restrição alimentar não afetam os componentes da carcaça de frangos. Os resultados deste trabalho parecem indicar que a restrição alimentar de curta duração melhora o desempenho dos frangos mais pela melhoria da eficiência alimentar e menos pelo ganho compensatório, o que é diferente das restrições alimentares de longo prazo o que por ser mais severas que tendem a estimular o ganho compensatório dos frangos (Teimouri et al., 2005; Zhan et al., 2007; Tesfaye et al., 2011; Jalal & Zakaria, 2012 e Bortoluzzi et al., 2013). Ocak & Sivri (2008) relataram que durante o período de realimentação os componentes da carcaça respondem mais rapidamente a realimentação do que o corpo inteiro.
O peso da gordura abdominal do grupo de frangos alimentados ad libitum foi maior (p≤0,05) em comparação com os frangos submetidos ao jejum de 2 h, independentemente, do turno que a suspenção da oferta de ração foi aplicada. Estes resultados concordam com aqueles de Cornejo et al. (2007), Yang et al. (2009), Jalal & Zakaria (2012) e Mirshamsollahi (2013). Este fato pode ser explicado pelo aumento de genes acetil-CoA carboxilase (ACC), ácido graxo sintase (FAZ), estearoil-CoA dessaturase-1 (SCD1) e proteína ligadora de ácidos graxos (FABP) nos fígados de frangos com alimentação ad libitum em comparação a restrição alimentar (Richards et al., 2003). Como o principal modo de regulação da lipogênese hepática pelo estado nutricional é ao nível da transcrição gênica (Hillgartner et al., 1995), isso poderia sinalizar uma maior taxa de lipogênese nas aves ad libitum neste momento (Richards et al., 2003).
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Por outro lado, Rosebrough et al. (1986) as atividades das enzimas lipogênicas ficam deprimidas durante o período de restrição alimentar e atingem o pico de atividade na primeira semana de realimentação, diminuindo gradualmente para níveis inferiores em relação as aves de oferta de ração ad libitum nas semanas subsequentes. Desta forma, os métodos da restrição alimentar tendem a melhorar a qualidade de carcaça com a redução da deposição de gordura (Zhan et al., 2007).
Peso dos órgãos comestíveis
Os pesos dos órgãos de frangos de corte aos 42 dias de idade não foram afetados (P>0,05) pelos programas de alimentação (Tabela 4). Resultados semelhantes foram colhidos por Novel et al. (2009) e Hassanien (2011), que não observaram diferenças significativas no peso do coração e fígado entre os grupos de frangos submetidos a restrição alimentar comparado aos frangos de alimentação ad libitum de ração. Ao contrário, Tesfaye et al. (2011) e Jalal & Zakaria (2012), observaram diferenças no peso do fígado entre aves com restrição alimentar e aves do tratamento ad libitum.
Van der Klein et al. (2017), avaliando o efeito da restrição alimentar durante a segunda (90, 80 e 70% do alimento ad libitum) e terceira (90, 85 e 80% do alimento ad libitum) semanas de idade em frangos do sexo misto também não verificaram diferença significativa dos tratamentos de restrição alimentar no musculo do peito, gordura abdominal, coração, pernas e fígado aos 35 dias de idade.
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Medidas físicas do osso do fêmur e tíbia de frangos
Não houve (P>0,05) efeito dos programas de alimentação nos parâmetros físicos do osso do fêmur e tíbia de frangos de corte aos 42 dias de idade (Tabela 5).
Estes resultados confirmam que os métodos de restrição alimentar não afetaram o crescimento e a mineralização normal do fêmur e tíbia dos frangos. Pelicano et al. (2005) não verificaram diferenças estatísticas no diâmetro e comprimento do fêmur em frangos no período final (29 a 42 dias) com a restrição energética e proteica. Contrariando este resultado, Van Wyhe et al. (2014) observaram o fêmur de perus sob restrição alimentar de 60% da proteína e da energia ficou mais compridos comparado ao grupo de perus que receberam alimentação ad libitum. Bruno et al. (2000) relataram que a restrição alimentar qualitativa reduziu o crescimento e a largura dos ossos longos dos frangos, sem afetar o seu peso.
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De forma geral, o método de restrição alimentar empregado no presente estudo, provam que o período do dia e o curto tempo de duração da restrição alimentar não provocam desnutrição nos frangos, considerando que a desnutrição afetaria o crescimento e a mineralização óssea. Segundo Bonjour (2005), a privação de alimento no período pós-natal pode comprometer permanentemente a estrutura esquelética. Entretanto, alguns autores relatam que a restrição alimentar (Even-Zohar et al., 2008) em período curto de jejum (Heinrichs et al., 1997; Farnum et al., 2003) em animais jovens ocasiona danos sobre a morfologia da placa epifisária e comprometem o crescimento ósseo longitudinal (Heinrichs et al., 1997; Farnum et al., 2003; Even-Zohar et al., 2008).
Medidas biomecânicas do osso do fêmur e tíbia de frangos
Os programas de alimentação não afetaram o índice Seedor do fêmur e resistência à quebra do fêmur e da tíbia (P>0,05). Por outro lado, o índice de Seedor da tíbia foram afetados (p≤0,05) pelos os programas de restrição alimentar em frangos de corte aos 42 dias de idade (Tabela 6).
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A restrição alimentar não afetou (P>0,05) a resistência à quebra dos ossos dos frangos. Discordando dos resultados de Bruno et al. (2000) que verificaram maior resistência óssea nos animais submetidos a restrição alimentar quantitativa em diferentes temperaturas.
Resultados de trabalhos com restrição alimentar com ratos mostraram que a restrição alimentar causou uma baixa resistência óssea e menor comprimento dos ossos curtos acompanhado do decréscimo na velocidade de formação óssea, aumento da reabsorção e diminuição do volume do tecido osso trabecular durante o crescimento rápido do esqueleto (Devlin et al., 2010).
O índice Seedor da tíbia de frangos alimentados com os programas de restrição alimentar por 4 h (manhã e tarde) e de 2 h à tarde foram maiores (P = 0,0269) em comparação com os frangos com alimentação ad libitum. Segundo Almeida Paz et al. (2009) a resistência à quebra do osso e o índice Seedor estão intimamente relacionados a qualidade e saúde do tecido ósseo. Por outro lado, os frangos submetidos a restrição alimentar de 2 h à manhã tiveram índice Seedor da tíbia semelhante aos frangos com alimentação ad libitum (P>0,05). Discordando com o presente estudo, Bruno et al. (2000) observaram índice, sendo mais baixo para frangos de corte em restrição alimentar.
Avaliação econômica dos programas alimentares
Os programas de restrição alimentar não influenciaram os resultados na análise econômica do percentual de mortalidade (P>0,05) em comparação com o tratamento ad libitum (Tabela 7).
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Apesar dos programas de restrição alimentar não afetarem o desempenho econômico do lote (P>0,05), ocorreu a tendência de maior eficiência produtiva (436,79 vs 430,66) para as aves que foram submetidos a restrição alimentar de 4 horas pela manhã e tarde comparado aos frangos que foram alimentadas ad libitum.
Os índices econômicos não foram influenciados pelos programas de alimentação. Ramos et al. (2011) também não observaram diferenças estatísticas nos índices econômicos de custo médio de arroçoamento, margem bruta média, rentabilidade média e índice relativo de rentabilidade de frangos de corte submetidas a restrição alimentar em relação ao ad libitum. Entretanto, Novel et al. (2009), Hassanien (2011) e Tesfaye et al. (2011) observaram vantagem econômica para o grupo de frangos tratados com restrição alimentar em comparação com o grupo de alimentação ad libitum.
Os programas de restrição alimentar não afetaram a mortalidade, concordando com os relatos de Demir et al. (2004), Oyedeji & Atteh (2005), Novel et al. (2009) e Butzen et al. (2013), mas, alguns pesquisadores conseguiram reduzir a mortalidade aplicando métodos de restrição alimentar para frangos de corte (Saleh et al., 2005; Teimouri et al., 2005; Özkan et al., 2010).
4. Conclusão
O programa restrição alimentar quantitativo de 4 horas (2 horas pela manhã e 2 horas à tarde) melhora o desempenho, qualidade óssea e econômica nos frangos de corte de 8 aos 42 dias de idade.
Esse artigo foi originalmente publicado emResearch, Society and Development, v. 10, n. 12, e04101219823, 2021
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 |DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i12.19823. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19823 Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

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