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Sadia, Nestlé, Kraft e Bertin investem e setor cresce

Publicado: 5 de março de 2009
Fonte : Diário do Comércio/SP - adaptada por Milkpoint
O crescimento da indústria alimentícia está garantido para 2009, mesmo com a crise que afetou grande parte das indústrias e que levou para baixo a demanda e previsões de expansão para o ano. Depois de projeções mais pessimistas, que levantaram a hipótese da mudança do consumo do brasileiro - que optaria por produtos mais baratos em sua cesta alimentícia -, fabricantes como a Nestlé, Sadia, Kraft Foods e Bertin, estão animados com o mercado. Para o ano, o setor aguarda crescimento entre 3% e 4%, segundo estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia).

O setor encerrou 2008 com crescimento de 4,2%, anotando recuo na continuidade do nível de crescimento a partir de setembro. No acumulado dos nove primeiros meses de 2008, a expansão registrada foi de 5,5%. "O setor teve uma desaceleração de 20% no período e a produção foi ajustada", afirmou o coordenador do departamento de economia da Abia, Denis Ribeiro. De acordo com o economista, um terço dos investimentos previstos deve ser suspenso. No final do segundo semestre de 2008, a associação previu aportes recordes em 2009 de R$ 22 bilhões.

Os fabricantes, por outro lado, confirmam a intenção de continuar investindo. A Nestlé, por meio de nota, informou que os aportes para 2009 estão mantidos. A companhia destacou que medidas que a empresa já toma há alguns anos têm ajudado no período de crise, como ações para "custos controlados, produção adequada e com rentabilidade".

O diretor de Mercado Interno da Sadia, Sérgio Fonseca, afirmou que as características do setor blindam o desempenho das fabricantes. "O setor de alimentos é sempre um dos últimos a serem afetados por uma crise financeira e o primeiro a se recuperar, por se tratar de um gênero de primeira necessidade. Além disso, nestas épocas o consumidor costuma escolher marcas nas quais confia, para não correr o risco de errar durante uma compra", afirmou o executivo. De olho no mercado, Fonseca adianta que novos lançamentos da companhia estão previstos para 2009.

Já a Bertin, empresa detentora de marcas como a Leco, Vigor, Danubio e Faixa Azul, está apostando nos lançamentos e espera, para o fechamento do ano, crescimento de cerca de 15%. "Nos primeiros meses do ano não sentimos nenhum reflexo e nem migração do consumidor para outros tipos de produtos", afirmou o diretor de Marketing da Bertin, Marcos Scaldelai. A empresa que possui produtos lácteos destinados a diferentes públicos, não sentiu nenhuma mudança no perfil do consumo. "O segmento de iogurtes sentiria reflexos mais diretos com a crise, mas isso não ocorreu. Estamos com vendas crescentes", afirmou Scaldelai.

Os impactos e diminuição da demanda também não chegaram na Kraft Foods, fabricante de biscoitos como o Club Social e Trakinas, entre outros produtos alimentícios. As novidades previstas pela empresa são uma aposta para o aumento das vendas da empresa para o ano. "O público busca variedade e o mercado brasileiro tem muito que crescer se comparado com os mercados mais desenvolvidos", afirmou a gerente de biscoitos da Kraft, Ana Ferrel.
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Diário do Comércio/SP - adaptada por Milkpoint
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