EUA e Brasil: evolução da produção de carne de frango

Comparando-se os dados trimestrais de produção de carne de frango de EUA e Brasil é possível constatar que enquanto a produção norte-americana registrou relativa estabilidade nos últimos 13 trimestres (isto é, de 2006 para cá), a produção brasileira manteve-se em crescimento quase contínuo, só interrompido de forma mais drástica em duas ocasiões, ambas por fatores externos.

Com um volume trimestral médio de 4,088 milhões de toneladas, a produção dos EUA apresentou, no período analisado, variações máximas de 4% e 5% respectivamente abaixo e acima da média. Já no Brasil, onde a média trimestral foi de 2,555 milhões de toneladas, as variações alcançaram, exatamente, 16%, tanto abaixo como acima da média Ou seja: para uma amplitude de variação de 9 pontos percentuais entre mínimas e máximas nos EUA, no Brasil a amplitude ficou em 32 pontos percentuais.

Mostrando a relação entre a produção brasileira e norte-americana, o segundo gráfico abaixo revela que, correspondendo a 60% da produção dos EUA no primeiro trimestre de 2006, a produção brasileira chegou a corresponder a quase 75% do total dos EUA no último trimestre do ano passado.

Recuou para 65% no primeiro trimestre de 2009 devido à crise econômica mundial. Mas não por problemas de consumo interno e, sim, pela queda nas exportações. Como já havia ocorrido em 2006.
Nestes dois casos observa-se que os recuos norte-americanos têm sido bem menos incisivos que os brasileiros. É que aquele país também depende bem menos das exportações.