Brasil - Maior participação no mercado mundial de carnes

Nas novas projeções do USDA – Departamento de Agricultura dos EUA para o corrente ano, o Brasil deve aumentar em 2,39% sua participação no mercado internacional de carnes, passando a responder por 28,15% das exportações globais das carnes bovina, suína e de aves. As exportações mundiais de carnes são estimadas em 18,062 milhões de toneladas, 5,67% a mais que o transacionado em 2004. Para o USDA, a Argentina é o país que, em 2005, deverá registrar a maior expansão nas exportações de carnes – 14,16% em relação ao ano passado – vindo a seguir o Brasil, com incremento de 8,19%. Em situação oposta, isto é, com decréscimo, está a China, cujas vendas externas podem sofrer retrocesso de quase 16% - o que, ressalte-se, não é nenhum demérito para os chineses, já que o crescimento da economia interna pode absorver grande parte do que seria exportado. As projeções do USDA não deixam dúvidas quanto à liderança brasileira no comércio internacional de carnes. E não só com a carne de frango – 40% das exportações mundiais do produto – mas também com a carne bovina – 26% do comércio previsto. Assim, apenas a carne suína deve continuar com participação mais restrita – mesmo assim significativa, já que o volume projetado corresponde a 14% das exportações mundiais. Frente a tais perspectivas, só há um fato a lamentar: o próprio governo brasileiro colocar essa posição em risco, com inexplicáveis (e até agora injustificados) cortes no orçamento da defesa sanitária animal.