A produção de carne de frango do Brasil deve registrar um crescimento de 1,8% em 2019, para quase 13,6 milhões de toneladas, segundo o mais novo relatório realizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. De acordo com as informações, o setor deve ser impulsionado principalmente por uma recuperação no consumo doméstico e, em menor medida, nas exportações.
“O crescimento econômico, estimado em 2,5 por cento em 2019, e uma taxa de inflação sob controle devem melhorar a renda do consumidor e causar uma recuperação na demanda doméstica de carne de frango em 2019. A estimativa também espera menor competição por carne bovina e suína. Além disso, os custos de alimentação deverão aumentar menos em 2019 do que no ano passado, o que viu o segundo maior custo de produção registrado”, disse o texto.
Nesse contexto, o milho e o farelo de soja representam cerca de 70% do custo da carne de frango e as projeções iniciais para a safra 2018/2019 exigiam uma grande safra de grãos e oleaginosas devido ao grande uso da biotecnologia e do crédito subsidiado. No entanto, uma grande seca durante a estação de crescimento dessas culturas reduziu o volume estimado de grãos e oleaginosas atualmente sendo colhidas.
“Em 2018, o custo de produção de carne de frango aumentou em quase 15%, o segundo maior aumento já registrado. O aumento no custo de produção deveu-se principalmente a um aumento de quase 12% nas despesas com nutrição, seguido pelo aumento no custo de pintos de um dia”, indica o relatório.
Além disso, as exportações devem aumentar, mas a um ritmo mais lento devido a restrições nos principais mercados importadores, como a Arábia Saudita e a União Europeia. Os custos de alimentação provavelmente permanecerão estáveis, apesar de uma pequena redução nas safras de milho e soja e a taxa de câmbio deverá ser menos volátil em 2019.