Introdução
Aliado ao desenvolvimento da produção animal, principalmente nos últimos anos, o bem-estar tem constituído tema de discussão e pesquisa. Além disso, as campanhas e a pressão de organizações não governamentais têm sensibilizado a opinião pública, especialmente em países desenvolvidos originando avanços legislativos importantes.
Atualmente o mercado exige das empresas frigoríficas o cumprimento de uma série de critérios, que norteiam desde o processo das matrizes, a incubação dos ovos, a criação nos aviários, o carregamento, o transporte até o frigorífico e o abate. Dentre esses critérios exigidos como Boas Práticas de Produção e como garantia que as aves sejam criadas com bem-estar animal, estão às questões direcionadas a hematomas, arranhões, lesões locomotoras, calos de pata, condições ambientais, densidade, entre outras.
O bem-estar é um dos assuntos mais discutidos atualmente na produção animal. É crescente a convicção dos consumidores de que os animais utilizados para produção de alimentos devem ser bem tratados (ALVES; SILVA; PIEDADE, 2007).
No Brasil, em 1993 foi criada uma entidade sem fins lucrativos, para promover o bem-estar e proteção de todos os animais, ARCA Brasil, que em 2009 se aliou à Humane Society International uma organização com sede em Washington, que luta contra práticas cruéis no setor de produção animal (MORAES, 2011). Esta união tem como objetivo contatar produtores de ovos e de carne, representantes de mercados varejistas e consumidores para implementação de padrões mais elevados de bem-estar.
A avicultura moderna, com grande número de aves por área e avanços nas áreas da genética, nutrição e manejo está suscetível a altos índices de problemas locomotores, em proporção maior que em algumas décadas passadas. Em alguns casos, a incidência de problemas locomotores pode ser elevada e associada com altas taxas de mortalidade (GOLIOMYTIS et al., 2003; HAVENSTEIN et al., 2003). Além disso, metodologias de avaliação da capacidade locomotora podem ser previstas utilizando métodos que avaliam a dor e o desconforto das aves (MCGEOWN et al., 1999; DANBURY et al., 2000).
Essas observações levam muitas pessoas a esperar que lotes comerciais de frangos de corte, frequentemente apresentem altos percentuais de aves com lesões locomotoras e a acreditar que as indústrias produzem animais com baixo nível de bem-estar. Porém, estão aumentando as evidências de que fatores ambientais podem ter uma influência considerável na incidência de problemas locomotores em frangos de corte e essas anormalidades podem ser mantidas a níveis baixos sob adequado manejo (DAWKINS et al., 2004; CUMMINGS et al., 2005).
Como preocupações sobre o bem-estar animal têm se tornando marketing para a conquista de consumidores pelas indústrias de alimentos, faz-se necessário o uso de métodos apropriados para medir a incidência de problemas locomotores em lotes comerciais de frangos de corte. A avaliação visual da capacidade locomotora (por exemplo, o Gait Score) oferece a vantagem de permitir a avaliação não-invasiva de um grande número de aves em um curto espaço de tempo. Uma metodologia precisa e acessível para mensurar lesões locomotoras em aviários comerciais é necessária para que se obtenha uma linguagem única sobre o nível de bem-estar das aves.
Além disso, os métodos devem permitir que os lotes de frangos sejam avaliados em um período de tempo razoável. A metodologia do Gait score foi desenvolvida para avaliar as condições locomotoras de matrizes e foram adaptadas para a avaliação de frangos de corte (KESTIN et al., 1992). Os métodos utilizados por esses autores definem seis categorias de anormalidade locomotoras em uma escala ordinal de severidade. As diferenças entre as categorias são sutis o suficiente para, talvez, tornar a metodologia mais difícil e mais lenta do que o necessário, para um ambiente de produção comercial.
Outros autores usaram menos categorias de pontuação para a capacidade locomotora, mas falham por não avaliar profundamente as lesões e talvez se tornarem métodos não confiáveis de auditoria de bem-estar animal (GARNER et al., 2002; DAWKINS et al., 2004).
Pesquisas apontam que independente de os animais serem criados com propósitos comerciais continuam sendo seres vivos e criaturas sensíveis e que com o objetivo de salvaguardar o bem-estar e evitar sofrimento, uma vasta gama de necessidades deve ser cumprida. Para ser útil em um contexto científico, o conceito de bem-estar dos animais tem de ser definido de tal forma que ele possa ser avaliado cientificamente. Isso também facilita a sua utilização na legislação e nos debates entre os criadores e os consumidores (SCAHAW, 2008).
Existem diversas formas de avaliar o bem-estar e os problemas locomotores em aves de corte. Entretanto essas metodologias podem ser consideradas subjetivas, pois não utilizam nenhum equipamento e, sim, planilhas que orientam o avicultor a observar o comportamento das aves ou medir com régua o tamanho das lesões (KESTIN et al., 1992; BILGILI et al., 1999; Mc WARD, TAYLOR, 2000). Isto quer dizer, que em alguns casos e dependendo do avaliador e de sua interpretação, um escore de injúrias será concluído. Estudos de Mendes et al. (2012a) comprovam essa dificuldade em definir um método preciso e que possa ser utilizado mundialmente com exatidão e sem desvios de resultados.
Problemas Locomotores
O melhoramento animal em aves de postura e de corte tem se baseado principalmente em dados de produtividade e de desempenho, sendo estas características relacionadas diretamente a incidência de problemas locomotores. Diante disso, doenças locomotoras em aves são um importante indicador econômico e de bem-estar animal nas cadeias avícolas (JULIAN, 2005).
Devido ao método de seleção das aves, surgiram diversos transtornos locomotores, como: a discondroplasia tibial (DT), osteoporose, raquitismo, espondilolistese, síndrome da perna torta, necrose da cabeça do fêmur, pododermatite, doença articular degenerativa, rotação da tíbia e a síndrome dos dedos tortos, além de agentes infecciosos que causam enfermidades, tais como: doença de Marek, micoplasmose, artrite viral e salmoneloses. Pode-se destacar ainda outras causas de distúrbios locomotores (LIMA et al., 2007):
a) Fatores nutricionais: os problemas nutricionais que influenciam o desenvolvimento ósseo são os desequilíbrios envolvendo o metabolismo de vitaminas, minerais e eletrólitos, além de outros nutrientes, tais como proteína e energia.
- Balanço eletrolítico: o balanço de ânions-cátions pode influenciar a ocorrência de DT, sendo os principais íons envolvidos o sódio, o potássio e o cloro.
- Micotoxinas: ingredientes contaminados com determinadas micotoxinas podem influenciar ou agravar problemas esqueléticos. A aveia contaminada com Fusarium roseum causa DT, bem como aflatoxinas e ocratoxinas causam diminuição da resistência óssea, o que pode estar relacionado ao metabolismo da vitamina D.
- Ingredientes da dieta: pesquisas mostraram o efeito benéfico de produtos como levedura de cerveja e grãos de destilaria sobre o desenvolvimento ósseo.
Diferentes fontes de soja têm marcado efeito na ocorrência de DT. Em um determinado experimento, foram testadas três amostras de soja de diferentes origens, sendo que duas delas causaram alta incidência enquanto que a outra causou uma diminuição na DT. Porém, quando a soja é submetida a um tratamento térmico, há uma marcada diminuição na ocorrência da DT, o que faz com que os pesquisadores considerem a existência de uma relação entre a ocorrência de DT e os conhecidos fatores antinutricionais da soja (LIMA, 2005).
b) Genética: É comprovado que a maioria dos problemas esqueléticos tem uma forma de transmissão vertical hereditária. Pesquisadores (RABELLO, 1996; BIZERAY et al., 2000) mostraram que é possível selecionar para um aumento na resistência do úmero em frangos de corte e que, em apenas três gerações, apresentou diferenças estatísticas.
c) Efeito do sexo: problemas de perna e defeitos esqueléticos são mais comuns em machos que em fêmeas, embora seja muito difícil determinar se esses transtornos são devidos ao sexo ou à maior taxa de crescimento apresentada pelos machos.
d) Peso corporal/Taxa de crescimento: Pesquisas (FEDDES et al., 2002; BORDIN et al., 2004; SCHMIDT et al., 2004) sugerem que o peso corporal por si só não afeta o desenvolvimento esquelético. No entanto, as altas taxas de crescimento têm uma estreita relação com o aparecimento de problemas locomotores. Isso pode ser comprovado através de práticas de restrição alimentar (menor taxa de crescimento), que conferem uma menor incidência de DT.
Existe grande diferença na habilidade locomotora de frangos de corte em função da genética (BIZERAY 2000; BOKKERS, KOENE, 2004), assim como a idade. Além disso, a alta densidade de alojamento e o ganho de peso estão altamente relacionados com a incidência de claudicação em frangos.
Segundo Cordeiro (2009) o enfretamento da liberdade fisiológica é umas das mais importantes dificuldades locomotoras nas aves. Este tipo de liberdade é uma das regras de bem-estar animal, em que a ave, por não conseguir se movimentar em direção ao comedouro e bebedouro, passa fome e sede e, consequentemente, perde peso e pode morrer.
De acordo com Weeks et al. (2000) aves com claudicação visitavam menos o comedouro que aves sadias, além disso aves com claudicação escolheram a posição deitada para comer, enquanto aves sadias escolheram comer em pé.
Ao avaliarem o efeito da idade e da densidade de alojamento sobre problemas locomotores em frangos de corte, Sorensen et al. (2000) encontraram que, até a quarta semana de idade, os problemas de pernas foram relativamente pequenos e com menor gait score. Entretanto, nas duas últimas semanas houve um aumento do gait score principalmente na sétima semana. Aliado a isso, a densidade afetou a capacidade de andar das aves, em todas as idades medidas, sendo que a maior densidade foi associada com a pior capacidade de andar e com o menor peso vivo. Além disso, em todas as idades os machos exibiram maiores problemas de patas que fêmeas, porém, as fêmeas foram mais sensíveis a superlotação que machos.
Assim como em frangos, os problemas sobre bem-estar na criação comercial de perus em densidades elevadas podem incluir a redução da atividade locomotora por causa do limitado espaço disponível. A falta de espaço causa amontoamento das aves, provocando lesões de patas (MARTRENCHAR et al., 1997). Com isso, as aves são obrigadas a permanecer por mais tempo em contato com a cama que, consequentemente, perderá sua qualidade devido à concentração de excretas naquele local, gerando com esse contato, danos ao peito e aos pés das aves (EKSTRAND; ALGERS, 1997).
Estudos mostram que o peso final de perus comerciais é inversamente proporcional à densidade, ou seja, quanto maior a densidade menor o peso final individual (MARTRENCHAR et al., 1999). Estes autores consideraram ainda que apesar do grande número de pesquisas quanto ao impacto da densidade sobre o bem-estar e sanidade dos lotes de frangos, poucos estudos foram feitos sobre estes impactos na produção de perus.
Para aumentar a polêmica sobre o assunto, Dawkins (2003) relata que o bem-estar das aves é mais afetado pelo ambiente do que pela densidade. Segundo esse autor, a pior qualidade da cama e maior concentração de amônia no ar estão correlacionadas com corticosteróide fecal (hormônio do estresse).
Mensuração de Bem-Estar em Aves
Buscando informações mais detalhadas sobre o desenvolvimento das dificuldades de locomoção, faz-se necessário o uso de métodos apropriados para medir a incidência de problemas locomotores em aves de postura ou frangos de corte. As técnicas adotadas devem possibilitar uma avaliação não invasiva de um grande número de aves em um curto espaço de tempo.
Existem muitas formas para avaliação de técnicas de problemas locomotores tanto em frangos de corte quanto em aves de postura e perus. Os exames histopatológicos são os mais empregados no ramo da pesquisa, para detecção de padrões de comportamento do tecido ósseo (LIMA, 2007).
A provável causa de alguns transtornos pode ser determinada a partir da aparência e comportamento das aves. Por exemplo, frangos de corte com espondilolistese apresentam postura anormal, sentam-se em seus jarretes e fazem rastejando movimentos para trás, usando as pontas das asas para manter o equilíbrio (SULLIVAN, 1994). Aves com lesões na extremidade da cabeça do fêmur tipicamente utilizam uma ou ambas as asas para apoio durante a locomoção e vocalizam alto quando a pressão é aplicada na área afetada.
Deformidades angulares que resultam em curvaturas ou torção de pernas graves também podem ser diagnosticadas em aves vivas. Na maioria dos casos, no entanto (incluindo os casos de espondilolistese), os diagnósticos precisam ser feitos ou confirmados pelo exame histológico post-mortem. Por exemplo, lesões da cabeça do fêmur não são visíveis macroscopicamente na maioria das aves com claudicação (MCNAMEE; SMYTH, 2000) e, assim, para um diagnóstico preciso, requer-se um exame histológico.
Problemas de pernas podem ser avaliados de forma não invasiva através da radiografia. Um lixiscópio, que é um dispositivo de imagem portátil (semelhante a um fluoroscópio) permite a manipulação dos membros de aves vivas para avaliar a patologia das pernas, podendo ser usado para produzir uma imagem em tempo real. Embora os problemas tais como a necrose, fraturas e artrite séptica poderem ser vistos através deste método, ele é mais utilizado para avaliar lesões de discondroplasia tibial (DT).
Já a análise de imagens em tempo real é onerosa e as imagens devem ser interpretadas apenas por indivíduos altamente treinados e experientes, de modo que este técnica torna-se limitada a ser amplamente utilizada para a avaliação de problemas locomotores, comportamento e bem-estar.
Algumas das metodologias desenvolvidas e utilizadas nas avaliações de bem-estar são: Gait Score, Latency to lie, radiografia, discondroplasia tibial (DT), degeneração femoral (DF), assimetria flutuante, vocalização e medidas da pressão plantar dos pés das aves.
Atualmente estão sendo desenvolvidas pesquisas sobre novas técnicas de avaliação de problemas locomotores como é o caso da fotogrametria computadorizada (MENDES et al., 2012a) e de um medidor/equipamento de bem-estar locomotor (em fase de patenteamento por MENDES AS e colaboradores), conforme informações a seguir.
- Gait Score
De acordo com Kestin et al. (1992) e adaptado por Garner et al. (2002), determinado grupo de aves quando soltos caminham livremente ou somente quando impulsionados, seguindo os seguintes escores: 0 – aves que caminham normalmente; 1 – aves com um leve dano no caminhar e; 2 – aves completamente mancas que mal conseguem andar.
Segundo Bernardi (2011) a medida de Gait Score foi amplamente adotada por importadores, principalmente europeus, na avaliação do bem-estar de frangos de corte, tornando-se uma barreira não-tarifária para a importação de carne de frangos do Brasil. Determinados mercados importadores estabeleceram que, na avaliação do Gait Score, os lotes que apresentarem 30% ou mais de aves com nota igual ou maior que 1, não estão aptos para importação.
Entretanto, pesquisadores apontam que a medida de Gait Score é um tanto imprecisa e demonstra poucas correlações com os problemas de sistema locomotor em aves. Alguns autores (WEEKS et al., 2000; GARNER et al., 2002; MENDES et al., 2012b) também relatam que o gait score é uma metodologia empírica e, portanto, imprecisa. A maneira como as aves caminham, nem sempre é afetada pela incidência de alguns problemas como degeneração femoral ou discondroplasia tibial, sendo que o Gait Score pode ser o mesmo para aves com ou sem estas lesões (BERNARDI, 2011).
- Latency to lie
Outro método aplicado para avaliações locomotoras chama-se Latency to Lie (retardo em deitar), desenvolvido por Weeks et al. (2002). Para este teste, os frangos são colocados em uma baia/Box impermeável, em grupos, e depois de um período de aclimatação de 15 min, o box é inundado com uma rasa camada (30 mm) de água morna. As aves preferem não se sentar na água, assim inundando o box motiva-se as aves a permanecerem em pé, mesmo que apresentem lesões locomotoras. Logo, registra-se o tempo necessário para cada ave deitar-se. A latência em deitar foi relatada como altamente e inversamente relacionada com o Gait Score (WEEKS et al, 2002; BERG; SANOTRA, 2003) e pode ser medida de forma mais objetiva.
No entanto, esse método original de LTL é mais demorado do que o Gait Score e para uso comercial, significa que um box especial deve ser planejado no interior do aviário. Berg; Sanotra (2003) modificaram o teste para torná-lo mais fácil de ser utilizado em realidades comerciais. Para o teste, as aves eram colocadas individualmente em recipientes cheios de água (Figura 1). Neste caso, não há a necessidade de um box especial e de período de aclimatação. Testando-se as aves individualmente garante-se que não haverá influência comportamental entre elas.
Figura 1: Metodologia Latency to lie, onde as aves são colocadas individualmente em um recipiente com água (em altura que cubra os pés) e realiza-se a contagem do tempo em que elas levam para deitar.
- Radiografia, Discondroplasia Tibial e Degeneração Femoral
Atualmente são realizadas avaliações da estrutura e do arranjo celular das regiões afetadas por Discondroplasia Tibial e Degeneração Femoral, com o objetivo de verificar os possíveis problemas locomotores em aves tanto de corte como de postura (ALMEIDA PAZ, 2008).
No caso da discondroplasia tibial, os escores de lesão são baseados no espessamento da placa de crescimento da tíbia das aves. Segundo Almeida Paz (2008), os escores atribuídos a estas lesões podem ser: 0 – representa placa de crescimento normal, sendo estas, com as três regiões bem distintas; 1 – indica uma placa de crescimento com uma banda larga e distinta de condrócitos pré-hipertróficos; 2 – placas de crescimento com mudanças degenerativas das células.
A discondroplasia tibial é considerada uma doença que afeta as aves que possuem acelerado crescimento corporal. Esta doença é caracterizada pela presença de uma massa de cartilagem não mineralizada que se estende distalmente a partir da placa de crescimento da metáfise da extremidade proximal da tíbia (MENDONÇA Jr., 1990). Eventualmente o crescimento dessa massa se estende para as extremidades distal da tíbia, na extremidade proximal do tarso-metatarso e extremidades proximais do fêmur e do úmero, o que resulta na deformação óssea e claudicação (GONZALES; MACARI, 2000).
No caso da degeneração femoral, os escores atribuídos, foram baseados nas seguintes alterações celulares: 0 – a cartilagem articular, zona proliferativa, zona de calcificação apresentam-se estruturadas e de forma distintas; 1 – a cartilagem da articulação apresenta-se com desgaste c com alterações nas zonas proliferativas e de calcificação, com núcleos picnóticos e contornos alterados; 2 – não há presença da cartilagem articular, no entanto, há um desarranjo das células ósseas (ALMEIDA PAZ, 2008).
Para a avaliação da espessura da lesão de discondroplasia tibial e degeneração femoral, podem ser utilizadas imagens radiográficas e foco de luz (Figura 2), não necessitando de scanners das imagens obtidas ou softwares específicos, como era utilizado anteriormente por outros pesquisadores (ALMEIDA PAZ et al., 2005), reduzindo assim o custo e tempo necessária para a avaliação (PELICIA et al., 2012). Logo, o exame radiográfico é uma técnica não invasiva e de rápida interpretação.
Figura 2: Imagem radiográfica de um osso normal (pontuação zero) (PELICIA et al., 2012).
Á campo, demais avaliações são realizadas com o intuito de observar a integridade óssea das aves, sendo estas de fácil aplicação, não necessitando o uso de equipamentos, já que estas são realizadas a olho nú. No entanto, para este tipo de avaliação se faz necessário o sacrifício das aves.
Como nos demais exames locomotores são atribuídos escores para as avaliações, no caso da discondroplasia tibial, o exame é baseado no acúmulo e no espessamento da cartilagem na região da placa de crescimento da epífise. Nesse caso, forma-se uma massa de cartilagem não vascularizada e desmineralizada, estendendo-se distalmente da placa de crescimento da epífise proximal da tíbia e, eventualmente, na porção proximal do tarsometatarso, distal da tíbia, proximal do fêmur e úmero, chegando a resultar em deformidades e dificuldades locomotoras (MENDONÇA Jr, 1990).
Segundo Almeida Paz (2008), os escores atribuídos para esta avaliação macroscópica são: 0 – osso normal, onde a epífise não apresenta espessamento da placa de crescimento; 1 – indica uma lesão onde a placa de crescimento apresenta espessamento variando de 1 a 3 mm; 2 – lesão com espessamento de placa de crescimento maior do que 6 mm (Figura 3).
Figura 3: Escores macroscópicos de lesão por discondroplasia tibial em frangos de corte. A: escore 0; B: escore 1; C: escore 3 (ALMEIDA PAZ, 2008).
Para as avaliações macroscópicas de degeneração femoral, segundo Almeida Paz (2008), podem-se também ser atribuídos escores para as lesões encontradas na cabeça do fêmur, sendo elas: 1 – peça sem lesão; 2 – peça com lesão inicial, onde a cartilagem articular não está presente, revestindo o osso; 3 – peça com lesão grave, onde não existe mais contornos evidentes da cabeça do fêmur (Figura 4).
Figura 4: Exame macroscópico da cabeça do fêmur (ALMEIDA PAZ, 2008).
- Medidas de força da Pressão Plantar
Com o avanço da tecnologia e da computação, novas ferramentas estão sendo desenvolvidas com o intuito de medir a incidência de problemas locomotores, por meio, de métodos e avaliações não invasivas e mais precisas, como é o caso das medidas de força da pressão plantar das aves.
Nääs et al. (2010a) mediram as deficiências locomotoras em frangos de corte por meio da análise do ponto máximo de força plantar vertical em ambos os pés, durante a caminhada. O sistema de mensuração consistiu de um tapete com sensores eletrônicos e um programa computacional que permitiu o registro de forças em tempo real e o processamento e a análise dos dados. Foram tomadas imagens de vídeo a partir de duas câmeras digitais para atribuir o gait score (Figura 5).
Figura 5: Câmara com tapete de medição de pressão plantar em frangos de corte (NÄÄS et al., 2010a).
Segundo os autores, o gait score aumentou com o peso e a idade das aves. Foi encontrada assimetria nos picos de força de cada pata, independente da idade ou gait score. A deficiência locomotora foi mais intensa em aves mais velhas.
- Fotogrametria Computadorizada
A fim de avaliar o posicionamento correto dos segmentos corporais, diversos métodos têm sido empregados, principalmente na área de fisioterapia e na área da medicina humana, tais como a análise visual, radiografias, câmeras de vídeo (VAN MAANEN et al., 1996). Com o avanço de inovações e tecnologias na área da medicina humana, mais especificamente pelos profissionais da área de fisioterapia, surge uma alternativa para se fazer avaliação da postura em humanos, a chamada fotogrametria computadorizada (IUNES et al., 2005).
Devido a essas novas técnicas de avaliação postural muitos fisioterapeutas e outros profissionais da área da medicina humana, vem se dedicando cada vez mais ao estudo da cinemática, a qual compreende a análise angular do movimento e da postura corporal através da imagem (RECIERI, 2000). As imagens (fotogramas), quando consideradas isoladamente, podem ser analisadas por meio de uma nova técnica que se convencionou denominar de fotogrametria (DOHNERT et al., 2008).
A fotogrametria computadorizada é a combinação da fotografia digital com softwares como o Corel Draw (MATTOS et al., 2003), entre outros softwares especificamente desenvolvidos para a avaliação postural que permitem a mensuração de ângulos e distâncias horizontais e verticais tanto na área humana quanto para área animal e com finalidades diversas.
Mendes et al. (2012a) ao avaliarem o uso da metodologia de fotogrametria em aves (Figura 6), encontraram correlação significativa com outras metodologias de mensuração de problemas locomotores existentes na literatura. Diante disso, os autores afirmam que a fotogrametria pode ser utilizada como uma nova metodologia de mensuração de bem-estar em frangos de corte.
Figura 6: Ângulos formados pela intersecção da reta que une o maléolo medial (extremidade distal da tíbia) e o bordo interno do pé (base do pé da ave) nas pernas direita (RM) e esquerda (LM); e angulação do fêmur, formada pala intersecção da reta que une a tíbia e a reta que prolonga o osso do fêmur, nas pernas direita (RF) e esquerda (LF).
- Vocalização
O estudo das vocalizações como um indicador de bem-estar de frangos de corte tem recebido menos atenção que as respostas comportamentais. Mais recentemente, os avanços na tecnologia de análise de som digital tornaram possível desvendar a estrutura acústica do repertório vocal do frango e estudar a relação entre o estado fisiológico e comportamento vocal. Com modernas ferramentas de análise de som auxiliadas pela programação de computadores, tais como o SINAL (Engineering Design, www.engdes. com) ou AVISOFT-SASLAB (Avisoft Bioacoustics, www.avisoft.de), as vocalizações podem ser quantificadas por meio, por exemplo, da intensidade da chamada (volume), do intervalo (frequência do som), do número de chamadas, da duração das chamadas e do número de notas por chamada.
As vocalizações podem ser visualizadas como um 'sonograma', um gráfico em que a frequência do som, a intensidade e a estrutura temporal são integradas (Figura 7) e a análise espectral pode ser usada para classificar os padrões de chamadas específicos. Uma chamada de ave é chamada de "gakel", que normalmente consiste de um choramingar, nota alongada, seguida por um número variável de notas curtas (ZIMMERMAN et al., 2000b). Nas galinhas poedeiras, tem sido demonstrado que as chamadas são sinal de frustração: privação de alimento e água (ZIMMERMAN et al., 2000a) e o número de chamadas está correlacionado positivamente com a o grau de fome (ZIMMERMAN et al., 2000b).
Resultados semelhantes foram obtidos com frangos de corte, em que o número de vocalizações aumentou com a privação de alimento (KOENE et al., 1999), o que significa que as vocalizações são indicadores potenciais de bemestar para frangos de corte.
Figura 7: Visualização de uma chamada (gakel).
- Imagens Termográficas
Avanços na visão computacional têm contribuído para a classificação automática de padrões de comportamento. No entanto, alguns estados de comportamento não podem ser distinguidos visualmente. Sabe-se que os animais expostos a agentes estressores demonstram várias respostas fisiológicas, incluindo mudanças na temperatura corporal. Monitorando a a temperatura corporal de um animal pode-se obter informação adicional sobre seu estado. A termografia infravermelha oferece uma alternativa não invasiva em comparação com os métodos de medição de temperatura existentes (por exemplo, transmissores implantados).
A câmera termográfica converte a radiação térmica emitida pelo corpo em uma imagem de vídeo (Figura 8). Essas câmeras têm evoluído significativamente nos últimos anos. Modelos anteriores necessitavam de arrefecimento com nitrogênio líquido, o que era muito complicado e limitava severamente o posicionamento e manuseio do aparelho (não poderia ser apontado para baixo). Câmeras termográficas modernas não são mais refrigeradas, podendo ser calibradas em graus celsius (com precisão para 0,1 °C) e produzem um sinal de vídeo padrão, o que permite o processamento de imagem computadorizada. Isso é necessário para extrair os valores de temperatura relativos aos objetos de interesse, ou seja, todo o corpo do animal ou uma parte específica do corpo.
Essa técnica tem sido utilizada com sucesso em pesquisa com equinos (MOURA et al., 2011), ratos (HOUX et al., 2000), aves (NÄÄS et al., 2010b; NASCIMENTO et al., 2011) e suínos (RIBEIRO et al., 2009).
Figura 8: Imagem termográfica de uma ave com área da coleta das temperaturas superficiais de penas (CP) e de pele (SP). Fonte: Nascimento et al., (2011).
O preço das câmaras continua sendo um problema. Embora as câmeras termográficas tenham reduzido seus preços de R$ 80.000,00 para R$ 20.000,00 (no caso de modelos mais simples), este preço ainda é proibitivo para a maioria das aplicações sem caráter de pesquisa. No entanto, a relação custo-benefício do uso deste equipamento pode justificar sua aplicação dentro dos próximos anos.
- Medidor de Bem-estar em Aves
Recentemente, uma nova metodologia / tecnologia está sendo validada e finalizada com o intuito de registrar o estímulo limiar e a presença de dor em aves, chamado "AveComfort - Medidor de bem-estar" (Figura 9). O desenvolvimento dessa nova tecnologia está sendo foco das pesquisas do grupo LINAV (Laboratório de Inovações Avícolas; www.linav.com.br) coordenado pela Profª. Dra. Angélica Signor Mendes, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR - Câmpus Dois Vizinhos). Esse projeto, que encontra-se em fase de patenteamento, possui apoio do CNPq e da empresa privada Inobram – Automações.
Figura 9: Protótipo do medidor de bem-estar locomotor em aves (em fase de patenteamento: MENDES AS e colaboradores). Apoio: CNPq e InobramAutomações.
O medidor de bem-estar promete mensurar a pressão / força exercida na região do coxim plantar das aves até que ela produza uma resistência, ou seja, o estímulo limiar. Esse ponto é registrado no equipamento e tabelas de conversão inseridas na programação do mesmo, transformam a força que a ave suporta (kgf/cm²) em um escore (0, 1,...5), um nível de bem-estar animal. Logo, quanto mais forte a pressão exercida e suportada, menor será o escore, isto é, menor a sensibilidade à dor.
O equipamento pretende oferecer uma maneira objetiva, precisa, portátil, de fácil manuseio, de custo baixo e de forma não invasiva para todos que atuam no setor de aves: pesquisadores, acadêmicos, empresários, extensionistas, produtores, etc.
Considerações Finais
Independente da técnica utilizada na mensuração de bem-estar em aves e devido aos avanços na área da avicultura, exigem-se metodologias práticas, rápidas e que sirvam como padrão e linguagem única entre países auditados sobre as normas e legislação de produção de frangos de corte.
Além disso, a crescente conscientização humana quanto aos direitos dos animais, torna esse assunto relevante e prioritário para um país que ocupa mundialmente o terceiro lugar em produção e o primeiro lugar nas exportações de carne de frango.
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