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Mananoligossacarídeos alimentação frangos de corte.

Uso de mananoligossacarídeos na alimentação de frangos de corte

Publicado: 23 de maio de 2012
Por: Jose Sidney Flemming; Freitas J.R.S. Fontoura,P; Maiorca, A; Montanhini Neto, R.; Arruda, J.S.Flemming,D.F.
Sumário

Resumo

Em um estudo com 2400 frangos de corte foram avaliadas dietas com a inclusão de mananoligossacarídeos (MOS), parede celular (PC) e promotor de crescimento (olaquindox) comparativamente a uma dieta controle. A base de todas as dietas foi uma mistura milho e soja. Foi utilizado um desenho experimental completamente casualizado e os dados obtidos avaliados pelo teste de Tukey ao nível de 5% com as aves abatidas aos 42 dias. Os parametros medidos foram ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar e mortalidade. Concluiu-se que o uso de mananoligossacarídeos (MOS) apresentou resultados significativamente superiores as dietas contendo parede celular (PC) e a controle não diferindo contudo do uso de promotores de crescimento.

Palavras chaves: prebioticos para aves, oligossacarideos, promotor de crescimento

Introdução
Os prebióticos são produtos contendo carboidratos que tem como constituinte básico a manose e podem ser usados para reduzir a colonização por bactérias enteropatogênicas. São representados principalmente por mananoligossacarideos (MOS) e frutoligossacarídeos (FOS) resultantes de parede celular de leveduras do tipo Saccharomyces cerevisae ; atuam mantendo ou restabelecendo as condições de eubiose no tubo digestivo e consequentemente a flora microbiana normal e o equilíbrio no trato gastrointestinal (SANTIN, et al 2001).
Estes oligossacarídeos são mais frequentemente representados pelos mananoligossacarídeos (MOS) e tem a capacidade de ligarem-se à fímbria de bactérias patogênicas, favorecendo a competição exclusiva realizada pelos probióticos bem como o povoamento da mucosa intestinal por microorganismos considerados eutróficos. Os prébioticos do tipo mananoligossacarideos (MOS) podem ser utilizadas como nutrientes pelas bactérias e alguns autores atribuem aumentos na retenção de minerais e uma melhor mineralização dos ossos quando suplementados a dietas de aves (BRADLEY e SAVAGE, 1994). À medida que as bactérias eutróficas e mananoligossacarídeos (MOS) são administradas a condição de equilibrio se torna permanente impossibilitando o estabelecimento de Salmonella, E.Coli, Clostridium ,entre outros, aumentando o número de bactérias benéficas produtoras de ácido lático, mantendo a situação de eubiose (OYOFO et al, 1999).
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho zootécnico de frangos de corte da data do nascimento aos 42 dias de idade, submetidos a uma dieta testemunha sem aditivos, comparada a dietas contendo diferentes oligossacarideos comparativamente a um controle negativo e um promotor de crescimento ( controle positivo).
 
Material e Métodos
O experimento foi realizado na granja experimental da Cooperativa Agricola Consolata Ltda. (COPACOL), localizada no municipio de Cafelândia –Pr nos meses de setembro e outubro de 2003. Baseou-se num delineamento em blocos ao acaso , com quatro tratamentos e seis repetições , sendo: (T1) ração controle, sem promotor de crescimento; (T2) ração utilizando antibiótico (olaquindox) , como promotor de crescimento; (T3) ração utilizando MOS , através do produto comercial BIO-MOS® e (T4) ração utilizando parede celular através do produto comercial PRONADY® . Foram utilizados 2400 frangos da linhagem comercial ROSS, de ambos os sexos , divididos igualmente em 24 boxes. As aves foram abatidas com 42 dias de idade.
A análise estatística dos resultados zootécnicos dos animais (pesos, ganho de peso diário, consumo de ração, conversão alimentar e mortalidade), obtidos ao longo do experimento por pesagens quinzenais, foram processadas pelo programa STATISTICA (versão 5.5), sendo as médias dos tratamentos, para as diferentes variáveis, comparadas através do teste de Tukey (HSD), com 95% de confiabilidade (P<0,05).
 
Resultados e Discussão
Os resultados de desempenho zootécnico dos animais dos animais , nas diferentes fases de ciclo de vida (criação) , bem como os dados de consumo de ração, conversão alimentar, ganho diário de peso estão demonstrados na tabela 1
Tabela 1. Resultados zootécnicos, em gramas, dos tratamentos nas diferentes fases de criação.
Uso de mananoligossacarídeos na alimentação de frangos de corte - Image 1
Os resultados de ganho de peso diário nas diferentes fases de criação estudadas demonstram que o Pronady® apresentou os piores resultados diferindo significativamente dos demais , resultados estes que se mantem para a conversão alimentar. O Bio-Mos ® entretanto, juntamente com o promotor de crescimento ( antibiótico ) apresentaram resultados significativamente melhores do que o Pronady®.
GIBSON e ROBERFROID (1995), avaliando a utilização de carboidratos não digestíveis como parede celular de plantas e leveduras, classificados como complexos de MOS ( glicomananoproteínas e em particular os mananoligossacarídeos ), constaram que carboidratos são capazes de ligarem-se à fímbria das bactérias e inibir a colonização do trato gastroinitestinal por microorganismos patógenos. Estes resultados são similares àqueles apresentados pelo uso de promotores de crescimento que também diminuem a colonização por patogenos melhorando o desempenho das aves ( MILES et al , 1989).
Os dados dos parametros zootécnicos ( ganho de peso diário, consumo de ração conversão alimentar e mortalidade ) dos tratamentos no período total do experimento, estão demonstrados na tabela 2.
Tabela 2. Resultados zootécnicos dos tratamentos no período total de experimento.
Uso de mananoligossacarídeos na alimentação de frangos de corte - Image 2
No período total do experimento (42 dias) , não foram encontradas diferenças significativas na conversão alimentar e na mortalidade. Dados de ganho de peso diário (GPD) demonstram que houve diferenças significativas para o promotor e o Bio-Mos® que apresentaram melhores resultados quando comparados ao controle e ao Pronady®. Esta situação se manteve com relação ao consumo de ração, com o Pronady®, sendo inferior aos demais e destacando-se como melhor o tratamento com promotor de crescimento . Os melhores resultados encontrados para o Bio- Mos® apesar de não se repetirem com o Pronady® possivelmente devem-se ao aumento da integridade da mucosa com redução do estresse melhorando a resposta das aves aos nutrientes da dieta pela presença de mananoligassacarideos ( CRUMPLEN et al, 1989 ; BRADLEY e SAVAGE, 1994).
O uso do promotor de crescimento demonstra melhores resultados para o GPD e CR por eliminarem os microorganismos indesejáveis que atuam no trato gastrointestinal diminuindo a absorção de nutrientes aumentando a taxa de passagem do digesta , interferindo na velocidade de renovação das celulas e espessura da mucosa intestinal (VISEK,1978; MILES et al, 1989).
Na tabela 3 estão demonstrados a evolução dos pesos médios em gramas dos diferentes tratamentos durante todo o tempo de realização do experimento.
Tabela 3. Evolução dos pesos médios, em gramas, dos tratamentos ao longo do experimento.
Uso de mananoligossacarídeos na alimentação de frangos de corte - Image 3
Não foram observadas diferenças significativas entre os resultados zootécnicos de aves alimentadas com dietas contendo MOS ou antibiótico. Comparando-se o BIO- MOS® com o Pronady®, registrou-se que o primeiro produto apresentou melhores resultados. Os piores resultados foram aqueles do controle que não apresentava nehum produto adicionado.
As condições de favorecimento da instalação de microorganismos desejáveis e sua proliferação por oligossacarídeos são descritos por GIBSON e ROBERFROID (1995) em amplo trabalho com parede celular de plantas e leveduras contendo altas concentrações de mananoligossacarideos.
Baseado nas observações efetuadas neste experimento podemos especular que as condições de favorecimento da instalação de microorganismos desejáveis e a sua proliferação utilizando carboidratos não digestíveis como complexos de glicomanaoproteínas; associado ao fato dos mananoligossacarídeos apresentarem a capacidade de ligarem-se a fímbria das bactérias e inibir a colonização do trato gastro intestinal por patógenos, propiciando uma melhor saúde intestinal , aumentando a area de absorção e consequentemente melhorando o desenpenho das aves.
 
Conclusão
Considerando-se as condições em que foi realizado o experimento podemos afirmar que:
  1. O uso de mananoligossacarideos ( Bio- Mos ® ) apresentou resultados significativamente superiores ao controle e a utilização de parede celular (Pronady® ) utilizados no experimento.
  2. O uso de promotor de crescimento (antibiótico) , não diferiu do tratamento com mananoligossacarideo, mas foi superior ao tratamento utilizando parede celular.
  3. O uso de parede celular foi que apresentou os piores resultados.
 
Referências
BRADLEY, G.T, SAVAGE,T.F. ; Enhance utilization of dietary calcium , phosphorus, nitrogen and metabolizable energy in poults feed diet containing a yeast culture. 1994 . Poultry Sci. 73: 124
CRUMPLEN,R. ; D´ AMORE, T.;PANCHAL, C.J.; STWART, C.G. Industrial uses of yeast: Present and future. 1989. Yeast ( special issue) 5: 3-9.
GIBSON, G.R, ROBERFROID, M.B.; Dietary modulation of the human colonic microbiota: introducing the concept of probiotics.1995. J. Nutr. 125: 1401-1412.
MILES,R.D.; JANKY, D.M.; WOODWARD, S.A; HARMS, R.H.; BUTCHER, G.HENRY, P.R Antibiotic effects on broiler performance. Intestinal tract strength and morfology. 1989. University of Florida. Departament of Animal Science.
OYOFO,B.A.; DELOACH,J.R.; CORRIER,D.E.; NORMAN.J.O.; ZIPRIN,R.L.; MOLLENHAUER,H.H. Prevention of Salmonella Thifphimurium colonization of broilers with D-mannose. 1989. Poult.Sci. 68 ; 1357-1360.
SANTIN,E.; MAIORCA, A.; MACARI, M. 2001. Performance and intestinal mucosa development of broiler chickens fed diets containing Sacharomyces cerevisae cell vall.2001. J. Apl.Poult.Res. 10:236-244.
VISEK,W.J. The mode of growth promotion by antibiotics. 1978. J. Animal Sci. 46:1447.
UNESP/FCAV. ESTAT – Sistemas para análises estatísticas. www.fcav.unesp.br. Acesso em 20/02/2002.
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Autores:
Jose Sidney Flemming
Universidade Católica do Paraná
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Jose Sidney Flemming
Universidade Católica do Paraná
28 de mayo de 2012

Cara Andrea,

A fim de dirimir possíveis dúvidas e questionamentos, é que a pergunta foi respondida. Como está claro no texto, a parede celular da levedura Sacharomyces cerevisae possui uma mistura de polissacarídeos, principalmente mananos e glucanos. A figura abaixo é uma representação gráfica da composição da parede celular deixando bem claro a participação de cada um dos componentes,

Flemming.

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Andréa Machado Leal Ribeiro
Universidad Federal Do Rio Grande do Sul UFRGS
24 de mayo de 2012

Caro Prof. Flemming,

não entendo que a pergunta do Ronnie Dari tenha sido respondida. O que é a Parede celular usada no experimento? No ue ela se diferencia do MOS?

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Jose Sidney Flemming
Universidade Católica do Paraná
24 de mayo de 2012

Caro Ronnie,
De fato a parede celular de leveduras mortas contêm importantes quantidades de polissacarídeos e proteínas (BLONDEAU (2001) capazes de atuar positivamente no sistema imunológico e na absorção de nutrientes. STRATFORD, (1994) refere que a parede celular da levedura Saccharomyces cerevisae possui 80% a 85% de polissacarídeos, principalmente glucanos e mananos. FRITTS e WALDROUP (2003) citam que a parede celular das leveduras é normalmente constituída por  mananoligossacarídeos e o uso destes compostos têm sido relatados como a razão da melhora na conversão alimentar em aves.
BALLOU (1977) cita que a grande parte dos prebióticos oligossacarídeos são obtidos por polimerização direta de oligossacarídeos da parede celular de leveduras ou originados a partir da levedura Saccharomyces cerevisae quando fermentados de uma mistura complexa de açucares. NEWMAN (1994) refere estudos de metilação que indicam que a manose é ligada por ligações alfa 1-6, 1-2 e 1-3, e representada principalmente por mananoligossacarídeos derivados de parede celular de leveduras.
Informações do fabricante “O MOS utilizado foi originado a partir de leveduras S. cerevisae quando fermentados de uma mistura complexa de açúcares. A manose é ligada através de ligações alfa 1-6, 1-2, e 1-3. A real estrutura é específica às espécies com a espinha principal 1-6 e as cadeias laterais de um a quatro resíduos unidos por elas 1-2 e 1-3. Estes grupos fosfatados podem realizar a adsorção de determinadas bactérias as quais possuem sítios de recepção. Este carboidrato único é extremamente estável e não é afetado por situações ácidas ou alcalinas “
Literatura referida:
BALLOU, C. E. A study of the immunochemistry of three yeast mannans. J. Biol. Chem. Illinois, n. 245, p. 1197-1203, 1977.
BLONDEAU, K. La paroi des levures: Structure et fonctions, potentiels thèrapeutiques et technologiques. Universitè Paris Sud. Paris. 18p. 2001.
FRITTS, C. A.;. WALDROUP P .A. Avaluation of Bio-Mos mannan oligosaccharides as a replacement for growth promoting antibiotics in diet for turkeys. Int. J. Poult. Sci. Phildelphia, n.2, p. 19-22, 2003.
NEWMAN, K. Mannanologosaccharides : Natural polynmers whith significant impact on the gastrointestinal microflora and the immune system. In : BIOTECNOLOGY IN THE FEED INDUSTRY. Proceedings of 10TH Annual Symposium, 1994. Nottingham University Press. London , 1994, p. 155-166.
STRATFORD, M. Another brick in the wall. Recent developments concerning the yeast cell enveloppe. Yeast, London, n.10, p. 1741-1752, 1994.

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Jose Orlando Gontijo Tavares
20 de noviembre de 2012

Uso de mananoligossacarídeos na alimentação de frangos de corte é o caminho sem volta para o sucesso da avicultura comercial.

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Ricardo Barbalho
ICC
17 de octubre de 2012

Olá a todos os colegas !

Parabenizo o prof. Flemming pelo trabalho e todos os demais colegas pelas colocações e gostaria de deixar aqui nosso posicionamento e esclarecimentos mais detalhados para o leitor da Engormix que não trabalha em empresas que produzam e/ou comercializem estes produtos e por isso não devem estar familiarizados a estas nomenclaturas. A ICC vem trabalhando com leveduras e seus derivados há mais de 20 anos e não poderia ficar de fora deste forum.

De fato pesquisadores e o próprio mercado fazem muita "confusão" quando se fala em leveduras e suas frações e entendo que parte deste problema foi gerado em parte pela própria industria produtora destes produtos, uma vez que muitas vezes não deixa claro o que esta colocando no mercado e o que esta vendendo. Como citado pela colega Bianca parte destas duvidas foram esclarecidas durante o CBNA de 2009 mais ainda muitas delas permanecem.

A confusão inicia-se quando falamos de leveduras integras pois existem as leveduras inativadas, as culturas de leveduras e as leveduras ativas, lembrando que no presente estudo estamos falando de frações derivadas a partir de leveduras, mais especificamente das paredes celulares.

A partir das leveduras de fermentação secundaria (aonde o processo produtivo não visa a produção de levedo) mas sim de etanol, cerveja etc é que origina-se a maioria destes aditivos utilizados no segmento de nutrição animal e inclusive estes avaliados no presente estudo. Já as leveduras ativas se originam de fermentações primárias aonde o objetivo é produzir biomassa de levedura sendo que este produto é utilizado como "prebióticos". Já as culturas de leveduras geralmente são mesclas de leveduras inativas ou não com veículos.

Com base neste primeiro esclarecimento e a partir destas leveduras de fermentação secundaria temos basicamente as oriundas de cervejaria e as oriundas da produção de etanol, aonde podemos ter uma série de produtos sejam leveduras integras, frações de leveduras conforme breve diferenciação abaixo:

- Levedura inativada integra - produto que é seco na forma integral parede celular + extrato e que é basicamente utilizada como fonte de proteína nas rações animais, pode ser de cerveja ou de cana;

- Levedura inativada e autolisada - produto que passa por um processo de rompimento da parede celular com o objetivo de disponibilizar o conteúdo intracelular melhorando a digestibilidade desta levedura integra, uma vez que os carboidratos que formam a parede celular são indigestíveis pelos animais. É uma levedura integra de maior digestibilidade.

- Levedura inativada autolisada com posterior hidrolise enzimatica - Aqui temos uma levedura com maior digestibilidade devido a autólise e com liberação de outras estruturas como nucleotideos uma vez que a mesma passa por um processo de tratamento enzimático especifico, também é uma levedura integra com maior digestibilidade.

- Extrato de levedura - fração solúvel da levedura obtido após separação da fração parede celular, utilizado principalmente na industria alimenticia.

- Parede celular de levedura (fonte de MOS e Beta Glucanos) - produto oriundo da separação da fração solúvel (extrato) da insolúvel (parede celular), aqui é aonde se encaixa a categoria de produtos avaliados na referida pesquisa e concordando em parte com o colega Ronie entendo que não deveriam ser tratados como produtos diferentes, mas podem possuir sim composições diferentes dependendo do processo de cada fabricante.

Sobre a nomenclatura MOS x Parede celular conforme colocada no teste entendo que este não seria o ponto de maior relevância e/ou interesse nesta discussão, afinal cada empresa tem a liberdade de posicionar o produto como melhor lhe convier, talvez o MOS utilizado possa até possuir traços de outros carboidratos estruturais comuns as paredes de levedura mas isso não seria relevante e o fabricante pode querer posicionar apenas como MOS por ter maior concentração deste carboidrato.

Entendemos que o que de fato interessa para as empresas que utilizam estes produtos, até mesmo para interpretarmos melhor os resultados (que parecem ter sido mais favoráveis neste estudo ao produto entitulado como "MOS") são quais os níveis de garantia dos carboidratos estruturais de cada um destes produtos avaliados, pois o cliente final não esta interessado em saber se esta usando MOS ou parede celular composta por demais carboidratos ou outras frações da parede da levedura o que lhe interessa é qual proposta lhe apresentará o melhor beneficio e melhor melhoria de resultados e dependendo da composição e garantias de cada produto/fabricante poderemos inferir maiores conclusões baseados nos beneficios que sabemos poder estar ligados a varios fatores como aglutinação de patógenos, promoção de imunoestimulação etc.

Seria interessante que o trabalho tivesse apresentando uma tabela com os níveis de garantia de cada produto avaliado, e assim checar o que cada um dos fabricantes garante para que possamos tirar maiores conclusões e aprofundarmos a discussão.

Reafirmamos ainda que são inegáveis os benefícios que estes aditivos a base de leveduras tem trazido a industria animal e ao agronegócio e que cada vez mais sua utilização torna-se uma excelente ferramenta em buscas de melhores resultados nas mais diversas espécies animais.

Ricardo Barbalho
ICC Industrial LTDA

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Roberto De Mattos Vituzzo
Biorigin - Zilor
15 de octubre de 2012

Boa tarde a todos,

A colocação do Anderson é pertinente ao meu ver.

Sabe-se que os próprios mecanismos de ação dos produtos à base de  mananoligossacarídeos são dependentes de algumas características que diferem bastante entre os diferentes produtos do mercado, tais quais a % mananas, % total de carboidratos, solubilidade, exposição e superfície de contato de mananas, entre outras.

De qualquer maneira, posso dizer que ambos os produtos testados (Bio-MOS e Pronady) contém os compostos declarados Mananoligossacarídeos (MOS).

Para que os leitores do Ergomix entendam melhor as diferenças entre um produto declarado "purificado" e um produto declarado como "parede celular", ou seja, "não purificado" e compará-los quanto à eficácia acredito que seja interessante o fornecimento de um parâmetro objetivo que possibilite essa diferenciação como a concentração do componente ativo - % de manoproteínas ou mananas, por exemplo. Também seria interessante sabermos a dose utilizada de ambos os aditivos.

Somente sugestões para que os estudos ganhem mais contundência e se aumente o conhecimento acerca destes compostos de tão alto potencial na alimentação animal,

Atensiosamente,

Felipe.

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Bianca Brandão Martins
15 de octubre de 2012

Oi Ronnie, muito interessante levantar esta questao de processos de producao. Realmente existe uma confusao muito grande no mercado brasileiro sobre o que é uma levedura prebióticos, uma parede de levedura e os derivativos extraidos e purificados da parede da levedura. Em 2009, com iniciativa do CBNA foi realizado o primeiro congresso de Leveduras na Nutricao Animal do Brasil, onde essencialmente, os melhores investigadores do mundo e do Brasil, apresentaram os metodos de producao, extracao e purificacao das paredes de leveduras. Neste mesmo congresso, foi mostrado claramente que existem produtos MOS purificados no mercado e que tem desempenho distinto as paredes de leveduras (ricas em manose). A ciencia glicomica, que estuda a estrutura dos carboidrtaos funcionais no metabolismo animal, é a base para a diferenciacao de cada um deles. Ou seja, o trabalho do Dr. Flemming esta em acordo as normas internacionais quando diferencia os produtos por sua composicao quimica. 

Abracos,

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Anderson Veiga
Anderson Veiga
15 de octubre de 2012

Boa tarde, eu estava aguardando as diversar opiniões e posso dizer com toda segurança que sim existem MOS purificados no mercado e hoje em dia já existem outros produtos puficados em Frações ativas de Mananoproteínas que é um passo adiante da técnologia do MOS estraídos das leveduras, portanto a ténologia dos  prebióticos provenientes das leveduras estão cada dia mais tomando um espaço importante.
Trabalhos em processos de purificação destas frações ativas de mananoproteinas estão sendo comprovados através da nutrigenômica mostrando sues efeitos na expressão genica do tecido intestinal.
Além disto se está trabalhando nas purificações ainda maiores para produtos soluvies, porém o que impede esta tecnologia entrar no mercado é o alto custo para o processamento, porem, as industrias de vacinas já estão observando a fração ativa purificada e soluvel como um coadjuvante no processo da modulaçãe e ativação da resposta imune.
Novidades estão chegando, por isto há espaço para novas pesquisas em diferentes especies e diferentes áreas.

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Felipe De Conti Horta
15 de octubre de 2012

Bom dia Dr. Flemming, Ronnie, Andrea e demais,

antes de mais nada parebenizo Dr. Flemming pela iniciativa e pelo estudo.

Sobre a questão levantada pelo Ronnie, trata-se de um questionamento bastante pertinente, uma vez que o mercado é extremamente carente de informações a esse respeito, sobretudo a respeito de classificações e nomenclatura de produtos.

Particularmente posso dizer que conheço os dois produtos e ambos tem efeitos positivos comprovados nesse e em outros estudos. Quanto à sua composição, concordo plenamente com o Ronnie - entendo que mereçam a mesma classificação, ambos podendo ser classificados como "fontes de MOS" ou "prebióticos à base de  mananoligossacarídeos".

Como sugestão às futuras pesquisas com produtos à base de parede celular de leveduras ou MOS, sobretudo naquelas onde se compare 2 produtos, acredito que seja interessante a divulgação dos níveis de garantia/analisados de mananas (Mananoligossacarídeos) do lote utilizado no teste, assim evitando possíveis desentendimentos a esse respeito.

fico à disposição,

atenciosamente,

felipe.

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Kazuya Kusakari
15 de octubre de 2012
Caro Prof. Flemming Estamos utilizando em nossa granja de postura o produto Diamond V que nada mais é do que a levedura Saccharomyces cerevisae. Com esta inclusão reduzimos o nível de inclusão de proteínas na ração sem afetar o desempenho produtivo. O mesmo ocorre com o Cibenza DP100. Gostaria de fazer uma pergunta. Seria possível incluir a torta de dendê (Palm Kernel Cake) ( proteina 14%) para reduzir ainda mais o nível de proteína na ração? Não sei se o Sr conhece o Palm Kernel Cake. Mas no exterior utilizam muito esta matéria prima para formulação de ração. Mas ele tem muita fibra e baixa disponibilidade proteica e um fator a nutricional chamado betamanan http://www.americanpalmoil.com/publications/animal%20feed.pdf .Gostaria de saber se posso usar essa levedura para retirar o máximo de proteína da torta de dendê?
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