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A influência da temperatura na alimentação de frangos de corte

Publicado: 12 de junho de 2007
Por: Christine Laganá, Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Leste Paulista, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios -APTA-, SP, e Andrea Machado Leal Ribeiro, Departamento de Zootecnia, Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS-, RS.
Sumário

A temperatura ambiente exerce grande influência no consumo de ração e com isto, afeta diretamente o ganho de peso e a conversão alimentar. A primeira resposta da ave ao estresse por calor é o decréscimo no consumo de alimentos, ou seja, a perda do apetite, deixando de receber os nutrientes essenciais para a produção e o seu bem-estar. Aumentos na proteína e na energia da dieta, para compensar a redução no consumo são freqüentemente recomendados no estresse por calor. Essa revisão traz de forma resumida algumas estratégias, principalmente no que se refere ao uso de gordura e proteína da dieta, utilizadas nos últimos anos, na tentativa de minimizar os efeitos do estresse por calor na produtividade de frangos de corte.

Palavras-chave: estresse por calor, frango de corte, gordura, proteína.

 

INTRODUÇÃO
O Brasil está atualmente na segunda posição no "ranking" mundial de produção de carne de frango e em termos de receitas cambiais, passou em 2003 a ser o maior exportador mundial de frangos (UBA, 2004), posição esta conquistada com adoção de tecnologias modernas ao longo das últimas décadas. Em termos de competitividade e qualidade, o país produz hoje o frango mais barato do mundo e o de melhor qualidade.
O frango de corte é um animal doméstico geneticamente aprimorado para rápido crescimento, com o mais eficiente desempenho que se conhece. Com os avanços da genética e da nutrição voltados para um crescimento rápido, com máxima deposição protéica, principalmente de peito e coxa, melhor utilização dos nutrientes da dieta e boas conversões alimentares, o metabolismo das aves continuou deficiente para enfrentar grandes desafios das altas temperaturas.
Altas temperaturas prevalecem na maioria das regiões brasileiras durante a maior parte do ano e, para manter a posição obtida em escala de produ- ção e exportação, torna-se relevante que o estímulo às novas pesquisas e informações técnicas sejam melhor detalhadas, na determinação da otimização da criação nestas condições de estresse por calor.
Sabemos que a maior parte das linhagens de frango modernas foram geneticamente melhoradas para as exigências de países temperados. A extensão da escala comercial destas linhagens para países tropicais e semitropicais criou a necessidade de reavaliar suas exigências nutricionais de forma a permiti-las executar satisfatoriamente seu máximo desempenho em altas temperaturas ambientais.
 
METODOLOGIA
Técnica empregada: Revisão sistemática da literatura, que consiste na aplicação de estratégias cient íficas que limitem vieses para a reunião sistemá- tica, apreciação crítica e síntese de todos os estudos relevantes no período estudado. Não se realizou a metanálise, ou seja, a revisão sistemática quantitativa que emprega métodos estatísticos para combinar e sumariar os resultados de vários estudos.
O ambiente: temperatura e umidade
O maior problema nas áreas tropicais quentes é a alta umidade relativa do ar. Esse excesso impossibilita que a ave elimine calor através da respiração.
O ambiente pode ser definido como a soma dos impactos biológicos e físicos. No aspecto físico, a temperatura assume um papel importante porque na maioria dos casos as aves domésticas estão confinadas, proporcionando pouca margem de manobra para ajustes comportamentais necessários para a manutenção da homeostase térmica (MACARI et al., 2004).
Na fase inicial, estudos mostraram que flutuações de temperatura ambiente não superiores a 6 °C não têm influência no desempenho de frangos, mas flutuações acima de 10 °C podem interferir em seu desempenho. Atualmente, por causa do melhoramento genético dos frangos de corte que priorizou uma maior taxa de crescimento, as flutuações de temperatura ambiente estão relacionadas com o aparecimento de doenças metabólicas, como ascite e síndrome da morte súbita (MACARI e GONZALES, 1990).
Quando a temperatura ambiental alcança 25 °C, essa temperatura acarreta em ofego pela ave. Estando a temperatura e a umidade relativa altas, a ave não consegue respirar suficientemente rápido para remover todo calor que precisa dissipar de seu corpo. Conseqüentemente, com a umidade relativa muito alta, a ave não suporta a mesma temperatura ambiental, afetando o intercambio térmico, e a temperatura corporal pode elevar-se, ocorrendo prostra ção e morte, quando ela alcançar 47 °C, que é o limite máximo fisiológico vital da ave (NÄÄS, 1994 e RUTZ, 1994). Isto é mais preocupante à medida que a ave se torna mais velha, especialmente nas linhagens mais pesadas, pois a área superficial necessá- ria para a dissipação de calor, diminui proporcionalmente, com a idade e com o peso corporal.
A umidade relativa (UR) é raramente incluída como uma variável experimental ou medida mesmo para fins informativos, e o fato de que aumentos em sua escala possam agravar o estresse pelo calor é negligenciado. YAHAV et al. (1995) relataram diferenças nas respostas de frangos de quatro a oito semanas e perus submetidos à UR de 40 a 45%, 50 a 55%, 60 a 65%, e 70 a 75% numa temperatura ambiental de 35 °C. A taxa de crescimento máxima dos frangos ocorreu numa UR de 60 a 65%, enquanto que a de perus se deu em uma UR de 50 a 55%. Relatos indicam que fatores tais como a cobertura de pena, o sexo, a idade da ave, o grau de aclimatação e as espécies das aves podem interagir com a UR ao definir as respostas das aves domésticas às altas temperaturas ambientais (BALNAVE, 2004).
Podemos definir conforto térmico (zona de conforto) como sendo uma faixa de temperatura ambiente onde a taxa metabólica é mínima e a homeotermia é mantida com menos gasto energético. Assim, na zona de conforto térmico, a fração de energia utilizada para termogênese é mí- nima e a energia para produção é máxima. No entanto, como a termotolerância da ave varia em fun- ção da idade, fica implícito que a zona de conforto é variável em função da idade/peso do animal. Assim, em pintos de um a sete dias de vida, a zona de conforto está entre 31 e 33°C, diminuindo para 21 a 23°C na idade de 35 a 42 dias, considerando a umidade do ar entre 65 e 70% (MACARI, 2001). Na situa- ção de conforto térmico há constância do meio interno e os sistemas homeostáticos controladores est ão atuando com menor gasto de energia.
À medida que a temperatura ambiente e/ou a umidade relativa se elevam acima da zona termoneutra, a capacidade das aves de dissipar calor diminui. Em conseqüência disso, a temperatura corporal da ave sobe e logo aparecem sintomas do estresse por calor. Quando expostas ao estresse por calor, todos os tipos de aves respondem pela diminui ção na ingestão de alimentos. A redução de consumo alimentar diminui os substratos metabólicos ou combustíveis disponíveis para o metabolismo, desta forma reduzindo a produção de calor (BELAY e TEETER, 1993).
Estresse por calor
Existem diferentes tipos de agentes capazes de levar os animais a um estado caracterizado como de estresse. Estes agentes são de naturezas diversas, como mecânicos (traumatismo, contenção, cir úrgicos), físicos (calor, frio, som), químicos (utiliza ção de drogas para tratamento de doenças e estimulação de crescimento e da produção), bioló- gicos (estado de nutrição, agentes patológicos) e psicológicos (mudança de ambiente e de manejo), além dos estressores de origem social, como hierarquia ou dominância entre os grupos de animais (BACCARI, 1998).
Quando uma ave é exposta a um agente estressor físico ou psicológico, o sistema nervoso simpático é ativado e isto resulta em um aumento das freqüências respiratória e cardíaca e na redistribuição do suprimento de sangue para os órgãos centrais, ou seja, o organismo está preparado para a ?fuga?. Dentro de poucos segundos, estes efeitos são potencializados e prolongados pela liberação de epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) na corrente sangüínea pela glândula adrenal. Algum tempo depois, a mesma glândula também libera a corticosterona (o hormônio do estresse), que age com o objetivo de aumentar o suprimento de energia do organismo. Mesmo sabendo que em um curto espaço de tempo estas respostas são benéficas, permitindo que o animal suporte eficientemente o estresse, a secreção de corticosterona associada a um estresse persistente gera um grande número de efeitos prejudiciais ao animal. Dentre eles podem ser citados os distúrbios no sistema imune, as úlceras gástricas e as altera- ções na secreção de outros hormônios que regulam o crescimento e a reprodução (ELROM, 2000; MENCH, 2002).
Se situações de desconforto térmico acontecem no pré-abate, o metabolismo post mortem e as caracter ísticas de carne são afetados. O estresse pré-abate pode ter conseqüências negativas na qualidade da carne, aumentando, inclusive, o risco de incidência de PSE (?pale, soft, exudative? ? pálida, mole, exudativa) e DFD (?dark, firm, dry? ? escura, dura e seca) nas carcaças (BRESSAN et al., 2003).
O manejo pré-abate e o transporte são estressantes para as aves. A falta de ventilação para as aves que estão localizadas nas gaiolas do centro da carga. O caminhão pode causar calor e hipertermia para as aves das gaiolas nas extremidades da carga, pode causar frio, provocando estresse e mudanças fisiológicas no pré-abate, assim como, mudanças bioquímicas no post mortem (BRESSAN et al., 2003).
Segundo TEETER e SMITH (1986) todas as espécies de aves experimentam estresse por calor na combina ção de umidade relativa e temperatura ambiente altas, fora da zona de conforto. Com o incremento destes dois parâmetros, a habilidade das aves em dissipar calor é muito reduzida.
Os avanços tecnológicos, especialmente na gen ética e na nutrição, têm feito com que o frango de corte atual tenha uma taxa de crescimento corporal alta, o que determina um aumento na demanda sangüínea tecidual, devido a alta taxa metabólica. Entretanto, o sistema cárdio-respiratório tem sido ineficiente para oxigenar devidamente toda a massa muscular, determinado assim transtorno em diversos órgãos (MACARI et al., 2004).
A queda na produção geralmente progride com a idade sendo que o frango diminui sua capacidade em lidar com uma soma de processos gerados pelo calor. O ganho de peso corporal diminui o conteú- do de gordura aumenta, enquanto que a umidade e a proteína diminuem (LAGANÁ, 2005) constatou pior conversão alimentar para aves de 21 a 42 dias, submetidas a temperaturas variando ciclicamente de 25 a 32°C, quando comparadas com as aves em microclima estável de 25°C. Estas mudanças resultam de inúmeras alterações físicas e metabólicas do frango, para se adaptar e sobreviver.
O termo estresse por calor tem diferentes conotações nas diversas regiões do mundo. Em pa- íses tropicais, as temperaturas ambientais podem permanecer elevadas por períodos de tempo prolongados. Em regiões temperadas, curtos períodos agudos de estresse por calor pode ser o problema principal. Baseado nos resultados de muitos estudos foi visto que o estresse por calor começa a ocorrer quando a temperatura ambiental passa de 25 °C, se a ave foi aclimatada a uma temperatura baixa. Entretanto, em muitas regiões do mundo, as temperaturas abaixo de 32 °C não são consideradas opressivas porque a ave tem seu limite de tolerância ao calor mais alto, devido à aclimatação. A temperatura em que as aves domésticas encontrarão o estresse por calor será mais baixa no exemplo das aves mantidas normalmente em um ambiente temperado, comparadas às aves mantidas normalmente em um ambiente semitropical ou tropical. As aves adaptam-se melhor a uma temperatura máxima de elevação diária quando a temperatura da noite cai a 25 °C ou menos, porque podem recuperar-se do estresse sofrido durante o dia (BALNAVE, 2004).
O tempo que as aves domésticas necessitam para aclimatar-se a um aumento na temperatura foi relatado em alguns estudos (BALNAVE, 2004) e é certo que o histórico ambiental da ave influencia sua capacidade de sobreviver frente ao estresse por calor agudo. Esse fenômeno é chamado aclimatação.
Efeitos do estresse por calor no consumo de alimento e de água
Drásticas diminuições no consumo de alimento e no crescimento foram relatadas em frangos mantidos sob estresse por calor (Howlider e Rose, 1987) e a eficiência alimentar pode ser reduzida significativamente (PLAVNIK e YAHAV, 1998).
BONNET et al. (1997) concluíram que a redução no ganho de peso em aves submetidas ao estresse por calor foi de 50% em relação às aves mantidas em condições de termoneutralidade.
PLAVNIK e YAHAV (1998) observaram em frangos uma redução progressiva do peso, de ganho de peso, de ingestão de alimento e eficiência alimentar quando foram submetidos a aumentos de temperatura ambiental. Após duas semanas de exposição crônica ao calor, a ingestão de alimento diminuiu mais de 3% por cada aumento de um grau entre 22 e 32°C BONNET et al. (1997).
MACARI (2001) comentou que durante a noite as condições de manutenção da normotermia são mais favoráveis para os frangos, sendo que isto favorece os mecanismos de ingestão de alimento pelas aves. No decorrer do dia, com o aumento da temperatura ambiente, as aves entram em processo de hipertermia, com redução do apetite e, conseqüentemente, com redução na ingestão de ração.
Uma ave sofre estresse por calor quando produz mais calor do que pode dissipar. Para ajustarse, reduz o consumo de alimento e sua produção diminui. Quando a temperatura ambiental se aproxima da temperatura da ave, a dissipação de calor é reduzida e, com ela, a exigência energética. Nestas condições, ao satisfazer as exigências energéticas, a ave pode não consumir os demais nutrientes, em quantidades suficientes, conseqüentemente, existir á uma queda na produção de ovos e no ganho de peso. No início do período de estresse, o consumo permanece constante. Desta forma, o máximo efeito termogênico do alimento irá coincidir com o per íodo de máximo estresse.
Para que as aves consigam sobreviver ao estresse pelo calor, reduzem a ingestão de alimentos, na tentativa de reduzir a produção de calor endógeno. TEETER et al. (1984) avaliaram o efeito direto do aumento do consumo alimentar em frangos submetidos ao estresse pelo calor. Naquele experimento, as aves foram submetidas à alimentação forçada, em níveis iguais às aves mantidas em ambiente termoneutro e alimentadas ad libitum. Foi verificado que a alimentação forçada das aves, até os níveis observados para os controles, aumentou o ganho de peso em 17%. Entretanto, a sobrevivência reduziu- se em 14%. Esses dados mostram que não é interessante a alimentação das aves durante um perí- odo em que a produção de calor não pode ser dissipada, tendo em vista que as aves não conseguem eliminar a carga adicional de calor, ocorrendo aumento na mortalidade.
Aves expostas a altas temperaturas, imediatamente aumentam o consumo de água (VIOLA, 2003). A sobrevivência em ambientes de estresse por calor depende em grande parte do consumo de água. O consumo de água para aves estressadas dobra em relação às aves mantidas em temperaturas mais amenas (BONNET et al., 1997).
O acréscimo do consumo de água está diretamente relacionado ao aumento da demanda de água destinada ao processo de perda de calor por meios evaporativos. Em condições de estresse por calor, a água tem papel fundamental nos mecanismos de perda de calor, através do processo evaporativo respirat ório.
Segundo MACARI (1996), a troca de água no organismo das aves, é tanto maior quanto menor é a ave. Isto implica no fato de que aves jovens também podem sofrer pelo calor, pois estão mais expostas à desidratação que as aves maiores. No caso da exposi ção a 35 °C por quatro horas, pintos de sete dias perderam 12% de peso corporal, enquanto que frangos com 42 dias perderam 4 a 5% de seu peso corporal.
Calor x Digestibilidade
A redução na digestibilidade do alimento pode contribuir para diminuição nas quantidades de nutrientes disponíveis para o crescimento (BONNET et al.,1997 e HAI et al., 2000).
Durante o estresse por calor há redução na efici- ência da utilização dos alimentos. Esta redução pode ser devida à digestibilidade alimentar mais baixa, primeira etapa da utilização do alimento. Assim, ocorre redução de eficiência do uso do alimento, tendo por resultado uma relação de conversão geralmente mais elevada nos frangos expostos ao calor.
Igualando o consumo, GERAERT et al. (1996) mostraram que aves submetidas ao estresse por calor tiveram metade da redução do crescimento justificada pelo efeito direto da alta temperatura e outra metade da redução explicada pela diminui- ção da utilização dos nutrientes, pelo aumento da produção do calor, pela redução na retenção de prote ína, e pelo aumento na deposição de gordura.
Submetendo frangos de corte a estresse crônico por calor a 32°C e utilizando a técnica ?pairfeeding ?, ou seja, consumo pareado, BONNET et al. (1997) relataram que as digestibilidades da matéria seca, proteína, gordura e do amido foram menores nas aves em estresse por calor quando comparadas com aves expostas a temperatura de 22°C. O decr éscimo foi mais acentuado nos tratamentos em que foi fornecida dieta verão do que naqueles em que foi fornecida a dieta controle (4,7% vs 3,8% de gordura). A digestibilidade da gordura diminuiu com a dieta verão, independentemente do ambiente. Os autores atribuíram isto ao fato da dieta verão conter 20% de gordura animal, do total de gordura da dieta, favorecendo um aumento na relação de ácidos graxos saturados e insaturados. A dieta verão, segundo os autores, também promoveu um decréscimo na digestibilidade da proteína no ambiente quente. ZUPRIZAL et al. (1993) também observaram um decréscimo na digestibilidade da proteína quando utilizaram ingredientes diferentes de milho e soja. Os autores concluíram que a diminuição na digestibilidade da proteína pode ocorrer em função da qualidade da proteína e, segundo BONNET et al. (1997), devido à complexidade da matéria prima que compôs a dieta.
WALLIS e BALNAVE (1984) relataram em estudos sobre a digestibilidade da proteína em ambientes quentes que o calor influenciou negativamente a digestibilidade da metionina, mas não notaram redu ção na digestibilidade da lisina.
A retenção de minerais foi diminuída sob circunstancias quentes (SMITH e TEETER, 1987). Além destes efeitos em nutrientes específicos, o tamanho gastrintestinal foi reduzido em galinhas expostas ao calor (MITCHELL e CARLISLE, 1992 e BONNET et al., 1997). SAVORY (1986) relatou pesos mais baixos de proventrículo e moela em perus estressados pelo calor. Isto, segundo o autor, pode explicar parte da redução na digestibilidade da proteína.
O tempo de retenção pelo trato digestório pode ser influenciado por uma série de fatores entre eles a consistência do alimento, a dureza, o tamanho das partículas, o estado alimentar e o conteúdo de água no alimento. A ração é o fator mais importante que afeta o trânsito gastrintestinal. O alimento pode conter qualitativamente ou quantitativamente diferentes carboidratos, proteínas e gorduras que podem alterar o tempo de retenção e, com isso, influenciar a eficiência da digestão e absorção dos nutrientes (FURLAN e MACARI, 2002). MAY et al. (1986) e MAY et al. (1988) observaram efeito da variação da temperatura sobre o tempo de retenção de alimento no papo e na moela de frangos submetidos a temperaturas médias mais altas. Segundo BONNET et al. (1997), o aumento significativo no consumo de água, em aves expostas a 32 °C, pode influenciar a absorção de nutrientes pelo aumento na taxa de passagem dos alimentos.
Experimentos foram conduzidos por HAI et al. (2000) para determinar o efeito do ambiente na digest ão de frangos. Aves foram expostas a três temperaturas (5, 21 e 32 °C), e a uma umidade relativa de 60%. Verificou-se que a quantidade de quimo no trato digestório diminuiu no frio e aumentou no calor quando comparado com o ambiente termoneutro (20 °C). Os autores relataram que as atividades das enzimas digestivas pancreáticas tripsina, quimotripsina e da amilase foram reduzidas em altas temperaturas (32 °C) e não foram influenciadas no ambiente frio (5 °C).
Calor x Energia da Dieta
A energia necessária ao máximo desempenho das aves é fornecida a partir de vários ingredientes presentes nas rações, sendo os mais importantes os grãos de cereais (milho, sorgo), óleos vegetais e gordura animal (FURLAN et al., 2002).
As exigências de energia para mantença decrescem com o aumento da temperatura e as aves precisam ingerir menos para satisfazer suas necessidades energéticas (DAGHIR, 1995). Contudo, esta rela- ção é verdadeira somente dentro da zona termoneutra onde em temperaturas mais baixas há aumento no consumo e em altas temperaturas redu ção no consumo de alimento. Acima de 30 °C, o consumo decresce rapidamente e as exigências energéticas aumentam, devido à necessidade das aves eliminarem calor. Portanto, esse menor consumo de alimento e o gasto de energia para manuten- ção da homeostase térmica levam a redução no desempenho das aves criadas em altas temperaturas (FURLAN et al., 2002).
BERTECHINI et al. (1991) observaram que frangos mantidos em diferentes temperaturas ambiente (17,1°C, 22,2°C, e 27,9°C), recebendo dietas com 2800, 3000 e 3200kcal EM kg-1, reduziram o consumo de ração e, consequentemente, o ganho de peso, à medida que a temperatura foi elevada. Os autores concluíram que para todas as temperaturas estudadas, quanto maior a energia metabolizavel da ra- ção, maior é o ganho de peso.
O consumo de energia é o fator mais importante que limita o desempenho das aves submetidas a altas temperaturas. A concentração de energia na dieta deve ser ajustada para permitir a redução no consumo de dieta em temperaturas mais altas. O consumo de ração se altera em aproximadamente 1,72% para cada 1 °C de variação na temperatura ambiental entre 18 e 32 °C. No entanto, a queda é mais rápida (5% para cada 1 °C) quando a temperatura sobe para 32 e 38 °C. PLAVNIK (2003) observou que o consumo de ração aumentou em 17% com a suplementação de 5% de gordura em aves sob estresse por calor, porque a gordura aumenta a palatabilidade. O autor ainda recomenda gorduras e óleos com ácidos graxos saturados, aumentando o valor energético em 10% durante o estresse por calor. SUMMERS et al. (1985), determinaram que um aumento da densidade nutricional leva a melhora do crescimento e da eficiência alimentar em perus e frangos.
RIBEIRO e LAGANÁ (2002) sugerem que o aumento na densidade energética seja implementado substituindo carboidratos por gordura. As autoras comentam que o uso de gordura no lugar de carboidrato justifica-se pelo fato da primeira, entre todos os nutrientes, ter o menor incremento de calor (9%). No entanto, a adição de gorduras esta associada a um maior consumo de calorias, e, portanto, no computo final, maior produção de calor. Neste sentido, BELAY et al. (1993) observaram que as taxas de mortalidade foram maiores com o aumento da energia da dieta.
DALE e FULLER (1980) observaram efeitos menos adversos das altas temperaturas sobre o ganho quando 27,5% da EM foi suprida por gordura. Os mesmos autores constataram que quando impostas a estresse cíclico pelo calor, a taxa de crescimento das aves é melhorada devido à gordura adicionada na ração. O mesmo não aconteceu quando as aves foram submetidas a estresse crônico onde os resultados não mostraram que seja benéfico adicionar gordura. Os autores também observaram que, embora não significativo, o uso de dietas para frangos estressados pelo calor, com altos níveis de gordura tiveram tendência a apresentar melhores resultados em ganho de peso do que dietas com altas taxas de carboidratos.
WIERNURSZ e TEETER (1993) comparando o efeito do balanço térmico de frangos durante o estresse por calor e a termoneutralidade, relataram que a produção de calor aumenta 44% quando a ingestão de alimento subiu de 0 a 9% do peso corporal da ave. Desta forma, os autores concluíram que dietas que produzem menos calor por kcal de EM consumida devem ser preferidas no estresse por calor.
O aumento do nível energético na dieta alivia o estresse por calor reduzindo o ?trabalho? do consumo alimentar e sua realização (WIERNUSZ e TEETER, 1993).
WARPECHOWSKI et al. (2004), estudando a utiliza- ção metabólica da energia e a produção de calor em frangos alimentados com dietas com níveis altos (9,5%) e normais (2,4%) de gordura, a 24 °C, encontraram coeficiente respiratório maior para dietas normais, mas não encontraram outros efeitos da dieta no ganho de peso ou nas variáveis relacionadas com a produção de calor (produção total de calor, atividade de produção de calor e eficiência térmica do alimento).
Calor x Proteína da dieta
A manipulação de proteína e aminoácidos em dietas de frangos estressados pelo calor é um assunto que tem gerado muitas controvérsias. Duas estratégias opostas podem ser usadas para aliviar os efeitos do estresse por calor no crescimento. A primeira constitui-se no uso de dietas com baixa proteína para limitar o incremento calórico. Neste sentido, alguns autores recomendam diminuir prote ína dietética com suplementação de aminoácidos essenciais (AUSTIC, 1985 e CHENG et al, 1997). A segunda, conforme TEMIM et al. (2000), recomenda o uso de dietas com alta proteína para compensar o menor consumo alimentar causado pelo calor. Estes pesquisadores, utilizando dietas que variaram de 10 a 33% de proteína bruta (PB), observaram que dietas com 28 e 33% de PB resultaram em índices melhores de ganho de peso e conversão alimentar do que dietas com 20% de PB, no calor contínuo de 32 °C, em frangos de quatro a seis semanas de idade. No entanto, é importante lembrar que este aumento só pode vir de fontes protéicas altamente digestíveis. Aumentar proteína da dieta através de ingredientes de baixa digestibilidade, somente favorecer á maior incremento calórico com conseqüente piora no quadro de estresse por calor.
A queda do desempenho devido a temperaturas elevadas não foi solucionada com elevação do nível de proteína na dieta, a fim de se compensar a diminuição no consumo e na digestibilidade (SINURAT e BALNAVE, 1985). Por outro lado, ALLEMAN e LECLERCQ (1997) observaram que a redução do nível de prote- ína bruta, com concomitante suplementação de aminoácidos essenciais, balanceia e minimiza o incremento calórico devido à eliminação de excesso de nitrogênio. Todavia, a resposta a temperaturas elevadas parece piorar.
No que se refere à digestibilidade de aminoácidos, os resultados das pesquisas são controversos. BALNAVE (2004) ressaltou que a grande dificuldade no que se refere aos estudos de dietas para estresse por calor, está relacionada às especificações dietéticas dos aminoácidos. As estimativas existentes de exigências de aminoácidos para aves domésticas, com poucas exceções, foram derivadas usando aves saudáveis, alimentadas com dietas nutritivamente adequadas, para ambientes termoneutros. Nesta situação, os excessos ou os desequilíbrios dos aminoácidos não são geralmente um problema, à exceção de uma possível ligeira redução no desempenho. Entretanto, em temperaturas de estresse por calor, o catabolismo do excesso de aminoácidos, associado à maior produção de calor, que pode acompanhar dietas com balanço incorreto de aminoácidos, podem adicionar ao estresse por calor sérios impactos na sobrevivência e desempenho das aves. Não obstante, em altas temperaturas é prov ável que seja mais importante a formulação de dietas com balanço correto dos aminoácidos do que em temperaturas termoneutras. Os relatos de BRAKE et al. (1998) e GERAERT (1998) indicaram que o balan- ço correto de aminoácidos para temperaturas termoneutras não é necessariamente aplicável em temperaturas de estresse por calor.
WALDROUP (1982) e AUSTIC (1985), entre outros, recomendaram uma redução na proteína dietética, com suplemento apropriado de aminoácidos essenciais, como meio de reduzir o incremento calórico da alimentação durante o estresse por calor. Entretanto, CHENG et al. (1997), alojando frangos de corte de 21 a 42 dias de idade, em ambientes com temperaturas variando de 21,1 °C até 35 °C testaram diferentes níveis de proteína (16% a 24%) e diferentes suplementações de aminoácidos (de 90 a 110% da recomendação do NRC (1994). Os autores concluí- ram que para ambientes com temperaturas acima de 26 °C, dietas com proteína abaixo de 20% beneficiam o desempenho das aves não havendo, contudo efeito significativo para a suplementação de aminoácidos.
CELLA et al. (2001) constataram que frangos de 1 a 21 dias exigem 1,4% de lisina total, quando mantidos em ambiente termoneutro e 1,285%, quando expostos a altas temperaturas (33,5°C) .
MILTENBURG (1999) sugeriu que as dietas devam ser formuladas com aminoácidos digestíveis, seguindo o princípio da proteína ideal. Com isso, impede uma sobrecarga no metabolismo protéico. A oxida- ção do excesso de proteína ou de aminoácido gera calor metabólico (PLAVNIK, 2003).
Um aspecto importante é o antagonismo lisinaarginina e suas relações com o balanço eletrolítico da dieta. A lisina altera a utilização da arginina nas aves por aumentar a degradação, via atividade da arginase renal. Assim, aumenta a perda urinária da arginina, devido à competição dos dois aminoácidos pela reabsorção nos túbulos renais (FURLAN et al., 2002). Em condições de temperatura normal, a rela- ção arginina:lisina (Arg: Lis) recomendada é de 1,1:1 (NRC, 1994) ou de 1,12:1 (MACK et al., 1999), com base em aminoácidos totais e 1,08:1 (ROSTAGNO et al., 2000), quando apresentada com base em aminoácidos digestíveis verdadeiros.
BRAKE et al. (1998) relataram que frangos expostos a altas temperaturas, depois de 21 dias de idade, requereram relações dietéticas mais elevadas de Arg:Lis do que as recomendadas para circunstâncias termoneutras, a fim otimizar o desempenho. Uma estratégia, baseada no aumento da relação Arg:Lis foi proposta por BALNAVE (2004). A suplementação com uma relação maior de Arg:Lis (1,35 vs 1,05) pareceu ter um enorme efeito na viabilidade durante o estresse por calor agudo e cíclico. BRAKE et al. (1998) concluíram que aumentando a relação Arg:Lis durante o estresse por calor (cíclico ou constante) melhora consistentemente a eficiência alimentar sem perdas no crescimento.
SINURAT e BALNAVE (1985) fizeram um estudo em que frangos de 22 a 44 dias, em ambiente com temperatura diurna de 35°C, foram alimentados com quatro dietas que variaram na proporção de aminoácidos. Os resultados mostraram que aves com consumo à vontade, com livre escolha, preferiram dieta com relação Arg:Lis de 1,32:1 em relação a dieta com relação 1,25:1. Por outro lado, COSTA et al. (2001) estudaram o efeito da relação Arg:Lis digestível (95; 102,5; 110; 117,5; 125 e 132,5%) sobre o desempenho de frangos de corte criados em ambiente com temperatura variando entre 25 e 32 °C e não encontraram efeito significativo no aumento da relação Arg: Lis sobre o desempenho das aves.
BALNAVE e BRAKE (2002) mostraram que a relação Arg:Lis somente afeta o desempenho dos frangos a 32°C. A esta temperatura, o consumo, o ganho de peso e a conversão alimentar são otimizados em dietas com HMB de metionina utilizando a relação 1,35 de Arg:Lis. As dietas com DLM tenderam a otimizar o desempenho na relação 1,04 de Arg:Lis. Os autores comentaram que o consumo alimentar parece exercer um maior efeito no desempenho. Aos 32°C, aves alimentadas com dietas com HMB cresceram mais do que as aves alimentadas com DLM quando as dietas tiveram relação 1,35 de Arg:Lis. Os resultados daqueles estudos sugerem que a otimização da relação de Arg:Lis na dieta de frangos estressados pelo calor é dependente da origem da metionina utilizada na dieta.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que o estresse cíclico por calor afeta a produtividade de frangos de corte de maneira mais amena que as perdas relatadas pelo estresse crônico. Existem muitas estrategias nutricionais e nao nutricionais para tentar reduzir os impactos do calor no frango de corte, mas é imperativo que um manejo mais cuidadoso se torna necessário para o frango atual.
 
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***O trabalho foi originalmente publicado no Boletim da Indústria Animal (BIA), do Instituto Zootecnia (IZ/APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, Brasil.
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Christine Laganá
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