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Granulometria Milho Rações Frangos

Granulometria do milho em rações para frangos de corte

Publicado: 28 de junho de 2012
Por: Dirceu L. Zanotto; Paulo A. R. de Brum; Antônio L. Guidoni
Na produção avícola, a alimentação chega a representar cerca de 70% dos custos totais. Por isso, é importante realizar o controle de qualidade dos ingredientes que compõem a ração. O milho, principal ingrediente energético, participa normalmente com 60 a 65% na composição da ração e representa aproximadamente 40% do seu custo. Portanto, visando a redução no custo da ração, é de fundamental importância identi?car a granulometria do milho que proporcione o desempenho adequado das aves, associado a redução no consumo de energia elétrica e ao aumento no rendimento de moagem desse cereal. Neste sentido, a Embrapa Suínos e Aves realizou um estudo para veri?car a in?uência da granulometria do milho, em rações fareladas e trituradas, para frangos de corte, procurando-se avaliar as implicações da granulometria do milho sobre variáveis de importância econômica do processo de moagem bem como sobre o desempenho das aves.
Na moagem do milho foram utilizadas peneiras com 2,5; 3,5; 4,5 e 10 mm de diâmetro de furos e avaliou-se o consumo de energia elétrica e o rendimento de moagem. Através de análises granulométricas, veri?cou-se que o Diâmetro Geométrico Médio (DGM) das partículas do milho aumentou à proporção do aumento do diâmetro dos furos das peneiras, sendo que, o menor valor observado foi de 500 mm para a peneira 2,5 mm e o maior de 1.060 mm para a peneira de 10 mm. Observa-se na Fig. 1 que o consumo de energia elétrica diminuiu em 61% e o rendimento de moagem aumentou em 143% com o uso da peneira de 10 mm (1.060 mm) em relação a peneira com furos de 2,5 mm (500 mm).
Para avaliar a in?uência do DGM das partículas do milho sobre o desempenho de frangos de corte, criou-se aves de 1 aos 42 dias de idade, submetidas a rações contendo milho moído com diferentes granulometrias, DGM: 506; 743 e 1050 mm, associadas a duas formas físicas de ração: farelada e triturada (peletizada e após moída). As rações apresentaram a mesma composição em ingredientes e em nutrientes, dentro de cada fase de criação: inicial, crescimento e ?nal. Na Tabela 1 são apresentadas as médias de peso corporal (PC), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA) em função do DGM e forma física de ração. Observa-se que o DGM das partículas do milho não in?uenciou o PC, CR e CA.
Entretanto, considerando-se a forma física das rações veri?cou-se que as aves que receberam a ração na forma triturada apresentaram PC mais elevado, maior CR e melhor CA, em relação às aves alimentadas com ração farelada.
Concluiu-se que o uso de milho com DGM das partículas tendendo a 1.050 mm, proporciona economia de energia elétrica e aumenta o rendimento de moagem, mantendo o mesmo desempenho dos frangos, independente da forma física da ração.
A ração triturada proporciona melhor desempenho às aves em relação à ração farelada.
Figura 1 – Consumo de energia elétrica e rendimento de moagem em função do diâmetro dos furos das peneiras.
Granulometria do milho em rações para frangos de corte - Image 1
Tabela 1 – Médias de peso corporal (PC), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA) em função do DGM das partículas do milho e forma física da ração.
Granulometria do milho em rações para frangos de corte - Image 2
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Autores:
Dirceu Luís Zanotto
Embrapa Suínos e Aves
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