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Energia Farinha Ossos Frangos

Energia metabolizável da farinha de carne e ossos utilizando correções nutricionais para frangos de corte na fase inicial de criação

Publicado: 17 de fevereiro de 2012
Por: MARCELO ESPÓSITO, NICOLE B.S.NARDELLI, JÉSSICA A. PAULA, SOLANGE F. CASTRO, VICTOR A. COSTA3, JULIO C.C. CARVALHO,ANTONIO G. BERTECHINI1APOIO FAPEMIG
Sumário

O objetivo deste trabalho foi o de avaliar correções nutricionais das rações basais, com e sem a adição de enzimas, após a inclusão do ingrediente teste (farinha de carne e ossos), sobre os valores energéticos, para a fase inicial na criação de frangos de corte. Foi conduzido um experimento de metabolismo na fase inicial (14 a 21 dias) de criação das aves, utilizando 400 pintos de corte machos Cobb-500, distribuídos nos tratamentos em esquema fatorial 5x2, sendo cinco tipos de correções, com a presença ou ausência de enzima, em DIC com oito repetições cada, para determinação da energia metabolizável aparente (EMA) e da energia metabolizável aparente corrigida (EMAn) da farinha de carne e ossos (FCO). Foi utilizado o método tradicional de coleta total de excretas, em que as aves foram mantidas nas gaiolas de metabolismo durante sete dias, com quatro dias, para adaptação à gaiola e à alimentação, e três dias para coleta de excretas. A correção mais completa não melhorou as medidas de EMA e EMAn, mas a correção dos premixes resultou em melhor resposta em relação aos demais tratamentos. No entanto, a protease melhorou a EMA dessa farinha. Estes resultados indicam que o uso da metodologia tradicional subestima os valores de energia determinados para a FCO. O uso da protease proporciona aumento nos valores de energia da FCO. 

Palavras-chave: farinha de carne e ossos, metodologia de determinação de energia, ajustes nutricionais.

Introdução:
A farinha de carne e ossos é um ingrediente de origem animal, usado em rações de aves, por ser uma fonte protéica e de cálcio e fósforo de baixo custo. Apesar de ser fonte protéica para rações de aves, as farinhas de carne e ossos também trazem boa contribuição de energia. Por outro lado, os valores de energia metabolizável encontrados nas tabelas de composição para este ingrediente são muito variáveis. Um dos fatores que podem estar contribuindo para esta variação de valores, pode estar relacionado com a metodologia de determinação. Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a influência de correções nutricionais das rações basais, com e sem a adição de enzimas, após a inclusão do ingrediente teste (FCO), sobre os valores energéticos, para a fase inicial na criação de frangos de corte.
Material e Métodos:
Foi realizado um ensaio de metabolismo na fase inicial (14-21 dias) na UFLA - MG no DZO/Setor de Avicultura. Os tratamentos foram distribuídos em esquema fatorial 5x2, com cinco tipos de correções, com a presença ou ausência de enzima, em DIC com oito repetições cada e cinco aves por parcela. Com base na ração basal (RB), foram formulados os tratamentos nos quais a mesma foi substituída em 20% pelo ingrediente teste (FCO), com ou sem a utilização de 300 ppm de uma protease (75000 Prot/kg de produto). As correções foram feitas dentro da inclusão do ingrediente teste e, quanto aos aminoácidos, as correções foram realizadas com o objetivo de manter as relações com a lisina. Foram determinadas neste estudo, a energia metabolizável aparente (EMA) e aparente corrigida (EMAn) da farinha de carne e ossos, com ou sem a utilização de uma protease, seguindo a metodologia convencional (MATTERSON et al., 1965). Adotou-se o método da coleta total de excretas com quatro dias para adaptação à gaiola e à alimentação e três dias para a coleta de excretas. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o pacote estatístico SISVAR (FERREIRA, 2003).
Resultados e Discussão:
Não houve interação significativa (P>0,05) entre as correções nutricionais nas dietas teste e o uso da enzima para as medidas avaliadas neste ensaio (Tabela 1). Observou-se que os valores de EMAn da FCO reduziram com o aumento das correções nutricionais, semelhante ao que ocorreu com a EMA. Não foi observada diferença significativa (P>0,05) com o uso da enzima em relação à EMAn, mas para a EMA ocorreu um efeito significativo (P<0,03) ao utilizar a enzima na ração. Os resultados de EMA e EMAn, obtidos neste trabalho, sem correção nutricional, são semelhantes aos indicados por Rostagno et al. (2005) e superiores aos apresentados no NRC (1994).
Energia metabolizável da farinha de carne e ossos utilizando correções nutricionais para frangos de corte na fase inicial de criação - Image 1
Conclusões:
A adequação nutricional com minerais e vitaminas proporcionam maiores valores de energia para a farinha de carne e ossos, portanto o uso da metodologia convencional pode estar subestimando os valores energéticos da FCO. A utilização da protease incrementou os valores de EMA da FCO.
Referências Bibliográficas
1. FERREIRA, D. F. SISVAR. Lavras: UFLA, 2003.
2. MATTERSON LD, Potter LM, Stutz MW. Agr. Exp Station, 1965. 11 p. (Research Report, 7).
3. NRC. 9. ed. Washington: National Academy of Science, 1994. 155 p.
4. ROSTAGNO, H. S. et al. Viçosa, MG: UFV, 2005. 186 p.
 
Autores:
Marcelo Espósito
UFLA - Universidade Federal de Lavras
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Comentário
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Alex Silva
28 de marzo de 2023
Boa noite eu gostaria de saber qual a porcentagem de farinha de carne de usar para formula minhas rações para aves c for possível, alexborrachariairaja@gmail.com Muito obrigado e gostei do artigo
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