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Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada

Publicado: 29 de novembro de 2013
Por: Elisanie Neiva Magalhães Teixeira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte -UFRN-, RN; J.H.V. Silva, F.G.P. Costa, C.T. Silva e T.S. Melo, Universidade Federal da Paraíba -UFPB-, PB, e C.C. Goulart, Universidade Estadual Vale do Acaraú -UVA-, CE.
Sumário

O óleo essencial de erva-doce (OED) foi avaliado como alternativa aos antimicrobianos na ração de frangos de corte alojados em cama nova (CNo) e reciclada (CRe). Foram alojadas 1.050 aves, e adotou-se o delineamento inteiramente ao acaso, em que de um a 21 dias as aves foram mantidas somente em CNo, resultando em sete tratamentos com 10 repetições de 15 aves: T1= dieta controle positivo (CP) com antimicrobiano (ANT); T2= dieta controle negativo (CN) sem ANT e sem OED; T3= CN + 0,004% OED; T4= CN + 0,008% OED; T5= CN + 0,016% OED; T6= CN + 0,032% OED e T7= CN + 0,064% OED. De 22 a 42 dias, metade das aves foram criadas em CRe, e a outra metade em CNo, resultando em 14 tratamentos com cinco repetições de 15 aves. O OED foi adicionado pela manhã, na proporção de 1/4 do consumo diário da dieta, e, na parte da tarde, o fornecimento foi à vontade. Na fase pré-inicial, a inclusão de 0,015 e 0,026% de OED melhorou o consumo de ração e o ganho de peso, respectivamente. A inclusão de 0,031% de OED melhorou a conversão alimentar dos frangos de um a 21 dias. O OED promoveu maior peso de carcaça de aves alojadas em CNo, maiores pesos de coxa, sobrecoxa e rendimento de sobrecoxa de frangos criados em CRe. O OED melhorou o desempenho de frangos alojados sob condições de CRe.

Palavras-chave: atividade antimicrobiana, extrato vegetal, desempenho.

INTRODUÇÃO
A cadeia produtiva avícola gera, em seus diversos segmentos, subprodutos que podem e devem ser reciclados. O reaproveitamento da cama na criação de um novo lote de frangos minimiza a eliminação desses dejetos e o potencial de risco sanitário associado a esta prática para o meio ambiente, tornando-se eventualmente um fator limitante para o comércio internacional da carne de frangos (Silva et al., 2007).
A substituição total da cama a cada lote de frangos, embora possa ser considerada ideal sob o aspecto de preservação da saúde animal, resulta em grande impacto ambiental, tanto pelo volume de produção quanto pelo destino do resíduo na natureza, além de representar ônus significativo ao custo para o produtor, e, por isso, a reciclagem tem sido adotada por diversas empresas. Apesar de a cama passar por um processo de tratamento para eliminar ou reduzir a carga de bactérias indesejáveis e reduzir os riscos à saúde animal, as aves são submetidas às condições de desafios, necessitando do uso de agentes promotores de crescimento nas rações.
Os agentes promotores de crescimento possuem comprovada capacidade de aumentar o desempenho de aves e suínos (Utiyama et al., 2006), mas o uso desses produtos tem sido alvo de restrições legais em diversos países importadores da carne de frango brasileira, aumentando o interesse da indústria avícola em conhecer produtos alternativos que não tenham influência no desenvolvimento de resistência aos antimicrobianos de uso terapêutico na medicina humana (Silva et al., 2006).
Os óleos essenciais há muito tempo têm servido de base para diversas aplicações na medicina humana como antimicrobiano. Embora o mecanismo de ação ainda não esteja totalmente elucidado, a atividade antimicrobiana desses produtos tem sido demonstrada (Almeida et al., 2006). O óleo essencial de erva-doce (Foeniculum vulgare) vem sendo usado como preventivo de infecções bacterianas (Gulfraz et al., 2008). O anetol é o constituinte aromatizante mais importante e ativo do óleo essencial de erva-doce, além de ser estimulante das funções digestivas (Santana, 1994, citado por Beltrão Filho et al., 2006).
Beltrão Filho et al. (2006) não verificaram influência do óleo essencial de erva-doce nas porcentagens de inclusão 0; 0,1; 0,2 e 0,3% sobre a microbiota do leite de cabra. Alguns estudos já comprovaram sua ação no controle de insetos (Kim et al., 2002; Lee, 2004) e de bactérias (Elagayyer et al., 2001; Dadalioglu e Evrendilek, 2004).
A reciclagem da cama associada à tendência de proibir o uso dos agentes promotores de crescimento na ração de frangos é uma condição ideal para avaliar a eficácia profilática dos novos antimicrobianos, como os óleos essenciais extraídos de vegetais. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial do óleo essencial de erva-doce (OED) de atuar como promotor de crescimento para frangos de corte criados em cama nova e cama reciclada.
 
MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizados 1.050 pintos de corte mistos da linhagem Cobb-500, no período de um a 42 dias de idade, alojados em boxes de 1,0m x 1,5m2, em delineamento inteiramente ao acaso. De um a 21 dias, como as aves foram alojadas somente em cama nova (CNo), foram avaliados sete tratamentos com 10 repetições de 15 aves, em que T1= dieta controle positivo (CP) com antimicrobiano (ANT); T2= dieta controle negativo (CN) sem ANT e sem OED; T3= CN + 0,004% OED; T4= CN + 0,008% OED; T5= CN + 0,016% OED; T6= CN + 0,032% OED e T7= CN + 0,064% OED. Para minimizar as perdas por volatilidade do produto, no período da manhã a dose diária de OED para 100kg de ração foi misturada numa ração sem óleo de soja, numa porção de 25% do consumo diário total das aves, segundo o Manual da Linhagem Cobb-500 (2003), diluída no óleo de soja (corrigido para 25% do consumo diário das aves), para estimular a ingestão rápida do produto pelas aves. De manhã, foram retirados todos os comedouros dos tratamentos que recebiam OED, as sobras foram colocadas nos respectivos baldes, para fornecer nova ração contendo OED do dia, enquanto, no período da tarde, a ração do balde (sem OED) foi oferecida à vontade. Os pintinhos foram pesados diariamente até sete dias de idade para serem submetidos ao estresse.
Na fase de 28 a 42 dias, metade das aves foram mantidas em cama nova (CNo), e a outra metade em cama reciclada (CRe), o que resultou em 14 tratamentos com cinco repetições de 15 aves. A CNo e a CRe, assim como o manejo adotado, foram semelhantes àquelas utilizadas por uma empresa de integração avícola. A CRe foi desinfetada com formol (600mL para 20 litros de água) para controle de ectoparasitas.
As dietas à base de milho e farelo de soja (Tab. 1) foram formuladas de acordo com as recomendações de Rostagno et al. (2005) para atender às exigências das aves em todos os nutrientes. Na dieta controle positivo ou convencional, foram utilizados 15g de bacitracina de zinco e 4g de anticoccidiostático em 100kg de ração.
 
Tabela 1. Composição alimentar e nutricional das dietas referências (controle negativo)1.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 1
 
O óleo essencial de erva-doce utilizado foi obtido no Laboratório de Fitossanidade do Centro de Formação de Tecnólogos, da Universidade Federal da Paraíba, Campus III, em Bananeiras – PB.
Aos 42 dias de idade, duas aves por tratamento, com peso vivo de mais ou menos 10% do peso médio de cada parcela experimental, foram mantidas em jejum de 24 horas e abatidas para análise da composição da carcaça e do trato gastrintestinal. O rendimento de carcaça foi obtido em relação ao peso vivo, de modo que o peso de carcaça foi dividido pelo peso vivo e multiplicado por 100. Os rendimentos dos cortes foram calculados em relação ao peso da carcaça. Foi avaliado o peso e o comprimento do jejuno e do íleo.
Os dados foram submetidos à análise de contrastes ortogonais. Também foram realizadas análises de regressão polinomial em razão da adição de OED.
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tab. 2, observa-se efeito quadrático da adição de OED sobre o consumo de ração de um a sete dias, em que 0,015% de OED aumentou o consumo (Y= 168,39 + 99,743x – 3294,4x2 R2= 0,90). No contraste entre a dieta controle positivo e o controle negativo, houve um maior consumo de ração de um a dois e um a seis dias quando as aves receberam a dieta suplementada com antimicrobiano. Nas fases de um a três, um a quatro, um a cinco e um a sete dias de idade, o OED aumentou o consumo de ração das aves em comparação com os controles positivo e negativo. Na fase de um a 21 dias, o consumo foi reduzido com a utilização de OED nas dietas.
 
Tabela 2. Consumo de ração total de pintos de corte nas fases pré-inicial e inicial, segundo os tratamentos.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 2
 
Houve efeito quadrático da inclusão de OED sobre o ganho de peso total de um a sete dias (Y= 142,87 + 425,66x – 8331,6x2 R2= 0,73); a melhor porcentagem da dieta foi estimada em 0,026%, ou 26g do óleo em 100kg de ração (Tab. 3). Botsoglou et al. (2002), ao suplementarem frangos com um produto comercial de óleos essenciais de 0,5 a 1g/kg, verificaram que o produto exerceu efeito de promotor de crescimento.
Os resultados dos contrastes mostraram que o ganho de peso do primeiro ao quinto dia de idade das aves alimentadas com a dieta com antimicrobiano foi maior comparado com o ganho de peso dos pintinhos que receberam ração sem antimicrobiano ou OED.
Pelos contrastes, observa-se que o OED melhorou a conversão alimentar nas idades de um, 14 e 21 dias (Tab. 4). A inclusão de 0,031% ou 31g do óleo essencial de erva-doce em 100kg de ração (Y = 1,6458- 4,3881x + 69,694x2, R2=0,87) melhorou a conversão alimentar dos frangos de corte de um a 21 dias (Fig. 1). A adição do óleo essencial de erva-doce à dieta melhorou a eficiência alimentar dos pintinhos, e uma provável explicação para este resultado foi a ação antimicrobiana do produto. Em estudo realizado in vitro, Gulfraz et al. (2008) verificaram que a dose inibitória mínima do óleo essencial de erva-doce para bactérias Gram-positivas e Gram-negativas foi de 100μg.
Segundo Di Pasqua et al. (2005), o OED em concentração inibitória mínima acima de 1% apresenta atividade antimicrobiana contra algumas cepas (Salmonela, Escherichia Coli, Pesudomonas spp., Listeria monocytogenes, Staphilococcus aureus, Lactococcus garvieai). Esse resultado corrobora os resultados de Hammer et al. (1999), que verificaram atividade antimicrobiana do OED com concentração acima de 1% contra Pseudomonas, Salmonella, E. Coli e Staphylococcus. Gulfraz et al. (2008), ao avaliarem a composição e as propriedades antimicrobianas do OED, concluíram que ele é eficaz contra E. Coli e P. putida, além de outros organismos similares.
O composto mais abundante no OED é o transanetol (Sousa et al., 2005). Na concentração de cerca de 70,1%, este componente do OED apresenta, além de ação antimicrobiana, também efeito antioxidante (Muckenstrum et al., 1997). O OED pode ser melhor explorado no desenvolvimento de novos aditivos de dietas (ação antimicrobiana e antioxidante) e como preventivo de infecções do trato digestivo dos animais. Essas ações antimicrobiana e antioxidante do OED provavelmente favorecem o desempenho dos frangos.
 
Tabela 3. Ganho de peso de pintos de corte nas fases pré-inicial e inicial, segundo os tratamentos.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 3
 
Tabela 4. Conversão alimentar de pintos de corte nas fases pré-inicial e inicial, segundo os tratamentos.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 4
 
Figura 1. Conversão alimentar de frangos aos 21 dias de idade, segundo a inclusão do óleo essencial de erva-doce à dieta.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 5
 
Na Tab. 5, observa-se que houve efeito quadrático (Y= 2045,8 + 5082,1x – 65050x2 R2= 0,79) do OED sobre o consumo de um a 28 dias de idade, em que a porcentagem que promoveu maior consumo foi a de 0,039% ou 39g de OED/kg/ração. Pelos contrastes, verificam-se que de um a 28 dias as aves alojadas em CNo apresentaram menor consumo de ração do que as alojadas em CRe (2558,0 vs. 2798,6). Em comparação com a ração convencional, a inclusão do OED melhorou o consumo de frangos criados em CRe de um a 28 dias (2567,1 vs. 2812,8).
 
Tabela 5. Consumo de ração total de frangos de corte na fase de crescimento, segundo os tratamentos e o tipo de cama.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 6
 
Silva et al. (2006) observaram que peso final, consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar de pintainhas leves e semipesadas foram afetados de um a sete dias de vida, pelo tipo de cama utilizada, observando-se os piores resultados no ambiente com CRe.
Não houve efeito da inclusão de OED sobre o ganho de peso total na fase de crescimento (Tab. 6). Observou-se efeito negativo da CRe sobre o ganho de peso dos frangos em comparação com o ganho de peso dos frangos alojados em CNo que apresentou melhor resultado nas fases de um a 28 (1598,3 vs. 1564,7) e de um a 42 dias (2683,4 vs. 2663,8). A reutilização da cama proveniente de outros lotes é uma alternativa à redução de impactos ambientais e ao custo de produção na criação de aves, mas os resultados do presente trabalho mostram que a reciclagem de cama acarreta efeitos negativos ao desempenho de frangos.
 
Tabela 6. Ganho de peso total de frangos na fase de crescimento, segundo os tratamentos e o tipo de cama.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 7
 
Na Tab. 7, observa-se pelos contrastes que, de um a 28 e de um a 35 dias, a conversão alimentar foi afetada negativamente pelo tipo de cama, sendo que as aves criadas em CRe apresentaram pior conversão em comparação àquelas criadas em CNo. Na fase de um a 35 dias, as aves alimentadas com dieta convencional apresentaram melhor conversão alimentar comparadas às aves que receberam dieta sem antibiótico (1,765 vs. 1,906). Observa-se que a dieta convencional (controle positivo) influenciou melhor conversão quando as aves foram criadas em CNo comparadas às criadas em CRe de 21 a 42 dias (1,835 vs. 1,890). Assim, o antimicrobiano presente na dieta não foi suficiente para melhorar esta variável nas condições de criação em CRe. O OED melhorou a conversão alimentar dos frangos alojados tanto em CNo quanto em CRe nas fases de um a 28 e de um a 35 dias. Esse efeito pode ter ocorrido devido ao fato de o OED apresentar provável efeito inibitório do crescimento e proliferação de patógenos intestinais.
O efeito negativo sobre o desempenho dos frangos da CRe ocorreu provavelmente pela maior carga microbiana presente na cama, mesmo após o material ter sido submetido a um tratamento para reduzir os riscos à saúde animal, portanto essa condição de desafio aumenta a necessidade de uso de agentes antimicrobianos na ração dos frangos.
 
Tabela 7. Conversão alimentar de frangos na fase de crescimento, segundo os tratamentos e o tipo de cama.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 8
 
O uso de muitos antibióticos como promotores de crescimento foram proibidos na Europa. Dessa forma, torna-se necessária a realização de pesquisas sobre aditivos alternativos, entre eles os óleos essenciais.
Nas Tab. 8 e 9, encontram-se as médias de composição da carcaça, em que se observa que não houve efeito de regressão sobre esses parâmetros (P>0,05).
 
Tabela 8. Composição da carcaça de frangos, segundo os tratamentos e o tipo de cama.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 9
 
Tabela 9. Composição da carcaça de frangos, segundo os tratamentos e o tipo de cama.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 10
 
Na Tab. 8, analisando os contrastes, observa-se que a porcentagem de carcaça foi melhor com a inclusão do OED em ambiente de CNo comparada à dieta com antimicrobiano (89,3 vs. 93,5) e também aumentou o peso da coxa de frangos alojados em CRe comparada com a dieta sem antibiótico (controle negativo).
Na Tab. 9, verifica-se que frangos alimentados com dieta contendo antimicrobianos apresentaram maior peso e porcentagem de sobrecoxa comparados com os frangos alimentados com dieta sem esse produto. Mas o OED melhorou o peso e a porcentagem da sobrecoxa de frangos criados em CRe recebendo ração sem antibióticos. O OED não influenciou o peso e o rendimento do peito.
O melhor resultado para algumas características de carcaça com uso do OED demonstrado neste trabalho pode ter ocorrido em razão da ação do OED como redutor de estresse imune, melhorando a integridade da mucosa intestinal e proporcionando melhor aproveitamento dos nutrientes da dieta para o crescimento muscular. Gulfraz et al. (2008) afirmaram que o óleo essencial de erva-doce pode ser utilizado como estabilizante em alimentos contra a deterioração oxidativa. Zang et al. (2005) concluíram que ervas ou óleos essenciais podem melhorar o desempenho das aves e que seu uso combinado pode apresentar efeito mais eficaz. Mas é necessário mais estudos para sua utilização como aditivo alternativo aos antibióticos nas dietas das aves.
Pelos contrastes na Tab. 10, observa-se que o tipo de cama utilizada afetou o peso do jejuno e do íleo, visto que frangos alojados em CNo apresentaram maiores pesos dessas variáveis comparados aos frangos criados em CRe (29,0 vs. 24,1) e, possivelmente, melhor aproveitamento dos nutrientes da dieta, uma vez que o jejuno e o íleo são porções do intestino delgado onde ocorrem maior absorção dos nutrientes. Esse resultado pode explicar a piora no desempenho dos frangos alojados em CRe, bem como o menor ganho de peso e a pior conversão alimentar de um a 42 dias de idade em relação às aves alojadas em CNo.
 
Tabela 10. Peso e comprimento do intestino delgado de frangos aos 42 dias de idade, segundo os tratamentos e o tipo de cama.
Óleo essencial de erva-doce na ração de frangos de corte alojados em cama nova e reciclada - Image 11
 
A cama pode ser considerada o principal resíduo gerado da avicultura de corte e, quando reutilizada, diminui os custos de produção e os impactos ambientais causados pelo seu descarte (Traldi et al., 2007). Assim, encontrar um produto natural que proporcione melhora no desempenho de frangos criados em sistema de CRe é fundamental para tornar viável essa prática tanto em questões ambientais quanto sanitárias. Segundo Gulfraz et al. (2008), os óleos essenciais e seus componentes são conhecidos por serem ativos contra uma ampla variedade de microrganismos, incluindo bactérias Gram-negativas e Gram-positivas. Portanto, devem ser avaliados na substituição aos agentes antibacterianos sintéticos.
 
CONCLUSÕES
Recomenda-se a adição de 31g de óleo essencial de erva-doce na dieta de frangos de corte por melhorar a conversão alimentar de um a 21 dias. O óleo essencial de erva-doce melhora os pesos de coxa e sobrecoxa e a porcentagem de carcaça e sobrecoxa de frangos criados em cama reciclada. A cama reciclada piora o desempenho dos frangos de corte.
 
AGRADECIMENTOS
À Empresa Guaraves Alimentos.
 
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***O trabalho foi originalmente publicado em Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.65, n.3, p.874-884, 2013.
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