Muito bom este artigo sobre promotores de crescimento alternativos.
Realmente esse artigo é muito bom, ele nos da uma boa visão dos substitutos naturais ao promotores de crescimento, inclusive a empresa em que trabalho comercializa um óleo essencial a base de orégano, muito rico em Carvacrol e Timol que vem para fazer essa mudança com ótimos resultados.
caro! Prof. Dr. José Sidney Flemming.
gostaria de saber os promotores de crescimento alternativos, em que pontos o uso de óleos essenciais em substituição aos antimicrobianos, pode afetar e quais órgãos em frangos de corte..se pode modificar em tamanho?como por exemplo figado? e entre outro?
gostaria de parabenizar o Dr Flemming pelo excelente artigo sobre promotores de crescimento alternativos e perguntar sua opinião e/ou experiência sobre os ácidos orgânicos de cadeia média (MCFA).
atenciosamente,
Julian C Borosky
Professor,
o senhor está certissimo em sua colocação dos triglicerídeos na alimentação de leitões como fonte de energia, no entanto gostaria de saber de sua experiência e opinião dos mesmos como antimicrobianos..
desculpe a falta de objetividade na minha pergunta!! mas acontece que pesquisas tem demonstrado que eles são excelentes antimicrobianos como se segue:
Van Immerseel et al. (2003, 2004) observaram que 25 mM de MCFA é bacteriostático para S. enteritidis, enquanto que a mesma cepa é tolerante a 10 mM de SCFA. Dentre os MCFA, Sprong et al. (2001) sugerem ação bactericida para os ácidos caprílico e o cáprico em comparação com os demais ácidos de cadeia média. De forma geral, os ácidos orgânicos atuam como promotores de crescimento no animal promovendo:
Segundo dados da literatura a atividade antimicrobiana do MCFA se baseia em dois modos de ação. O primeiro, assim como os SCFA, refere-se à capacidade de se difundir através da membrana citoplasmática na forma não dissociada. Van Hees e Van Gils (2002) sugerem que por possuírem mais carbonos em sua cadeia são mais lipofílicos que os SCFA.
O segundo modo de ação refere-se a um sistema conhecido como "efeito desacoplador". Este efeito tem sido extensivamente estudado em leveduras,que demonstra detalhadamente a membrana citoplasmática e o processo de desaclopamento. O MCFA interage com a membrana, inserindo-se no interior hidrofóbico, aumentando a polaridade dessa região e enfraquecendo a barreira hidrofóbica para a troca livre de íons H+ (Correia et al., 1989).
Alguns autores sugerem que o processo de desacoplamento promova o refluxo passivo de prótons pelos canais de ATPase e outros sugerem que os MCFA são os carreadores de prótons para o interior celular (Stevens e Servaas Hofmeyer, 1993). De qualquer forma, isto resulta em redução na síntese de ATP, que é uma importante fonte de energia para as funções celulares (Kabara, 1993). Desaclopamento refere-se também ao desarranjo de elétrons transportados da síntese de ATP (Stratford e Anslow, 1996). Outros trabalhos sugerem ainda que os ácidos orgânicos alterem a expressão gênica dos receptores intestinais para as diferentes espécies de microorganismos patogênicos
atenciosamente,
Julian
Prezado Professor,
Primeiramente gostaria de parabeniza-lo pela qualidade do artigo e pela sensibilidade de tocar um tema do futuro como as alternativas aos promotores de crescimento.
Perdoem-me meter-me na V/ conversa, mas gostaria de adicionar alguma informação à questão colocada pela prezada Julian C. Borovsky.
Eu sou o representante para América Latina da Nuscience.
A Nuscience é a empresa que desenvolveu e patenteou a utilização dos AGCM (C6, C8, C10) na sua forma bioactiva, i. e., a molécula saturada, linear e monocarboxílica de cada um destes ácidos graxos.
Parabezino a Julian pela descrição do modo de acção antibacteriano, pois são alguns desses trabalhos que sustentam o registo do produto. Contudo, temos hoje conhecimento de um espectro muito mais abrangente em relação ao modo de acção dos AGCM. Nomeadamente ao nível da redução de virulência patogénica, melhoria da morfologia intestinal, e um efeito directo sobre o reforço da imunidade inata dos animais pelo aumento da qualidade dos neutrófilos.
Temos bastante experiência sobre a sua utilização de promotores de crescimento alternativos em leitões a nível mundial.
Caso pretenda obter mais informações a este respeito estou à V/ inteira disposição.
Grato desde já pelo V/ interesse.
C/ m. cumprimentos,
Renato Costa