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Promotores Crescimento Ácidos Orgânicos Óleos Essenciais

Promotores de Crescimento Alternativos: Ácidos Orgânicos, Óleos Essenciais e Extratos de Ervas

Publicado: 28 de julho de 2010
Sumário
1.      Introdução : A produção na avicultura tem uma estreita relação com a saúde intestinal e eubiose das aves. Uma série de fatores interferem com o saúde do Trato gastrintestinal, e devem ser considerados: a) Qualidade dos nutrientes que aportam via ração que depende diretamente de c...
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Autores:
Jose Sidney Flemming
Universidade Católica do Paraná
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Cidinei Trajano Silva
23 de enero de 2011

Muito bom este artigo sobre promotores de crescimento alternativos.

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João Luiz De Almeida
Imuvet
1 de febrero de 2011

Realmente esse artigo é muito bom, ele nos da uma boa visão dos substitutos naturais ao promotores de crescimento,  inclusive a empresa em que trabalho comercializa um óleo essencial a base de orégano, muito rico em Carvacrol e Timol que vem para fazer essa mudança com ótimos resultados.

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José Roberto Simioni
1 de febrero de 2011
Parabéns pelo artigo Prof. Flemming! O tema dos ingredientes alternativos aos APC´s ainda demanda de estudos e avaliações a campo pois existem possibilidades a serem adaptadas ao uso na produção animal, principalmente quando trabalhamos o conceito da sinergia desses compostos. Especificamente sobre a forma de atuação dos ácidos orgânicos (blends), acredita que a inclusão em baixas dosagens é efetivo na melhoria do desempenho zootécnico? Abraços
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Jose Sidney Flemming
Universidade Católica do Paraná
4 de febrero de 2011
Caro Simioni, Grato pelo comentário sobre o texto. Quanto as suas colocações: Foram feitos ensaios experimentais com diferentes dosagens de Carvacrol, Timol, com ou sem associação com ácidos no Lab de Laboratório de Microbiologia e Ornitopatologia do Departamento de Medicina de Veterinária UFPr (pela empresa Grasp). Os relatos preliminares nos conduzem a conclusões relativamente esperadas, isto é, a resposta é dose dependente, a morbidade do meio ou desafios podem exigir maiores dosagens, entretanto a associação é sempre sinérgica. Assim, os mecanismos de ação sobre os micoorganismos se completam. Os Oleos essenciais aumentam a permeabilidade da membrana celular das bactérias e comprometem o equilíbrio de cátions e anions o que fatalmente determina o abaixamento de pH e aumento do gasto enrgético da célula via bomba sódio:potássio.. Este abaixamento de pH é acentuado pelos ácidos orgânicos acelerando a acidifacação do citosol com falência do microorganismo. Abraços, Flemming
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Cidinei Trajano Silva
11 de febrero de 2011

caro! Prof. Dr. José Sidney Flemming.
gostaria de saber os promotores de crescimento alternativos, em que pontos o uso de óleos essenciais em substituição aos antimicrobianos, pode afetar e quais órgãos em frangos de corte..se pode modificar em tamanho?como por exemplo figado? e entre outro? 

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Jose Sidney Flemming
Universidade Católica do Paraná
11 de febrero de 2011
Caro Cidinei, Em recente revisão publicada por Brenes e Roura(2010) publicada no Animal Feed Science and Technology 158. 1–14 (2010) com o titulo Essential oils in poultry nutrition: Main effects and modes of action, foram estudados e discutidos as rotas metabólicas e toxicidade dos componentes bioativos dos óleos essenciais ( EOS). As substâncias bioativas componentes dos EOS são rapidamente absorvidas após a administração via oral, pulmonar ou cutânea e a maioria é metabolizada e eliminadas pelos rins na forma de glicuronídeos ou expirado como CO2. Por essa razão, sua acumulação no organismo é improvável devido ao afastamento rápido e meia vida curta. Em dissertação de mestrado defendida por Rizzo, (2008) na ESAQ, foi estudado os efeitos de diferentes misturas de OLES na dieta de frangos. No capitulo que se refere a morfometria (pg 48) são referidos que os pesos relativos de órgãos das aves não foram influenciados pelas dietas com extratos vegetais .Não houve aumento no proventriculo, moela, figado, pâncreas e intestinos delgado e Grosso resultados estes que são similares aqueles de Hernadez,(2004) Barreto, (2007).
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Julian Cristina Borosky
Julian Cristina Borosky
13 de abril de 2011

gostaria de parabenizar o Dr Flemming pelo excelente artigo sobre promotores de crescimento alternativos e perguntar sua opinião e/ou experiência sobre os ácidos orgânicos de cadeia média (MCFA). 



atenciosamente,

Julian C Borosky

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Jose Sidney Flemming
Universidade Católica do Paraná
25 de abril de 2011
Cara Julian, Agradeço pela atenção e delicadeza quanto ao artigo.Com relação a sua pergunta sobre ácidos de cadeia média (MCFA) pode-se discutiralguns resultados como aquelesencontrados e referidos por referido por Dove (1993), ao constatar que aadição de ácidos graxos de cadeia média oriundos do coco (50 % de ac láurico 12C), aumentavam o ganho depeso nas duas primeiras semanas pós-desmame. Pesquisas demonstram comodesejável a suplementação com triglicerídeos de cadeia média imediatamente apóso parto, porque estes são rapidamente digeridos e utilizados como energia pelosleitões. A suplementação via oral de óleo de coco nas primeiras 12 horas,possibilita condições de sobrevivência com um razoável aporte energético. O bomdesempenho obtido pelo uso do óleo coco pode ser atribuído a sua composiçãorica em ácido láurico (50 %) que é um acido graxo de 12 C rapidamente digerívele absorvível (Chiang et al, 1990).Champe & Harvey (1999) citam que a altaconcentração em ácido láurico comparativamente a outros tipos de gorduras, éencontrada em concentrações razoáveis no leite da porca, fortalecendo assim osistema imunológico (Isaacs,1994). Estudos efetuados mostram que o ácidoláurico forma a monolaurina que tem a propriedade de estimular a atividade dosistema imunológico via ativação e liberação da interleucina 2, com aumento daprodução de linfócitos pela medula óssea. A monolaurina tem açãoanti-inflamatória através da inibição da síntese local deprostaglandinas (PGE2) e da interleucina 6, que são substâncias pró-inflamatóriaspresentes em quadros de reações auto-imunes (Isaacs 1994; Fife, 2003). Em trabalho recente Trevizan& Kessler, (2009) realizaram um estudo onde referem os efeitos da utilização do diacilglicerol (DAG - cadeia média) que tem a característicade apresentam menor afinidade porenzimas relacionas à re-esterificação para a síntese de quilomicrons. Assim,quando o Diacilglicerol é incluído na dieta, ocorre a formação do1-monoacilglicerol e ácido graxo livre, que tendem a ser oxidados prontamenteou então conduzidos diretamente ao fígado pelo sistema porta hepático sofrendouma ß-oxidadação. Este aumento na oxidação de lipídeos parece promoveraumento na oferta e utilização de energia pelo animal. (Morita & Soni,2009) confirmando os resultados já citados e referidos. Cara Julian, espero ter respondido. Caso precise maior esclarecimentos favor contactar.
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Julian Cristina Borosky
Julian Cristina Borosky
25 de abril de 2011

Professor,

o senhor está certissimo em sua colocação dos triglicerídeos na alimentação de leitões como fonte de energia, no entanto gostaria de saber de sua experiência e opinião dos mesmos como antimicrobianos..

desculpe a falta de objetividade na minha pergunta!! mas acontece que pesquisas tem demonstrado que eles são excelentes antimicrobianos como se segue:

Van Immerseel et al. (2003, 2004) observaram que 25 mM de MCFA é bacteriostático para S. enteritidis, enquanto que a mesma cepa é tolerante a 10 mM de SCFA. Dentre os MCFA, Sprong et al. (2001) sugerem ação bactericida para os ácidos caprílico e o cáprico em comparação com os demais ácidos de cadeia média. De forma geral, os ácidos orgânicos atuam como  promotores de crescimento no animal promovendo:


Segundo dados da literatura a atividade antimicrobiana do MCFA se baseia em dois modos de ação. O primeiro, assim como os SCFA, refere-se à capacidade de se difundir através da membrana citoplasmática na forma não dissociada. Van Hees e Van Gils (2002) sugerem que por possuírem mais carbonos em sua cadeia são mais lipofílicos que os SCFA.

O segundo modo de ação refere-se a um sistema conhecido como "efeito desacoplador". Este efeito tem sido extensivamente estudado em leveduras,que demonstra detalhadamente a membrana citoplasmática e o processo de desaclopamento. O MCFA interage com a membrana, inserindo-se no interior hidrofóbico, aumentando a polaridade dessa região e enfraquecendo a barreira hidrofóbica para a troca livre de íons H+ (Correia et al., 1989).

Alguns autores sugerem que o processo de desacoplamento promova o refluxo passivo de prótons pelos canais de ATPase e outros sugerem que os MCFA são os carreadores de prótons para o interior celular (Stevens e Servaas Hofmeyer, 1993). De qualquer forma, isto resulta em redução na síntese de ATP, que é uma importante fonte de energia para as funções celulares (Kabara, 1993). Desaclopamento refere-se também ao desarranjo de elétrons transportados da síntese de ATP (Stratford e Anslow, 1996). Outros trabalhos sugerem ainda que os ácidos orgânicos alterem a expressão gênica dos receptores intestinais para as diferentes espécies de microorganismos patogênicos



atenciosamente,

Julian

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Jose Sidney Flemming
Universidade Católica do Paraná
27 de abril de 2011
No grupo dos ácidos graxos de cadeia média MCFA tem importância a monolaurina (originária do ácido láurico) que é um ácido graxo descrito como possuidor depropriedades antivirais para vírus tipo envelope.(Kabara, 1984). A monolaurina tem açãoanti-inflamatória pela inibição da síntese local de prostaglandinas (PGE2) einterleucina 6 que são substâncias pró-inflamatórias presentes em quadrosreumáticos, artrites, inflamações musculares e reações auto-imunes (Fife, 2003). Esta capacidade parece estaraliada com o aumento da produção das células CD4, que são as primeiras célulasatacadas por vírus (Hierholzer et al 1982, Simmons, 2001). Os vírus dotipo envelopados, são relativamente grandes, variando de 150 a 250 nm . Ogenoma viral consiste de uma fita de RNA depolaridade negativa, não segmentada, com 16000 a 20000 pares de bases deextensão (Pringle, 1999/ Diallo, 1990). Esses vírus possuemuma glicoproteína de fusão (F) que proporciona a ligação entre a membranacelular e o envelope viral e a formação sinacial (Vandevelde E Zubriggen,2004).Assim este tipo de vírus causa uma significativa imunossupressão tornando-osextramentes sensíveis a infecções secundarias ocasionada por bactérias (Moro,1998).A monolaurina tem como acréscimo um efeito na dissolução da membrana de váriostipos de bactérias revestidas por lipídios diminuindo desta forma o risco decontaminações secundárias (Wang, 1992; Enig,1997).
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Renato Costa
Nuscience Group
7 de noviembre de 2012

Prezado Professor,

Primeiramente gostaria de parabeniza-lo pela qualidade do artigo e pela sensibilidade de tocar um tema do futuro como as alternativas aos promotores de crescimento.

Perdoem-me meter-me na V/ conversa, mas gostaria de adicionar alguma informação à questão colocada pela prezada Julian C. Borovsky.

Eu sou o representante para América Latina da Nuscience.
A Nuscience é a empresa que desenvolveu e patenteou a utilização dos AGCM (C6, C8, C10) na sua forma bioactiva, i. e., a molécula saturada, linear e monocarboxílica de cada um destes ácidos graxos.

Parabezino a Julian pela descrição do modo de acção antibacteriano, pois são alguns desses trabalhos que sustentam o registo do produto. Contudo, temos hoje conhecimento de um espectro muito mais abrangente em relação ao modo de acção dos AGCM. Nomeadamente ao nível da redução de virulência patogénica, melhoria da morfologia intestinal, e um efeito directo sobre o reforço da imunidade inata dos animais pelo aumento da qualidade dos neutrófilos.

Temos bastante experiência sobre a sua utilização de promotores de crescimento alternativos em leitões a nível mundial. 

Caso pretenda obter mais informações a este respeito estou à V/ inteira disposição.

Grato desde já pelo V/ interesse.

C/ m. cumprimentos,
Renato Costa

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Alessandro Wegher
7 de enero de 2016
Prezado Dr. Flemming, primeiramente desejo parabenizar pelo excelente artigo, bem fundamentado e com afirmações muito importantes. De fato o universo da alimentação esta buscando formas cada vez mais saudáveis para uma garantia de vida melhor. O motivo do contato é que represento uma empresa Italiana que desde 1998 vem difundindo o uso dos produtos a base de extratos Herbais e óleos essenciais para alimentação animal, não foi fácil, a desconfiança sempre predominou, mas com o tempo as coisas mudaram e continuarão mudando em face de tanta pesquisa e artigos como o do Senhor. A Empresa tem desenvolvido inúmeros testes Universitários e de campo tanto aqui como no exterior com diferentes tipo de animais: Suínos, Bovinos, Aves etc. etc. sempre melhorando o Mix para obter o melhor custo beneficio. aso deseje visitar temos as paginas www.tecnessenze.com e www.tecnessenze.com.br - Atenciosamente Alessandro Wegher
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Lic. en Ciencias Animales, Doctor en Filosofía - PhD, Ciencia Animal (Ciencia Avícola) / Gestión de micotoxinas en las Américas
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