Atualmente, mais de 90% das inseminações artificiais (IA) no mundo utilizam sêmen refrigerado, e a prática é amplamente adotada nas granjas suinícolas brasileiras devido aos benefícios do melhoramento genético. A centralização da produção de sêmen, no entanto, resultou em maiores distâncias de transporte, o que expõe os espermatozoides a estressores como manuseio, movimento e resfriamento inadequado. Normalmente, as doses de sêmen são resfriadas entre 15 e 18°C, com algumas alternativas a 5°C, embora o congelamento não seja rotina como na bovinocultura, sendo reservado para situações específicas. A diluição do ejaculado é uma etapa crítica, influenciada por temperatura e técnica, e pode ser realizada em uma ou duas etapas. A diluição em uma etapa é a mais comum no Brasil, enquanto na Europa a diluição em duas etapas é preferida. A diluição isotérmica geralmente resulta em melhor qualidade do sêmen. Durante o envase, o uso de bolsas em vez de tubos plásticos está crescendo, devido à menor taxa de rompimento e melhor estabilização da temperatura. O transporte adequado do sêmen é vital, exigindo manuseio cuidadoso e manutenção de temperatura estável. Vibrações durante o transporte podem prejudicar a qualidade do sêmen, aumentando o estresse oxidativo e afetando negativamente a motilidade e integridade das células espermáticas. Avanços tecnológicos estão sendo desenvolvidos para minimizar esses impactos e garantir a eficácia da inseminação artificial.
Palavras-chave: sêmen suíno, diluição ejaculado, vibrações transporte
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