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Calosidades Marroas Diagnóstico

Calosidades em Marroas de reposição – Considerações sobre o diagnóstico e o tratamento

Publicado: 28 de outubro de 2011
Por: Rogério Paulo Tovo (Médico Veterinário, Especialista em Produção de Suínos, Consultor Técnico Comercial)
Definição: Calosidade é o aumento de volume, de tamanho e de consistência variáveis da pele, que decorre de hiperqueratose e hiperplasia da epiderme, causada por pressão e fricção intermitentes e por tempo prolongado, resultando em isquemia recorrente e hiperplasia. Sendo assim, ela é tratada dentro das patologias ambientais cutâneas dos suínos, por ser uma conseqüência de uma resposta local às agressões das instalações.
 
Locais principais das lesões: são mais comuns sobre as articulações e proeminências ósseas, principalmente nos joelhos, porção caudal do boleto, cotovelos, jarrete e tuberosidade isquiática.
 
Clínica:
- No histórico, evidencia-se que ocorre principalmente em suínos criados sobre piso de concreto não forrado, ou com cama insuficiente. E ainda em suínos com fraqueza nas pernas, lesões nos pés, ou fraqueza muscular, ou que passam muito tempo deitados devido à alguma doença, freqüentemente desenvolvendo calosidades ou bursites.
- À inspeção, as calosidades se apresentam como aumentos de volume, às vezes recobertos por crostas; e
- À palpação, revela consistência que varia de firme a mole, ás vezes com presença de líquido, sem diferença de temperatura de outras partes do corpo do animal (quando não contaminadas).
 
Patologia:
- À necropsia, apresenta-se como uma cápsula espessa, com conteúdo líquido, de coloração geralmente avermelhado; e
- As lesões, raramente podem estar contaminadas. E quando contaminadas, formam abcessos subcutâneos, de onde isolam-se bactérias como Staphylococcus spp e Streptococcus spp. E nestes casos, além da temperatura da pele estar maior que as outras partes do corpo, a sua coloração estará voltada para o avermelhado, e a punção poderá revelar até a presença de pus.
 
Diagnóstico diferencial: o quadro deve ser diferenciado de:
- Artrites infecciosas, principalmente pelas causadas por Micoplasma hyorhinis, Micoplasma hyosynoviae, Streptococus spp (via porta de entrada: dentes, umbigo), Haemophylus parasuis, Erysipelotrhix rhusiopathiae;
- Artrites traumáticas, ocasionadas pelo "mau" transporte dos suínos; e
- Osteocondrose.
 
Tratamento:
- Não há tratamento etiológico após o quadro estar instalado;
- No caso do tratamento paliativo dos casos de calosidades com contaminação evidente, sugire-se: separar os animais positivos, drenar os abscessos e tratar internamente as lesões com desinfetantes à base de iodo, e medicar estes animais com antibióticos de largo espectro (amoxilina, por exemplo), via injetável quando em poucos casos, ou via ração no caso de muitos casos;
- Como tratamento preventivo pode-se indicar:
   - diminuir a abrasividade dos pisos e/ou os pontos de "machucaduras" nas instalações;
   - uso de desinfetantes de largo espectro em nebulizações (principalmente creche e recria), em dias alternados (dia sim, dia não);
   - uso de minerais quelatados ou preparados de leveduras com zinco nas rações, que além da diminuição das lesões de pele, melhorarão a imunidade e os índices zootécnicos.
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Rogério Paulo Tovo
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