INTRODUÇÃO
O Fabricante de Rações tem como objetivo produzir rações com a melhor relação custo x benefício. Toda a gestão do processo de fabricação de ração deve estar voltada para atender o produto final com qualidade visando esta finalidade.
No Planejamento e Gestão do Processo de Fabricação com visão ao atendimento da qualidade de ração deve-se ter o processo que atenda a qualidade desejada. A qualidade pode ser planejada em novos projetos ou por meio da gestão, através de um estudo da situação atual, adequando os desvios de qualidade para plantas existentes. O conhecimento tecnológico das etapas de processo dá o suporte para o planejamento e gestão.
Este trabalho foi divido em 3 partes e tem como objetivo sintetizar o conhecimento tecnológico e prático existente no processo de produção de ração, disponibilizando um referencial para projetos que envolvem as etapas de Moagem, Mistura e Peletização.
Finalizando com esta terceira parte o tópico Peletização. Sendo Parte 1- Moagem e Parte 2 - Mistura.
PELETIZAÇÃO
A máquina peletizadora basicamente é um equipamento composto de rosca alimentadora, que junto com o controle de alimentação (manual ou automático) faz o ajuste da carga da máquina respeitando a máxima corrente do motor principal (ajuste para a potência instalada). A rosca abastece o condicionador que recebe vapor saturado, este equipamento tem a função da mistura do vapor na ração farelada. Posterior ao condicionador, opcionalmente, pode-se ter o retentor que tem a função de aumentar o tempo de retenção da ração com finalidade de redução microbiológica e finalmente a peletizadora propriamente dita, onde os rolos forçam a ração farelada pelos orifícios da matriz, tendo-se assim a ração na forma de pelete.
A ração peletizada tem várias vantagens sobre a ração farelada, que são:
- tratamento térmico reduz microorganismos
- redução de segregação dos ingredientes
- melhores características de fluidez. Reduz a incidência de pontes em silos bem como a formação de resíduo dentro dos silos ou moegas;
- reduz a seleção dos ingredientes pelos animais;
- aumenta a densidade da ração, necessitando menor volume de armazenagem e menor volume de transporte;
- maior consumo de ração;
- maior ganho de peso diário;
- melhor conversão alimentar;
- melhora a digestibilidade, uma vez que a utilização dos nutrientes é melhorada;
- reduz o desperdício.
Figura 11. Maquina Peletizadora
Fonte: Buhler [4]
A maior justificativa para a peletização é o ganho econômico, Klein [7] relata que o ganho é de aproximadamente 1,85 milhões por ano para um abate de 100 mil frangos por dia, e de aproximadamente 6,5 milhões por ano para uma abate de 350 mil frangos por dia, considerando um ganho na conversão alimentar de 3,5%, o que pode ser considerado um ganho bem conservador. Com custo operacional na peletização de R$ 7,10 e R$ 6,20 /ton de ração respectivamente para um abate de 100 mil e 350 mil frangos dia. Sendo a necessidade de ração para 100 mil e 350 mil frangos por dia respectivamente aproximadamente 106 mil ton/ano e 370 mil ton/ano.
Considerando o ganho e os custos envolvidos, Klein [7] concluiu que para estes 2 casos, um payback descontado de 3 anos e 2 meses, e, 1 ano e 10 meses respectivamente para abates de 100 mil e 350 mil frangos por dia.
A qualidade e eficiência de peletizacao é determinada pela qualidade física e ótima capacidade de produção relacionado com o consumo de energia especifico (kWh/ton). É difícil conseguir estes requisitos ao mesmo tempo. A produção de peletes consistentes, requer alto consumo de energia. A qualidade de pelete melhora imediatamente com a redução de produção de ração.
Condicionador
A ração farelada armazenada na moega acima da peletizadora, é uniformemente dosada através da rosca alimentadora que abastece o condicionador. Uma uniforme razão de alimentação do farelo e vapor, com apropriado efeito de mistura das pás e tempo de retenção, são condições para uma adequada absorção do vapor. O tempo de retenção no condicionador é de aproximadamente 10 a 20 segundos.
De acordo com a figura 12, o tempo de retenção de 12 segundos já é suficiente para o aquecimento do centro de uma partícula com tamanho de 3 mm com vapor saturado.
Figura 12. Tempo de aquecimento para alcançar . 80 °C dentro do centro da partícula x tamanho de partícula
Fonte: Buhler [4]
Razões para o condicionamento:
- diminuir o consumo de energia elétrica
- aumentar a capacidade de produção
- melhorar a estabilidade e o atrito do pelete
- redução microbiológica
- melhora a digestibilidade.
Os principais fatores do condicionamento considerados são a temperatura, a umidade e o tempo. O tempo é conseguido pelo tamanho do condicionador. A temperatura e a quantidade de umidade são obtidas através da adição de vapor. O vapor aquece e umidifica ao mesmo tempo.
Como regra, o aumento de temperatura de 10oC no material resulta em aumento de umidade entre 0,6 a 0,7%.
As vantagens de adição de vapor podem ser esclarecidas, como segue na figura 13.
Na Figura 13 mostra a redução de energia elétrica necessária quando se aumenta a percentagem de adição de vapor com respectiva melhoria na qualidade de pelete.
Coeficiente de abrasão é o inverso do PDI (Pelete Durability Índex, Índice de Durabilidade de Pelete). Abrasão de 3% corresponde a PDI de 97%. Coeficiente de Abrasão é a medida do teor de finos e PDI a medida do teor de peletes.
O europeu visualiza a porção fino e o americano a porção pelete.
Figura 13. Efeito do condicionamento com vapor sobre consumo de energia, qualidade de pelete e temperatura
Fonte: Kersten [6]
Tratamento Térmico
Lara [10] apresenta o retentor como uma evolução do processo de tratamento térmico em rações. Os esforços da indústria e dos fabricantes de equipamentos se voltaram para a redução microbiológica, buscando o tratamento térmico no processo de rações para atender a cadeia alimentar de proteína animal. A tecnologia mais recente e eficaz empregada atualmente na redução microbiológica é o retentor.
O retentor começou a ser utilizado em meados do ano 2000 e hoje é padrão para o tratamento térmico da ração. O processo permite que o condicionador atue em sua função original (mistura eficiente do vapor no farelo), deixando a retenção para outro dispositivo adequadamente dimensionado para essa funcionalidade, garantindo então o First In First Out (FIFO) do produto.
O princípio de retenção foi projetado através do uso de helicóide, permitindo que as partículas se movimentem lentamente e garantindo o FIFO (ou em português, PEPS - primeiro que entra é o primeiro que sai).
Algumas vantagens do retentor:
- garantia do princípio first in first out;
- mantém a temperatura do produto constante dentro do equipamento;
- baixo consumo de energia elétrica específica (kw/ton de ração);
- baixo custo de manutenção;
- controle que permite alta flexibilidade de ajuste dos parâmetros de tempo de retenção e temperatura da ração;
- a retenção tem efeitos de melhoria da absorção de água pelo farelo, o que pode acarretar melhoria da capacidade da peletizadora e/ou melhoria da qualidade do pelete.
Figura 14. Representação didática do princípio FIFO e comportamento real no retentor e no condicionador.
Fonte: Buhler [4]
Requisitos de Vapor
O vapor adicionado no condicionador deve ser saturado e deve ser o mais seco possível e não conter condensado. A quantidade de vapor adicionado depende do tipo de ração e está no intervalo de 1 a 5%.
Recomendações de vapor para os diferentes tipos de ração:
Ração Bovina é usualmente rica em fibra. Quanto maior a quantidade de fibra, maior é a dificuldade de adicionar vapor. A mistura rica em fibra é melhor para a qualidade de pelete, mas com tendência de baixa capacidade e alto consumo de energia especifica (kW/ton)
A ração para suínos usualmente tem alta percentagem de grão. Geralmente pode produzir boa qualidade de pelete, usando altas temperaturas e umidade e baixa pressão de vapor. A ração para leitões, entretanto, são muito sensíveis ao calor, devido ao teor de açúcar e lácteos, e por apresentar o risco de caramelização.
A ração de aves contém muito grão e pouca fibra. A qualidade do pelete depende de adequado condicionamento. No entanto, sendo muito alta a percentagem de gordura no misturador, causa baixa qualidade de pelete. Os sistemas de adição de pelete, posterior a peletização, ajuda na manutenção da qualidade de pelete adequada. Recomenda-se adição de gordura no misturador de até 3%.
Tabela 3 - Exemplos de controle de vapor no condicionamento, para diferentes tipos de rações
Fonte: Kersten [6]
Kersten [6] adicionalmente as necessidades de condicionamento, recomenda um consumo especifico de energia para cada tipo de ração. Payne [12] reforça que para uma adequada qualidade de pelete deve-se configurar a peletização para um determinado consumo de energia especifico, sendo para aves, suíno e ruminantes respectivamente 10 kWh/t, 12 a 15 kWh/t e 20 a 25 kWh/t.
Considerando as características dos ingredientes e fórmulas normalmente utilizadas no Brasil, recomenda-se para aves e suínos respectivamente 10 a 11 kWh/t e 12 a 13 kWh/ton para se obter uma boa qualidade de pelete.
Fatores que influenciam a peletização
Os principais fatores que influenciam a peletização são, ingredientes, moagem, condicionamento, matriz, capacidade de produção e distância entre rolo e matriz.
Ingredientes: as matérias primas terão diferentes comportamentos na peletização em função de seus componentes, sendo eles: teor de proteína, fibra, gordura, amido e mineral.
a) Proteína Bruta
Briggs [3] apresenta a influência significativa que a proteina bruta tem sobre a qualidade de pelete.
Rações que possuem proteína bruta produzem peletes com qualidade muito superior a rações com proteína desnaturada.
b) Fibra Bruta
Pequenos aumentos na proporção de fibra bruta, podem produzir peletes firmes e um aumento significativo no consumo de energia. O tipo de fibra bruta também influencia:
- a fibra bruta com alta teor de celulose normalmente resulta em peletes firmes.
- a fibra bruta com alto teor de lignina normalmente resulta em peletes menos firmes
c) Gordura
Geralmente, pode-se dizer que o alto teor de gordura produz peletes frágeis. A forma em que esta gordura é apresentada na mistura é muito importante. Se a gordura estiver contida nas células da planta, então é relativamente melhor para a qualidade de pelete, do que misturas que possuem a gordura na superfície. As forças de fricção diminuem muito rapidamente, a resistência a compressão é reduzida. Se gordura ou óleo é adicionado na ração anterior a peletização, esta não pode ser maior do que 3%. Para rações que necessitam de adição de gordura maior, deve ser colocada sobre os peletes.
d) Amido
Quando da substituição de amido in natura por amido pré-gelatinizado se melhora a qualidade de pelete.
Briggs [3] cita que o amido in natura não influencia significativamente a melhoria na qualidade de pelete.
Este autor cita Wood (1987) que apresenta que tanto o amido in natura ou pré-gelatinizado tem efeito mínimo sobre a qualidade de pelete quando comparado com a proteína bruta.
e) Mineral
A adição de componentes inorgânicos tais como minerais, aumenta o atrito na matriz, resultando alto consumo de energia específica, maior desgaste, mas também peletes firmes.
Moagem: como conhecimento geral entende-se que quanto mais fina a moagem, maior será a qualidade de pelete.
Existe controvérsia com relação a afirmação anterior. Briggs [3] cita Stevens (1987), o qual mostra não ter encontrado diferença significativa no % PDI com peletes realizados com moagem grossa (1.000 μ), média (794 μ) ou fina (551 μ) em rações base de milho (72,4%) e de farelo de soja (20%). Em rações base de trigo e de farelo, a melhor qualidade em PDI foi na moagem média e fina. Na moagem fina acarretou uma perda da eficiência da peletização em até 12%.
Outro ponto importante a ser apresentado é o efeito de redução do tamanho das partículas que a própria peletizadora possui. Amerah [1] mostrou efeitos de redução do tamanho de partículas na peletização, principalmente nas partículas maiores do que 1 mm, mostrando que a peletizadora uniformizou o tamanho de partículas na moagem de trigo com diâmetro de peneira de 3 mm e 7 mm.
Neste contexto Amerah [2] relata que, comparando granulometria fina (peneira de 1 mm) e granulometria grossa (peneira de 7 mm), a peletizadora não uniformizou a granulometria, mostrando que o impacto de moagem da peletizadora é sobre as partículas mais grossas. No entanto, continua apresentando as vantagens do uso de uma granulometria mais grossa.
Condicionamento: já foi apresentado anteriormente os efeitos de condicionamento sobre o consumo de energia e qualidade de pelete. Adicionalmente apresenta-se o trabalho de Briggs [3], que mostra resultados de melhoria de qualidade de até 4,5 % no PDI, com o ajuste de pás permitindo maiores tempos de retenção.
Matriz: segundo o SFT [16], o que pode acarretar maior tempo de retenção na matriz pode proporcionar maior qualidade de pelete.
O tempo de retenção na matriz pode ser calculado pela seguinte fórmula:
ft = d2 . p . l . n. r . 3600
4.000.000 . Q
onde:
ft = tempo de retenção (s)
d = diâmetro do furo da matriz (mm)
l = espessura ativa do furo (mm)
n = numero de furos da matriz
r = densidade do pelete (1,25 kg/dm3 para ração comum)
Q = capacidade de produção (kg/h)
Na matriz tem as seguintes características principais que afetam a qualidade de pelete, velocidade da matriz, espessura da matriz e diâmetro do furo.
a) Velocidade de rotação da matriz
A velocidade de rotação da matriz depende do diâmetro da matriz, que normalmente está entre 200 a 300 rpm, proporcionando uma velocidade periférica entre 5 a 8 m/s.
Para a mesma capacidade de produção, com maior velocidade de rotação, acarreta um maior consumo de energia e melhor qualidade de pelete. Isto é resultado do aumento do número de passagens da camada de produto sobre os rolos, melhorando a compressão interna dos peletes.
b) Espessura da matriz
Quanto maior a espessura da matriz, maior será o atrito e maior será o tempo de retenção. Para uma mesma capacidade de produção, maior espessura acarreta em maior consumo de energia e melhor qualidade de pelete
c) Diâmetro do Furo
Maior diâmetro de pelete, resulta menor consumo de energia e menor qualidade de pelete.
Capacidade de Produção: para Stark [15] apresenta um outro fator com alto impacto sobre a qualidade de pelete, que é a capacidade de produção, este fator tem efeito direto sobre a qualidade de pelete. Uma maneira simples de melhorar a qualidade, mantendo os outros fatores constantes seria a diminuição da capacidade de produção da peletizadora.
Distância de Rolo e Matriz: Robohm [14], testando a distância entre rolo e matriz em uma peletizadora de matriz plana, estudou o comportamento de diferentes distâncias de rolo e matriz sobre o consumo de energia, umidade, qualidade de pelete e temperatura em ração de suínos mantendo a capacidade de produção constante.
Robohm [14] mostra que o consumo de energia aumenta exponencialmente com o aumento da distância entre rolo e matriz. Com a distância normal de 0 mm, o consumo de energia foi de 10 kWh/ton e com 4 mm de distância entre rolo e matriz aumentou para 22 kWh/t. Este autor comenta que o aumento de consumo de energia é criado pela camada de material formada entre rolo e matriz. Os rolos passam por esta camada de material várias vezes e assim compactando antes de pressionar através dos furos da matriz.
Mantendo a temperatura de condicionamento constante (68oC), no entanto o comportamento da temperatura na saída da matriz aumentou consideravelmente. Com 0 mm esta temperatura foi de 75oC e com 4mm a temperatura foi de 90oC.
O índice de abrasão de pelete mostrou uma melhor qualidade de pelete com 2mm quando comparada a 0 mm, redução de 3,5 % para 2,5%. A melhoria na qualidade de pelete é resultado da pré-compactação da camada de material na entrada da matriz. Acima de 2 mm a qualidade começa a reduzir novamente. O autor relata que este comportamento se explica pelo fato de que quando a distância de rolo e matriz torna-se muito grande, boa compactação ocorre apenas no meio do rolo e matriz e nas laterais torna-se instável e não ocorre compactação como acontece no meio.
Outro parâmetro que foi monitorado foi a umidade da ração com posterior resfriamento, onde com o aumento da distância de rolo e matriz, a umidade diminuiu de 12,6% para 11,1%. Esta redução de umidade se explica pelo aumento de aquecimento dos peletes (90oC). Maiores temperaturas resultam em maiores perdas de umidade durante o processo de resfriamento.
Robohm [14], apresenta outras possibilidades com o uso do ajuste de distância de rolo e matriz:
- em teste com duas matrizes, 5 x 50 mm e 5 x 40 mm, com 0 mm e matriz 5 x 50 mm o consumo de energia foi de 24kWh/ton e índice de abrasão de 2 %. Alcançou-se a mesma qualidade com a matriz 5 x 40 mm e distância de 3 mm, mas com consumo de energia inferior;
- influência sobre rações com alta concentração de gordura adicionada: é atingida uma qualidade e consumo de energia similar, quando comparada a ração sem gordura, adicionada a 0 mm e a com 3% de gordura adicionada e 2 mm de distância de rolo e matriz.
CONCLUSÃO
Para o adequado dimensionamento da qualidade da ração, o produtor de ração deve através de seu conhecimento prático e a luz do conhecimento tecnológico, especificar seus equipamentos para novas aquisições e adequar certos parâmetros para processos existentes.
Na especificação de novos equipamentos o mais importante é informar qual o resultado esperado do equipamento no que se refere principalmente aos seguintes itens:
- capacidade de produção (ton/h), importante colocar qual a mínima produção que se quer atingir com o equipamento;
- qualidade desejada e a variação admitida, no caso da moagem qual o DGM, na mistura o coeficiente de variação CV% e na peletizadora o índice de durabilidade PDI %.
No caso de equipamentos existentes não atenderem a qualidade desejada, experimentar alterações no processo, testando relações de causa e efeito. Deve ter sempre em mente a relação custo benefício da alteração, iniciando por aquelas com menor custo e com tendência de maior beneficio.
Um exemplo de adequação de processo com custo mínimo é o de adequação da granulometria para aves, onde se busca uma granulometria mais grossa. O simples fato de aumento de diâmetro de furo da peneira, aumenta a granulometria, bem com a capacidade de produção dos moinhos (ton/h) e reduz o consumo de energia especifico (kWh/ton). O efeito sobre a peletização deve ser testado, caso a diferença seja entre moagem média e grossa, não se espera redução significativa na qualidade medida pelo PDI Mas se a qualidade do pelete diminuir, deve ser testada alguma alteração na peletização. O importante é atender a qualidade desejada que vise o beneficio do melhor resultado zootécnico do animal.
Vale ressaltar que é importante criar na equipe de produção de ração, o espírito de busca de conhecimento, incentivar a postura de experimentação. Dessa forma, consegue-se aumentar o know how do processo.
Recomendações apresentadas neste trabalho, bem como recomendações de consultores e/ou parceiros devem ser testadas de acordo com a realidade de cada empresa. Pois, cada empresa tem a sua nutrição, usa diferentes matérias primas, tem o seu manejo, possui específico programa sanitário, por fim, existem procedimentos diferentes com impactos significativos sobre o resultado zootécnico dos animais.
Como recomendações gerais, na moagem busca-se atender as necessidade por espécie, onde para rações de suíno com granulometria mais fina e para aves uma granulometria mais grossa. Na mistura deve-se respeitar o tempo de mistura do equipamento específico, principalmente no que se refere ao tempo de mistura seca, além de respeitar o grau de enchimento, não ultrapassando o máximo recomendado. Para a peletização, parametrizar matriz de maneira que o consumo de energia específico seja para aves de 10 a 11 kWh/ton e para suínos 12 a 13 kWh/ton. No caso de rações para aves pode até admitir uma menor qualidade de pelete se isto significar uma granulometria mais grossa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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[2] Amerah, A.M.,Ravindran, V., Lentle, R.G. and Thomas,D.G. Influence of Feed Particle Size on the Performance, Energy Utilization, Digestive Tract Development, and Digesta Parameters of Broiler Starters Fed Wheat- and Corn-Based Diets, Poult. Sci., November 1, 2008; 87(11): 2320 - 2328.
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[16] SFT - Swiss Feed Technology Institute, notas do curso 1996, Uzwill, Suiça.