Brasil - Abraves 2007: Entrevista Jalusa Deon Kich

Um congresso como este começa ser pensado com pelo menos 5 anos de antecedência, pois a cada evento se aprova a próxima sede e começam ser estudadas as propostas das futuras candidatas a sediar o Congresso da Abraves. A 13º edição contou com o esforço e dedicação de um grupo de pesquisadores que doaram horas e dias para fazer um evento à altura das espectativas.

Com o foco no conhecimento e tecnologia frente aos desafios da suinocultura a presidente da Comissão Cientificado congresso a médica veterinária e pesquisadora Dra.Jalusa Deon Kich em entrevista ao Jornal da Abraves falou sobre como foram escolhidos os temas das palestras e que critérios foram usados para oferecer uma programação rica e variada.

JA : Diante de tanta responsabilidade como foi o trabalho da comissão científica ?

Jalusa : A comissão trabalhou de forma participativa, chamou muitos ícones da suinocultura para o debate, visitou algumas empresas e consultou todos aqueles que foi possível. Esta fase de discussão inicial resultou em uma lista de temas importantes a serem tratados em um evento, mas era necessário criar a estrutura do congresso e definir a melhor forma de apresentação dos temas, essa foi a segunda fase. O arranjo do congresso levou em conta a natureza prática do nosso público privilegiando as novidades e desafios apresentados a suinocultura e também os resultados de pesquisa.

JA: Como foram definidos os simpósios, painéis e mediadores, já que há demandas crescentes por conhecimento?

Jalusa: Recuperamos o conceito inicial do simpósio pré-congresso como momento de aprofundar a discussão em um tema importante, e nesta edição foi escolhido um amplo debate sobre vacinas e vacinação. Os resultados de pesquisa serão apresentados em forma de oito simpósios temáticos com experientes mediadores que terão também um momento de fala para explorar estes resultados, além dos pôsteres tradicionais e também na versão digital. Os painéis que acontecerão paralelamente a tarde possuem uma visão bem prática, teremos palestrantes europeus, americanos e brasileiros debatendo suas experiências. E na sexta-feira, para encerrar um grande painel sobre os desafios da suinocultura moderna. Nestes painéis também os mediadores foram escolhidos com muito carinho, sendo pessoas que conhecem os temas e possuem a tarefa de facilitar a discussão explorando ao máximo a experiência dos palestrantes.

JA : Para chegar a uma grade de temas e palestrantes como esta, certamente foram necessários muitos debates e reflexões, como foram as reuniões da comissão cientifica ?

Jalusa : Foram muitas, ótimas e normalmente ampliadas.....ampliadas porque além da comissão científica contavam com a participação de alguns membros da executiva do congresso. Como tínhamos uma espécie de núcleo básico da coordenação em Concórdia, nós concentramos o dia a dia neste núcleo repassando trabalho para aqueles, fisicamente mais distantes, e funcionou muito bem. Utilizamos muito as dependências da Embrapa Suínos e Aves e este núcleo de pessoas se conhece bastante e está acostumado a trabalhar junto seja na Abraves ou na própria Embrapa, e estas condições facilitaram muito o trabalho.