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MANEJO INTEGRADO DE REPRODUÇÃO E SANIDADE: A INFLUENCIA DA REPRODUÇÃO NA SAÚDE DO PLANTEL

Publicado: 9 de novembro de 2015
Por: MARIA NAZARÉ LISBOA MV, MS em Sanidade e Produção suína, Doutoranda, Universidade da Murcia, Espanha
Introdução.
 
Adotar medidas de biosseguridade sem dúvida é a melhor estratégia para diminuir os riscos de introduzir agentes causadores de doenças. Essas medidas funcionam integradas, requer muita disciplina e podem ser consideradas caras quando analisadas separadamente.
 
Na atual suinocultura, o conceito de saúde de população através de medicina preventiva estão cada vez mais presentes. Portanto, quando se analisa o fator econômico as medidas que se fazem necessárias para preservar e manter a saúde de um plantel sempre serão consideradas investimento, jamais custos. Nossa missão: “Preservar a saúde do rebanho na atualidade sem duvida é a principal prioridade de um sistema de produção de suínos”. Prevenir sempre é e será a melhor estratégia para proteger um plantel de doenças, que quando presentes, levam a elevadas perdas económicas causando danos irreparáveis. Como consequência, depois de instalada uma enfermidade se incrementa custo de produção seja para tratá-las conviver ou mesmo erradicá-las.
 
As granjas de suínos independentemente do tamanho, localização e situação sanitária devem estabelecer rigorosamente medidas de Biosseguridade que abrangem um conjunto de normas e medidas cujo objetivo visa reduzir os riscos de entrada e/ou saída de agentes causadores de doenças em um plantel ou estabelecimento. Facilitar o reconhecimento precoce de doenças e infecções, promover a profilaxia para a eliminação de doenças, manter medidas profiláticas para rebanhos libres de doenças endêmicas e/ou livre daquelas que já foram erradicadas. Essas normas se tornam necessárias devido ao grande incremento que a Indústria de Produção Intensiva obteve nos últimos anos para suprir a maior demanda de proteína animal, maximizando a produtividade e minimizando perdas decorrentes de doenças e infecções quando estabelecidas.
 
Além disso, com a globalização e atuais facilidades de comunicação, viagens com circulação de pessoas, encurtamento de distâncias entre as unidades produtoras e transferências de material genético sem duvida, todos esses fatores aumentam os desafios sanitários predispondo o surgimento de novas doenças ou resurgimento de outras que já existiram e muitas vezes voltam com maior potencial patogênico se tornando muito mais agressivas. Porém a saúde de um plantel se preserva através da aplicação na integra de todas as medidas já conhecidas de Biosseguridade. Da mesma forma, se deve considerar os riscos de como se maneja toda população dentro de um sistema através do fluxo de produção de uma suinocultura que a mantém em situação de alto ou baixo desafio.
 
Sem duvida, o manejo tudo dentro/ tudo fora nas diferentes fases de produção determina um dos principais itens que favorecem a saúde e produtividade do plantel. Para organizar os grupos e os lotes de todo sistema de produção, inicialmente se planeja o manejo da reprodução. Repetir procesos de qualidade e quantidade de fêmeas cobertas por semana determinará a adequada utilização de todo sistema de produção além de contribuir com a qualidade e quantidade dos animais vendidos semanalmente. A saúde dos animais do plantel de reprodução como também dos animais de reposição indicará a saúde dos animais de linha. Infelizmente na maioria dos planteis nos atuais sistemas de produção pouco se avalia e preserva a saúde dos reprodutores e dos animais que entram no sistema. Permanecendo ativo medicações e vacinações nos animais de linha sem entender a origem do problema. Neste trabalho vamos revisar algumas das medidas fundamentais de biosseguridade e de como monitorar a saúde dos animais de reprodução e reposição para preservar a saúde do plantel.
 
Conceito.
 
Biosseguridade é um conjunto de procedimentos técnicos imprecindíveis que visa de forma direta e indireta previnir, diminuir ou mesmo controlar os desafios gerados na produção de animais frente aos agentes patogênicos que possam ter impacto na produtividade destes rebanhos e/ou na saúde dos consumidores de produtos. Este conjunto de procedimentos e normas se denomina Programa de Biosseguridade. Um adequado programa bem planejado permite implantar uma cultura de sanitização e higiene dentro do setor de produção animal, cujos benefícios obtidos se evidenciam na melhor performance através de índices como: conversão alimentar, melhor ganho de peso diário, redução do uso de vacinas e medicamentos e consequentemente redução da mortalidade garantindo assim, bem estar animal. A biosseguridade é uma parte fundamental das boas práticas de produção (BPP) de suínos. Indica diretamente algum procedimento que previne eventos relacionados a saúde animal. Esses conjuntos de medidas devem ser revisados rotineiramente, adequando de acordo com as mudanças, evoluções e objetivos econômicos, legais e de produtividade do sistema de produção animal em questão.
 
Histórico dos programas de biosseguridade.
 
No Brasil, a real preocupação com a biosseguridade iniciou na década de 80, quando ocorreu a implantação de empresas de melhoramento genético, que ao transferir material genético de boa qualidade para o nosso meio preservava a saúde de seus animais e a dos planteis que os adquiriam. Dessa forma, se iniciou a divulgação do conceito prático da prevenção e manutenção em saúde de população. Por outro lado, a ocorrência de surtos de Peste Suína Africana na época veio a sedimentar a necessidade da adoção de medidas de biossegurança, como as que vinham sendo fomentadas pelas empresas genéticas. Ocorreu, a partir daí, progressivamente, uma mudança no enfoque da área da saúde animal, migrando de ênfase em diagnóstico, tratamento e controle de doenças para medidas preventivas ou saúde de população.
 
O crescimento da adoção de programa de biosseguridade sofisticado começou a ocorrer a partir da implantação de explorações de grande porte e com conceitos de fluxo de produção mais complexos, já nos anos 90. Em função da abertura de alguns importantes mercados internacionais para o setor suinicola, as preocupações sanitárias se tornaram mais intensas e, com as exigencias internacionais dos países exportadores, os programas de biosseguridade se consolidaram como peça fundamental para sistemas intensivo de produção de suínos.
 
Considerações.
 
Os pontos críticos de entrada e saída de agentes de doenças de um sistema de produção são:
 
  • Fontes de infecção: hospedeiro vertebrado que elimina o patógeno para o meio exterior e pode ser o doente, portador e reservatório.
  • Via de eliminação: meio de acesso do patógeno ao meio exterior: secreções, excreções, sangue, descamações, restos placentários.
  • Via de transmissão: meio do patógeno acessar o novo hospedeiro: contágio direto, indireto (fômites, ar, poeira, equipamentos, roupas, pessoas), produtos de reprodução (sêmen), transplacentária, vetores (insetos, roedores,animais silvestres, pássaros), alimentos, água e solo.
  • Porta de entrada: local de acesso do patógeno: mucosa genital, respiratória e digestiva, pele, cicatriz umbilical e ferimentos.
  • Suscetível: animal passível de ser infectado e depende de idade, sexo e raça.
  • Contato: animal exposto ao risco de infecção, mas não se sabe se está infectado ou não. Devese aguardar período de incubação para procedimentos.
 
Formas de transmissão de agentes.
 
Introdução de Animais no Sistema de Produção.
 
Todo sistema de produção necessita periodicamente da entrada de animais de reposição para repor as fêmeas que morrem ou terminam sua vida produtiva, assim como para os programas de melhoramento genético. A entrada destes animais representa uma problemática particular para a granja que os recebem, tanto do ponto de vista sanitário, como de manejo. Sem duvida, estes animais também são o futuro da granja e requerem um manejo especial. Com a entrada destes animais sempre há risco potencial para a entrada de novas doenças, já que os mesmos entram com frequência vêm de granjas com um estado sanitário diferente, e também pode ser portadores assintomáticos de enfermidades, ter alguma doença em período de incubação ou se infectar durante o trajeto entre uma granja e outra.
 
Atualmente existem diferentes formas de receber esses animais, seja de produção da própria granja ou adquiridos de outras granjas de empresas fornecedoras do programa genético. O importante é que esses animais sejam produzidos livres de doenças e recebam manejos especiais já que são futuros reprodutores.
 
Deve-se selecionar uma fonte idônea de material genético (matrizes e cachaços) com comprovação de exames laboratoriais que estão livres de patógenos que possam produzir perdas econômicas quando presentes no plantel. O material genético deverá ser adquirido de empresas comprometidas quanto à sanidade de seus planteis além da idoneidade, histórico de provas sorológicas recentes comprovando ausência de anticorpos às doenças controladas e/ou erradicadas além dos resultados zootécnicos dos últimos meses e últimos anos.
 
Quarentenário.
 
O quarentenário, aliado ao apoio laboratorial, minimiza bastante os riscos de introdução de animais portadores de doenças, assegurando seu status sanitário. Porém deverá existir um protocolo para os animais recém adquiridos com as medidas de recepção, monitoramento clinico e laboratorial de forma disciplinar e responsável para introduzir esses animais no plantel com garantia de que não introduzirão enfermidades os servirão de sentinelas quando em contato com os animais do plantel. Porém, deverá estabelecer e realizar treinamentos de biosseguridade aos funcionários e responsáveis pelo quarentenário de forma constante e disciplinar com revisão de processos a cada lote.
 
Instalações para recepção, isolamento e aclimatação.
 
Aspectos importantes a ser considerado na instalação de quarentenário.
 
  • Localização: É importante que a instalação de quarentena esteja separada da granja e de outras instalações de suínos e/ou qualquer outra tipo de instalações de outras espécies animal.
  • Facilidades: Que seja de fácil acesso, porém restrito a entrada de pessoas e veículos.
  • Espaço: A medida que os animais crescem necessitam de espaço e conforto para potencializar seu patrimônio genético.
 
É importante que a unidade tenha a seguinte capacidade: Disponibilidade mínima de três meses de utilização para os animais de reposição. Realizar protocolos segundo a capacidade e necessidade da granja. O uso pré estabelecido de verá ter em consideração o fluxo de produção. Porém se deve planejar respeitando o período de ocupação e possíveis imprevistos que possam ocorrer em caso de confirmação de diagnóstico laboratorial como também quando a mesma é utilização para pré adaptação sanitária ou aclimatação. Respeitar o programa, dependendo do número de introdução de animais por ano. Como mínimo 40% do plantel de matrizes e 50% do plantel de machos a serem entregues como animais de reposição nas unidades de produção de leitões e central de inseminação.
 
Deve contar com as mesmas medidas de biosseguridade da granja e central de inseminação.
 
  • Isolamento com cerca perimetral para evitar a entrada de pessoas, animais e veículos.
  • Vestiário com banho (separação de áreas) com acesso depois do banho, troca de roupas e calçados da própria granja.
  • Embarcadouro.
  • Abastecer o silo de alimento de fora da cerca perimetral, para evitar entrada de veículos.
  • Contar com tela para evitar a entrada de pássaros.
  • Programa consistente de lavagem e desinfecção com revisão periódica de proceso e procedimentos.
  • Programa todo dentro/ tudo fora. 
 
Deve contar com as seguintes áreas dependendo das necessidades.
 
  • Baias para animais em crescimento (menos de 30 kg).
  • Baias para animais com mais de 30 kg até 140 kg.
  • Baias para cachaços.
  • Baias para animais em observação.
 
*O funcionário deve ser especifico a esse fim bem treinado e capacitado, diferente do pessoal da granja. Jamais deverá ter contato com suínos ou qualquer outro tipo de animal..
 
Central de Inseminação Artificial.
 
A Inseminação Artificial (I.A) é um meio rápido de disseminar material genético de alto valor e reduz os riscos de entrada de doença, desde que seja seguido e praticado protocolos pré estabelecidos no que se refere a saúde dos reprodutores. Embora exista a possibilidade de transmissão de enfermidades entre rebanhos por meio de sêmen contaminado, este risco é consideravelmente inferior à representada pela introdução de cachaços no plantel. Apesar dos riscos menores, é importante considerar que, pela capacidade multiplicadora do processo (sêmen de um único cachaço vai ser usado em muitas fêmeas de muitas granjas) esta técnica pode difundir de forma explosiva os patógenos, caso ocorram falhas na biosseguridade da central de I.A. Vale a pena relembrar que os surtos de PSC ocorridos no final da década de 90 na Europa (Holanda e Alemanha) tiveram sua difusão em parte explicada pela contaminação e uso de sêmen contaminado, proveniente de centrais de inseminação. Em estudos de transmissão de doenças via sêmen (Ciacci-Zanella 2003) detectou circovírus em sêmen de machos em centrais de inseminação no estado de Santa Catarina, sugerindo que a transmissão vertical através do sêmen infectado para fêmeas susceptíveis pode ocorrer. Ainda, foi detectado a presença de DNA de PCV2 em sêmen numa porcentagem significativa (22% das amostras) em cachaços clinicamente saudáveis, sendo a eliminação esporádica, podendo trazer riscos para introdução numa granja livre ou disseminação do PCV2 nos rebanhos. Não esquecendo que em alguns países e regiões tiveram seus planteis erradicados para PRRS voltaram a se infectar através do sêmen.
 
Tanto os cachaços como o sêmen devem ser monitorado rotineiramente para agentes patogênicos em CIA. Da mesma forma se deve controlar contaminações bacterianas que possam interferir na concepção e saúde do aparelho genital da fêmea suína. Um sêmen contaminado pode causar desde problemas reprodutivos isolados até surtos de doenças infectocontagiosas, que poderão ser transmitidas a todo plantel.
 
Machos acometidos de enfermidades virais ou bacterianas podem apresentar, além de sinais clínicos aparentes, alterações na qualidade do sêmen e na libido. Já em fêmeas pode ocorrer contaminação no trato reprodutivo, levando a doenças sistêmicas, com subsequentes perdas embrionárias, mortalidade fetal e retornos ao estro. Por essas razões, toda CIA, deberá obrigatoriamente implantar rígidas normas de biosseguridade para suas operações de rotina. Todos os procedimentos e políticas de biosseguridade aplicados à granja devem ser também, diretamente aplicados à central de IA.
 
Os fatores importantes a serem considerados para proteger a saúde do plantel da CIA e das unidades que recebem o sêmen é adotar um programa de biosseguridade nas centrais respeitando normas e legislações: localização e isolamento das instalações; saúde do rebanho de origem dos reprodutores; quarentena e programa de adaptação dos machos jovens ( reposição); programa sanitário; monitoramento de rotina da saúde dos machos em produção; monitoramento laboratorial (PCR e bacteriologia) da dose de sêmen, controle de qualidade da produção das doses, rigoroso controle de visitantes e veículos à central.
 
Monitoramento do estado de saúde do rebanho.
 
Constatar, qualificar e quantificar o status sanitário das populações de suínos em relação a determinadas doenças ou infecções que fazem parte das monitorias sanitárias. Estas avaliam situações através do tempo e, quando são constatados desvios, devem ser implantadas ações corretivas. Podem ser dirigidas aos animais, ao ambiente e aos insumos que são utilizados no sistema de produção. Um programa de biosseguridade efetivo deve contemplar um programa de monitoramento sorológico e microbiológico do rebanho para a presença de algumas enfermidades, de acordo com os requisitos do ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento. A realização de outras monitorias sorológicas e/ ou buscando antígenos por técnicas convencionais ou moleculares como PCR é uma ferramenta importante na definição de programas de medicação e de vacinação para uso em diferentes sistemas de produção.
 
Aspectos Epidemiológico.
 
Analise e questionamento quando surge um problemas. Como veterinários temos que nos preparar para enfrentar diferentes situações ao visitar um sistema de produção :
 
  • Nos preparamos para entender como a doença entra ou entrou no plantel?
  • A propriedade desenvolve um plano / ferramentas para reduzir o risco de entrada de doenças e controle em caso de aparecimento de uma doença?
  • Proprietários e veterinário respondem rapidamente a um importante quando existe um problema de saúde?
  • Estamos preparados para diagnosticar uma nova doença prontamente? Onde, quando e como?
  • Se pode comunicar a presença dessa doença aos vizinhos, veterinários e as autoridades que competem?
  • Estamos preparados para desenvolver ferramentas / plano para conter a propagação da doença no local, região e país?
  • Sabemos o que é uma doença emergente e onde vamos recorrer em caso de uma suspeita clinica?
  • Compreendemos que quando surgem denças infecto contagiosa além de suas causas e consequencias também existe uma origem?
  • Sabemos identificar os animais enfermos e palnejar uma coleta de material com amostragem representativa para diagnóstico clínico e laboratorial?
  • Compreendemos os indicadores de produtividade que revelam a presenças de um problema?
 
*Estas entre outras perguntas e respostas são de extrema importância para entender como as doenças afetam os animais e sua produtividade dentro de um sistema de produção suína.
 
Bem estar animal.
 
Uma boa saúde é um componente importante de bem-estar animal do plantel que pode ser definida como a ausência de lesões, doenças e dor. Esses estados negativos pode ter muitas causas, incluindo certos procedimentos de gestão. As lesões podem causar dor aguda e / ou crónica. A dor é definida como uma experiência emocional aversivo e é, portanto, um problema de bem-estar. As pernas e os pés são as partes do corpo que são mais frequentemente feridas nos animais de reprodução. Estas lesões podem interferir com o comportamento normal e locomoção, e pode ter um efeito debilitante, impedindo o animal de se alimentar normalmente. As feridas podem ser infectadas e, em algumas circunstâncias, pode conduzir à doença sistémica. infecciosas, doenças sistêmicas secundárias a lesões, bem como o efeito debilitante de algumas lesões podem resultar em descarte do animal. Brigas entre os animais também podem causar lesões; isso é mais comum quando há agrupamentos entre desconhecidos e quando os animais têm de competir por alimento, água ou espaço de descanso (Velarde, 2007). Também apresentam efeito semelhante as lesões de vulva ocasionadas por mordida observados em porcas agrupadas. Ausência de doença é um requisito básico para o bem-estar. As doenças podem causar dor e pode interferir no comportamento normal. As doenças crônicas, muitas vezes têm um efeito debilitante sobre o animal e pode levar a morte ou descarte. Algumas das doenças que são mais relevantes do ponto de vista do bem-estar dos animais são chamados de "doenças multifatoriais", o que significa que elas são causadas pela interação de vários fatores. Doenças podem ser classificados em cinco categorias principais: respiratórias (por exemplo, tosse, espirros, respiração abdominal, dipneia entre outras que caracteriza presença de sintomas muitas vezes observados nos planteis ou a presença de pneumonia ou pleurisia quando se realiza necropsia), digestivo (ou seja, diarreia, fezes sólidas, prolapsos) e reprodutivas ( mastite, metrite, prolapso uterino), e aquelas que afetam a pele (sarna). Na verdade todas essas situações com frequencia são observadas nos animais de repodução e reposição que causam transtornos fisiologico, desconfortos e consequentemente perdas reprodutivas e de produvidade. A clínica dos animais de reprodução deve ser criteriosamente avaliadas e relacionadas com as doenças que acometem os animais de crescimento. Resumindo se deve obter em todo plantel de reprodução historico clinico das doençasque os acometem: entericos (diarreia e ileite) e endoparasitos (verminose), ectoparasitos (sarna), respiratórios (pneumonia e pleropneumonia), aparelho locomotor ( articulações e cascos).
 
Fluxo de produção.
 
Existem várias estratégias de manejo reprodutivo para se estabelecer a organização e a ocupação das instalações dentro de todo sistema praticando o manejo tudo dentro / tudo fora. Porém é muito importante que todo programa adotado tenha o objetivo de preservar a saúde do plantel e produzir o máximo das fêmeas ao longo da via reprodutiva. Que tenham saúde para maximizar seu potencial genético.
 
Atualmente um adequado programa de reposição deve priorizar saúde, bem estar e cumprimento das metas, atendendo a necessidade de animais a serem entregues no frigorifico em cada grupo em cada semana. Sempre se deve adequar o programa de controle sanitário dos animais de reposição para que não sofram quando entrem no plantel ou introduzam doenças . No entanto deberá existir um prévio diagnostico clinico e laboratorial dos animais que serão recebidos e dos animais que estão na granja que comprometem a saúde e os resultados do plantel. Compreender a epidemiologia e como os agentes se movem no rebanho é prioridade para estabelecer um adequado programa de controle, tratamento e vacinação no plantel e nos animais de reposição.
 
Conclusão.
 
Infelizmente ainda não existe uma estratégia bem sucedida que seja única para o controle de todas doenças dentro de um sistema de produção. No entanto, temos muitas informações e estrategias que se pode aplicar para diminuir o impacto economico das doenças dentro de um plantel. Compreender a origem do problema, questionar o por que, buscar soluções através da medicina preventiva é fundamenta para o obter um programa bem sucedido que pode benificiar a produção de forma racional e economica produzindo suínos com saúde, conforto e bem estar. Como veterinarios se deve evitar exercer a profissão apenas como clinicos através da identificação do problema sem um adequado e completo diagnóstico. Muitas vezes por imediatismos se assume medidas isoladas aplicando prescrições de medicamentos e vacinas sem protagonizar de forma racional um proceso viavel e adequado que promova bem estar animal e saude de população através da medicina preventiva. Infelizmente não se sabe o por que ainda se resiste em coloca em pratica medidas de manejo e conhecimento cientifico que hoje facilmente se tem acesso a milhares informações de como se pode promover saúde do palntel atraves de medidas preventivas e erradicação de doenças que sejam emergentes ou que comprometam a produtividade do rebanho.
 
Referencia bibiografica.
1. A. Velarde & R. Geers (Eds.) On farm monitoring of pig welfare (pp.79-83). The Netherlands: Wageningen Academic Publishers.
2. Antonio Velarde, 2014, Assessing on farm pig welfare. Proceedings of the 23rd International Pig Veterinary Society -( IPVS Congress) June 8 – 11, 2014 Cancun, Quintana MEXICO2014 pp 27 -32.
3. Barcellos D.E.S.N., Almeida M.N. & Lippke R.T. 2007. Adaptação e quarentena de matrizes suínas: conceitos tradicionais e o que está vindo por aí! Acta Scientiae Veterinariae. 35 (Suppl): 9-15.
4. Ciacci-Zanella J.R., Bassi S.S., Ascoli K., Dahmer A. & Zanella E.L. 2003. Detecção de circovirus suíno tipo 2 (PCV2) em sêmen de suínos. In: Anais do XI Congresso Brasileiro de Veterinários especialistas em Suínos. v.2 Goiânia, Brasil pp.97-98.
5. Ciacci-Zanella J.R., Zanella E.L., Locateli M.L., Simon N.L. & Coldebella M. 2007. Detection of porcine circovirus 2 in semen collected from naturaly infected boars studs in Brazil. In: Proceedings of the 5th International Symposium on Emerging and Re-emerging Pig Diseases. v.1. Cracóvia, Polônia. pp.94-95.
6. Gomes U. 2007. Programa de Biosseguridade: Atualização, Implementação e Resultados Práticos. In: III Simpósio Internacional de Produção Suína. Águas de Lindóia, Brasil. pp.5-8.
7. Ruvalcaba A.G.J. 2000. Avances en Inseminacion Artificial: Bioseguridad de los centros de I.A. In: Anais do VII Simpósio Internacional de Reprodução e Inseminação Artificial em Suínos. Foz do Iguaçu, Brasil. p.298.
 
***O TRABALHO FOI ORIGINALMENTE APRESENTADO DURANTE O XVII CONGRESSO ABRAVES 2015- SUINOCULTURA EM TRANSFORMAÇÂO, ENTRE OS DIAS 20 e 23 DE OUTUBRO, EM CAMPINAS, SP.
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Autores:
Maria Nazaré Lisboa
Consuitec
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Lazaro lopes da silva
14 de julio de 2018
Muito bom
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