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Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre — SISCAL: Recomendações para instalação e manejo de bebedouros

Publicado: 10 de maio de 2012
Por: Dr. Osmar Dalla Costa (Zootecnista. M.Sc/ Embrapa Suínos e Aves.)
Características do sistema.
O Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (SISCAL) teve a sua origem em países europeus e foi introduzido no Brasil no final da década de 80, face as vantagens que o mesmo oferece: facilidade na sua implantação, baixo custo de implantação, manutenção e de produção, mobilidade das instalações e flexibilidade na ampliação da produção.
O SISCAL é caracterizado por manter os suínos em piquetes com boa cobertura vegetal, nas fases de reprodução, maternidade e creche, cercados com fios e/ou telas de arame eletrificados - através de eletrificadores de correntes alternadas. As fases de crescimento e terminação (25 aos 100 kg de peso vivo) ocorrem no sistema confinado.
A partir do final da década de 80 a Embrapa Suínos e Aves, vem acompanhando alguns SISCALs na região Sul, e tem observado algumas falhas quando da instalação da rede hidráulica e dos bebedouros, e bem como no manejo destes, ocasionando falhas e desperdícios de água, favorecendo assim a formação de lamaçais e degradação do solo.
Necessidade e consumo de água.
Os suínos necessitam de água para ajustar a temperatura corporal, manter o equilíbrio mineral, excretar produtos da digestão e substâncias antinutricionais, drogas e seus resíduos.
O consumo de água dos suínos pode ser influenciado pelo tamanho corporal estado fisiológico, consumo de alimento, temperatura ambiente e da água, tipo de bebedouro e quantidade de alimento e substâncias químicas ingeridas, status sanitário, sistema de produção e quantidade e qualidade da água disponível.
Rede hidráulica.
O sistema de fornecimento de água deve ser feito, mantendo-se um reservatório d´agua, num ponto mais alto do terreno. Este reservatório deverá ter capacidade para fornecer água por um período de 2 a 3 dias e protegido da ação do raios solares.
A rede hidráulica principal e secundária devem ser construídas com tubos de PVC rígido. O diâmetro adequado das tubulações podem ser facilmente estimados com o uso de tabelas de correspondência de vazão e o número de bebedouros utilizados no SISCAL. E esta deve ser enterradas a 35 cm de profundidade para evitar danos aos canos e manter a temperatura da água sem alterações.
A água deve ser de boa qualidade, isto é, potável e em quantidade suficiente. Sempre que possível os bebedouros devem ser instalados na parte mais baixa dos piquetes. É de fundamental importância evitar que a água desperdiçada nos bebedouros escorra para o fora dos piquetes, não permitindo assim a formação de lamaçal. Isso pode ser feito com o uso de uma chapa coletora de água sob os bebedouros (Fig. 1).
Os fios da cerca em frente aos bebedouros deverão ser isolados, com a colocação de uma mangueira plástica (Fig. 2), evitando assim que as matrizes suínas recebam choque elétrico ao beber a água.
Sugere-se utilizar bebedouro do tipo vasos comunicantes com bóia, construído em concreto, com uma relação de 1 bebedouro para 7 matrizes e de 1 bebedouro para 12 leitões na creche. E a construção de um sistema de proteção de bóia, através da colocação de uma tábua de 50 cm, e um sistema de proteção para se evitar a aquecimento da água do bebedouro (Fig. 2). Quando a parte posterior dos bebedouros ficar localizada em outro piquete, posicionar essa parte sobre um sumidouro de água, previamente construído. Essa área deverá ficar isolada do acesso dos suínos.
Os bebedouros devem ser limpos diariamente. Com o uso do sistema de rotação dos piquetes, os bebedouros que não estão sendo usados devem ser desligados do sistema de fornecimento de água, impedindo assim o desperdício desta.
 
FIGURA 1 – Sistema de fornecimento de água no SISCAL.
Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre — SISCAL: Recomendações para instalação e manejo de bebedouros - Image 1
 
FIGURA 2 – Bebedouro utilizado no SISCAL
Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre — SISCAL: Recomendações para instalação e manejo de bebedouros - Image 2
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Autores:
Dr. Osmar Dalla Costa
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julio cesar teixeira lemos
13 de julio de 2015
boa tarde tem algun telefone que eu possa entrar em contato com vcs para tirar algumas duvidas..
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