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5 Razões para utilizar Biolys® nas dietas para suínos

Publicado: 27 de julho de 2021
Por: Evonik Brasil Ltda
A lisina é o primeiro aminoácido limitante nas dietas de suínos, independentemente da fase de crescimento. Equilibrar dietas com L-Lisina industrial é uma prática bem estabelecida em todo o mundo. Os nutricionistas têm duas fontes de lisina disponíveis no mercado, a L-Lisina HCl e o Sulfato de L-Lisina. Biolys®, na forma de sulfato de lisina, contém 60% de L-Lisina e é produzido via fermentação. Os coprodutos da fermentação são inativados e preservados no produto final, chamado de biomassa. A biomassa fornece uma fonte extra de energia e nutrientes. O uso de Biolys® na formulação de rações para suínos pode ser facilmente adotado quando as seguintes propriedades são consideradas.
1. Mesma biodisponibilidade quando comparado com a Lisina HCl
A determinação do valor nutricional de um ingrediente em relação ao padrão é necessária para a formulação de uma ração equilibrada. Vários estudos compararam o Sulfato de L-Lisina com L-Lisina HCl em diferentes estágios de crescimento em suínos. Por exemplo, Smiricky-Tharder et al. (2004), Liu et al. (2007) e Palencia et al. (2018) realizaram estudos na fase de desmame, enquanto Htoo et al. (2016) e Li et al. (2019) realizaram estudos nas fases de crescimento e terminação. A Tabela 1 mostra um resumo dos resultados disponíveis na literatura. Em média, a biodisponibilidade relativa do Sulfato de L-Lisina (Biolys®) para L-Lisina HCl foi de 107% quando o ganho de peso diário foi avaliado e 103% quando a eficiência alimentar foi avaliada. No entanto, em todos os estudos, a biodisponibilidade relativa não foi estatisticamente diferente de 100% e concluiu-se que ambas as fontes de lisina são bio-equivalentes para otimizar o desempenho dos suínos.
2. Conteúdo extra de energia e nutrientes
Além de seu alto teor de lisina, o Biolys® também contém uma biomassa que inclui lipídios, aminoácidos e minerais. Biolys® fornece 20% mais energia em comparação com L-Lisina HCl, alcançando o mesmo teor de lisina na formulação da dieta. Por exemplo, o Biolys® contém 3.058 kcal/kg de energia líquida, dos quais 2.545 kcal/kg vem de seu teor de lisina e 513 kcal/kg vem de sua biomassa. Outros nutrientes como fósforo, metionina, treonina, triptofano, arginina e valina são encontrados no Biolys® e os valores são apresentados na matriz nutricional. Para maximizar os benefícios do Biolys® esses nutrientes adicionais devem ser incluídos na matriz nutricional no momento da formulação.
3. Economia nos custos de formulação de rações  
O custo da alimentação representa até 70% do custo de produção de suínos e buscar ingredientes que possam gerar economia é sempre uma tarefa contínua. Uma maneira fácil de avaliar um ingrediente é otimizar múltiplas dietas ao mesmo tempo para determinar a diferença de custo que o novo ingrediente pode fornecer. Um método mais preciso é alocar o volume de ração ou a quantidade de ração por suíno para cada uma das formulações para determinar a economia geral ou economia por suíno.
Em um exercício simples, quatro dietas para suínos foram formuladas para atender as seguintes faixas de peso 25-50 kg, 50-75 kg, 75-100 kg e 100-130 kg, considerando consumos de 40, 60, 70 e 85 kg, respectivamente. A Tabela 2 mostra o custo por dieta de diferentes fontes de lisina. Com base neste programa de arraçoamento, foram estimadas economias de até R$ 1,49 por tonelada de ração e R$ 0,36 por suíno de engorda com a utilização do Biolys® na formulação. A economia deve-se principalmente ao conteúdo extra de energia e nutrientes.
5 Razões para utilizar Biolys® nas dietas para suínos - Image 3
4. Rendimento de carcaça similar comparado com a Lisina HCl
Um estudo realizado na Universidade Estadual de Iowa avaliou o uso de L-Lisina HCl e Biolys® no período de terminação e, as características de carcaça foram mensuradas no final do experimento (Li et al., 2019). Os suínos foram alimentados com as duas fontes de lisina em três níveis crescentes adicionados à dieta basal (sem adição de lisina). A dieta basal e os três níveis crescentes de lisina foram formulados para atingir 65%, 75%, 85% e 95% da exigência de lisina digestível de acordo com as recomendações do NRC (2012) para suínos com peso corporal de 67 a 98 kg e 98 a 112 kg para as fases 3 e 4, respectivamente. Os parâmetros mensurados foram peso da carcaça quente, desempenho de carcaça, gordura dorsal, profundidade de gordura dorsal e rendimento de carne magra.  A Tabela 3 mostra os resultados das características de carcaça dos sete tratamentos dietéticos. Não foram observadas diferenças nas características da carcaça em função das fontes de lisina. Os resultados sugerem que ambas as fontes de lisina são equivalentes para otimizar o desempenho de carcaça de suínos. 
 5. Baixo impacto do enxofre
O enxofre é o oitavo elemento mais abundante no corpo e tem baixa toxicidade (Boone et al., 2017). No entanto, moléculas contendo enxofre podem ser convertidas em sulfeto de hidrogênio e apenas microrganismos podem converter enxofre em sulfeto de hidrogênio. O Conselho Nacional de Pesquisa em sua edição especial para tolerância mineral animal (NRC, 2005) recomendou que os níveis de enxofre não excedam 0,4% nas dietas para aves e suínos. Dale et al. (1973) relataram que os suínos alimentados com uma dieta contendo 0,42% de enxofre por 130 dias não apresentaram uma redução no crescimento.  Da mesma forma, Kerr et al. (2011) relataram que os suínos alimentados com dietas contendo até 0,5% de enxofre não tiveram uma redução no crescimento. No entanto, quando os suínos foram alimentados com dietas contendo 0,82% e 1,21% de enxofre, o crescimento foi reduzido em 5% (Kerr et al., 2011). Em uma dieta típica para suínos, as taxas de inclusão de Biolys® variam de 0,1% a 0,8%, sendo que o produto contém até 7% de enxofre. Portanto, a ingestão de enxofre do Biolys® está na faixa de 0,007 a 0,06% na dieta.
Em 2019, foi realizado um estudo para determinar a digestibilidade aparente do enxofre total em dietas formuladas com L-Lsina HCl ou Biolys® (Li et al., 2019). Os suínos foram alimentados com dietas contendo 0,27% L-Lisina HCl e 0,38% Biolys® para atingir 0,60% de Lisina digestível para suínos de 68 a 101 kg de peso corporal. Os resultados deste estudo mostraram uma digestibilidade de enxofre de 74,2% e 71,8% em suínos alimentados com L-Lisina HCl e Biolys®, respectivamente. Não foram observadas diferenças estatísticas na digestibilidade do enxofre entre as duas fontes de lisina.
Conclusões
Biolys® promove o crescimento e o desempenho da carcaça dos suínos tão efetivamente quanto com L-Lisina HCl. No entanto, a Biolys® fornece 20% mais energia em comparação com L-Lisina HCl, alcançando o mesmo conteúdo de L-Lisina em uma formulação de dieta. O teor extra de energia e nutrientes gera economia na formulação de ração de até R$ 1,49/Ton de ração e R$ 0,36 por suíno de engorda nas condições atuais de preços dos ingredientes.  

Boone, C., C. Bond, A. Cross, J. Jenkins. 2017. Sulfur General Fact Sheet. National Pesticide Information Center, Oregon State University Extension Services. npic.orst.edu/factsheets/sulfurgen.html.

Dale, S. E., R. Ruminant susceptibility relies on the capacity of the microorganism in the rumen to convert sulfur into H2S.  C. Ewan, V. C. Speer, and D. R. Zimmerman. 1973. Copper, Molybdenum and Sulfate Interaction in Young Swine. J. Anim. Sci. 37:913–917.

Htoo, J. K., J. P. Oliveira, L. F. T. Albino, M. I. Hannas, N. A. A. Barbosa, and H. S. Rostagno. 2016. Bioavailability of l-lysine HCl and l-lysine sulfate as lysine sources for growing pigs. J. Anim. Sci. 94:253–256. doi:10.2527/jas2015-9797.

Kerr, B. J., T. E. Weber, C. J. Ziemer, C. Spence, M. A. Cotta, and T. R. Whitehead. 2011. Effect of dietary inorganic sulfur level on growth performance, fecal composition, and measures of inflammation and sulfate-reducing bacteria in the intestine of growing pigs. J. Anim. Sci. 89:426–437. doi:10.2527/jas.2010-3228.

Li, Q., S. a. Gould, J. K. Htoo, J. C. Gonzalez-Vega, and J. F. Patience. Bioavailability of l-lysine sulfate relative to l-lysine HCl for growing-finishing pigs. Translational Animal Science, 3:1254–1262. doi: 10.1093/tas/txz094.

Liu, M., S. Y. Qiao, X. Wang, J. M. You, and X. S. Piao. 2007. Bioefficacy of Lysine from L-Lysine Sulfate and L-lysine HCl for 10 to 20 kg Pigs. Asian-Aust. J. Anim. Sci. 20:1580–1586.

National Research Council. 2005. Mineral Tolerance of Animals: Second Revised Edition, 2005. Washington, DC: The National Academies Press. https://doi.org/10.17226/11309.

Palencia, J. Y. P., M. Resende, M. A. G. Lemes, M. F. S. A. Mendes, S. R. Silva Junior, A. P. Schinckel, M. L. T. Abreu, and V. S. Cantarelli. 2018. Relative bioavailability of L-Lysine sulfate is equivalent to that of L-Lysine HCl for nursery pigs. J. Anim. Sci. 1–32.

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Autores:
Henrique Gastmann Brand
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